RafaVtres

1993-10-17 Bahia
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Alguns Poemas

Deixe-me ser o que sou

Eu grito de dor, mas não emito nenhum som
Tento me contorcer pra evitar que esse mal se espalhe
Minha alma já abandonou o meu corpo há muito tempo
E não adianta, já retornei minha verdadeira personalidade
Psicótico, isso que eu sou
Por enxergar como o mundo realmente é
Psicótico, isso que eu sou
E não me importa o que tenho que fazer
Não quero ajuda, já me acostumei
Eu sou assim, mas explicar não sei
Não vou mudar só por você
Só me aceite como me vê
Não quero ajuda, me acostumei
Eu sou assim, já te expliquei
Não vou mudar, esse é meu eu
Aquele cara, em mim morreu

Eu estou vendo palhaços sem bocas
Os seu rostos estão deformados
Os anjos estão caindo do céu
Não nos protegem, estamos abandonados
O mundo está em preto e branco
Só a sua imagem que possui cor
Enquanto a neblina fria rasga minha pele
Mas mesmo sangrando eu não sinto dor
Não quero ajuda, já me acostumei
Eu sou assim, mas explicar não sei
Não vou mudar só por você
Só me aceite como me vê
Não quero ajuda, me acostumei
Eu sou assim, já te expliquei
Não vou mudar, esse eh meu eu
Aquele cara, em mim morreu

Nas paredes as pixações me lembram sangue
Tudo pra mim tem cheiro de morte........
Em todo lugar... sei que estão me vigiando
Mas olho pra trás e não vejo ninguém
Em todo lugar... sei que estão me vigiando
Mas olho pra trás e não vejo ninguém
Vamos
Abra essa porta, antes que eles me peguem
Vamos
Eu não quero ser dilacerado
Não quero ajuda, já falei que sou assim
Me acostumei com esse novo eu em mim
Se você me entende, então me explique
Não vou mudar mas vai ser bom ouvir
Palavras com as quais eu me identifique
Não quero que me ajude, apenas que me aceite
Se não for possível, entenderei que você não é capaz
Não quero que mude ou que se sinta obrigada
Mas me deixe aconchegar nas suas asas,
Me escorar nos seus braços e morrer em paz
Uma incógnita nesse mundão Procurando por salvação Buscando em palavras se esvair Libertar do que está por vir Apenas mais um igual No meu canto tão diferente Não me adapto a realidade E escrevo o que a alma sente Em meio ao amor e ódio O menino indeciso cresceu Apesar de continuar contraditório Encontrou seu verdadeiro eu

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