Alexandre Rama

Alexandre Rama

1987-11-19 Jaraguá do Sul
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SANGUE EM UMA NOITE DE VERÃO

Quantas lágrimas são necessárias para se formar um rio?
Quantos gritos são necessários para se abafar um trovão?
Ou quanto sangue para se adubar a terra?

Olho à minha volta e sinto a dor que transborda das almas dos mortos-vivos
que caminham por essa terra.
Almas inocentes violentadas em seus castelos encantados pela frase:
"Ah, minha criança! Você não é capaz".

Quantas vezes vivemos aquilo que querem que vivamos
e deixamos de viver o que realmente buscamos.
Sonhos amputados como se amputam membros em decomposição
com a esperança de salvar o restante do corpo.

Mas é possível uma alma viver sem sonhar?

Sonhos são afogados na latrina social que teima em dizer que tudo está perfeito.
Será?
Na pior das hipóteses que sirva de adubo para a imaginação.

Cada dia que se passa, vejo o fogo da vida ser apagado pelas lágrimas dos inocentes que lutam, pulando nas brasas, para tentar sobreviver.
Às vezes me pergunto se a morte brinca de ciranda com a humanidade.

E a onde está a verdade nisso tudo.
Ela fugiu.
Conheceu um carinha aí.
Um traficante qualquer que deixa ela dopada o tempo todo.
Ela nem sabe mais quem é.
Mas na verdade,
Quem hoje dia sabe, não é?!
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