Cyber Poeta Silas Correa Leite

Cyber Poeta Silas Correa Leite

O atual literato e Cyber Poeta, Silas Correa Leite, na verdade nasceu no bairro operário de Harmonia, na cidade de Monte Alegre, Paraná, região de Tibagi.

1952-08-19 São Paulo Itararé
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Alguns Poemas

Projeto de Vida, Silas Correa Leite, Depoimento de um Poeta Sexagenário

Projeto de Vida- Depoimento de Um Poeta Sexagenário

Silas Corrêa Leite

(Da Série "Testamento de Uma Jornada")

A partir de uma tenra idade, muito precoce ainda, pais honestos, meio probo, vc começa a delinear um básico projeto de vida. De origem humilde, você cisma: -Estudar muito, ler bastante, trabalhar o mais cedo possível, ganhar a vida honestamente, com as mãos limpas. Simples assim.

Começa a trabalhar, sempre lendo, sendo honesto, pontual, produtivo, criativo, admirado e elogiado pelos patrões, tipo "esse menino vai longe". Quando tem a chance de estudar, se entrega loucamente aos estudos que acabou parando na quarta-série primária ainda guri, para trabalhar e ajudar a família carecida. E exemplos de dignidade, criatividade, honestidade em casa, no meio, no clã. Siga os bons.

Cedo sai de casa em busca de melhores condições de trabalho e estudos. Passa necessidade, passa fome, dorme em cortiço, pensão, dorme na rua. Sempre com um ideal, um sonho, esperanças limpas. Nunca é tarde para recomeçar, e a busca de ser feliz ainda que tardia.

Acaba se formando com dificuldades, acaba melhorando de empregos, sempre respeitado pelos colegas, subalternos, amigos, chefes, patrões, donos. Podem confiar em você. Seu sonho é vencer na vida com esforço e por merecimento. Em todo trampo, mesmo começando por baixo, logo acaba chefe por mérito. Começa a ganhar bem. Ajuda amigos, parentes, familiares. Seu projeto de vida é digno. Aprende a respeitar a dor do outro, estender a mão, ser solidário, também tem um projeto de vida ético-humanitário. Vai realizando seus sonhos...

Erra e acerta no amor. Romântico, poeta, sabe como é. Comete erros que pode dizer que cometeu, na caminhadura. Nada a esconder. Nenhum mal feito que revele você interesseiro, mau caráter, roubando a firma, o patrão, o meio, nem nunca chamado de caloteiro, de velhaco, nem nunca sofrendo despejo por falta de pagamento, nunca ostentando nada que não fizesse por merecer ter com sangue, suor e lágrimas. Projeto de vida. Simples assim.

Vez em quando, levando um tombo da vida, uma mentira, uma traição, uma punhalada pelas costas de parente ou amigo, mas sempre saindo da queda, do chão, limpo, se levantando com mais trabalho, resiliência, mais esforços, três trampos, acordando cedo, dormindo tarde, vendendo as férias para fazer caixa, fazendo cursos em finais de semana, nas férias. Projeto: evoluir, comprar uma casa para si, uma casa prometida para a mãe. Finalmente, entre lonjuras e escolhas, acerta e acha a mulher de sua vida, uma mão na roda, honesta, estudiosa, que trabalha muito também, que estuda até tarde, que dá um show em casa, gerencia sua cabeça, suas loucuras, dá estrutura aos seus planos... Luz atrai luz.

De vez em quando um novo curso, um novo diploma, um prêmio literário de renome, um convite pra palestra paga, uma entrevista no rádio, outra na tevê, em programa de alto nível cult, depois bola um livro pioneiro, de vanguarda e único no gênero que sai na chamada grande mídia, vira tese de mestrado, no doutorado, consta em centenas de sites, até em antologias literárias no exterior, ou mesmo na Biblioteca Nacional, e você com seu projeto de vida ganhando amplitude, destaque, reconhecimento. De três sonhos impossíveis quando criança berebenta com amarelão, realizou mais de dez sonhos impossíveis ao longo de seu projeto de vida. E como escritor elogiado entre outros por Elio Gaspari, Fernando Jorge, Lygia Fagundes Telles, Ignácio de Loyola Brandão, Álvaro Alves de faria, Moacir Scliar e Carlos Nejar,ambos da ABL-Academia Brasileira de Letras. Sentiu firmeza.

Encontra colegas de trabalho, patrões, alunos. Em todos o reconhecimento claro e cristalino. Seus textos em sites, até internacionais, em redes socais, em convites de formatura, em discursos, citações, em teses de TCCS, em posses de academias de letras regionais, em agendas, até fora do Brasil. O menino pobre, pondo suas dores pra fora, seu projeto de vida relido e contato, e novos prêmios, outros livros. E palestras, até em universidades federais, publicado em jornal da USP, onde foi bolsista pesquisador, seus textos em sites da Argentina, Itália, Chile, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Angola,Moçambique, Rússia, no Pravda. Seu Estatuto de Poeta vertido para o inglês,francês, espanhol e russo. Seu projeto de vida tem o que dizer,o que valer, o que fazer sentido numa croniqueta, num poema, num livro. Você compra a casa para sua mãe. E a sua mãe descendente de negros com índios, vendo você na TV Cultura, duas vezes, na TV Band, em capa de jornais de sua cidade, em matérias e em revistas, e diz: -Ele sempre foi meio espeloteado. Você a honra. E conta que vc esteve para morrer seis vezes, quando criança. Que seu pai gastou vários terrenos para comprar remédios, tratar de vc, para que você sobrevivesse. Você venceu a morte... a miséria... a batalha da vida dura... Os padres dizem que vc seria um ótimo Frei. Os crentes dizem que vc seria um ótimo pastor. Os Médiuns dizem que vc é médium... Será o impossível? E vc na sua vidinha, fé com obras...

Um dia chutam: -Você deu sorte na vida. Não sabem um terço da missa. Um dia perguntam: -E se você fosse avisado por um medico, de que tem pouco tempo de vida,o que faria? Você responde: Eu olharia para trás, vendo que deixei o mundo de meu clã melhor do que recebi, olharia minha origem, minha trajetória, e diria, curto e grosso: -Pintei e bordei.

Cada coisa em sua casa, conquistada com esforço e dignidade. Nunca colocou nada em casa que fosse tirado, furtado, roubado, enganando alguém, a empresa, o amigo, o parente, a facilidade de extorsão, o enriquecimento ilícito com divida, peculato, prevaricação. E ainda socialista, sonhando um humanismo de resultados. Um amigo brinca: Se vc fosse de direita, mau caráter, mulherengo,interesseiro,olho grande,mão rápida, dinheirista, continuasse na área de advocacia, estaria podre de rico? E indagam: -Vc está rico? Vc responde na bucha: -Estou digno.

Quando não te chateiam: -Por que vc estuda tanto,lê tanto, feito um E.T.? Ninguém sabe a sua dor.O que você passou para continuar limpo e para ser o que é. Vc cai no Vestibular na faculdade de letras de sua cidade, da qual é autor de um hino. Cai, junto com Machado de Assis e Vinicius de Moraes no Vestibular da VUNESP.Seu projeto de vida cresceu com você. E vc não ostenta posses,nem nada que valore mais você,a não ser a sua própria história de vida, que já daria um romance de tristeza,de conquista e determinação...

Projeto de vida: vencer com a força de sua cabeça,seus braços; o que tem fazer por merecer e coadugnar com seus ganhos em três trampos e trabalhos de assessorias em escritas,orelhas e prefácios de livros,resenhas criticas, criticas literárias e sociais, escrevendo em mais de 800 links de sites. Você fez além de seu projeto de vida. Há um Deus. Quando chegar a sua hora de ir embora, cantar noutra fregesia do céu, numa Itararezinha Celeste, dirão: -Passou a vida lendo e escrevendo e estudando feito um louco. Alguma pessoa que sabe sua história,dirá: -Queria ter um filho como ele.Uma aluna dirá novamente: -Foi o melhor professor que eu tive,foi como um pai pra mim,e regia aulas como um professor de cursinho, cantava na sala, fazia historias em quadrinhos,teatro,letras de rock, entrevista,rodas vidas de aulas... tudo isso em Geografia,História, Filosofia e Ética e Cidadania, Didática...

