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Tu és o louco da imortal loucura, O louco da loucura mais suprema. A Terra é sempre a tua negra algema, Prende-te nela a extrema Desventura. Mas essa mesma algema de amargura, Mas essa mesma Desventura extrema Faz que tu'alma suplicando gema E rebente em estrelas de ternura. Tu és o Poeta, o grande Assinalado Que povoas o mundo despovoado, De belezas eternas, pouca a pouco... Na Natureza prodigiosa e rica Toda a audácia dos nervos justifica Os teus espasmos imortais de louco! Publicado no livro ÚItimos sonetos (1905). In: SOUSA, Cruz e. Últimos sonetos. Texto estabelecido pelo manuscrito autógrafo e notas Adriano da Gama Kury. Est. liter. Julio Castañon Guimarães. 2.ed. Florianópolis: Ed. da UFSC: Fundação Catarinense de Cultura; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 198
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Cruz e Sousa
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