Júlio Dantas

Júlio Dantas
Júlio Dantas foi um escritor, médico, político e diplomata, que se distinguiu como um dos mais conhecidos intelectuais portugueses das primeiras décadas do século XX.
Nasceu a 19 Maio 1876 (Lagos)
Morreu em 25 Maio 1962 (Lisboa)
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Escritor e político português, tornou-se uma das figuras mais proeminentes na vida cultural do seu tempo. Estudou medicina, que nunca exerceu plenamente, foi sócio da Academia das Ciências de Lisboa e, posteriormente, seu presidente, professor e inspector do Conservatório Nacional, deputado em 1905, 1918, 1921 e 1926, ministro da instrução pública e dos negócios estrangeiros e presidente do directório do Partido Nacionalista. Desempenhou ainda diversas missões diplomáticas. Foi, também, inspector superior das Bibliotecas e Arquivos e colaborador em grande número de jornais e revistas portugueses e estrangeiros. A sua obra literária abrange géneros variados — teatro, poesia, conto, romance, tradução, ensaio —, tendo alguns dos seus textos, que na época alcançaram grande êxito, sido adaptados a óperas, a operetas e ao cinema. Distinguiu-se, sobretudo, no drama e no romance histórico, frequentemente tomando como cenário o século XVIII. Apesar do sucesso de que gozou na altura, a figura de Júlio Dantas veio a ser associada ao academismo literário, o que o tornou alvo de ataques por parte dos jovens escritores modernos, como Almada Negreiros, com o Manifesto Anti-Dantas, que viam condensado, na sua obra, tudo o que havia de estagnação na cultura portuguesa. Esta posição, a que alguns críticos se opõem, querendo salvaguardar certas obras e aspectos positivos na produção do escritor, sobreviveu até hoje. Conferencista («Consanguinidade e Degenerescência das Famílias Reais», 1912; «O Heroísmo. A Elegância. O Amor», 1923; «Estática e Dinâmica da Fisionomia», 1923) e tradutor (Rei-Lear, de Shakespeare, Cyrano de Bergerac, de Rostand), Júlio Dantas legou uma vasta obra literária. Deixou as obras poéticas Nada (1896) e Sonetos (1916); as peças de teatro O Que Morreu de Amor (1899), A Ceia dos Cardeais (1902), Paço de Vieiros (1903), Um Serão nas Laranjeiras (1904), Rosas de Todo o Ano (1907), Sóror Mariana (1915), O Reposteiro Verde (1921) e Frei António das Chagas (1947); e as obras de prosa Outros Tempos (1909), Figuras de Ontem e de Hoje (1914), Pátria Portuguesa (1914), O Amor em Portugal no século XVIII (1915), Abelhas Doiradas (1920), Arte de Amar (1922), Cartas de Londres (1927), Alta Roda (1932), Viagens em Espanha (1936) e Marcha Triunfal (1954)