Nesses erros e acertos,altos e baixos,idas e vindas, tempos de vacas magras e vacas gordas, perdas e saudades, rupturas e desastres, tragédias e lamentos,procura honrar a memória de seus ancestrais. Você foi forte,dizem. Você deu no couro,diz um parente. E você, passando dos sessenta, jogando limpo, segue o trajeto final de sua vida. Exigindo pelo pai,criticado,cobrado, sancionado,correspondeu, fez bonito. Criticado, foi estudar mais. Cada pé na bunda que levava, um novo curso,um novo livro,um novo diploma. Sempre assim. Primeiro dizem que você é pobre, é feio,filho de preto,de crente, de mãe lavadeira de roupas, faxineira, depois dizem que você é metido (escreve pro jornal com 16 anos), depois que é viado, depois que maconheiro,depois que é bêbado, depois que é comunista, petralha, depois você Vence sem fazer parte do sistema, sem entrar em nenhum esqueminha, sem corporativismo, sem jogos sujos, sem tramoias. E quem humilhou você num determinado tempo de pobrinho, humilhou sua mãe até,hoje compra seus livros no site da Livraria Cutura e pede autografo para você. Já pensou que demais?

A sua primeira professora, que, com a diferenciada pedagogia do afeto alfabetizou você e descobriu sua primeira poesiazinha certamente pueril, décadas depois,num lançamento de mais um livro seu, na Casa das Rosas lotada, na Avenida Paulista, em SP, depõe:--O Silas foi o aluno mais pobre que eu tive. O Silas foi ao aluno mais inteligente que tive.Você chora. Alguns presentes choram.Mais de dez anos depois, você encontra uma ex-aluna que abraça você chama você de pai.Você olha a mãe da aluna chorando por finalmente conhecer você,e diz:-Você ajudou a criar minha filha. Ela estudou oito anos com vc e vc encheu o coração dela de sonhos... e mudou a cabeça. O sr foi como um pai pra ela,que era filha de mãe solteira...

Com quase cinco mil amigos no facebook,muitos até do exterior, entre centenas de ex-alunos, e o surpreso marido de uma ex aluna na pg do facebook diz:-Minha esposa está aqui na sala, na frente dos filhos,chorando,por encontrar o senhor de novo,que diz que foi o melhor professor que ela teve. Esse reconhecimento vale mais que um holerite, vale uma vida, uma alma. Somos todos aprendizes?

Por essas e outras, vencedor com as mãos limpas, sem obter vantagem em nada, sem ludibriar a empresa em que trabalha, ou valer-se do cargo ou situação de meio para ter status, pose, posses, conquistas amorais ou ilegais,você segue seu final de vida, como que lhe couber. Não fiz feio.

Na longa estrada da vida, os amigos podem contar com você. Os parentes podem contar com você. Seu pai contava com você, pois precisou. Você nunca abandonou sua mãe, e ela com você sabia que podia sempre contar.

Todos nós temos uma história pra contar.

Qual é a sua, vai encarar?

Se forem fazer uma auditoria,confirmariam isso. E saberiam de processos que sofreu por corruptos em quem os outros votaram,você não, e vc ainda continua primário apesar de tudo, 47 anos escrevendo para o Jornal O Guarani de Itararé,onde tudo começou como uma escada,uma escola,uma estrada, um treino, um aprendizado básico.

Consciência limpa,sem remorso,várias perdas e tristezas,marcas no corpo e na alma, sem tatuagens mas com várias cicatrizes, e você segue sobrevivendo sem esperar muito da vida agora,afinal,estamos todos no mesmo roçado de trajeto e entornos, e, parafraseando Caetano Veloso, sabemos que uns vão, uns não, uns hão,uns cão, uns chão,e não existem outros...

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Silas Corrêa Leite

E-mail:poesilas@terra.com.br

WWW.artistasdeitarare.blogspot.com/

Texto da Série "Daquilo Que Eu Sei e Vivi Plenamente"

Cantata a Terra-Mãe Portugal

Cantata a Terra-Mãe Ancestral

"Ah que saudades que tenho

Da aurora de minha vida... "

(Casimiro de Abreu)

Dedicada ao Amiguermão de Portugal, Frassino Machado

Ah Portugal quando eu te vejo

Num fado, numa foto, num realejo

Sinto-te em meu íntimo fulgurar

Uma casa no rochedo, sobre o mar

E ali se aninha um marinheiro

Que no passado fui em causa tua

Onde tinha boêmios no terreiro

À luz de lampiões, clarão da lua

Mas minhá alma migrou um dia

Na portabilidade, um corpo que

Ainda a terra-mãe de ti havia

Que o espírito em plagas longe lê

E sou de Portugal, este menino

Plantado às barrancas do Paraná

No arquivo neural ressoa um sino

Com lágrimas que trouxe de lá

Ah Portugal, há uma saudade

De uma outra vida, outra condição

Que noite a dentro de mim há-de

Ser o teu céu, nau e constelação

Pois sou Portugal, aqui no peito

De Bocage, Camões ou de Pessoa

E vou te levando; como te enfeito

De uma lembrança-luz que abençoa

Ah Portugal distante e em mim

Um lusonauta que, em Itararé

Ainda viça um cheiro de alecrim

Por tua honra, tua glória e fé...

E sendo um caminheiro, Portugal

Levo-te comigo por onde for

Porque és encantário, és ninhal

Terás de mim sempre imenso amor!

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Silas Correa Leite, Santa Itararé das Artes, São Paulo, Brasil

Patriarca descendente de Cristãos Novos oriundos de Ilha da Madeira Portugal

E-mail: poesilas@terra.com.br - Blogue: www.portas-lapsos.zip.net

Autor de O HOMEM QUE VIROU CERVEJA, Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio, Giz Editorial, São Paulo, no prelo, Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia, 2009

DRONES DE NATAL E LETRAS DE ROCK E BLUES, SILAS CORREA LEITE

Drones de Natal 2015

Limbo (Depois de Mortos)

-Letra de Rock

Depois de mortos

Todos estarão livres

Para ser o que quiserem

Repugnantes ou insignificantes

-Há vida além da vida?

Veja a lista oficial dos mortos

Se você já está nela

Por que temer o lobo

No lodo do limo do húmus

-Com sua jornada vencida?

Todos estão mortos

De uma forma ou de outra

Você mesmo já nem sabe o que é

Rasteje mas empine o rabo

-E cuspa sangue seco na ferida

(Refrão) - Depois de mortos

Tudo se revelará querida

Não adianta berrar por fé ou socorro

Estamos todos no átomo em cachorro

E o inferno de outra vida

Virá caçar a sua alma corrompida...

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Letra: Silas Correa Leite

Música: Quem se habilita?

Escuridão na Urbe

-Letra de Blues

No silêncio escuro do meu quarto um cubículo

Preso no meu subterrâneo íntimo

Vejo as gaiolas com grades lá fora

E resignadamente espero a morte,

para ver Deus. - (Para ver Deus?...)

A minha bateria definha e está acabando

Ninguém não nos virá salvar

A dor é só um velho amuleto

Escrever é só um esconderijo

de devaneios meus. - (E fracassos meus?...)

Amanhã minha alma nau será arrebatada

Sem religião, elmo, grua ou patuá

Todos os ratos daqui me adoram

Viemos todos de longínquos porões,

De navios e de pneus. - (De cristãos fariseus?...)

Estamos todos como meros refugiados aqui

Medo de alguma radioatividade

Cochos e currais e mata-burros na cidade

Estamos todos reféns de nós mesmos

Ilhéus, incréus e ateus - (Sifilizados por breus...)

Haja o que houver

Custe o que tiver

No subterrâneo mal caiado do meu quarto-cela

A escuridão sequela

é só o software de um chip de adeus...

Letra: Silas Correa Leite

Música: Quem se habilita?

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DRONES NATALINOS 2015

01.)-Quem canta suas malas espanta o ócio...

02.)-Da pá deum moinho da dobra dimensional do tempo viemos, à pá do coveiro voltaremos...

03.)-Quando um não quer, os dois não batem bifes...

04.)-Quem critica seu rabo implica...

05.)-Pimenta no Orkut dos outros é orégano...

06.)-Quem confere ferro é o chefe do almoxarifado em casa de ferreiro...

07.)-A cavalo gago não se olha o dentro...

08.)-Inferno são as ostras que produzem pérola aos poucos...

09.)-Não há mal que seja exótico, nem bem que não seja ostentação...

10.)-Nem tudo que reluz é braile...

11.)-Morrer faz bem pra pose...

12.)-Existir é pós-pago...

13.)-Feridos venceremos...

14.)-A fé é cega mas remove montanhas...

15.)-Purgante laxativo faz bem pro ego.

16.)-Escrevemos e fazemos arte para não esquecermos que somos animais...

