ArmandoACGarcia

Do primeiro amor... (soneto duplo)


Do primeiro amor... (soneto duplo)

Do primeiro amor, ninguém esquece
É sentimento que na vida inteira cresce
Na alma que ama, o coração floresce
Sentimento intenso que não perece

É esse amor eterno, verdadeiro
Que a alma alimenta no braseiro
Mantendo na memória do primeiro
Condição dum digno cavalheiro

E este sentimento é tão profundo
Que em qualquer lugar deste mundo
O primeiro amor é o mais fecundo

Feliz daquele que recebe a benção
Sacramental da eterna união,
Sentimental desejo do coração !

II

Todavia, por certos contratempos
Outros, tão divergentes da vontade
Não que seja por meros passatempos
Perde-se o amor primeiro, vem saudade

Esta infinda, trazendo a nostalgia,
Preso à memória o desejo aceso,
Querendo o primeiro amor a cada dia
Como se pudesse voltar ao que é defeso

Tristeza, dor e sofrimentos mil
Ao sentir no peito amor intenso
Sem puder ser ao grande amor servil

É o amor que a alma não esquece,
Nem o coração o deixa suspenso
Passa a vida inteira, e não perece !

Porangaba, 13/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Recordações d’amor


Recordações d'amor

Recordações são o preâmbulo d'amor
A beijar suavemente minha saudade
Lindas melodias cheias de candor
Trazendo à minha alma felicidade.

Nelas, alimentei meu sonho e fantasia
Ah! Se as lagrimas pude segurar,
Vi meu coração chorar nostalgia
E refugiar-se num sonho a palpitar.

Essa saudade infinita de ti amor
Tem sido o constante em minha vida
Tu foste para mim aquela flor

Que vi nascer e não desabrochar,
E sem sentir os teus olores querida,
Ferido de morte, restou-me aceitar !

São Paulo, 09/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Nostalgia


Nostalgia

Meu manto da nostalgia, neste exílio,
Enterrado em coisas velhas do passado,
Após ter mudado pra sempre o domicílio
Deixa-me olhar o mundo desconsolado.

É saudade da Pátria, que a alma sente
Cujas memórias não ficaram esquecidas,
É sonhar puder voltar, ser consciente
Da pungente dor que causou a despedida.

Sentir nostalgia, é ter na alma saudade,
Do fado plangente, a trinar na guitarra
É reavivar esperanças mortas, amizade

É encher de sonhos minha fantasia
É tornar esta dor, ainda mais bizarra
Ir ao meu país, sentir vozes à porfia !

São Paulo, 27/01/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Perdido em mim


Perdido em mim

Perdido em mim, como vou saber quem sou
Se esse louco amor por ti, me cegou,
Minh'alma ao abandono, de ti migrou,
A matéria... é este trapo... o que restou !

Não posso saber quem sou, nem o quero
Vivo na aparência, realidade de fachada
Se um dia te encontrar, já nem espero
Ouvir dizer, que foste minha namorada.

A paixão desse amor, ainda existe,
A sofrer até à morte os meus pecados
Sou como flor velha, estiolada e triste,

Que às ondas da saudade mal resiste !
Ao engano infeliz destes meus fados
Desde o dia jururu em que partiste.

São Paulo, 13/02/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Castelo encantado (Infantil)


Castelo encantado (Infantil)

Naquele castelo encantado
Morava uma linda princesa
Um súdito era encarregado
De proceder toda limpeza

Certo dia caminhando,
Moço nobre ali passou
E meio desconfiado
Ao súdito, ele indagou:

Se alguém ali morava,
No castelo tão bonito,
E quem tão bem o cuidava.
Mediante o elogio inaudito,

Ele contou ao forasteiro
Que uma princesa encantada
Foi vítima dum cavaleiro
Que tentava desposá-la,

Por não ser correspondido
Encanto mandou fazer;
Pra só voltar ao sentido
Se um cavaleiro a quiser,

O moço sem mais rodeios
Prontificou-se ir ao castelo.
Tirou do cavalo os arreios,
Viu na princesa, um modelo,

Ficou deveras encantado
Ao ver pessoa tão bela
E meio desajeitado
Deu um beijo no rosto dela

E, no seu beijo quebrou
Todo aquele encantamento,
Ele, a ela amor jurou,
Foi um fausto casamento !

