Mente Motora
Quando não produzo estou morto.
Não um morto que suspira de alívio na esquife após uma árdua batalha,
mas um morto que arranha a madeira do caixão para resolver assuntos inacabados.
Quando produzo, começo outra produção.
Às vezes concebo o início, meio e fim de algo que nunca respirou o ar do mundo,
eu mesmo não respiro nada que não seja constante ansiedade e falso pertencimento.
Quando produzo não sou pessimista.
Sou, na verdade, uma das mentes mais positivas dentro do crânio humano,
trabalho pelo prazer de concatenar algo que o tempo irá, delicadamente, estilhaçar.
Quando não produzo, vejo outros produzirem.
Um amálgama de produtos e produções é a alvorada que invade meu horizonte,
o sossego é ilusório como as estrelas que refletem sua própria morte pelo espaço.
Quando não produzo sou eterno.
Mas a finitude é o que garante a existência da beleza em um mundo oblíquo,
afinal, não há paz ou quietude em nada: mesmo inerte, ouço o meu corpo produzindo.
Quando eu deixar de produzir
deixarei de me expressar e, certamente, estarei morto.
Seja em vida, sob a terra ou em cinzas.
Não um morto que suspira de alívio na esquife após uma árdua batalha,
mas um morto que arranha a madeira do caixão para resolver assuntos inacabados.
Quando produzo, começo outra produção.
Às vezes concebo o início, meio e fim de algo que nunca respirou o ar do mundo,
eu mesmo não respiro nada que não seja constante ansiedade e falso pertencimento.
Quando produzo não sou pessimista.
Sou, na verdade, uma das mentes mais positivas dentro do crânio humano,
trabalho pelo prazer de concatenar algo que o tempo irá, delicadamente, estilhaçar.
Quando não produzo, vejo outros produzirem.
Um amálgama de produtos e produções é a alvorada que invade meu horizonte,
o sossego é ilusório como as estrelas que refletem sua própria morte pelo espaço.
Quando não produzo sou eterno.
Mas a finitude é o que garante a existência da beleza em um mundo oblíquo,
afinal, não há paz ou quietude em nada: mesmo inerte, ouço o meu corpo produzindo.
Quando eu deixar de produzir
deixarei de me expressar e, certamente, estarei morto.
Seja em vida, sob a terra ou em cinzas.
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