PAR ONDE IDES, OH POVO BRASILEIRO.
Para onde ides, oh povo brasileiro.
Em 1500, oficialmente, aportaram em suas terras
Trazendo quinquilharias, os europeus piratas.
Pestilentos, aventureiros, assaltantes e extratores
Trouxeram os hábitos e hálito da podridão.
Se não bastassem o genocídio, dos índios deste quase continente
Importaram d’ Europa a ideia da escravidão.
Por conveniência e oportunismo, oradores sem fé
Tiravam a alma dos que queriam escravizar.
Esta que poderia ser uma futura e grande Nação
Foi dominada por bandoleiros, gananciosos e usurários.
Objetivo único, marcava suas personalidades
Enriquecerem-se, não importava como.
Juntaram-se a curas, protetores de douradas almas
Que ensinavam à plebe subserviência e resignação,
Para glória do faminto reinante rebotalho
Chega a coroa, acovardada e fétida, fugindo da Marseillaise.
Trazem consigo uma corja de vagabundos, corruptos e preguiçosos
E instituem, o sobrevivente até hoje, o gueto das aristocracias.
Instituem o jeitinho, a isenção ou foro privilegiado, calhordices brasileiras
Que até hoje norteiam os grandes, do povo, estelionatários.
Criam a norma:
Ladrões, traficantes, corruptos e malfeitores,
Com pedigree ou amigos meus, se tornam intocáveis.
Tiram e põem governos, a torto e a seu bem prazer,
Em nome de um povo, o qual jamais representam ou representaram.
Forjam uma Constituição, para jamais ser cumprida e respeitada;
Interpretam-na segundo suas necessidades e seus ilustres, mas analfabetos, “juristas”;
Pedem, à sede do Império, a escolha dos acólitos que irão conduzir a grande farsa.
E Vós, Oh POVO BRASILERO? Abandonastes a luta e a rua?
Ao ver, escolhestes o matadouro.
Arutana Coberio Terena