Eduardo Silveira

V Atalanta


De toda a revoada,

a borboleta de asas negras

é a mais bela.

Os pássaros, quando cantam,

cantam por ela.



Ao me ver,

                    fingiu.             

                                Fez que vinha.

                    Voou,


sumiu.



Passou em todas as janelas,

menos na minha.



Pousou em todos os jardins,

mas o meu não viu.