Alex Zigar
Alex Zigar nasceu em 1986, no interior paulista. Dizem que sua escrita é carregada de barro e pó. Gosta de café e boa música. É pessimista por casualidades e cinéfilo nas horas vagas. Lê por prazer e escreve por necessidades. Deformou-se em Letras por loucura.
http://letradestoante.blogspot.com
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A Revolução
Apenas esperas
A sorte
O ônibus o trem
A revolução não veio
É inútil esperar
Então cava
Planta
Colhe
O mundo fez-se vazio
Os homens vazios
Vazios são os sonhos
Todos Eles estão mortos
A revolução não veio
É inútil se enforcar
Ou invadir terras
Assaltar o mercado
Ou fazer guerras
Marte está próximo
Falam os fios e computadores
Distantes estão as mãos
A revolução não veio
As mulheres são assassinadas
Os inocentes presos
Os protestos nulos
As eleições em outubro
A revolução não veio
A felicidade está nos mercados e nas feiras
Deus e o diabo brigam por dinheiro
Nas empresas e nas igrejas
Os homens estão desertos de utopias
A revolução não veio
Cavas em atônito silêncio
E tentas enterrar a tua dor
Pois não há remédios
Pois não há salvação
A brutalidade é alucinada demente
Corriqueira assassina
Precipitas a falar com fantasmas
Pois os homens se calaram com diálogos inúteis
Eles não vivem só de pão
Mas de ódios e guerras
E não houve revolução
Admirável seria rebelar-se
Insurgir-se contra todos
Mas é inútil lutar sozinho
E cometer um crime
Então apenas esperas
O ônibus
O trem
Pois a revolução não vem
Para saber mais: http://letradestoante.blogspot.com
A sorte
O ônibus o trem
A revolução não veio
É inútil esperar
Então cava
Planta
Colhe
O mundo fez-se vazio
Os homens vazios
Vazios são os sonhos
Todos Eles estão mortos
A revolução não veio
É inútil se enforcar
Ou invadir terras
Assaltar o mercado
Ou fazer guerras
Marte está próximo
Falam os fios e computadores
Distantes estão as mãos
A revolução não veio
As mulheres são assassinadas
Os inocentes presos
Os protestos nulos
As eleições em outubro
A revolução não veio
A felicidade está nos mercados e nas feiras
Deus e o diabo brigam por dinheiro
Nas empresas e nas igrejas
Os homens estão desertos de utopias
A revolução não veio
Cavas em atônito silêncio
E tentas enterrar a tua dor
Pois não há remédios
Pois não há salvação
A brutalidade é alucinada demente
Corriqueira assassina
Precipitas a falar com fantasmas
Pois os homens se calaram com diálogos inúteis
Eles não vivem só de pão
Mas de ódios e guerras
E não houve revolução
Admirável seria rebelar-se
Insurgir-se contra todos
Mas é inútil lutar sozinho
E cometer um crime
Então apenas esperas
O ônibus
O trem
Pois a revolução não vem
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13/fevereiro/2011