17.)-Na hora de nossa morte, apaguem as luzes e paguem as contas...

18.)-Sexo é fagulha no palheiro...

19.)-No céu não tem W.C...

20.)-A morte é a maior ascensorista que existe. Leva e traz no escuro emergencial...

21.)-A circo armado nãos e olha o alvaiade do palhaço...

22.)-Todos os historiais impérios foram de vitórias impunes...

23.)-Melhor morrer da dor terminal do que da quimioterapia sacrificial...

24.)-Dia de Ação de Graças faz bem pra todos, menos para o Peru, então que graça tem?...

25.)-Ler é iluminura ...

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Continho de Natal:

Lurdes Pobrinha da Silva

Lurdinha queria ver o Papa.

O dia inteiro o papo aranha no rádio, na televisão, nas contações das beatas da periferia abandonada e carente, entre becos, cortiços, guetos, palafitas e a enorme favela Ordem e Progresso no Morro do Querosene, a acontecência 'da hora' era sobre o Papa que estaria vindo visitar o Brasil.

Lurdinha, coitadinha, deficiente física e mental, olhos cheios de remela, pobrinha e agregada de um barraco onde se restava meio que largada, desesperada e carente sonhava em ver o Papa. Passaram-se meses, sem esperança e sem cuidados, ela ficou com aquilo na cabeça.

Quando era pertinho do Natal, certa manhã radiante, o quarto amontoado em que mal e porcamente fora alojada entre trastes velhos feito um antro de despejo, se iluminou. E ela viu entrar um belo e sorridente jovem, barbudo, cabeludo, que lhe estendeu os braços largos e disse com maviosa voz:

-Olá Lurdinha, eu sou Jesus!

Lurdinha ficou desenxabida, coitada.

Ela queria ver o Papa.

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Da Série Silas e suas"siladas".

E-mail: poesilas@terra.com.br

www.artistasdeitarare.blogspot.com/

Silas Correa Leite lança novo romance diferenciado, CAVALOS SELVAGENS de novo polêmico e assustador

Lançamento

Cavalos Selvagens, o novo romance de Silas Corrêa Leite, de novo surpreende, cativa, emociona.

“...quem somos nós, autointitulados humanos, senão meros cavalos passando de mão em mão e servindo como veículos para que a vida possa escorrer por meio de nossas existências? – Roberto Damatta

-Como em seus outros diferenciados romances anteriores, o polímata Silas Corrêa Leite de novo se supera. Seu novo livro, bancado pela LetraSelvagem (SP) e Kotter (PR) - Editoras que inauguram parceria de coedição - começa como se em um thriller desesperado e assustador, já iniciando a própria dicotomia que funda a obra como um todo, feições entre a vida morrendo e a morte nascendo, nesses entremeios o medo, o desespero, revisitanças, mais doces e amargas memórias, passagens de vidas a limpo, a corrida contra o tempo, desvãos de almas, tudo isso partindo de uma doença fatal, da capital, para o interior, mais precisamente Itararé, sudoeste do Estado de São Paulo, divisa com o noroeste do Paraná, e ali finca-se o palco do romance em que o cavalo selvagem pode ser apenas uma metáfora de tudo o que somos, como em Hamlets, carnicentos e afins. Diz o rock Cavalos Selvagens “A infância é algo fácil de viver(...)/Você sabe que não posso deixar você deslizar pelas minhas mãos(...)/Cavalos selvagens não conseguiriam me levar embora(...)/Eu assisti você sofrer uma dor lancinante(...)/Nenhuma saída ligeira ou falas nos bastidores(...)/Podem me fazer sentir amargurado ou lhe tratar com grosseria - Wild Horses, (Composição de Keith Richards / Mick Jagger).

O livro em si, como se sob o foco dessa música, quando o autor, mais dez anos atrás escreveu esse romance que, como todas as obras dele, partem de um situação inusitada, crucial, quando não fatal, para o desenvolver do enredo como um devaneio de jorros neurais criando em disparada; como em Cavalos Selvagens romance que, mais uma vez, revela o escritor, blogueiro, professor e escritor premiado, surpreendendo pelo estilo, também ele mesmo um cavalo selvagem, nessa manada contemporânea de idiotas entre hordas fascistas em tantos estábulos de uma manada alienada. Nesse romance meio macunaímico pelas reviravoltas, narrativas sobre uma vida que vai findar, uma vida que acaba de nascer, e nesse prisma Silas Corrêa Leite focaliza o fio da trama, e vai tecendo rumos romance a dentro, o local ermo, a vida se esvaindo, o sangue de seu sangue que brota no rancho ermo sem recursos, uma charneca, e o personagem principal, um executivo sedentário que nem sabe fritar um ovo ou lavar um lenço, tem que cuidar de um recém-nascido, perseverar e preservar a vida do único remanescente de seu clã na face da terra, condenado que está. Como não se perturbar lendo, como não acompanhar a arte do escritor, ora a galope nas circunstancias terríveis e terminais, ora amansando a fera do momento, como parte do rebanho. No prefácio, o reconhecido literato, Joaquim Maria Botelho (ex-diretor da UBE-União Brasileira de Escritores) já bota água na fervura, bota fogo no chão, e apresenta o livro e o escritor dizendo, entre outras coisas: “O texto de Silas Corrêa Leite não é texto de quem vai à esquina, comprar fósforos para acender o candeeiro, com tempo, antes que escureça. É texto de quem vai longe, num andamento agalopado, meio frenético até, levar uma notícia que não pode esperar. Nessa corrida, é como se o exagero de ar batendo na cara da gente sufocasse, de tanto pensamento, de tanta reflexão, de tanta posição tomada. O leitor é o cavaleiro, no lombo dessa narrativa de aparente atropelo(...). No caminho, a cavalgada solitária leva a meditações e faz a realidade transitar para o sobrenatural. E surgem as assombrações, os medos atávicos que nos perseguem desde as cavernas mal iluminadas, antes da invenção do fósforo e do candeeiro. E lá se vai o mensageiro, metido em suposições e mistérios”. Prepare-se: você vai entrar nesse livro, ou, nessa baia, por assim dizer, e se sentir sobre o cabresto da leitura e o pelego das contações, talvez também se revelando um cavalo garraio se olhando no espelho da espécie, nas aparências que ficam, que foram, que virão. CAVALOS SELVAGENS é isso: um romance para você montar nele e curtir a narrativa, pois a “vidamorte” mesmo pode ser só isso, uma corrida contra o tempo, contra o tal final feliz em que todos morrem, já que o que o maior desfecho pode ser um páreo duro de saber, mas bonito de se ler e se situar, se sentido parte do cocho que, afinal, pode ser isso que rotulam de existir. Temos, dessa forma, num romance ultra contemporâneo e pós-moderno, drama e suspense reunidos em um só livro... quando a morte é o grande eixo da trama, talvez seja melhor desmontar da pose e pegar gosto na cavalgada da leitura.

Clarice Lispector disse: “O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal. Enquanto que os seres inumanos, como a barata, realizam o próprio ciclo completo, sem nunca errar porque eles não escolhem. Mas de mim depende eu vir livremente a ser o que fatalmente sou. Sou dona de minha fatalidade e, se eu decidir não cumpri-la, ficarei fora de minha natureza especificamente viva. Mas se eu cumprir meu núcleo neutro e vivo, então, dentro de minha espécie, estarei sendo especificamente humana. (in, “A paixão segundo GH”)

Eis o romance CAVALOS SELVAGENS, eis a fatalidade romanceada entre a ração, a razão e o chicote da vida abrindo veredas, trilhas, iluminuras, vertentes e histórias cavalares.

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BOX:

Link para compra e informações sobre o autor e o livro:

 https://kotter.com.br/loja/cavalos-selvagens-silas-correa-leite/

Kotter Editorial

Rua das Cerejeiras, 194 – Curitiba, Pr

Telefone: 55 (41) 3585-5161

Email: contato@kotter.co

Autor: poesilas@terra.com.br

Pedidos de livros também podem ser feitos pelo e-mail: atendimento@kotter.com.br

Release do livro O TAO DA POESIA do tal do Poeta Silas Correa Leite

Release
livro O TAO DA POESIA

Silas
Correa Leite lança o livro

O
TAO DA POESIA



Indo
para o seu décimo nono livro, depois de DESVAIRADOS INUTENSILIOS, Editora
Multifoco, RJ, e de Troios Perigritantes, nanonarrativas perversas,
twittercontos, Editora Clube do Autor, o Cyber Poeta Silas Correa Leite,
tachado pelo site Capitu de O Rei da Web lança agora O TAO DA POESIA, Poemas,
pela Editora Clube dos Autores.

