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O desencontro das tardes, uma febre de profecia, a sede de sal dos lábios sequiosos, a ferida tranquila de um espinho de rosa, o amor que acontece, as águas da noite quando os rios se calam, o olhar vigilante de uma lua sem céu. Às vezes, ouvia-te no corredor sem fim, como se os passos da sombra pudessem ecoar na minha cabeça; e abria-te a porta, para que uma ausência branca entrasse no quarto em que te esperava, para um sempre que nunca foi. E sentavas-te na cadeira do fundo, atrás de mim, pedindo-me que te olhasse no espelho obscuro da memória. Mas não me voltei, para não ver o lugar vazio que deixaste na casa solitária do inverno, sob o véu nupcial que as aranhas teceram. Nuno Júdice | 'A pura inscrição do amor', pág. 115 | Publicações Dom Quixote, 1ª. edição. Jan. 2018
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Nuno Júdice
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