São Paulo 17/04/2017
(data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Mundo de insatisfeitos


Mundo de insatisfeitos

Um mundo de insatisfeitos nos limita
Uns p'la falta de sorte que o destino dita,
Outros, pelo quinhão nefasto ou benfazejo,
Quando a ganância, supera o seu almejo.

O pobre, por ser pobre, pouco planeja,
O rico, a totalidade, ele deseja !
O ser humano; essas quimeras sustenta,
Onde pobre e rico delas se alimenta,

O rico com o ouro, fica encantado
O pobre na cachaça, leva enganado
O destino perverso, mágico, tirano,

Insaciáveis desejos alimenta
A mente humana na qual se sustenta ,
A ilusão do pobre, do rico, do cigano !

Porangaba, 30/01/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Só !


Só !

Só, na trajetória, abandonado
Esgotado na mágoa e amargor
Cansado da vida, desventurado,
Só ! O sonho escorre como a dor.

As lágrimas dos olhos, inútil secar
Porque as da alma, jamais secarão
Esperança morta, não pode vivificar
A incessante aflição do meu coração.

Só ! Nas mãos do destino a flutuar
No silêncio, d' ansiedade e sentimento
Contra os recifes na violência do mar

Só ! Atirado nas ondas do destino
A minha vida, caí sem um lamento
Na última prova do estágio divino !

São Paulo, 12/04/ 2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Meu Trás-os-Montes


Meu Trás-os-Montes

Numa tarde de silêncio e calmaria
Mal buliam as folhas dos olivais
Ao sol abrasador do meio-dia
Num ouro fulvo, ondeavam trigais

Os sobreiros quietos e sossegados
Dão pequenas sombras aos trigais,
Nessa paisagem, de amarelos dourados
Rapazes e raparigas fazem arraiais,

Tudo é casto e sedutor nessa miragem
Mais parecendo a tela de um pintor !
- Esta terra agreste, dura, e de coragem

Faz parte do folclore de minha terra,
- Onde é a gaita de fole, quem nos convida,
A ceifar o nosso trigo, ao pé da serra !

São Paulo 14/02/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Meu pobre coração


Meu pobre coração

Meu pobre coração não corras mais,
Cuidado com amplas idéias liberais,
Porque os anseios de total liberdade
Não estão inseridos na realidade.

As quimeras são lindas, porém irreais,
São conquistas dos meios sociais,
Que paulatinamente, vão-se moldando
E nesse ínterim, o mundo vai mudando.

Não te fascine o brilho da liberdade,
Não temas que esse culto possa fazer mal
Sê prudente e cauteloso como a serpente

Que quando dá o bote, é de repente
Embora a ela, em nada sejas igual,
-Não andes cego, a tatear igualdade !

São Paulo 15/02/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Vingar-me-ei !


Vingar-me-ei !

De tão frágil, o amor que prometeste
Durou pouco, muito cedo se acabou.
Foi igual às flores, que um dia tu me deste
Numa semana, o seu viço terminou.

Eterno amor, dizias tu, nessa conquista
Qu'não passou de inconsequente aventura,
Depois que me usou, nem disse... até à vista
Esqueceu logo, desse momento de ventura.

De ti, conservo no peito, só amargura
Que guardarei num escrínio pequenino
Até que possa levar à tua sepultura.

E junto ao pó dessa múmia, depositarei,
O pó do escrínio, guardado em meu destino
E assim, de teu espírito, vingar-me-ei !

São Paulo, 21/01/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Resido na via-láctea


Resido na via-láctea

Sou sombra perdida, dum passado errante
Longe das ilusões, do fausto das primaveras,
Resido na via-láctea em nuvens de quimeras
Perdido nos sonhos, das cinzas dum gigante !

