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Ouve a longa incoerência da palavra e a memória do sangue que se apaga. Ouve a terra taciturna. Tudo é furtivo e as sombras não acolhem. Nenhum jardim de segredos. Nenhuma pátria entre as ervas e a areia. Onde é que nasce a sombra e a claridade? Eis as vertentes da terra árida e negra. Quem reconhece o equilíbrio das evidências serenas? Estas palavras têm o odor de portas enterradas. Como dominar a desmesura da ausência e a vertigem? Como reunir o obscuro em palavras evidentes? Escuta, escuta a longa incoerência da terra e da palavra. Ao longo da distância murmura a perfeição monótona de um mar. Num pudor de esquecimento um astro se aveluda em denso azul na corola do silêncio.
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António Ramos Rosa
2230
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