Desespero

não tem solução.
meu verso parou em ti...
e todo o vermelho do meu poema
se derramou
clamando
por tua mão.
intercedo feito devoto
pelo milagre
inescrupuloso
que somente tuas mãos
(assim como teus dentes de fera...)

poderão exorcizar de minha carne
do meu espírito este desejo
tão teu
tão azul
com seus tons contraditórios
essa voz que diz que:
" nada é pra já
que o amor não tem pressa"...
...mas quem secará meu desespero
toda noite
quando me fecho
nessas paredes analíticas e cruéis?
me conta, quem?
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