Em manto clemente, repouso alma sonhadora
Onde um dia, há de dormir o sono eterno
E nesse manto de amor o Criador paterno
Há de, pelo ideal sagrado, levar-me à nova aurora

A luz da vida, é como a do sol ao entardecer,
Vai morrendo... até encontrar a escuridão
- Ao oposto da criatura que ao nascer,

Tudo é luz, fanal de claridade, esperança
Um seio de amor, ternura e afeição,
Nas asas da ventura, que não se cansa !

São Paulo, 04/02/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Sem um triste adeus


Sem um triste adeus

E sem um triste adeus ao meu destino,
Parti na nova caminhada da vida,
Nesta idade, não sou mais um libertino
A saudade, num instante é sentida.

Carrego de lembranças o coração
As lágrimas sentidas, são retidas
Pelo abalo moral da comoção,
As cicatrizes no peito, são feridas.

Deste mundo insensato, sem amor
Do qual parti, sem porto pra ancorar,
Sequer um lenitivo pra aplacar a dor.

Não há termos, pra expressar a agonia
Nem há porto, onde eu possa ancorar
Nesta estrada, sem sentido e heresia !

São Paulo, 19/04/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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A Busca do Tesouro ! (infantil)


A Busca do Tesouro ! (infantil)

Diziam que naquela ilha
Havia tesouro enterrado
Por isso pai, filho e filha
Foram buscar o almejado.

Viajaram mar sem fim,
A ilha não encontravam,
Até que um dia, por fim
Uma ilhota avistavam !

Mesmo sem mapa, sem rumo
Na ilha se aventuraram
A procurar, em resumo,
De procurar se cansaram ...

Não achando o tal tesouro,
O mar de novo enfrentaram.
Aí viram que valia ouro
As terras que não plantaram.

A aventura da viagem
Fez os três reconhecerem,
Que lhes faltava coragem
Pra suas terras cultivarem

Virão então que o tesouro
Estava em suas próprias mãos
Pois quem planta tem ouro
Nos grãos que advirão !

Conclusão, moral da história
O trabalho é um tesouro,
Sargaços escondem pérolas
E são eles que valem ouro !

São Paulo, 01/04/ 2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Peregrino do amor !


Peregrino do amor !

Os anos se passaram lentamente
E nessa lentidão meu sofrimento
Aumentou dia a dia, certamente
P'lo tempo consumindo minha mente.

Da memória, nunca tu foste tirada,
Só lembranças, não bastam ao coração
Para mim, foste a eterna namorada,
Fonte de toda minha inspiração.

Tempos impossíveis de esquecê-los
Que firmaram em mim sensível paixão,
Está difícil agora removê-los !

Não queiras, em desejos envolvê-lo,
Deixa refugiar-me no pobre coração;
Não quero sofrer novos pesadelos !

São Paulo, 08/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O Cara chata (jnfantil)


O Cara chata (jnfantil)

Cara chata era o nome do boi selvagem
Que vivia na pradaria e escalava os montes
Tudo com uma facilidade incrível
Mas era infeliz, por falta duma companheira

Pensava em mudar-se pra outras plagas
Mas pensava que ali tinha pasto e água
E em outro lugar, como dizem as lendárias sagas
Poderia não as encontrar e ficar seco igual tábua.

Mas, um certo dia, ao passar duma boiada
Novilha desgarrada, naquele prado ficou
O cara chata, fez dela sua namorada

Reproduzindo-se, fizeram uma manada
E o isolamento, para sempre acabou
Reinando a paz e amor em toda boiada !

São Paulo, 02/04/ 2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O Vate


O Vate

Como o ourives cinzela uma jóia
Procuro cinzelar minha poesia
E os delírios desta paranóia
São para mim, uma eterna alegria

Como o escultor que uma pedra lavra,
Procuro lavrar a minha poesia
E procuro que a síntese da palavra
Traga o leitor à minha companhia.

