Confluência


Acolho o inevitável e tento não polemizar.

Rara solidão, terrível cerceamento, malsucedido retiro obrigatório,

já não me deixo abater.

Guardei sentimentos, parei de vitimizar.
 
Aprendi a suportar a privação; resisto, não sofro mais no exílio.

Sou como pássaros migratórios aguardando o início da viagem. 

Me conduzirei até você, irei ao seu encontro,

conto os dias e as noites.

Amado...

Não se afogue no álcool, não dramatize, pare de morrer,

aceite esse momento de conflitos internos! 

Chegasses sem avisar e me consumisses com sua voz, com sua coragem,

tome fôlego!

Acalma o coração!

Logo meus olhos encontrarão os seus e,

apesar das forças contrárias, logo estarei em seus braços.

Você vem me encontrar, percorrerá infinitos caminhos,

fugirás para os meus braços, te entregarei meu ombro,

te direi palavras exageradas,

terei ciúmes das minhas mãos que te tocarão e

preencherei todo o meu corpo com o seu excesso.


Autora: Ive Nenflidio

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