António Osório

Poeta português, natural de Setúbal. Concluído o curso de Direito, fixou-se em Lisboa, onde se dedicou ao exercício da advocacia. Colaborador de várias revistas literárias, publicou textos e poemas em publicações como O Tempo e o Modo, Seara Nova, Vértice, Colóquio/Letras e Revista Anteu de 1954. A Raiz Afectuosa foi a sua primeira obra, publicada em 1972. Seguiram-se A Ignorância da Morte (1978), O Lugar do Amor (1981), Décima Aurora (1982), Adão, Eva e o Mais (1983), obtendo com os dois últimos títulos o Prémio de Poesia do Município de Lisboa, António Osório (antologia de 1984),Aforismos Mágicos (1986), Planetário e o Zoo dos Homens (1990), Ofício dos Touros (1991), Antologia Poética (1994), O Espectador Divino (1996), Crónica da Fortuna (1997) e Bestiário (1997, com ilustrações de Graça Morais). Em 1998, foi publicada uma edição conjunta de Ofício dos Touros e Aforismos Mágicos, com o título Aforismos Mágicos — D. Quixote e os Touros e com reproduções de pinturas de Júlio Pomar. Da sua obra de ensaio, saliente-se A Mitologia Fadista (1974). A obra de António Osório, integrada num período de transição das décadas de 60 e 70, recupera alguns valores formais tradicionais, evocando, numa escrita segura, a ancestralidade de sentimentos como o amor dos gestos e das raízes familiares. Em 2001, publicou O Lugar do Amor e Décima Aurora