E que em cada frase escrita sinta,
O que eu senti ao escrever o texto
Se não gostar, seja sincero, não minta

Diga a verdade, não tenha o pretexto
De agradar este rudimentar escultor,
Para que ele, possa melhorar o contexto !

São Paulo, 02/04/ 2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Um contra-senso


Um contra-senso

Refletindo custa a crer
Q
ue em Deus sejamos irmãos
A ciência salva os doentes,
Pra guerra matar os sãos.

É, ou não, um contra-senso
Do ser humano animal,
Dentre seu labor imenso
Faz o bem, questiona o mal

A vida, assim nos condena
A salvar ou a matar
Pelejamos nesta arena
Até o mundo acabar !

É, ou não, um contra-senso
Dizer que somos irmãos
A ciência cura os enfermos
Vem a guerra, mata os sãos

Por isso me custa a crer
Que sejamos todos irmãos,
Uns vêm pra padecer
Outros, cheios de afeição !

São Paulo, 19/04/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Esboço duma reflexão


Esboço duma reflexão

I

Há quem não ache bem que o satisfaça
E percorra infeliz o mundo afora
Encontra o ludíbrio e a desgraça
E por cada lugar que passa, chora.

Foi vendo um agricultor venturoso;
Que perguntou a razão dessa alegria
Voltando-se, respondeu todo orgulhoso
Planto, semeio e crio, todo o dia

Ao contrário de você, que nada faz
Nem vê florescer a natureza
Por isso, ignora dela a sua paz

Se exaspera nos meandros da tristeza
Ao invés de como eu, contemplar os céus
Olhar a imensidão deste mundo de Deus !

II

Foi refletindo nas rudes palavras
Do venturoso matuto camponês,
Que, o finório filosofar deu abas
A elucidar a cega ambição de vez

E de um sujeito rude, ignorante
Recebeu ensinamentos de valor
Despertando sua alma dissonante
Volveu o olhar ao grande Criador

A ingrata e dura vida que levava
Passou a ser gratidão e brandura
Vendo a felicidade e a formosura

Nos lugares que anteriormente
O enfadavam de tédio e fastio
Passando a viver feliz e contente !

Porangaba, 07/04/2013 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O idoso...


O idoso...

A matéria já está debilitada
O tempo o fez envelhecer
Ao clamor de tantas madrugadas
Perdeu a vontade de viver

De repente, fica mudo a cismar
Quando dará seu último suspiro
Está sendo difícil suportar
O ar ambiental que respira

Se a vida já é amargurada
Como pode, frágil enfrentar
Quem sempre viveu nesta jornada
Cheio de viço, ora, a agonizar

Era risonho, era prazenteiro
Enfrentava a dura caminhada
Lutava bravo em busca do dinheiro
Que fosse compensar sua jornada

Quando jovem, tão ativo e forte
Nada era capaz de o deter
Agora, só pensar enfrentar a morte
O forte, perdeu a parada de viver

Tristonho, é um ser sem coragem
Que sua saudade o faz chorar
Qual marinheiro de primeira viagem
Que vai afrontar o mar sem bagagem

Ele, que viveu sua vida inteira
Sem perder da vida a confiança
Está agora, perdendo a estribeira
Sem puder equilibrar a balança

São Paulo, 11/02/2013 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Estro de amor


Estro de amor

O estro de amor, que era só ventura
Albergue de amizade e de ternura,
Desfez-se igual a nuvem de fumaça
Deixando em si, um rastro de desgraça.

Naquele tempo minh'alma inebriada
Ao prazer e doçura era arrastada,
Dando ensejo e graça aquele cotejo
Sem vislumbrar razão de tal desejo.

Com que amargura, hoje te enxergo
Quando pela idade a cerviz envergo.
- Passou o tempo d'aquela intimidade.

Sorte cruel !... onde na mágoa triste,
Curto meu fado, fingindo que não existe
No ninho de amor, deslealdade !

São Paulo 18/01/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Na vida da gente


Na vida da gente

Na vida da gente quando tudo desanda
A gente não vê nada mais a seu redor,
O coração parece ter um estertor
A alma, tal roupa estendida na varanda,

Sendo arremessada ao sabor do vento,
Pedindo passagem ao corpo tão sofrido
Em que o verbo amar é surpreendido
E perde as estribeiras pelo sofrimento.

