Affonso Ávila nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1928. Estreou com o livro O Açude, em 1953. Em 1961, lançou Carta do Solo, e, em 1963, Frases-feitas. Na década de 60, colaborou com a revista Invenção, do grupo Noigandres.
Foi um dos fundadores da revista Tendências, com poetas e intelectuais como Rui Mourão, Fábio Lucas, Laís Corrêa de Araújo, Fritz Teixeira de Sales e Heitor Martins. Publicou ainda O lúdico e as projeções do mundo barroco (197), Código de Minas (1969), Código Nacional de Trânsito (1972), Cantaria barroca (1975), Discurso da difamação do poeta (1976), Barroco mineiro: glossário de arquitetura e ornamentação (1979), Masturbações (1980), Barrocolagens (1981), Delírio dos cinqüent'anos (1984), O belo e o velho (1987), O visto e o imaginado (1990), A lógica do erro (2002) e Poeta Poente (2010).
Teve sua obra reunida, em 2008, no volume Homem ao Termo: Poesia Reunida (1949-2005), e sua publicação mais recente foi Égloga da maçã (São Paulo: Ateliê Editorial, 2012). Sua poesia satírica, ao lado da de Sebastião Nunes, talvez seja insuperável no pós-guerra.
O poeta morreu a 27 de setembro de 2012. O Brasil perde um dos mais consistentes e importantes poetas e críticos dos últimos 60 anos, um dos poucos e raros a fazer do Barroco histórico uma herança legítima e frutífera, herdeiro e contemporâneo tanto do Murilo Mendes de Contemplação de Ouro Preto (1954), como do de Convergências (1966).
--- Ricardo Domeneck