-Alô?...Sou eu!...Ah...como eu te preciso!...
Liguei pra ver na tela o teu sorriso;
teu rosto que eu guardei no meu de amor tão pleno,
coração!...A lembrança na alma ainda persiste
do nosso último encontro em que nela imprimiste
o teu doce sorrir, num leve aceno!...
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-Alô?...Ah!...Sim!...Foi bom o nosso encontro derradeiro!...
Desculpa, não aparecer na tela, corpo inteiro...
...Novidades tenho; acontecimentos novos e inesperados...
...Agora, só posso te dizer que simplesmente
fazem parte de um que eu quero te dar, presente
neste dia em que chamamos "dos namorados!..."
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-Ah!...Sim!...Mas por favor um pouco desce para que eu veja;
o foco desta câmara...Atende ao apelo de quem muito deseja
(não sejas assim cruel amada, comigo)
ver este corpinho teu que a bem pouco
me deixou de amor tão prazeroso, muito louco!...
Corpinho este que é eternamente, meu eterno abrigo!...
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-Ah!... Sim!...Foi bom demais!...Meu Deus...que coisa louca!...
Gemidos e sussurros...minha voz então rouca;
lençóis amarrotados e encharcados de suor!...
Momentos inesquecíveis e pra futuramente revivê-los!...
Tua boca beijando todo meu corpo, eriçando os meus pelos
e nada mais nos importava, de nós, ao redor!...
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-Lençóis amarrotados; juras, gemidos e teus ais
pedindo que todo inteiro em ti, entrasse cada vez mais!...
As bocas a misturar salivas...e a consequencia
de tudo isto; num quarto morno e então silencioso
o clímax total; o doce gozo
unindo a minha, a tua, a nossa essência!...
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-Desce o foco desta câmara; não ajas assim com malvadeza...
-Se assim eu o fizer; estrago a surpresa!...
...Novidades tenho; acontecimentos novos e inesperados!...
-Me deixa ver teu corpo...amor...pondera!...
-Pois bem...aí está!...São nove meses de espera;
o presente que te dou no dia que chamamos "dos namorados!...
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(GERALDO COELHO ZACARIAS)
Quando eu nasci, foi traçado
pelos astros, desenhado
no espaço vazio infinito;
que estava à minha espera
alguém nascido em outra era,
e que assim estava escrito:
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traçado pra alguém (pra dias bem distantes)
apesar de ter vindo ao mundo antes;
foi o mesmo destino também...
Pra ela, dos astros são essas as diretrizes;
alguém que lhe dará dias felizes;
e serás tu, esse alguém!...
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Ia eu caminhando pelo mundo, quase á toa
quando deparei com uma pessoa
que logo foi dizendo: "companheiro,
seguindo eu da minha vida a estrada,
muitos me ofereceram (sim, fui amada)
porém...nenhum ofereceu amor verdadeiro!..."
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E eu fui dizendo: "amiga,
nem bem sei eu o que te diga,
porém a vida também não foi a meu favor!...
Vivi longos anos, e a ti confesso,
pouco ou quase nada tive sucesso
nestas questões do amor!..."
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Disse-me ela também: "fico no entanto
sem entender por que com a vida me encanto
diante de ti; embora o passado ainda doa!..."
E disse-lhe eu,: "apesar de haver um entrave
pra minha felicidade; mais suave
a vida é para mim, diante de tua pessoa!..."
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Era justamente o que no espaço vazio infinito,
quando nasci, estava escrito:
que entraria eu, na vida de alguém; clandestino!...
No caminho da vida, unimos os nossos rastros;
estavam bem certos os astros:
tu e eu; um só destino!...
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(GERALDO COELHO ZACARIAS)
Vê este mar imenso...pela nossa fé
haveremos de transpor; não de canoa...porém a pé!...
Ante à minha promessa, te serei fiel!...
Tem em mim confiaça; ela não será vã:
o nosso amor viveremos lá em Canaã,
terra em que jorram rios de leite e mel!...
Pela força do amor, transporemos o mar vermelho
(crê, pois aos teus pés eu me ajoelho)
e também as intempéries do deserto cruel!...
Lá nos fartaremos do amor o deleite;
nos alimentaremos desse doce leite;
e da tua boca beberei o mel!...
Antes, porém passaremos pelo deserto bravio
onde de dia é calor, à noite é muito frio;
mas, não haverá de ser assim tão cruel:
de dia, tua presença, refrescante será (antevejo)
à noite, o calor de um mútuo desejo!...
O amor, o nosso manto, um suave véu!...
Crê no amor (amada) segue meu conselho:
Crê em mim que diante de ti me ajoelho
enquanto em teu dedo, de noivado ponho o anel!...
Transporemos mares, desertos, no afã
de nos amarmos, e chegaremos lá em Canaã,
terra em que jorram rios de leite e mel!...
(GERALDO COELHO ZACARIAS)
Em qual esquina que foi,
neste longo tempo que se foi
e temo que se irá mais um outro;
me responde à esta pergunta que me alucina,
em que tempo, em qual esquina
que nos perdemos um do outro?...
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Era constante a tua forte presença
na casa de minha infância; que diferença
não havia entre ti e a gente que ali vivia!...
Sem de errar temer correr o risco,
eu posso até dizer e até arrisco
que tu fazias parte da família!...
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Havia entre nós dois, crianças tão inocentes,
e depois quando já adolescentes
um quê que de errar não tenho eu o temor;
um quê de "química" , sintonia
tão forte que entre nós dois havia;
que posso arriscar...era amor!...
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Em qual esquina que foi,
neste longo tempo que se foi
(e um outro tanto se irá...ah, triste sina)
em que constante era na casa da minha infância
tua presença; e hoje somente entre nós distância;
me responde: em qual que nos perdemos foi a esquina...
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Havia entre nós dois, crianças...(tanta inocência;
nossa "primeira vez", na adolescência)
um quê de sintonia; seja qualquer que for
o nome que se dá a isso...Ah, triste sina,
me responde: em qual tempo, em qual esquina
foi, em que se perdeu o nosso amor?...
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Em qual esquina daquela de nossa infância rua
em que era constante a presença tua
(corpos de criançada a brincar dando-se encontros)
em que nos perdemos um do outro?...
Espero que tempo igual aquele, há de haver um outro
em que entre nós não haja DESENCONTROS.
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(GERALDO COELHO ZACARIAS)
...Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de entender estrelas"...
(OLAVO BILAC)
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"Ora (dirás) Conversar com estrelas! Imersa
em insanidade tua mente está; intranquila!...
Como poderá haver esta conversa;
como poderemos nós...conseguí-la?..."
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E eu te direi que muitas vezes acordo
e levado sou numa nave (crê no que te digo)
pra conversar com elas; vem, vem, entra a bordo,
e pras estrelas, vem viajar comigo...
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"Tresloucado amigo; (tu perguntarás)
como faremos tão grande feito,
sem que para entendê-las haja um tradutor?..."
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E eu te direi que bem as entenderás
quando estivermos nós em nosso leito,
ó, minha amada...fazendo amor!...
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(GERALDO COELHO ZACARIAS)