42 online
Escritas.org
Autores
Poemas
Citações
ao Acaso
Portal
Login
Modo escuro
Português
Español
English
Login
pt
P
oSel
0
image
Yeti
Modal title
Download
Abrir
Copiar
Zoom In
Zoom out
Horizontal
Square
Vertical
Altere a posição
e formato do texto
Usa imagem tua como fundo.
Larga aqui a imagem ou clique para escolher.
Imagens com uma zona de uma só cor para destacar o texto, resultam melhor.
Modo de amar – ILambe-me as seiosdesmancha-me a loucurausa-me as coxasdevasta-me o umbigoabre-me as pernaspõe-nas nos teus ombrose lentamente faz o que te digo:Modo de amar – IIPor-me-ás de borco,assim inclinada...a nuca a descoberto,o corpo em movimento...a testa a tocara almofada,que os cabelos afloram,tempo a tempo...Por-me-ás de borco;Digo:ajoelhada...as pernas longasfirmadas no lençol...e não há nada, meu amor,já nada, que não façamos como quem consome...(Por-me-ás de borco,assim inclinada...os meus seios pendentesnas tuas mãos fechadas.)Modo de amar – IIIÉ bom nadar assimem cima do teu corpoenquanto tu mergulhas já dentro do meuAmbos piscinas que a nado atravessamosde costas tu meu amorde bruços euModo de amar – IVEncostada de costasao teu peitoem leque as pernasabertaso ventre inclinadoambos de péformando lentos gestosas sombras brandastombadas no soalhoModo de amar – VDocemente amorainda docementeo tacto é poucoe curvo sob os lábiose se um anel no corpoé salientedigamos que é da pedraem que se rasgaOpala enormee mornatão frementedália supostasob o calor da carnelábios cedidosde pétalas dormentesLouca ametistacom odores de tardeAvidamente amorcom desespero e calmaas mãos subindopela cintura dadaaos dedos purosnuma aridez de praiaque a curvam loucos até ao chão da salaFerozmente amorcom torpidez e raivaas ancas descendo como cabrastão estreitas e durasque desarmama tepidez das minhasque se abremE logo os ombrosdescaeme os cabelosdesfalecem as coxas que retomamdas tuaso pecadoe o vencê-loem cada movimento em que se domamSuavemente amoragora velozmenteos rins suspensosos pulsose as espáduaso ventre erectoenquanto vai crescendoplanta viva entre as minhas nádegasModo de amar – VlInclina os ombrose deixaque as minhas mãos avancemna branda madeiraNa densa madeixa do teu ventreDeixaque te entreabra as pernasdocementeModo de amar – VIISecreto o nó na curvado meu espasmoE o cume mais clarodos joelhosque desdobrados jorram dos espelhosou dos teus ombros os meus:flancosna luz de maioModo de amar – VIIIQue macias as pernasna penumbrae as ancassubidasnos dedos que as desviamEntreabro devagara fenda – o fundoa febredos meus lábiose a tua línguaVagarosa:toma – mordelambeessa humidade esguiaModo de amar – IXEnlaçam as pernasas pernase as ancaso ar estagnadoque se estendeno quartoAs pernas que se deitamao compridosob as pernasE sobre as pernas vencem o gemidoFlor nascida no vagar do quartoModo de amar – XA praia da memóriaa sulcos feitaa partir da cintura:a bocaos ombrosna tua mansa língua que caminhaa abrir-me devagara pouco e poucoGlobo onde a sedese eternizaPiscina onde o tempo se desmanchaa anca repousadaque inclinasas pernas retezadas que levantasE logosão os dentes que limitammas logoestão os labios que adormentamno quente retomar de uma salivaque me penetra em vácuoaté ao ventreo vínculo do ventoa vastidão do tempoo vício dos dedosno cabeloE o rigor dos corposque já esquecena mais lenta maneira de vencê-losModo de amar – XI((Teu) Baixo ventre)Nunca adormece a boca noteu peitoa minha boca no teu baixoventrea beber devagar o que édesfeitoModo de amar – XII(Os testiculos)Tenho nas mãosteus testiculose a boca já tão pertoque deles te sintoo vícionum gosto de vinho abertoModo de amar – XIII(As pedras – As pernas)São as pedrasmeus seiosSão as pernaspele e brandurano interior doslábiosrosa de leiteque sobe devagarna doce pedrado muco dos meus lábiosSão as pedrasmeus seiosSão as pernasPêssegos nus corpodescascadosSaliva acesaque a língua vai cedendoo gozo em cima...na pedra dos meuslábiosJogo do corpoa roçar o tempoque já passado só se de memória,a mão dolentecomo quem masturba entre os joelhos...uma longa história...Estrada ocupadaonde se vislumbra(joelhos desviados na almofada )assim aberta o fim de que desfrutao fruto do odoro fundo tododo corpo já fechado.Modo de amar – XIV(As rosas nos joelhos)São grinaldas de rosasà rodados joelhosO âmbar dos teus dentesnos sentidosO templo da bocano côncavo do espelhoonde o meu corpo espiaos teus gemidosÉ o gomo depois...e em seguida a polpa...o penetrar do dedo...O punho do punhalque na carne enterrasdocementecomo quem adormentao que é fatalÉ a urze debaixoe o fogo que acalentao peixeque desliza no umbigopiscina fundana boca mais sedenta bordada a cuspona pele do umbigoE se desdigo a febredos teus olhoslogo me entrego à febredo teu ventreque vai vencendoas rosas – os escolhosà roda dos joelhos, docemente.Modo de amar – XV(A boca – A rosa)Entreabre-se a bocana saliva da rosano raso da fendana fissura das pernasEntreabre-se a rosana boca que descerrano topo do corpoa rosa entreabertaE prolonga-se a hastea língua na fissurana boca da rosana caverna das pernasque aí se entre-curvase afundase perdese entreabre a rosaentre a bocadas pétalas
/script/IMAGE/frames/autores/Maria Teresa Horta.jpg
/script/IMAGE/dyn/PT/3877-819db625-ca86-43bb-8607-1f3894c32e8d.jpg
/script/IMAGE/final/PT/3877.jpg
Maria Teresa Horta
3877
Y