Memórias vivas que rasgam
Eu sobrevivi!
Consegui escalar esse fundo de vastidão pelejando arduamente na miséria funda um homem
atacado de uma moça que dizia ser coisa leve
mas mentiu:de provocação, que alcançou sem nenhum entrave níveis fundos e imersos
de me deixar aqui esvaído emputrecido de um despertar em vaõ...
Eu Bravejei!
Sendo mestre,fiel,artista e o primeiro,insisti,declamei e sucumbi
Me prostitui,em cada parte de mim que menti dizendo pra outras que estava inteiro
Mas estava ali: na mesma cena repetida dela lisa e escorrida no meu corpo que dizia:
Fica aqui!penumbra de memória esquecida...
Mas resisti!
Tremulei o extremo oposto da dor mais profunda que nunca senti me parti em pedaços
afundei num naufrágio com mulheres infames que amei só por hora até seu rosto sumir
Implorei com escárnio a qualquer um senhor Deus! dizendo que faria promessas a seres
supremos que tirassem de mim registros teus
Mas foi só quando me trouxeram a sua face que desmedi...senti denovo e pedi resgate
finquei ali.Daqui não saio mais pra coisa alguma me enchi de desejo e retratos pálidos da sua
pele despida sem veste alguma: liberta e nua
E agora arrancado,estilhaçado e amordaçado: me rendi!
Esperei sua volta e ela era meu delírio...pesadelo obscuro sem fim
Acordei trêmulo suado,e chorava denovo pelo o que eu deixei partir
Mas não parou por aí,por que a há meses atrás no mesmo horário o relógio me acorda
E sussurra: ela não vai sumir! Maldita ressaca de tons distoantes que eu fico vivendo
Como se fossem lúcidos os delírios constantes
Mas se te perguntarem sobre um rapaz que foi visto afogado em fúrias rotinas de um bar
da mesa da esquina,diga que sumi!
Só minta dizendo que eu não parti,se no mesmo lugar a mesma mulher daquele vestido vier por ali
tocar o meu rosto até eu sentir(brevemente) um consolo escopo: meu bem por que você
gritou tanto enquanto eu dormi?