Olga Savary (Belém PA, 1933) publicou seu primeiro livro de poesia, Espelho Provisório, em 1970. No ano seguinte recebeu o Prêmio Jabuti de Autor Revelação, concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Entre 1975 e 1987 traduziu obras de Jorge Semprúm, Julio Cortázar, Mario Vargas Llosa, Octávio Paz, Pablo Neruda e Román Cano. Conquistou, em 1977, o prêmio de Poesia concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, pelo livro Sumidouro. Representou o Brasil, em 1985, no Poetry International, na Holanda. Em 1997 ocorreu a publicação de seu livro de contos O Olhar Dourado do Abismo, com prefácio de Dias Gomes e xilogravuras de Rubem Grilo. Sua obra poética, de tendências contemporâneas, abrange os livros Altaonda (1979), Magma (1982), Linha d'água (1987) e Retratos (1989), entre outros. Segundo o crítico Felippe Fortuna, "ao estrear numa década violenta da história política do País, Olga Savary atravessou-a com a delicadeza da linha-d´água no papel, sem se permitir a poesia engajada: ela é, de fato, poeta dos elementos, das formas naturais, das pequenas elegias.".