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Quem foi que viu a minha Dor chorando?! Saio. Minh'alma sai agoniada. Andam monstros sombrios pela estrada E pela estrada, entre esses monstros, ando! Não trago sobre a túnica fingida As insígnias medonhas do infeliz Como os falsos mendigos de Paris Na atra rua de Santa Margarida. O quadro de aflições que me consomem O próprio Pedro Américo não pinta... Para pintá-lo, era preciso a tinta Feita de todos os tormentos do homem! Como um ladrão sentado numa ponte Espera alguém, armado de arcabuz, Na ânsia incoercível de roubar a luz, Estou à espera de que o Sol desponte! Bati nas pedras dum tormento rude E a minha mágoa de hoje é tão intensa Que eu penso que a Alegria é uma doença E a Tristeza é minha única saúde! (...) Melancolia! Estende-me a tu'asa! És a árvore em que devo reclinar-me... Se algum dia o Prazer vier procurar-me Dize a este monstro que eu fugi de casa! Pau d'Arco, 1906 Publicado no livro Eu (1912). In: REIS, Zenir Campos. Augusto dos Anjos: poesia e prosa. São Paulo: Ática, 1977. p.139-142. (Ensaios, 32
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Augusto dos Anjos
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