procuro sempre um poema novo
procuro sempre um poema novo
não por ser uma questão temporal
mas que nos sacuda
ou por recusa das ideias que se escrevem
por dentro de todas as ruínas
e acima da morte
falas de amor
e rasgas a roupa de morrer aos poucos
é esse o nosso orgasmo
a alegria de todas as metáforas
em cada riacho
e em cada cumplicidade
amo-te na compreensão da noite
enquanto te desvendas
e todos os sons me fascinam
lembras-me o mar na sua voz de prudência
uma sementeira de gozo e luz e vida
eu tenho os meus sonhos
uma árvore que se enraíza e cresce
uma terra fértil que se faça alegria
por um toque de amor