TAO
significa o ABSOLUTO. É a totalidade incluindo o visível e o invisível, é o ser
e o não-ser juntos, apresentando três sentidos, ao mesmo tempo como
"caminho", "caminhante" e a ação de
caminhar; por consequência, TAO é, ao mesmo tempo, o Criador, o Criado e a
criação. O TAO, como Criador, é o VAZIO e a FORMA, e também a transformação que
une os dois. Os Três são Um. O TAO não se limita em nome, forma, sentido, ou
qualquer outra coisa; todas as coisas, no entanto, são parte do Tao e as formas
do TAO se expressar. Pois o diferenciado Escritor premiado em verso e prosa
Silas Correa Leite bolou assim de literariamente como cyber poeta também se
expressar na linha de TAO, tomar esse partido, essa filosofia-conceito-busca
(caminhança), até porque sempre foi mesmo zenboêmico, contraditório, paradoxal,
ou como ele mesmo prega com seus 'surtos circuitos', de microcopoemas a
haicais, de twittercontos a pensagens (pensamentos mensagens) de pensadilhos
(pensamentos trocadilhos) e haicais tropicais, para não dizer da ironia em seus
links chamados de Silas e suas "siladas", em que filosofa, cintila, provoca,
toca, clarifica, salma, evoca e destila em pensaversos e outras criações entre
seu lado socrático e mesmo ético-humanista, sonhando assim, depois do chamado
fim das utopias por um humanismo de resultados.

O
Tao é o caminho perfeito, palavra, projeção, logos, razão. A Poesia somente uma
luz. Poesia como Poesilha tem a ilha como uma espécie de esconderijo do ser-se
de si. O Tao da Poesia é o caminho do poeta para um lugar que só existe no seu
fazer poético, talvez, muito além do sol, na busca do arco-íris, quem sabe
escondido numa curva de uma estrada de tijolos amarelos, uma Shangri-lá, uma
Pasárgada, uma Neverland, Uma Estância Boêmia de Santa Itararé das Artes,
Letras e Músicas, Imagens e Palavras. Mas não há explicações para a busca. Há
um caminho e o caminhar, o caminhante, a peregrinação, a caminhadura, a
caminhação. A poesia é somente uma fuga do sensível, tocando um Deus quando se
cria o confeito imagético da lírica alma humana, a arte como
libertação/levitação. O Tal da Poesia é o peregrino buscador que semeia o que
escreve. O livro é isso. Poemas feito em cima dos ditames de TAO e sua
iluminação. Os poemas do TAO DA POESIA também tem iluminura toda própria, e o
autor novamente surpreende com seus poemas-iluminuras em solo e luz de TAO.

Compre
o livro no site:

https://clubedeautores.com.br/book/151229--O_TAO

Entrevista
com o autor:

http://fm.fafit.com.br/podcast/entrevista-com-silas-correa-leite/













































Desestórias: Um Clássico de Márcia Denser Que Resgata Memórias, Em Sangria Desatada

Breves Apontamentos de Rebites para Um Rascunho de Quase Resenha Cítrica:

Márcia Denser, Sangria Desatada em Suas “Desestórias”

Rastilhos em Polvorosa em Apontamentos Para Desestórias

01.Tô na "leção!" da Márcia, PQP, que tornado de informações, lucidezas, ela ferina, libertária, mordaz, alucilímpida; um livraço, vale quando pesa, quem não ler é desconectado do que realmente se passa nos bastidores dos totens, antros, subterrâneos de pompas, o raio que o parta. Aliás, o livro é um raio abrindo memórias ressentidas, ressecadas, vc acaba por rever-se no aparelhamento da história como um coice, uma aula, uma lição, um verdadeiro mapa mundi de sepulturas malcaiadas, e tem que ler bebendo - para não acabar numa roleta russa de remorso e estupidez...

02.Que loucura o livraço da Márcia, tá tudo ali, um ensaio sobre terremotos; o olhar ferino- mordaz extremamente lúcido dela, libertária, porra louca, em lições de brasis e mundis, aulas sobre tudo, repassando histórias, falsidades, insurreições, um livro-aula-campi, quem não ler nem se sentirá na sobrevivencialização... Tô relendo e anotando, PQP, tb tô anotando me sub/vertendo comentários, porradas, vai ficar uma zona, mas vou indo, que mente vodkiana, hein? Temos que ser resgatados do inferno da mesmice, do achismo, do ódio customizado com rúculas de aberrações, bizarrices e toxinas?

Começo:

“Eu me interesso pela linguagem porque ela me fere ou me seduz”.

(Roland Barthes)

 

-DESESTÓRIAS DE MÁRCIA DENSER – Márcia Escorraçai por Nós

 

Somos todos discípulos do ridículo, somos todos apóstolos do caos, pobres tantãs entre embrutecimentos de comodismos? Parceiros em potencial de analfas, reaças, amebas, consumistas, nessa ridícula e cotidiana rotina pica-couve do raio que o parta a fórceps? Henry Muller, tenha piedade de nós. Irreverente, a escritora/romancista La Denser, o tango fantasma dela metamorfoseando em nosotros caras pálidas seus ledores-camaleões-chacais, numa terra em transe? Ave Césio. Os que vão subviver são uvas verdes no rede-moinho das aparências hostis. Uma refugiada ou uma desertora, a autora-escritora ela mesma esturricada de contemplações ferinas? Ah, escorraçai por nós. Nós? -Núcleo de Otários Subordinados. Nesses tempos tenebrosos (Brecht), deveríamos todos errantes ser vacinados contra raiva desde o ventre. O escuro é nosso e ninguém taxa. Eis a nossa cota de trevas. Coxinhas, grávidas e black bloc primeiro; La Denser tirou o medo-rabo do pedestal do lepo-lepo em DESESTÓRIAS, ou não-histórias, crônicas, artigos, opiniões, ensaios, tudo numa leva do bem bolado e bem sacado no estertor. Ah a indignação  pondo mais do que história-remorso. Só mesmo se inventariando do que se enlivra e regurgita seus vagidos narrativos, feito orgasmos múltiplos de doses duplas de realidade e soterramento para o éter-na-mente. Saravá “gentehumana”...  “É nós” nas tretas. O erótico virou pinóquio de chuchu com supositório de comodismo do mínimo impuro, do laquê de impunidade na opus dei da rapaziada, tudo dentro do campo da impune mediocridade-leviatã. É o “anacronismo” de La Denser salpicando de querelas as brutezas da vida. A saci-Denser capitulando em livros suas epístolas, bravatas e panurgismos. Debaixo do tapete infame das etiquetas há muito lixo e talvez até haja mais vidas do que no sofá com vaginas e estercos de sacos roxos com oxiurose. Pois ela discorre brava/mente sobre FHC, blogs, lobbys, 11 de setembro, Tea-Party, Bush e Sherazade. Acredite se quiser. Eu não teria coragem de escrever sobre a Marcia Denser a palo seco, e, falando sério, o selfie pode esperar. Ela é o prego enferrujado do faquir nas etiquetas do deleite derramado. Nas barricadas dos bares da vida ela foi “contracorrentes" (Ítalo Moricone) e nessa contracorrente deixa sua página de sangrias desatadas a evocar por nós, nas labaredas das loucurezas, honrando as calças. Estradas e bandeiras? Abre-se o livro e começa a expectativa já que o estado gozoso tb é lê-la e assim tomar sentido das bandas podres dos curtumes e fermentos dos ciclos historiais minados, e nas catanças de escrevinhares jorram as escrevivências dela, que bota fogo na canjica e relampeja em prismas fumegantes essa sua selvagem/realista literapura.

Ah a banda dos contentes (como diria o filósofo Erasmo Carlos), ela salta o surto com limpidez extraordinária. Alma gêmea? Algemas. O tesão de escrever sola pelos cotovelos e dispara cogumelos-torpedos de enredos ferozes. Transgredir é preciso. Nesse mondo-saigon (em que a terceira guerra mundial já começou e não fomos avisados), Márcia Denser incorpora a alma libertária-femina e escarra na grã-ralé, na grã-finagem-lesma, entre tantos parasitas e mochileiros sem galáxias ostentando o nada e o ninguém, mas ela sucumbe, soçobra no mar de sargaços destilando falatório, palavrórios e outras lucidezas.

