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kronyer

kronyer

— Quem escreve aqui não sou eu

2000-12-10

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Alguns Poemas

Trópico

Verdes feito folhas
Gritam de cima da árvore
— Duas maritacas

Lua-vazia

A Lua de hoje não é tímida
Muito pelo contrário
Insiste em se mostrar.

Imenso círculo amarelo
Pairando sobre a absolutamente
[frágil e cega humanidade
Cujos olhos fitam nada mais
— Que o próprio chão cinzento.

Librum Vitae

Vivo repetindo
todos capítulos
desse imenso livro

Nessa leitura
me lembro dos rostos
agora em molduras
me ferem com gosto

A cada pagina
que fora virada
deixo a marca
do meu passo

Apressado
marco a página
apago a memória
—Livro Fechado.

Ciclo quaselunar

Em tinta vermelha
Fitando a Lua cheia
Sinto calma saudade
Dos tempos de outrora
Quando os dias ainda
[não ameaçavam

— Escorrer entre meus dedos

Thw wwndw

One day
I'll not be here
To close this window
To feel the wind blow

— Just fear that may
This day draws near

Título obrigatório

Sol de setembro
se fui feliz
já não me lembro.

Descarga

Dessa vida de merda
Só espero...
Papel higiênico
E uma boa cagada.

Homo-machinalis

O homem-máquina
Nem homem
Nem máquina

Age inutilmente
Incapaz de demonstrar
Capacidades, sentimentos

Vazio de si e do resto
Maquinalmente incapaz
Humanamente vazio

Percorre trilhos
Humanos
Invisíveis

Chega ao destino
Irremediavelmente
— Maquinal

Silêncio

Quem me dera ser Lua
Refletir-me no mar

É que Lua nunca pensa
E se nega a pensar
Razão que não é sua

— O brilho solar

Mar-esia

— Venta!
O meu barco
Não têm velas

Deixo o mar
Me Var
Le
Me Lar
Ve

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