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Aqui diante de mim, eu, pecador, me confesso de ser assim como sou. Me confesso o bom e o mau que vão ao leme da nau nesta deriva em que vou. Me confesso possesso das virtudes teologais, que são três, e dos pecados mortais, que são sete, quando a terra não repete que são mais. Me confesso o dono das minhas horas O dos facadas cegas e raivosas, e o das ternuras lúcidas e mansas. E de ser de qualquer modo andanças do mesmo todo. Me confesso de ser charco e luar de charco, à mistura. De ser a corda do arco que atira setas acima e abaixo da minha altura. Me confesso de ser tudo que possa nascer em mim. De ter raízes no chão desta minha condição. Me confesso de Abel e de Caim. Me confesso de ser Homem. De ser um anjo caído do tal céu que Deus governa; de ser um monstro saído do buraco mais fundo da caverna. Me confesso de ser eu. Eu, tal e qual como vim para dizer que sou eu aqui, diante de mim!
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Miguel Torga
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