Gente é para morrer de fome, contrariando o dizer do Veloso Caetano, isso é o que se lê nas entrelinhas da mundialização de mediocridade universalizada do livro, um clássico. Desestórias é isso; puro sangue - literalmente um pé no sacro das grifes, na patuleia desequilibrada das raves pro açougue das almas, e dos sais nodosos que não tiram a epiderme-cela de cada um. Ah a craca do ego doentio da “sifilização” fazendo pilates para morrer sem sair do lugar que está e é. Juntos somos cavalos? A massa podre desgovernada pela mídia-ração grita: fora cérebro. Mas o aço da palavra da Denser respira pelos gumes das navalhas na carne. Vc só a lê se inteirando se estiver muito bem desperto. Ela flui a narrativa e evoca a literata-libertinagem da verdade que dói mas vc não quer acreditar. Numa sociedade de estercos que sofre o open-doping da mídia-abutre, ela dá seu testemunho de saber lidar com suas estocadas antropogênicas. Que porra é essa?

Ela é toda adrenalina nos passando o que corrói o olhar, o enfoque, a evocação da escrita-salitre. Dá seus cortes, pincela, feito seu testemunho de presença nessa terra cobaia de deuses e pagãos. Criares diferenciados. As máscaras do capital, da política, do NEOLIBERALISMO-câncer, ela tira repentes de teatros figurativos, engessa a imagem e diz: isso não é bem isso. Retrata abismos temporais datados. Ah o cinismo de uma sociedade pústula e seu mundinho de siricoticos com rivotril e ansiolítico e cocaina. Que pocilga é a vida? Tudo cheirando a goma-lacta, creolina, oxxi, crack, e ainda os que vão todo ano num crime lesa-fisco comprar fantasias de Patetas na Disneylândia, sem saber um nada do que rola por trás, no entredentes, nos bastidores, ela mesmo escrevendo como se com uma faca entredentes. Evoé, Baco. Ah os desvãos da alma do lucro-fóssil, a vaca profana dos podres poderes, num mundo com regras pétreas de imbecilidade, em que ela se exila na escrita como pode... Sorte nossa.

Senhoras e senhores, o circo tá armado e Márcia Denser é um perigo: ela pensa. Mais, ela cria, pior, ela salga essa sodomogomorra que é a vida. Subversiva, intolerante, granada sem pino, fio descascado. Sua açodada visão estrebucha o que tem verniz adulterado, criticando os puteiros do sistema. Desde o capitalhordismo americanalhado, às instituições de fachadas do crime organizado, falsas ofertas e procuras, falso mercado, não obedece, logo, cria. Talvez, afinal, uma revelação dessa fossa borralheira que é a vidamorte sempre a lhe atiçar os ânimos e os olhos, e talvez ainda ela seja de uma forma ou de outra a nossa trombeta de Arendt tupiniquim. Extraterrestres venceremos? Estamos fudidos e mal pagos. Deixem-na sangrar pra nós, por avessos virais, em seus livros/livrações.  Vinhetas, pertencimentos, perguntações, mulherices, gordices, reflexões criticas, calhordices, detonando o indecente com fachada, pontuando pautas do arco da velha, contra siglas, antros de escorpiões, vertentes de chorumes existenciais... Diz do homem otarius, da consciência perversa, de amnésia histórica, dos nomes do jogo, da vida besta.  Ah DESESTÓRIAS é tudo isso em soma e sumo. Ela vagamundeia o arbítrio, o cético, as ferrugens, num macadame de enxergar o couro grosso da mentira, do embuste, do que contempla com filosofia toda própria e argumentação textamental de fina estampa e grosso calibre, tudo junto e misturado, isso mesmo, um mosaico do que é e não é. Ah, pergunta o leitor atiçado, e o livro Desestórias propriamente dito? Pois é isso mesmo que a teimar estou somando tudo para falar na “livra” que é aqui a enciclopédia (livre) de La Denser. Ela é o livro. No livro ela destripa o mico das inverdades, entre utopias e distopias conta ao seu modo especial, sarcástico, bombástico, deixando o leitor numa zona de desconforto: como pude não pensar eu tb sob essa ótica, ou sacar o indizível que ela na cara dura nomina, ou, pior, muito pior, deixar que eu entenda que tolo e coxinha eu assinei achando que sabia do riscado e a coisa está muito pior pra raça... Somos todos espíritos de pornôs? Vai doer mais em quem ler? Porque não é aceitável assumirmos a comodidade do inferno de nós. Pois esse é um livro que a gente sofre pra caralho na leiturança e muito no final da leitura, como se de toda a existência os acontecidos fossem gatos escalpados entupindo nossa visão com mentiras e lambanças. O pavio curto dela mantém acesa a esperança de que, sim, o mundo acabou, camaradas... A NUDEZ DO Brazyl S/A. A nova geopolítica manda. A nova desordem econômica mundial grassa e detona. As honras são capachos. E tudo cheirando a mofo e naftalina de togas, patentes, tungas, túnicas, igrejismos, palácios, impérios, farsas e fardas. O lixo da história? Ela retrata, conta a sua opinião crua. Diz das estratégias de manipulação da elite. Diz da arte do equivoco, da ideologia do choque e do saque colonial... Privatização da consciência? É com ela mesma. E vai fundo em heresias, rituais, tudo na sua cara...

A crítica a consagra:

“Márcia Denser é densa, vivaça, ferro e foro nas etiquetas:

Suplementopeernambuco - #PernambucoLeu: "Marcia Denser é uma das nossas vozes mais pungentes da literatura brasileira contemporânea. Para traçar o que foi o Brasil nos estranhos anos da virada entre ditadura e abertura política precisamos retornar à sua personagem mais famosa, Diana Marini - Diana caçadora, publicitária, louca e perdida numa São Paulo cinzenta que era no fundo todos nós. DesEstórias marca sua estreia no terreno da não-ficção, reunindo observações sobre literatura, sobre o mundo lá fora e aqui dentro, não deixando escapar nem um restaurante banal onde encontra os amigos, um ambiente em que é "tudo baratíssimo, lembrando um mix de naufrágio com suicídio empresarial no melhor estilo anos 50, uma vez que ainda sobrevive graças à frequência de teatros off-Roosevelt - atores, dramaturgos, diretores, técnicos, público, fãs de tudo isso retra e supra". E quando se olha no espelho não se esquiva de sombras, como nesse trecho em que reflete sobre seu trabalho: "isto não é autoficção, tampouco autonaufrágio, até porque escritor é aquele nadador com várias medalhas olímpicas que, cada vez que chega à beira da piscina, se dá conta que não sabe nadar, já o fez um dia, mas agora ele não lembra, contudo mergulha mesmo assim, toca o fundo e milagrosamente consegue emergir. Absolutamente só e ofegante, mas vivo, porra". E cada vez mais viva!", por @schneidercarpe #instalivros #instabook #literatura #leiamulheres #menos1naestante”

Rir aos quatros ventos. Ferir-se de ler. Ah essa cavalgadura do achismo. Os asnóias precisam de belzeboys e belzebundas para terem altar. Mais médicos? Não, mais médicis... A seco ninguém segura esse rojão, muito bem cantou Chico Buarque, deve ser isso porque a Márcia Denser escreve estopins. O cínico está pegando fogo? Saques o celular. Ah o selvagem coração da divida social dos infelizes miseráveis do progresso sem consciência, em arremedos de fés quase isso mesmo, fezes. E o endividamento moral coletivo? Ah o carnegão da pose. Macacos nos moldam. “Num mundo totalmente globalizado e informatizado, tornou-se impossível ocultar a realidade sob o manto da ideologia”(PG. 279/Desestórias). E descreve sobre Flips, Ongs, Haiti, Delivery, Favela, Jogos, Sacis, Erotismo, preconceito, Feminismo, lobotomia, DogVille, Paulistices, Vinis, Gordier, Bachianas, sítios, rituais, estágios, afins e pertencimentos pertinentes. Sempre com filosofia/sabedoria/acidez narrativa fora de série e as vezes irônica e mesmo muito fora do sério, que nem tudo que reluz é fêmea. Ela faz chover no piquenique das ideias, mostra reinados nus, e saltita aqui e ali sobre a sociedade-cadáver. Gotham City só existe no gibi? Leiam aos poucos. Leiam bebendo doses homeopáticas de vodka russa pura. Vai ser um porre, PQP, as toupeiras vão botar as panelas no vaso sanitário. As hienas vão entrar numa TPM temporã. Ah o conservadorismo e suas pataquadas amorais. Ela traz imagens do pântano, diz de núcleos de abandonos de todos os tipos, conta das tripas sociais (mídia), e expõe disso tudo cicatrizes e sequelas. Você abre em qualquer pg e lá viça a contação raçuda e logo se sente (está) no finca-pé dessa deriva ao notório como é e vc nem sacava que era. Toma um porre de informações e se assusta. Ela dita o ritmo, dela. Como não saquei isso à época? Se eu contar, vcs não vão acreditar. Leiam a obra. Ah a sabedoria pansexual dessas mulheres que tanto sacam que acabam a mosca na sopa das breguices e achadouros disformes do real. Enquanto o meio desinforma, ela desenforma tudo e revela-se: tá na área é grilo esclarecido. Fica entre uma inventariante de remorsos, de tropeços, de relicários e perdulários.  Com seu software todo peculiar, um imaginário e um conhecimento superior, MARCIA DENSER deixa com esse livro sua marca indelével de uma puta escritora, nessa obra-master em que se afirma nela e nos confirma MÁRCIA DENSER como uma literata monstro.

