Fernando Assis Pacheco

Fernando Assis Pacheco
Fernando Santiago Mendes de Assis Pacheco foi um jornalista, crítico, tradutor e escritor português. Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, viveu nesta cidade até iniciar o serviço militar, em 1961.
Nasceu a 01 Fevereiro 1937 (Coimbra)
Morreu em 30 Novembro 1995 (Lisboa)
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Escritor e jornalista português, natural de Coimbra. Licenciado em Filologia Germânica, esteve ligado aos grupos teatrais académicos durante os seus estudos universitários, em Coimbra. Após um período de mobilização na guerra colonial, em Angola, enveredou pelo jornalismo, estreando-se no Diário de Lisboa, em 1965. Colaborou em publicações literárias e em vários jornais, como o República, O Jornal, o Se7e, o Jornal de Letras (de que também foi redactor) e o Record. Era, à altura da sua morte, redactor da Visão. Participou, ainda, em programas de rádio e televisão, foi autor de poemas musicados por compositores portugueses e de textos e diálogos para documentários e filmes. Dedicou-se também à tradução. Como escritor, Assis Pacheco não esteve ligado a qualquer escola literária. Os seus textos, ao mesmo tempo que reflectem um esforço de pesquisa e experimentalismo na língua portuguesa, são fortemente marcados por uma intenção de crítica social e pela experiência da guerra colonial portuguesa. Publicou, durante muito tempo, pequenas tiragens em edição de autor, com os títulos A Profissão Dominante (1982), Nausicaah! (1984) e A Bela do Bairro e Outros Poemas (1986), o que não impediu a imposição do seu nome na moderna literatura portuguesa. Estreou-se com o volume de poesia Cuidar dos Vivos (1963), a que se seguiram Câu Kiên, um Resumo (1972, título vietnamita com o qual pretendia iludir a censura salazarista e que saiu, em 1976, como Catalabanza Quilo e Volta), Viagens na Minha Guerra (1972), Siquer Este Refúgio (1976), Memórias do Contencioso (1976), Variações em Sousa (1987) e Musa Irregular (1991). Na ficção em prosa, foi autor de Walt (1978) e do romance Paixões e Trabalhos de Benito Prada (1993)
Fernando Assis Pacheco nasceu em Coimbra, Portugal, em 1935. Estreou em 1963 com o livro Cuidar dos vivos, cujo título define, desde a primeira capa, toda uma atitude frente à tradição e o trabalho poético, e é considerado por muitos um livro-marco daquela década na poesia portuguesa.
 
Estudou Filologia Germânica na Universidade de Coimbra e foi redator da revista Vértice e dos periódicos Jornal de Letras, Artes e Ideias, Diário de Lisboa e República. A cultura galega de seu avô materno teria forte influência sobre ele. Dois de seus livros principais sãoCâu Kiên: Um Resumo, 1972 (republicado em 1976 com o títuloKatalabanza, Kiolo e Volta) eVariações em Sousa (1987). Sua poesia foi reunida em 1991 sob o título deA Musa Irregular. Fernando Assis Pacheco morreu em Lisboa em 1995, ao sofrer um ataque cardíaco à saída de uma… livraria, o poeta que escreveu que "morrer é mais do que suficiente".
 
Nas palavras de Fernando Pinto do Amaral, ao escrever sobre Fernando Assis Pacheco: “Uma das mais persistentes confusões quando se fala de poesia tem nascido do equívoco com que por vezes alguns leitores identificam uma suposta "linguagem poética", superiorizando-a perante o que seria a linguagem comum - como se a poesia pudesse sempre definir-se através de uma sobrecarga retórica e metafórica em relação à restante linguagem, cavando assim uma distância que inapelavelmente as separasse.” Segundo Manuel Gusmão, o trabalho de Fernando Assis Pacheco forma "uma poética da deflação do 'pathos' lírico. A expressão julgo que permite, por um lado, não apagar a sua inequívoca dimensão lírica e, por outro lado, dar conta dos processos de 'decapagem' a que ela é submetida, assim como das modulações irónica, satírica ou de 'escárnio e mal-dizer' igualmente manifestas"
 
 --- Angélica Freitas e Ricardo Domeneck