Paul von Heyse

Em uma hora


Resista e espere dignamente!
em uma hora
seu quarto será o sol inteiro.
Na primeira, onde pendem os sinos,
depois de muito tempo a faísca diminuiu
vai até a janela do vigia
que vive sozinho à noite
a tempestade de sinos, às vezes com medo,
mas ele é confortado pela luz do sol matinal.

Quem construiu em ruas profundas,
barracos e barracos que ousaram se curvar
os sinos nunca o assustaram,
o trovão nunca o perturbou
embora seu final de manhã fosse cinza.

Alto e baixo tem alegria e tristeza
diga a ele da inveja idiota
de outras misérias há outras delícias.

Resista e espere dignamente!
em uma hora
seu quarto será o sol inteiro.

Caminho para casa


Há uma casa no jardim,
fresco por um bosque aberto.
em todas as minhas viagens
Eu tenho saudades da minha casa
onde doce soou
O canto dos pássaros,
como riso floral ao redor!
como nós partimos
subindo-
Agora estou com medo de voltar

Na casa há apenas um,
tão alto e arejado, tão brilhante e puro

qualquer raio de sol
a casa o mata às pressas.
que som engraçado
canção infantil,
não havia canto sem jogos;
lá encontrei meu descanso
para o último dia-
Agora não há nenhuma porta para eu abrir.

Um nome veio para a casa
Longe de todos os lábios e continuou,
tinha uma violência maravilhosa, como uma palavra mística.
em cada boca
um sorriso,
que nome de primavera-
cale-se agora
Ordem fantasmagórica,
e quem disser, pare de rir.

SE O AMOR TE ATINGIU


Se o amor te atingiu
tranquila entre buliçosa gente
numa nuvem dourada segues para frente
imune, guiada por Deus.

Parecendo estar sem rumo
deixas teu olhar vagar em volta
e a seus prazeres a distante escolta
–governada por um só desejo.

Em vão negando, contestarias,
assim, timidamente, em si mesma encantada,
que, neste instante, a coroa da vida
resplandecendo, enfeita tua fronte.