Querem saber? Leiam o livro.

Depois não digam que eu não disse. Márcia Denser, Escorraçai por nós...

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Silas Corrêa Leite – E-mail: poesilas@terra.com.br

Autor entre outros de GUTE GUTE, Barriga Experimental de Repertório, Editora Autografia, RJ, 2015.

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Livro DESESTÓRIAS, Crônicas e Relatos

Autora Márcia Denser - https://www.facebook.com/marcia.denser

Editora Kotter Editorial

332 pgs, 2016 – www.kotter.com.br

E-mail: kotter@kotter@bom.br

 

 

 

 

 

 

Livro Assustador 'K, O ESCURO DA SEMENTE de Vicente Ferraz Cecim

Pequena Resenha Critica

O "K"(aos) Numinoso da "Literapura"de Vicente Franz Cecim no Livro que já Nasceu Clássico

"K, O Escuro da Semente"

"Viver vale/Um delírio"

Sergio Capparelli, in, De Lírios e

de Pães/(A partir de um provérbio chinês)

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Prólogo: E-mail ao editor:

Olá Nicodemos Sena - Editor da Editora LetraSelvagem

Saudações. Assustado acabei de dar uma passada em transe no livro do CECIM. Que lindeza de loucura! Nunca a leitura é só uma vez só ou inteira nele/dele? Nunca tinha lido nada perto de parecido. Vivendo e levando susto; se eu ler mil vezes o K, conhecerei todo o abecedário neural/trans-espiritual do cara? Benza-Deus como diria minha genitora. Onde já se viu isso? Tentei ir lendo e me desatando os nós das sandálias, mas ainda não foi fácil. Acho que perdi uns parafusos, atiçado e alumbrado... Esse CECIM existe mesmo ou é invenção da letra selvagem na Amazônia-brasilis-Andara? Mando texto anexo com erros e acertos de comentários sobre o baita livro, para vc ver o que acha(...) Perdoe as ligas e anelos e divagancias; pensa que é fácil? E que o K tenha piedade de nós pobres mortais comuns.

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-... o impacto deste livro "K, O ESCURO DA SEMENTE" em mim - como desde antes na aturdida crítica especializada como um todo - e a técnica do contraponto, enquanto na abarcada (e proposital de feitio) dualidade "poesiaprosa", até o assustador jorro neural diferenciado do autor, Vicente Franz Cecim, já consagrado em outras obras espetaculares como único e raro no (seu) gênero que particularmente criou, como fora de série, de onde esplende sua "verborrágica" (aí se juntando verbo e mágica), loucura-lucidez, o já chamado estado "álmico" e o numinoso na mesma rapsódia, e, você, leitor, pego pelas palavras não saca assustadiço do que afinal se resta na leitura inesperada, se mergulha nesse "K" do literato, ou, se assim mesmo, literalmente resta-se também como um "koiso", no "kaos" leitural, ou se só e ainda "bebesorve" da almanau do autor nas escrituras em enlevo, provocadora, incomum porque especial, feito alucilâminas em "prosaverso", em que eu, lendo, também, por assim dizer "enloucresço". Livro que mexe com o leitor é livraço. Como é que pode isso, como é que pode assim? Livro bom é quando o leitor morre no final? Passei perto.

-... você vai, digamos, navega (nave cega a priori), depois, lê-se, vê-se, e capitula, se enleva também atraído, fisgado, abduzido, o que quer que seja a surpresa e o chique do chamamento ulterior. Como pode alguém (no humano), escrever isso, de-assim, desse jeito, assaz, na fuça, tresloucado, literalmente diferente e sem explicação, mas, estupendamente transpolar, multipan-polar, literalmente "literapura", dando com as palavras entrecortadas (e, entre, contadas), fragmentos/entre/vistas, numa vazão como magma entredentes/entrementes, alma limada (lixada?), tirando clarezas de sutilezas, cactos acesos de brutezas; tirando do "spiritual" (arrebatamento?) de si esses mantra em tons e tintas de um surrão interior, como se a nos "almar". Esse Cecim é único no mundo das ideias, das artes, da literatura singular que per/segue? Já antes elogiado por críticos de alto nível, já bem editado, até no exterior consagrado, já em continuação em sua sina sígnica, como uma espécie assim de um livro de Jó, de profecias (e profe-ceias) de Isaias, ou de Salmos contemporâneos e pós-modernos, a escrever sempre e tanto o mesmo livro - o LIVRO DE CECIM - continuando um tomo no outro e no outro, todos os livros um só, todos os livros ele mesmo em seu perene estágio de espírito; estado de semente de mostarda aos quatro ventos, aos sais de si, nas desaceleração de partículas do sal e de açucares de si, neutrinos narrativos, per-furando criações, entre pólens, ácaros, ícaros, troios até (mistura de joio e trigo), em perigritantes (perigos/gritos) a deslavar-se, enlevando-se, deste êxtase que fez e produz o poeta e literato sobre a arte como libertação/levitação. Cecim escreve como quem, ponhamos, se levita?

-... K, O ESCURO DA SERPENTE, segue a trama-tramóia-trauma metafísica da "asaserpente", transcreve o lumiar do encordoamento dos andamentos-continuações, pois a vida e a arte são isso: pesadelos customizados. Ah o adâmico horizonte agônico do ser/ente do devir. No dial quebrado de CECIM, o éter na mente é palavravável com atiço de imaginação? Tudo na sua obra é pura vidamorfose. O alfabeto humano não é humano? O homem é um erro, uma falha, uma falta de? Pois a arte é (precisa ser) o/esse preenchimento de vazios entre penumbras. Alvuras padecem rascunhos, e podem ser ranhuras de erratas elípticas. Os livros de CECIM não são deste mundo? Que mundo? Que desmundo? Ah a vox que clama no deserto dos bárbaros contando do ovo do sono, nessa sodomogomorra que ainda precisa de babeis para coroar o vazio da alma insepulta do Homo sapiens ao Homo demens, e do Homo degradandis ao homo interneticus...

-Considerando (especulando) o "K" da obra que aqui também supostamente pode ser de "Kaos", palavra de origem grega que ocorreu por volta do ano 800 AC com Hesíodo na Grécia antiga, e que era usada pelos gregos significando vasto abismo ou fenda; palavra que também alude ao estado de matéria sem forma e espaço infinito que existia antes do universo ordenado, suposto por visões cosmológico-religiosas, e, finalmente, o sentido mais usual de caos: de desordem, confusão, grande vazio ou grande amplitude, vazio primordial, podendo se pensar sobre que espécie de semente é essa, esse escuro que o autor burilando cria, entoa, evoca, ou que escuro é esse veios de sementes criativas do autor? Aliás, a bem dizer, Cecim não escreve, destila-se, destrincha-se, dilata-se. Quando escreve ao sair de si, entra (encontra) seu Nirvana? Ai de nós! Falando sério, CECIM descobre o inexistente, desdobra a regra formol, e, ao se assentar escriba, escrevendo vivifica a nosotros com seu tear de criação, afrouxa nós em entalhes e preciosidades de literatura esplendente de primeira grandeza lítero-cultural-criacional. Você entra no livro para ler o "romance"(?) de 384 páginas, e começa também a ler as entrelinhas e as linhagens dos desenhos gráficos, estéticos, pseudodispersos, vai entrando pelas beiradas e parágrafos abertos, e depois entra nos casulos de sua plantação de cenas, de cenários seus inventariando incêndios íntimos, e quando se vê não há como rotular, nem como nominar nada, você não se encontra mais, se perde de critérios e normas, nessas cantárias dele de criar o não-ser dizendo, o não-lugar aclareado, os sem nome, sem teias, num enlevo de um ser vertido para o nosso comum dizível, no entendível, no nominável enquanto prosa, enredo, ensaio, romance(?) em prosa poética, destrinche, prosa poética que seja em estrofes deitadas, vertentes e pinceladas de limonódoas, bijutelíricas, aqui e ali dando um susto no leitor que, também, perde-se de si, embarcando nessa canoa atiçada de K para ver e sentir, fluir, ver aflorar também frutos e raízes, e depois ainda (e por incrivel que pareça) não sacar exatamente o que é o ali e quando, arrebatado, sem ter um eixo exato do que é uma coisa e outra, porque, até mesmo na chamada Linha de TAO, o que não é passa a ser, o que já não existe se vê/lê, pois criado é nutrido, e o que se diz pode não ser exatamente quando, e o que se desdiz é ante-facho, arrebatamento, lume e correspondência com o que agrega o todo, formando a obra, em que o autor se dilacerou, plantou, orbitou, entre incensos, detalhes, silêncios, paradigmas, experimentações, pensagens (pensamentos mensagens), e deu a luz (bem isso) a esse livro-continuação, um livraço que já nasce clássico no gênero (que gênero?), livro lume e foz, enquanto assustador de tão rico e nobre, de seu tanto acervo de densidade em competência de zelo experimental (existencial) que seja na própria olaria de sua com-feitura. "K" é isso e muito mais. O que dizer ou tentar isso, depois de sair-se pelo menos alumbrado dessa arca de todas as palavras, todas as somas, todos os riscos e de/lírios de trânsito neural, de marco criacional, até assentar de novo no crível do plano existencial reles e trivial e comum dessa vidinha efêmera, desembarcando então dessa leitura/embarque?