A gente desatina, endoidece, sufoca
Tudo parece desproporcional,
De desconforme a antinatural,

Até o silêncio, estoura igual pipoca,
Nada pra gente parece natural
Perdendo o equilíbrio, entre o bem e o mal !

São Paulo, 01/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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As cordilheiras da vida


As cordilheiras da vida

Parecem intransponíveis as cordilheiras da vida
Mas pé ante pé, sem exceder os limites da liberdade
Após ter resistido corajosamente e enfrentado a lida
Insistindo, recalcitrando, permaneceu a vontade.

Pé ante pé, transpôs as abstrusas cordilheiras
Excitadoras de grandes esperanças futuras
Norteadoras de probabilidades clareiras,
De trilhar novos caminhos, sem agruras.

E, finalmente vencidas, surge a esperança
De novos dias, onde a luz e a bonança
Serão os fatores de toda predominância.

E sem meter os pés pelas mãos, está no caminho
Cruzado o embaraço, tirou o espinho.
Finalmente, leva a vida cheia de carinho!

São Paulo, 30/03/ 2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O Dom da ubiquidade


O Dom da ubiquidade

Tivesse eu o Dom da *ubiquidade
Estaria a teu lado neste momento, amor !
Mas, por ser um Dom inerente a Deus
A não ser no pensamento, ninguém o invade

Esse Dom da ubiquidade só se impregna
Se representado pelo pensamento **bergsoniano
Jamais materializado no campo ***teluriano
Pois a realidade é séria e não admite ironia.

Quisera eu, meu amor tê-lo por um só dia
Para minimizar minha louca fantasia,
De poder beijar-te, cheio de alegria,

Acariciar teu seio, sentir teu perfume
Arder de desejos, como madeira no lume,
Oh! quem me dera transpor incólume !

* Que está ao mesmo tempo em toda a parte;
** a ubiquidade do pensamento por Bergson
*** da terra

São Paulo, 28/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Passeando em minha alma


Passeando em minha alma

Conseguiu-me seduzir a vida inteira
Passeando em minha alma e coração
Deixei-me conduzir pela ilusão
Fascinado p'la afeição verdadeira,

Anos após anos, viva na memória
Donde nunca pude tirar seu amor,
A saudade vai e volta, como a dor
Parece uma lembrança obrigatória !

Serão aspirações duma vontade,
De desejos aflorados e latentes,
O certo é, que eu, nesta ansiedade,

Chamo a saudade d' eterna felicidade,
E no silêncio da alma vou guardar
Para sempre a minha debilidade !

São Paulo, 31/03/ 2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O nada sou eu !


O nada sou eu !

Não tem quem console o meu coração
Minha alma está triste e pede perdão
Nas sombras da vida, o nada sou eu
O ontem foi hoje, o hoje morreu.

Talvez outro dia, ele seja o amanhã
E a essência da vida me alegre, louçã
A angústia que tive, o vento levou
Das mágoas que tive, nenhuma restou !

A dor que trespassou meu coração
Da paixão imortal, não se apaga
Hoje, cansado, beirando o caixão,

Desiludido da vida que me frustro
Dum grande amor, deixo ao fio d'adaga,
O último suspiro, que em mim restou !

São Paulo, 10/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Súplica de Amor


Súplica de Amor


Não quero viver de sonhos, nem de fantasias
Pra o meu coração, já chega de saudades
Quero uma vida de amor, repleta de poesias
Por isso amor, dá-me essa felicidade

Já sinto na primavera, o germinar das flores
O sol irradiando sua luz e calor,
Dos cravos e das rosas, sinto seus olores
No meu peito, o fascínio pelo amor !

Abriga nos teus braços esta paixão
Quero concretizar em ti este desejo,
De possuir o teu amor no coração,

Oh! criatura linda... que eu tanto almejo
O meu desejo não deixes passar em vão,
Pois tu, sabes ser este meu único ensejo !

