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Onde pus a esperança, as rosas Murcharam logo. Na casa, onde fui habitar, O jardim, que eu amei por ser Ali o melhor lugar, E por quem essa casa amei – Decerto o achei, E, quando o tive, sem razão para o ter. Onde pus a feição, secou A fonte logo. Da floresta, que fui buscar Por essa fonte ali tecer Seu canto de rezar – Quando na sombra penetrei, Só o lugar achei Da fonte seca, inútil de se ter. Para quê, pois, afeição, esperança, Se tê-las sabe a não as ter? Que as uso, a causa para as usar, Se tê-las sabe a não as ter? Crer ou amar – Até à raiz, do peito onde alberguei Tais sonhos e os gozei, O vento arranque e leve onde quiser E eu os não possa achar! 16/02/1920
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Fernando Pessoa
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