A obra recheada de partituras lítero-poéticas de CECIM, quase um livro-ensaio "sagradoprofano" de bela e feliz e exuberante experimentação audaciosa e com altíssimo (em todos os sentidos) despojo lírico-espiritual-álmico todo próprio dele, feito epifanias de eulogias de gnosticismo laico, por assim dizer. Deus inventou as palavras, o dianho caído inventou os números, e os seres inferiores da casta telúrica deram de inventar a arte ousada para se sentirem cultuadores da criação que há no nominável sem prumo, no risível em sangria desatada, e no finito com aparência de divinus em perigrinanças nessa terra de Andara, Neverland, Pasárgada...

Matizes e iluminuras, derrama e esparramento de oleiro ornando sementes nidificadas, tramando poesia em prosa e contações, com anelos de temáticas em linguística muito bem barulhada e torneada. Tudo ornando livro, páginas e rumo sequencial num tabuleiro que parece labiríntico, e não é, e você segue o curso da trama, indo a navegar sem saber exatamente o que é margem, o que pode ser correnteza, o que tente a ser escoadouro, ou mesmo píer, mas sustentado pelo susto do porte da obra e então se deixa levar como um homem-árvore sendo nutrido, estra/vazando, muito além do simples e comum, seguindo as terras do bem-virá de Andara, como um leitor se escrevivendo e "escrevilendo" na alma de lã de vidro do autor, sem se desnortear das narrativas, ideias que arrebatam, falando, dizendo, feito um estado onírico de se entrar e sair estupefato com a musicalidade das letras do autor. Um reino de fantasias feito de palavras com/pensadas que agrega estrofes como ovelhas num rebanho historial. O fantástico e o inverossímil se apresentam. O inverso também, tudo pendurado nos cipós das implicâncias e reinações. E os paradoxos que se unem? O que pode parecer trevas é luz, o que parece luz é pântano escorregadio, e o que parece difícil é simpleza entre o lírico e o acabamento dele, numa atmosfera de lucidez/espírito/toleima/confeito lustral.

Do livro K e dele o autor CECIM, diz o literato da USP Adelto Gonçalves (In site Pravda/Rússia): "K O escuro da semente é mais um daqueles livros que o autor chama de "visíveis" e reúne na obra imaginária Viagem a Andara o livro invisível, que não escreve e só existe na alusão de um título. É o que o poeta denomina de "literatura-fantasma", em que foge a uma classificação formal, pois não se sabe se se trata de um romance escrito em prosa poética ou de um longo poema em prosa, mas sim de um gênero híbrido, que absorve todos, constituindo um diálogo entre Pai e Filho ou entre irmãos, como Iziel e Azael e Oniro e Orino. É também o seu primeiro livro em iconescritura, pois une imagens e palavras. De difícil leitura e definição, ao menos para aqueles leitores pouco afeitos à poesia menos convencional, o estilo de Cecim lembra a inquietação existencial de Samuel Beckett (1906-1989), Thomas Stearns Eliot (1888-1965), Ezra Pound (1885-1972) e Franz Kafka (1883-1924), passando ainda por Lautréamont (1846-1870), especialmente o de Os Cantos de Maldoror, e Zaratustra (660-583 a.C).

Tudo em CECIM adquire voz própria, rumo único, alma dilacerada ou se reconstituindo/criando seu mundo todo próprio, sua literatura toda única e especial, entre o ser marcado, o feérico, o inusitado, entre esvairados utensílios, criando pomos, pontes, tomos, diálogos, parágrafos, ramas e floresteiros, feito tudo em K, O Escuro da Semente, um achado, um achadouro. Com o suprassumo de sua alma, o autor escreve os sutras quânticos de uma obra que ao mesmo tempo que tem suas epístolas, tem suas respirações visionárias, sua drenagem de insurreição, sua peregrinação em sumulas, "nuvensfronteiras" se abrindo, sinfonias de letramentos jugulares. Leiam o livro, mergulhem nele, e nunca mais caiam em si, nunca mais caibam em si, nunca mais respeitem sextantes ou areias movediças. O tal do "céuterra" é dentro dos nós das cinzas de nós? A "Alma/zonia" é ele, dele, e em nele se reproduz em livros, assim como livrações mesmo, até nesse "serdespanto" em que afinal nos restamos todos com o que nos nutrimos de ler Vicente Franz Cecim.

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Silas Corrêa Leite - Professor, Jornalista Comunitário e Conselheiro em Direitos Humanos. Ciberpoeta e blogueiro premiado, escritor membro da UBE-União Brasileira de Escritores, Autor entre outros de GUTE-GUTE, Barriga Experimental de Repertório, romance, Editora Autografia, RJ.

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K, O ESCURO DA SEMENTE

Vicente Franz Cecim, Editora LetraSelvagem, 2016 - Coleção Sabedoria - www.letraselvagem.com.br - E-mail: letraselvagem@letraselvagem.com.br

o    Cyber Poeta Silas Correa
Leite, tachado Pelo Site Capitu de “O Neomaldito da Web”

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Breve Historial Bio-Bibliográfico

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-O atual literato e Cyber Poeta, Silas Correa Leite, na verdade nasceu no
bairro operário de Harmonia, na cidade de Monte Alegre, Paraná, região de
Tibagi. No entanto, a partir dos seis meses de idade, foi criado em Itararé,
São Paulo, cidade de divisa com o Paraná, terra de seus pais, que tiveram que
fugir do colonião do Paraná porque tinham loteamentos (Lotes das Cem Casas) na
área rural chamada Cidade Nova, adjunta a Monte Alegre, e foram perseguidos por
grileiros, bandidos e jagunços do político corrupto chamado Lupion, então
governador do Paraná. Por incrível que pareça, a área regional toda depois
estranhamente mudou de nome, sendo chamada de Telêmaco Borba, nome também de um
político jagunço e bandido ligado a corruptos da região.

