Senhor Jesus,
Eis que se aproxima a hora,
Serás preso, açoitado, coroado de espinhos e crucificado.
Eis que está próxima a hora e Tu a sentes.
Tua alma entristece...
Levas contigo os Teus discípulos ao monte,
O Monte Santo das Oliveiras recebe-te acusando...
Fostes para o alto, para a proximidade dos céus,
Lá onde o ser humano sente como se fosse livre.
Oras, vigias, mas és preso.
Os homens obrigam-no a subir com a cruz.
O monte Calvário é a meta.
Sobes, sobes com todo o peso da calamidade humana.
Chegas ao cimo e és levantado com o madeiro.
Morres de pé.
Levas com Teu espírito o peso das paixões humanas,
O peso do orgulho humano, para o alto, para os céus.
Levas a Deus Pai a obra do homem decaído.
E das alturas libertas o homem.
O homem que se rebaixou,
que encontrou os abismos,
que preferiu a escuridão...
Senhor, ajudai-me a subir,
A chegar ao cume,
A vislumbrar a luz,
Pois também quero ser livre.
Eis que para mim já não existem abismos...
Eis que estendeste Tua mão para eu escalar as alturas.
E colocaste-me no calvário da vida..
E pregaste-me à cruz do Teu amor...
E mostraste-me que para quem Te conhece,
Não existem abismos, mas as alturas da liberdade e do amor.