Estações
Quando as palavras faltam...
Sobram as reticências
Quando os ventos
faltam
Sobra um imenso horizonte
Uma nesga de sol a refletir
o final da tarde
Quando os homens faltam,
Sobram desertos quentes ou gelados
Inóspitos,
Repletos de vidas mortas
ou moribundas
Quando as
palavras falham
Os sentidos completam e
Furtam dos gestos a vontade
De ser sutil.
Quando os segredos se esgotam
Os mistérios das mil veredas
Abertas ao mundo,
Abertas nas veias
Abertas em feridas
Esgotadas as lágrimas
Ainda restam as dores
E como posso parar,
Parar,
Estancar o que nem sabe sangrar
Quando as flores murcham
num última primavera
quando as folhas vagam
num último outono
Quando os amores falham
num último verão.
Sobram as reticências
Quando os ventos
faltam
Sobra um imenso horizonte
Uma nesga de sol a refletir
o final da tarde
Quando os homens faltam,
Sobram desertos quentes ou gelados
Inóspitos,
Repletos de vidas mortas
ou moribundas
Quando as
palavras falham
Os sentidos completam e
Furtam dos gestos a vontade
De ser sutil.
Quando os segredos se esgotam
Os mistérios das mil veredas
Abertas ao mundo,
Abertas nas veias
Abertas em feridas
Esgotadas as lágrimas
Ainda restam as dores
E como posso parar,
Parar,
Estancar o que nem sabe sangrar
Quando as flores murcham
num última primavera
quando as folhas vagam
num último outono
Quando os amores falham
num último verão.
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