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-O pai de Silas Correa Leite, Maestro Antenor Correa Leite, hoje nome de rua em
Itararé, é dessa cidade histórica (um dos primeiros a nascer na cidade na Era
de 1900), e quando jovem foi o primeiro acendedor de lampiões de gás de
Itararé. Em Itararé, de família rica que ficou pobre, Silas, guri de
pé-vermelho, estudou no Grupo Escolar Tomé Teixeira, quando foi alfabetizado e
descoberto também aos 8 anos como “Poetinha” pela primeira professora, Jocelina
Stachoviach de Oliveira. Silas terminou o curso primário, e, para ajudar a
família e o pai doente, parou de estudar e foi trabalhar de engraxate a
boia-fria, de vendedor de dolé de groselha preta a caldo de cana, de pipoca a
algodão doce, de garçom a aprendiz de marcenaria. Aos 16 anos, precocemente
estreava como colunista-colaborador do semanário jornal O Guarani, de Itararé,
também fazia imitações de artistas da Jovem Guarda em shows de prata da casa, e
tinha sido aprovado num concurso para locutor na Rádio Clube de Itararé.

o   


-Em 1970, só com o curso primário, Silas migrou para São Paulo, capital, em
busca de melhores condições de trabalhos e estudos. Levava na bagagem algumas
poucas roupas, muitos sonhos e vários cadernos de rascunhos poéticos que hoje
passam de mil e foram reportagem no programa Metrópolis da TV Cultura de São
Paulo. Na capital de inicio morou em cortiços, em pensões, dormiu na rua,
passou fome, até voltar a estudar, sempre escrevendo para os jornais de
Itararé, com os quais colabora até hoje, faz mais de 40 anos. Terminou os
estudos fundamentais e médios no Liceu Coração de Jesus, fez Direito, trabalhou
anos na área, na empresa ABE-Assessoria Brasileira de Empresas, até ir
trabalhar como assessor do Secretário Municipal de Educação da capital,
jornalista Paulo Zing, compondo equipe para ajudar a implantar informática no
ensino público da capital, quando fez Geografia e vários cursos de extensões a
especializações, tornando-se especialista em educação e se efetivando no ensino
público municipal e estadual. Filiado à API-Associação Paulista de Imprensa,
também se associou à UBE-União Brasileira de Escritores, ganhando alguns
prêmios de renome, representando Itararé no Mapa Cultural Paulista, vencedor
entre outros concursos do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores
(USP/Parceiros do Tietê/Rádio Eldorado/Estadão/Jornal da Tarde), premiado
também nos concursos Lygia Fagundes Telles Para Professor Escritor, Prêmio de
Poesia Biblioteca Mario de Andrade, SP (Gestão Marilena Chauí), Prêmio Literal
de Contos (Petrobrás), RJ, Curadoria Ana Buarque de Holanda, Premio Ignácio
Loyola Brandão de Contos, Prêmio Paulo Leminski de Contos (Unioeste-PR), Prêmio
Fundação Cultural de Canoas, entre outros, e ainda no exterior, o Prêmio
Microcontos Fantásticos Simetria, Portugal, e Prêmio Cancioneiro
Infantojuvenil, Instituto Piaget, Lisboa, Portugal, passando também a constar
em inúmeras antologias literárias em verso e prosa, inclusive no exterior, como
Estados Unidos, Portugal e Itália, além de incluído como Poeta Contemporâneo na
Revista Poesia Sempre, Ano 2000, 500 Anos de Descobrimento do Brasil, Fundação
Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.

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Silas Correa Leite lançou depois os seguintes livros:

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-Ruínas & Iluminuras, conjunto de poemas, (Prêmio Elos Clube/Comunidade
Lusíada Internacional)

-Trilhas & Iluminuras (libreto), Coleção Prata Nova, Editora Grafite, RS

-Porta-Lapsos, Poemas, Editora All-Print, SP

-Campo de Trigo Com Corvos, Contos Premiados, Editora Design, SC, classificado
para a final do Prêmio Telecom de Portugal

-Os Picaretas do Brasil Real (libreto), Cantigas de Escárnio e Maldizer (Série
Leia e Passe Adiante) Editora Thesaurus, Brasília, DF

-O Homem Que Virou Cerveja, Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio, Editora
Primus/Giz Editorial, SP/Premio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia

-ELE Está No Meio de Nós, e-book, Romance Místico virtual, Hot-Book Editora,
RJ, disponível no site www.recantodasletras.com.br

-E-book de sucesso, O RINOCERONTE DE CLARICE, pioneiro, de vanguarda e único no
gênero, primeiro livro interativo da rede mundial de computadores, Editora
Hot-Book, RJ. Obra composta de onze contos fantásticos, cada ficção com três
finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente
incorreto, quando o leitor também poderia escrever um seu final para cada
história. Livro campeão de downloads, referencial como livro virtual na web,
destaque na imprensa como Estadão, Folha de São Paulo, Jornal da Tarde, Correio
do Brasil, JBonline, Poetry Magazine, Diário Popular, Revista da Web, Revista
Cultura Sinpro, Minha Revista, Revista Época, e reportagem na mídia televisiva
como Rede Band, Programa Momento Cultural/Jornal da Noite (Márcia Peltier),
Programas Metrópolis e Provocações (Antonio Abujamra) TV Cultura de São Paulo,
Rede Brasil, Rede Vida, Canal 21 (Programa Na Berlinda), Programa Imprensa e
Cultura, Canal Universitário. A obra ainda foi indicada como leitura
obrigatória na matéria Linguagem Virtual, no Mestrado de Ciência da Linguagem,
na UNIC-Sul, Santa Catarina, tese de mestrado na Universidade de Brasília e
tese de doutorado na UFAL.

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-Recentemente lançado: E-book Infanto-juvenil, “Gute Gute, BARRIGA EXPERIMENTAL
DE REPERTÓRIO, ainda disponível como livro free no link: http://pt.calameo.com/read/0016106757767c03d1375



-No prelo: DESVAIRADOS INUTENSILIOS, Poemas, Editora Multifoco, Rio de Janeiro.

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-A sair: “DESJARDIM, Muito Além do Farol do Fim do Mundo”, Romance, Editora
All-Print, SP

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-“CAVALOS SELVAGENS”, Romance, aprovado pela Editora LetraSelvagem, Coleção
Gente Pobre, Editor Nicodemos Sena.

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O Cyber Poeta Silas Correa Leite está em todas as redes sociais, em mais de 800
links de sites, inclusive em Portugal, na Argentina, nos EUA, na Itália e em
Moçambique, África, etc. Está no Facebook, Orkut, Twitter, com seus
‘pensadilhos’ (pensamentos trocadilhos) e ‘pensagens’ (pensamentos mensagens)
escrevendo seus twitter-poemas, twitter-contos, as tiradas irônico-filosóficas
como as conhecidas e hilárias “Silas e suas ‘siladas”, tendo outras obras
inéditas, de romances a ensaios sobre educação, de novelas a depoimentos sobre
os tenebrosos tempos de chumbo da funesta ditadura militar incompetente e
corrupta, fazendo ainda criticas, resenhas literárias, microcontos e outros
trabalhos literários de vanguarda, além de criticar o cínico estado mínimo do
neoliberalismo incompetente e corrupto que viça em Sampa/Samparaguai, o
Estado-Máfia, com suas impunes privatarias e seus news richs das
privatizações-roubos; as riquezas impunes, os lucros injustos, as propriedades
roubos, o neoescravismo da terceirização, a impunidade generalizada, a
violência do quinto poder, e o dezelo público de muito ouro e pouco pão na
desvairada pauliceia de uma abandonada periferia sociedade anônima.

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Quanto à sua batalhadora vida particular, feito um eterno guri que amava os
Beatles e Tonico e Tinoco (o cyber poeta diz que sua infância é o seu melhor
tesouro), Silas Correa Leite tem união estável por quase 30 anos com a doce
Musa, admirável Companheira e Professora Rosangela Silva. Cervejólogo, ledor
voraz, foi bolsista pesquisador em Culturas Juvenis da FAPESP/USP-Universidade
de São Paulo, alega que gosta mais de ler do que de respirar; de que gosta mais
de escrever do que de existir, adora seus amigos sonhadores de utopias e
boêmios de SP, seus milhares de seguidores da internet e mesmo companheiros da
Estância Boêmia de Santa Itararé das Artes, Cidade Poema, da qual é autor do
oficial “Hino ao Itarareense”, tendo sido homenageado com o título de Cidadão
Itarareense e com a exposição “Imagens & Palavras” sobre seu trabalho
artístico-lítero-cultural no Centenário de Itararé. Para ler o Cyber Poeta
Silas Correa Leite em todos os seus variados, polêmicos e diferenciados
trabalhos e estilos, basta procurar pelo seu nome num site buscador como o
Google, e vai achar, além de textos, imagens, vários links no YouTube. Com sua
poética da tristeza, paradoxalmente com suas tiradas risadores e sua portentosa
metralhadora dialética cheia de lágrimas, ao ser provocado pelo Antonio
Abujamra (Programa Provocações/TV Cultura) o irreverente Cyber Poeta Silas
Correa Leite disparou que “corta os pulsos com poesia”, entre outras de suas
tiradas.

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Blog premiado do UOL: http://www.portas-lapsos.zip.net/

Site com breve currículo: www.itarare.com.br/silas.htm

E-mail para contatos: poesilas@terra.com.br

Livros Porta-Lapsos, Poemas, e Campo de Trigo Com Corvos, Contos, a venda no
site de SP: www.livrariacultura.com.br

 

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