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Um mar rodeia o mundo de quem está só. É o mar sem ondas do fim do mundo. A sua água é negra; o seu horizonte não existe. Desenho os contornos desse mar com um lápis de névoa. Apago, sobre a sua superfície, todos os pássaros. Vejo-os abrigarem-se da borracha nas grutas do litoral: as aves assustadas da solidão. «É um mundo impenetrável», diz quem está só. Senta-se na margem, olhando o seu caso. Nada mais existe para além dele, até esse branco amanhecer que o obriga a lembrar-se que está vivo. Então, espera que a maré suba, nesse mar sem marés, para tomar uma decisão. Nuno Júdice | 'A pura inscrição do amor', pág. 25 | Publicações Dom Quixote, 1ª. edição. Jan. 2018
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Nuno Júdice
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