São Paulo, 02/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Esperanças sem fim...


Esperanças sem fim...

Desde que a saudade se hospedou em mim
A solidão se encastela e não tem fim
As imagens que revivo, são tormento
Estar longe de ti, é o meu lamento.

Essa dor, me consome sem esperança
Quando lateja em mim tua lembrança
Meu semblante exausto e combalido
Não sei se valeu a pena ter vivido !

Meu coração esfaimado de ternura
Só encontra saudade e desventura
Está na hora, de a essa dor, dar um fim

Nos vestígios cravejados de desejos
Sonhos desfeitos cheios de ensejos
Que um dia se apoderaram de mim !

São Paulo, 24/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O preço da bondade do velhinho


O preço da bondade do velhinho

Cansado de caminhar o velhinho
Sentou-se na relva fresca a descansar
Fecha os olhos e a ideia em torvelinho
No instante pensa... de que serviu trabalhar

Após longo tempo meditando no passado
De suas andanças viu-se amargurado
- Foi rico... agora ao mundo jogado
Por seus bens ter doado antecipado.

D' nada lhe serviu no mundo trabalhar.
De sonhos e de carinhos despojado,
O preço do equívoco está a pagar,

Peregrinando nas ruas sem parar
Tratado como um cão e debuxado
Foi a paga, por seus bens, antes doar !

São Paulo, 13/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Como o néctar,


Como o néctar,

Teus lábios do que jaspe mais vermelhos
São o néctar, que deu vida a meu amor
Só de ver-te, já não me sentia velho
Porque enchias meu peito de ardor,

Quisera eu, que teu coração palpitasse
Por sentimento terno igual ao meu
Talvez de amor, então não brincasses
Com quem por ti, de paixão quase morreu

Meu peito, eternamente magoado
Minha alma pisada, contundida
Sem puder ter de novo a meu lado

O amor de lábios mais rubros, que já vi
Querida, é triste dizer-te, mas direi
Que desta vez, para sempre eu parti !

São Paulo, 28/02/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Oh! linda criatura


Oh! linda criatura

Ante tua beleza oh, linda criatura
Vejo-me fascinado e apaixonado
Fecho os olhos e diante dessa formosura
Vejo-me em silêncio, ser por ti amado

Tua insinuante beleza me seduz
Nesse sonho belo, procuro alimento
Que nutre, estimula e me conduz
Ao cume do apogeu do pensamento

Sejas tu, minha estrela, a minha luz
Como foste inspiração destes rabiscos
Peço a Deus que não sejas minha cruz

Mas sim a Diva de todos pensamento,
Oh! linda criatura, beleza d' Andaluz ,
Pra poder amar-te, em todos os momentos !

São Paulo, 03/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Caprichos da imaginação ...


Caprichos da imaginação ...

Busco com palavras mostrar ao mundo,
Na beleza da vida o que é fundamental
E que o amor em par, é o mais profundo
Bem, que existe no reino animal.

Nos mais de mil versos pobres, singelos,
Tenho procurado dita beleza mostrar,
E nessa espontaneidade, entre os belos
Meus versos, mal podem se destacar.

Essas musas desde criança me fascinam
E determinam o comportamento poético,
Minh' alma, fácil, fácil a dominam.

E surgem palavras bailando na mente
Chego à conclusão não ser genético
Mas sim, fruto gerado do omnipotente !...

São Paulo, 03/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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A banalidade


A banalidade

Trago no peito entranhada a solidão
À minha alma, já falta inspiração
Esperanças, especulações e fantasia...
São hesitações do momento a cada dia.

A banalidade da indiferença
Sofrida com calma pela descrença,
Fez de mim um intrépido lutador,
Que nem na última gota, sente a dor

E se a dor, persistir em magoar,
Do meu peito, hei de a arrancar
E não serão os delírios do coração,

Que irão impedir de eu controlar
Nem mesmo evitar de abortar
A intensidade dessa louca paixão !

São Paulo, 19/04/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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