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Quem não ama o seu deserto pode amar o colectivo? São onze da manhã e já a rua me pergunta: que te fez sair de casa? Vagueio pela margem deste rio sulfuroso, cruzo-me convosco, dou ouvidos a carteiros, vendedores de talismãs, de histórias mal feridas, de tapetes que ninguém desenrolou. Acompanham-me os gemidos emitidos pela tarde. Contorno os infelizes automóveis, dou a Lázaro (que nem se chama Lázaro) o cigarro do costume, retribuo a piedade que me olha. Continuo noite fora, pela borda dos cafés onde as cartas são batidas por azar e a morte, triunfante, convida a novo copo de veneno. Quando a luz luciferina da manhã já se comenta nas vielas, subo a gola do casaco, procuro uma parede imaculada e deixo a gotejar esta pergunta: AQUILES, ONDE ESTÁS?
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José Miguel Silva
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