Baal_Otavio

Baal_Otavio

Uma contradição ambulante.

Vila dos Lanhados
1790
0
0

Volúpia errante


Navegar é ir de encontro

Ao som inaudito do verso

Ainda a ser concebido

É uma tara, um manifesto

Contra a homofonia

De tudo que já está mapeado

Visto, lido e digerido

É partir em busca de si próprio

Lançando-se ao desconhecido

Sob o risco de encontrar-se

Emaranhado nas rédeas soltas pela loucura

Lendas, mitos e estrofes - o mar a desferir golpes

Para o navegante não triunfar

Inconsequência, eis a arrogância do desbravador

Ah! A pequenez de governar

Deixo aos monarcas de todas as eras

Corruptos, medíocres, medrosos

Dos tronos, escravos irreparáveis

Eu quero é desbravar!

Entrar para a história por uma outra porta

Que já existia, mas estava oculta

Até antes de eu chegar

(Bernardo Almeida)
171
1

SergioRicardo
Outra surpresa, outra pancada bem dada, um novo poema assombroso (já são dezenas de autores diferentes e assombrosos neste site) a assustar, melhor explicaria 'alegrar', quem considere poesia, mãe de toda literatura e filosofia e, poético, o primeiro sentimento do primeiro ser humano a ter raciocinado um dia. Volúpia errante segue por várias linhas, ou seja, um meta poema, um feixe de sentidos que a partir de uma fúria transcendental oferece a revolução, aqui não denominada, mas igualmente intrigante, ainda que perigosa...
30/setembro/2017

Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores