Armando A. C. Garcia

CRIANÇA, TOMA CUIDADO (Infantil) (Com a Pedofilia)


CRIANÇA, TOMA CUIDADO (Infantil)
(Com a Pedofilia)

Criança, presta atenção
Naquilo que vou falar
Tem muito espertalhão
Querendo te abocanhar

É o lobo mau da historinha
Só que, em figura de gente
Criança, seja espertinha
Não sejas tão inocente

Criança, toma cuidado
De estranhos.Não aceites
Doces, bolacha ou salgados
O lobo, com esse deleites

Visa estraçalhar você.
Criança, toma cautela
O pedófilo é jacaré
Não quer que sejas donzela.

Nem um aperto de mão
Ou um elogio sequer
A sua má intenção
Está querendo esconder

Se pedófilo te abordar
Criança, toma juízo
Nem pares pra conversar
Que ele promete o paraíso

Chama a Polícia depressa
Antes que ele te faça mal
Brinquedos, são vil promessa
De uma troca desigual...

Se tu fores abordada,
Com proposta desonesta
Dá-lhe grande bofetada
E cospe na sua testa .

Aos Pais:
Quem ama toma cuidado
Com aquilo que o filho faz
Não deixe a vigília de lado
Às garras do satanás

Quem ama, toma cuidado
Alerte seu filho também
Não deixe que um desgraçado
Faça mal, a quem quer bem.

São Paulo, 21/07/2008
Armando A. C. Garcia

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TEXTO DE UTILIDADE PÚBLICA - POR FAVOR, REPASSE-O

A Desigualdade Social


A DESIGUALDADE SOCIAL

A educação é a base das prioridades
Caminho certo ao equilíbrio social
Ponto de eliminação das desigualdades
Que exorbita o aprimoramento cultural

Numa terra idílica onde a chance é igual
Vegetar na ignorância e na extrema pobreza
Pel'ausência de conhecimento curial.
É caminhar sem destino da rude torpeza

A disparidade só pode ser atenuada
Com expressão da verdade e do saber
Na transmissão do conhecimento pautada
No intelecto que desponta em cada ser

Expulsar da inteligência o saber
É rudimentar processo que se cria
É o homem ser primata sem o ser
É ver uma nação inculta dia a dia

Não são acidentais as desigualdades
Provêm de um conjunto de relações
Da economia, do trabalho, das vontades
Da política, e de tuas próprias decisões

São Paulo, 16/02/2009
Armando A. C. Garcia

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FOI DEUS


FOI DEUS

Quem deu perfume às flores
E encheu de estrelas os céus
Quem, fez as nuvens maiores
Que as andorinhas, foi Deus.

Quem fez os rios e os montes
E o sol p ra nos aquecer
Quem pôs a água nas fontes
Foi Deus! não vá esquecer...

Quem fez oceanos e mares
Estrelas no firmamento
Dentre as coisas basilares,
Deu-nos fome e alimento

Quem deu vida ao pensamento
E a vida encheu de ilusões
E ao coração sentimento
E aos sentimentos, paixões

Quem fez a noite e o luar!
E o infinito dos céus
A imensidade do mar
E o mundo inteiro, foi Deus.

São Paulo,22/03/1965 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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A VINGANÇA !


A VINGANÇA !

Afasta de ti a vingança
O ódio e o rancor
Aquela, mata a esperança
Estes, a paz e o amor

A vingança é um reflexo
Do instinto predador
De quem nutre um complexo
De querer ser superior

É a *escrófula da alma
É a máxima do desamor
No indivíduo sem calma
Que só alimenta o pior

Ruína inerme, sem valor
Chaga, tenebrosa e triste
Golpe sujo, de **ablator
Estertor que ao mal resiste

É o ódio em movimento
O rancor em turbilhão
A vingança, é o excremento
Do amor e da razão

Vingança é o acre da vida
A incompreensão moral
Na penúria desvalida
Em nosso reino animal

Qual seta na escuridão.
É o ***rebramir selvagem
Da fúria do coração.

São Paulo, 26/04/2012
Armando A. C. Garcia

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- * Tuberculose
- **Instrumento usado para castrar animais
- ***Rugir; berrar; fazer grande estrondo

Abominação


Abominação


Abomino o ódio e a farsa
O álcool, o vício e a droga
Corrupção e o comparsa,
A mentira de quem roga


Com maldade radicada
Dentro do seu coração.
Abomino a força espada
De quem não tem compaixão


Abomino a hipocrisia
Fingimento, falsidade
A erótica pedofilia
E a falsa dignidade


Abomino a impunidade
Crueldade, selvageria
A fraude, deslealdade
Simulação, velhacaria


A trapaça e a má-fé
Abomino a mercancia
Daqueles que vendem a fé
Aonde mora a *agnosia.

Abomino a injustiça
Ínsita e pertinaz
Como abomino a cobiça
Pelo mal que ela nos traz

Abomino o que não presta
Torpeza, desonestidade
E de tudo o que me resta
É o amor à humanidade


São Paulo, 08/08/2012
Armando A. C. Garcia
*ignorância

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Translação


TRANSLAÇÃO 


No rude tear da minha poesia, tecerei versos 
Continuarei a conjugar, ainda que imperfeitos 
E na translação, tirando o sossego das letras 
Ignorando métrica e rima, caminho anverso 
Dando ensejo ao eco que guia os meus feitos 
Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras 

Ignorando condimentos e ou, comedimentos 
Meus versos são razão, princípio, fim e meio 
A metáfora, na qual se interliga a palavra 
Levando no auge dos versos pensamentos 
Exteriorizando o estado de alma e o anseio 
Da luta incessante que com a emoção se trava 

Entre impulsos incontidos, abismo desconhecido 
Versos que escrevo, com palavras e alma nua 
Nos sonhos, nos sentidos que transbordam em meu ser 
Vou tecendo uma teia, de notas em sustenido 
Desejando veementemente que se conclua 
A poesia que a primeira letra o papel viu nascer. 

São Paulo 14/09/2006  (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Meus pobres versos !


Meus pobres versos !

Dos pobres versos que compus em desalinho
Alguns foram lidos, mas muitos outros, não.
Como a rosa perfumada, tem o espinho
Meu estro, não lhes tocou o coração.

Mas se de versos indecorosos fosse a veia
De milhares seriam as suas leituras
Felizmente, não é essa a veia que lastreia
Foi concebida para coisas mais puras

Não é profana, nem mesmo anticristã
É contra os arautos vendilhões dessa fé
Que se insurge, por não ser doutrina sã,
E opõe-se a políticos, que fazem o que se vê....

Exponho o que dentro da minha alma eu sinto
Suspiros, lágrimas ou contentamento
E nesta imensidade, ó leitores, não minto
É meu primeiro e último comportamento !

São Paulo, 28/11/2012
Armando A. C. Garcia
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A Seresta


A Seresta

A rua estava toda engalanada
Pelo clarão que a lua projetava
O trovador apaixonado, ali cantava
Versos de amor, para a sua amada

Acorda, acorda ó linda amada
Abra a janela, vem ouvir do trovador
A serenata sob o véu, noite de estrelas
Que em cada verso leva carinho e amor

Ó linda amada que nos braços de Morfeu
Repousas nesta noite enluarada
Desperta do torpor e ouve o canto meu
Linda sonata de amor, para ti cantada

Acorda, acorda ó linda amada
Abra a janela, vem ouvir do trovador
A serenata sob o véu, noite de estrelas
Que leva em cada verso a expressão maior

Deusa do meu coração, abre a janela
Ao pobre trovador que tanto espera
A madrugada está chegando sem cautela
O brilho desta lua... só em outra primavera !


São Paulo, 05/09/2008
Armando A. C. Garcia

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Homenagem à Rainha do Fado Amália Rodrigues


Homenagem à Rainha do Fado
Amália Rodrigues


Amália, do outro lado,
Junto do Homem da cruz
Pediu pra cantar um fado
Em homenagem a Jesus

Deus consentiu no pedido
E foi ouvi-la cantar
Ficou muito arrependido,
Tê-la mandado chamar

Disse ao anjo, francamente
Que vacilo foi o teu
Amália, eternamente
Em Portugal tinha o céu !

É tão grande a perfeição
Da cantora portuguesa
Os anjos não conseguirão
Imitá-la, com certeza

Ao povo das caravelas
Que tantas graças lhe dei
Dei-lhe Amália como estrela
Por descuido lha tirei !

São Paulo, 29/04/2013
Armando A. C. Garcia

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Perimetral


Perimetral

Se és capaz de maltratar
Quem da vida nada tem
Também podes suportar
O peso do meu desdém.

Ó Deus da eterna glória,
Do saber e da justiça
Leva teu filho à vitória
Nos liames desta liça

Não o desampares agora
Quando de Ti, mais precisa
Socorre-o sem demora,
Antes que perca a camisa

A fé, por Ti, descortina
És sua âncora de esperança
Dissipa-lhe a neblina
Que lhe tira a confiança

Senhor, ó Rei da glória
Deste mundo sofredor
Tu, julgarás a pretória
Que julga o mundo a "priori"

Teu julgamento isento
Das vicissitudes terrenas
Não aceita argumento
Estes, são do mundo apenas

No imenso caos do abismo
Na escuridão mergulhados
Pagarão pelo cinismo
Ao serem por Deus julgados.

São Paulo, 03/08/2012
Armando A. C. Garcia

"(do latim, "partindo daquilo que vem antes")
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O Agnóstico


O Agnóstico


Agnóstico, é o nome pomposo de ateu
Aquele que diz, não existir Deus, nem o céu
Diz-se descrente, sem fé, sem religião
Entretanto, preocupa-se com sua condição


Agnóstico é aquele que diz não crer em nada
Todavia, no íntimo recôndito da alma
Tem a semente que procura não germinar
E diz o mundo infestado de mentiras


Diz que a noção de justiça foi subvertida
Por Deus poder torturar a alma humana
Banindo a compaixão dos corações
Transformando homens em demônios


Que o Deus da bíblia é insensível, justiceiro
Que todas as religiões tem concepção errada
E influenicam o homem a sacrifícios e orações
Que Cristo foi uma lenda, um mito, e que,


Dos pagãos, adaptaram a eucaristia:


Que no festival da colheita faziam bolos de trigo
E no preito a Ceres e a Baco bradavam
A Ceres, "esta é a carne de nossa deusa"
E a Baco, "Este é o sangue de nosso deus"


Que não há, nem houve um ser criador
Vez que triunfa a injustiça neste o mundo
Que o dizem governado por um Deus
Um Deus que dizem, criador de doutrinas cruéis


A espalhar guerras e mortes no mundo
Terremotos, inundações, secas noutras regiões
Vulcões vomitando fogo, relâmpagos letais
Onde está a bondade de Deus, eles perguntam.


Porém, lá no fundo de seus corações
No recôndito da alma, eles crem num Deus
Talvez à sua maneira e conveniência
Um Deus que atenda e entenda suas intenções.


São Paulo, 12/08/2012
Armando A. C. Garcia


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Cicatrizes (soneto)


Cicatrizes ... (soneto)


Minhas dores e lamentações, não escutas
Que acontece com teu pobre coração...
Consequências na troca de permutas
A exigir paciência ou resignação !

Sem olor a fragrância dos perfumes
Que exalavas na doçura do beijo,
Inúteis as palavras que resumes
Sendo nada, não são o que almejo

Escondo no peito os prantos sentidos
Em segredo preservo a dor do desamor
No meu ser, há desejos incontidos

Cicatrizes que meus sonhos marcaram
Quando desabrochavam com esplendor
Teu desamor. Minhas esperanças secaram.

Porangaba, 02/12/2012
Armando A. C. Garcia

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Alçar vôo


Alçar vôo

Minha alma precisa voar livre

Como a águia nos céus do horizonte

Com a clareza da água da fonte

Sem obstáculo algum que de tal a prive

É chegada a hora de alçar vôo

Singrar por todos os mares e céus

Desprender de todos afetos meus

Como sendo o último café que côo


São Paulo, 16/03/2014 (datada criação)

ArmandoA. C. Garcia

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Lei 12830 de 20 062013 Substituiu a PEC 37


Lei 12.830 de 20/06/2013 - Substituiu a PEC 37

O indiciamento é privativo do Delegado de Polícia e não do Ministério Público

O povo requer mudanças
Mudanças mais radicais
Que não fiquem na esperança
E nas manchetes dos jornais

O povo exige controle
Nas despesas da nação
Despertou! Já não engole
Tamanha enganação

Moral, ética, disciplina
Com o bem público respeito.
Com tapeação libertina
À PEC 37, deram seu jeito

No dia vinte de junho
Lei, doze mil, oitocentos e trinta (12.830)
Substitui-a em seu cunho
Enganando o povo, na finta

Abusiva, contraditória
Ao anseio popular
Que nas ruas fez história
Para a PEC derrubar

Indiciamento privativo
Do Delegado de Polícia
O M. P., fica inativo
Conforme a lei da notícia

Veja aí, minha gente
Se se pode confiar
Esse pessoal, só mente
Além de nos rapinar

Não sou eu que estou dizendo
A TV dá em manchete
E o Brasil só sai perdendo
Essa chaga, é um ferrete

O preço da gasolina
É mais outro disparate
O etanol é sovina
Nem gasolina o combate

O preço dos automóveis
O dobro do Tio San
Como somos ignóbeis
Podemos deixar que roam

Roam tudo em suas casas
Não nas tetas da nação
O povo já ferve em brasa
Cuidado!

São Paulo, 12/07/2013
Armando A. C. Garcia

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Deixa (soneto)


Deixa... (soneto)


Deixa eu tecer minhas ilusões
No tear de minhas fantasias
Pra que possa, depois aos guturões
Saborear tão sonhadas iguarias

Nem que percorra *absconso caminho
Da invasão de uma tristeza profunda
Deixa que meu tear urda cada espinho
Nem que a lança na caminhada rotunda

Corte minhas mãos a cada urdida
Deixa mesmo que sofra é meu sudário
É minha veleidade. Gosto d’vida

Neste acervo ávido de ilusões
Quando o físico nefando, refratário
Já se esconde do lume das paixões.


Porangaba, 25/10/2012
Armando A. C. Garcia

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• Escondido; oculto

Obsessão (soneto)


Obsessão (soneto)

Impertinente pensamento sua figura   
Em vão procuro esquecê-la. E seu retrato
Há muito tempo o queimei com amargura
Pensando livrar-me desse *desiderato

A alucinada visão de sua silhueta  
Em minha mente é constante, interminável
Parece ter o poder monstruoso do capeta
Sua figura a todo instante é infindável

Ah! Certamente devo estar a delirar
Ou talvez no limite das *assimetrias
Que na verdade, não sei onde albergar

E nada no mundo preenche este vazio
Que gravou na mente sua fisionomia
Cuja obsessão, mais parecer um desvario !

•    Aquilo que se deseja; que se aspira
** fig. Desarmonias de certas funções

São Paulo, 18/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Diz (soneto)


Diz...


Diz... que o encantamento de tua ilusão
Chegou ao fim. E que tudo foi um engano
Da desenfreada torrente da paixão
Que durou aproximadamente um ano!

Diz... Sem tremer a voz e empalidecer
Que já não me queres mais. E sem que te fira
Caminharás adiante sem retroceder
Pois teu coração, por mim, não mais suspira.

Diz...que foi um vão ensejo que passou
Que hoje, só sentes por mim indiferença
E que o amor em teu peito já terminou

Diz... se fores capaz de eloquência tal
No extremo fervor de tua desavença
Sinto que tu, nada dirás ao final !

Porangaba, 24/11/2012
Armando A. C. Garcia
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Esse nó !


Esse nó !


Esse nó, também me aperta sem dó
Oh! Nó triste, nó porque não me deixas só...
Quem só já é, sem ter tua companhia
Que persiste qual lágrima de teimosia

Rotular-te de sonho ou quimera
Prenúncio futuro de longa espera
Se lembranças poderem ser lembradas
Sejam elas, mais sutis e delicadas

São Paulo, 07-12-2012
Armando A. C. Garcia

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A Menina e a Fada ! (Soneto - Infantil)


A Menina e a Fada ! (Soneto - Infantil)


Sorrindo de alegria a linda princesinha

Corria pelos campos em busca de flores
Todo dia brincava de manhã à tardinha
Seu lar, não tinha casas nos arredores


Certo dia uma fada, cruzou seu caminho
E vendo-a sozinha de soslaio falou
Porque brincas sozinha, não tens amiguinho?
E tu, que só caminhas. A menina retrucou


Tenho súditos, amiga, eu sou uma fada !...
Pede o que quiseres. Eles te atenderão
Então a menina, surpresa e calada


Pediu à fada que um irmão lhe mandasse
Esta, com sua varinha que tem o condão
Prometeu, que por nove meses o aguardasse.


São Paulo, 02/05/2008
Armando A. C. Garcia

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Noite de São João


Noite de São João

Da forma mais popular
A Santo António pedi
Pra não me deixar ficar
Mais um São João sem ti.

Pra na noite de São João
Irmos pular as fogueiras
Milho assado e quentão
Arraial de mil bandeiras

Pamonha, curau, canjica
Bolo de milho e de fubá
Pé de moleque, muita música
Paçoquinha e munguzá

Alegria, o que é preciso
Na noite de São João
Não pode ficar indeciso
Pra manter a tradição

Aproveitando o ensejo
Na noite de São João
Quero dar-te um grande beijo
Que chegue ao teu coração

A quem quero, tanto bem
Dona de suave encanto
Beleza que ninguém tem
A mulher que amo tanto

Abra as portas São João
Nesta noite de folia
Pula à toa o coração
Tudo enfim é alegria

É alma cheia de vida
Fogos nos céus a brilhar
São João, noite querida
Convite pra namorar !!!

Porangaba, 11/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Ave sem canto (soneto)


Ave sem canto (soneto)

Lavas fumegando em meu coração
Jorram cinzas, ainda deste vulcão
Rasgando o peito que sangra ferido
D’acre saudade de haver-te perdido

A procela não dá alento à dor
Nem meu queixume reverte o amor
É como a ave, sem canto, perdida
Folha da árvore, pelo vento batida

No chão se arrasta já seca, sem vida
Nos espasmos da morte intenso *palor
No pranto fugaz de um sonho de amor

Porém, meus lábios, jamais beijarás
Qual luz que fenece, então, tu dirás:
Do amor que perdi, eu fui consentida !


     *palidez

São Paulo, 10/09/2013 (data da criação)
Armando A. C. Garcia 
   
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A casinha pequenina


A casinha pequenina


Naquela pobre casinha

O telhado é uma peneira

Na chuva, é só goteira

No quarto, sala e cozinha.

No raiar do sol a pique,

P’lo telhado esburacado

Entra a luz por todo lado

Fazendo inveja à casa chique

Ao despontar a madrugada

O sabiá na mangueira

Trina a manhã inteira

Tal como num conto de fada

Naquela casinha singela

Reina amor, felicidade

E quem passa à frente dela

Ao vê-la, sente saudade

Seu jardim é um encanto

Rosas, jasmim, margarida

É um sonho à boa-vida

A magia daquele recanto

Bem na beira dum riacho

De água pura, cristalina

Orla florida de boninas

É um sonho pro meu facho

A casinha, é um meigo ninho

Só pobre na edificação.

Rica de amor e de pão,

Do paraíso, um pedacinho !

São Paulo, 07/10/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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A Mó da Azenha


A Mó da Azenha

Homem pacato o moleiro
Afeito ao gingar da água
Tira o trigo do celeiro
Coloca na roda d’água

Tange a água a mó da azenha
Daqui se ouve o clamor
Tritura o grão e se empenha
Na farinha da melhor

Homem pacato o moleiro
Afeito ao gingar da água
Tira o trigo do celeiro
Coloca na roda d’água

A água sempre correndo
Transforma grãos em farinha
O moleiro vai moendo
Para entregar à noitinha

E no caminho da azenha
Tange a mula carregada
É mula, não fica prenha
Mas chega ao topo cansada

Diariamente o moleiro
Faz o trajeto sem fim
Tirando o pão do celeiro
Moendo o trigo e afim

Polvilhados de farinha
O moleiro e sua mula
Pelas arribas caminha
Sem descansar a medula

Cumpre assim sua missão
Grão a grão ele vai moendo
Para que não falte o pão
Sobe as arribas correndo

A azenha é seu tesouro
Seu mundo, sua missão
Corre água no rio Douro
E amor no seu coração

São Paulo, 12/08/2009
Armando A. C. Garcia

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Redimir


Redimir

A cada dia que passa,
A minha alma redime
O lodo que a embaça
A chaga que a oprime

Suprindo as minhas faltas
À custa do sacrifício
Resgatando contas altas
Por um futuro auspício

Vim ao mundo depurar
Expurgar o meu passado
Que como as ondas do mar
Tem sido muito agitado

Evito que se propaguem
Com pérfida astúcia do mal
Aos céus, desculpas não cabem
Negá-lo é paradoxal

Nem desculpa, nem disfarce
Atenuam nossas faltas
Na hora do desenlace
Nosso rol, tem contas altas

Lá está o resultado
De todo nosso devaneio.
O perdão do mau pecado
Na depuração tem esteio

A nossa própria consciência,
Não abdica dos erros
Deve à lei obediência
Quando chega ao cemitério !

Porangaba, 26/04/2013
Armando A. C. Garcia

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A cupidez !


A cupidez !



Só se emprega o pensamento na ambição

A cupidez tomou conta deste mundo

O homem não pensa mais no amor profundo

Que do imo da alma chega ao coração


Na cega ambição, só valoriza o cifrão

Já não teme mais a eterna Divindade

Descansando, no berço da insanidade

Está a um passo da mental alienação


Dependurado na simultaneidade

De sempre levar vantagem a qualquer custo

Sem esforço, sem fadiga, salário injusto

Persuade no esquecimento a veleidade


Injustos, injustos seus procedimentos

Não tivesse por berço a materialidade.

Sem a prodigiosa luz da imaterialidade

Cai na ausência de puros sentimentos


Nessa ambição desmedida da riqueza

Perde o homem o sentimento e a razão

Vivendo encantado na escada da ilusão

Não percebe estar a um passo da avareza


Porangaba, 14/06/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Oração da criança


Oração da criança

Quis rezar mas não sabia,
Nenhuma oração legal.
Vou pedir p'ra cada dia
O que acho principal.

Senhor, meu Deus, atendei
O pedido que vos faço,
Eu nem sei porque busquei
Abrigo em Vosso regaço.

Minha mãe, está doente,
Meu pai, desempregado
Que ela, cure de repente,
P'ra ele, trabalho achado.

Sabeis que sou pequenina
Tenho três anos de idade,
Não sei oração Divina
P'ra vós, não é novidade!

Atendei o que vos peço
Que chegando à mocidade,
Pagar-vos-ei justo preço
Rezando com qualidade.

Obrigado meu senhor,
Em atender meu pedido.
Eu não sei rezar melhor,
Mas vos fico agradecido.

São Paulo 07/08/2004
Armando A. C. Garcia

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MULHER !


MULHER !...

(Replay) Dia da Mulher 08 de março



Tu és um misto de ternura

A imagem que emoldura

A alma e o coração


Tu és a anônima obreira

Mãe, mulher e companheira

Que levanta ao sol nascer


Numa luta de coragem

Tu és a prima imagem

És o esteio do lar


Todos buscam teu abrigo

Pois todos contam contigo

Para a palavra final


És a rainha do lar

E nunca deixas faltar

O equilíbrio e a razão


Labutas em desigual

Tua razão principal

Em tudo está presente


Dás duro o dia inteiro

Em casa e no canteiro

A realidade confundes


Tens a tarefa dobrada

Nunca te dizes cansada

Nem negas o teu amor


Mulher que fala e faz

Dá conta e é capaz

De ser mãe e companheira


Na tristeza ou na alegria

No amor ou na folia

O corpo exausto! Só..


Mulher, mãe ou namorada

És eterna apaixonada

A amante insana, a viver!


Mulher de vários talentos

Não ouças os meus lamentos

Neste dia a ti consagrado


És espelho da candura

Refletes a formosura

Dizes ao mundo quem és !


São Paulo, 07 de março de 2005 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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MULHERES - Aceitem

minhas desculpas por não produzir um texto novo, na verdade não o tenho feito, porque para mim ele é perfeito. Sem narcisismo. Abraços poéticos no vosso dia


OS VÁRIOS TIPOS DE SORRISOS


OS VÁRIOS TIPOS DE SORRISOS


Tem sorrisos espontâneos
Tem outros dissimulados
Tem sorrisos simultâneos
Tem outros apaixonados

Tem sorrisos de ironia
Tem aqueles que são forçados
Tem os tais de parcimônia
Também tem, os engraçados

Sorrisos televisados
Com o homem do baú
Sorrisos exagerados
Que chegam a dar *mururu

Tem os sorrisos sorrelfa
E tem os contagiantes
Em que precisa uma **adelfa
Com poder cicatrizante

Tem sorrisos à porfia
Como sendo fabricados
Distribuídos dia a dia
Mas à noite inconfessados

Tem sorrisos alardeados
Que vão de orelha a orelha
Tem os sorrisos minguados
Quando a nova, fica velha

Tem sorrisos carinhosos
Sorrisos que fazem rir
Tem sorrisos mentirosos
Que indefinem o porvir

Tem sorrisos de agonia
De indiferença, também
O sorriso da alegria
Na mulher, que o filho tem

O sorriso da esperança
Revela a felicidade
De alegria e abastança
Quando o amor, o peito invade

Tem sorrisos, sorrateiros
Também tem, aqueles forçados
Mas os piores, mais matreiros
São aqueles mascarados

O sorriso da criança
Puro elo de ventura
Exprime e traça a esperança
Do criador à criatura.

São Paulo, 22/05/2005
Armando A. C. Garcia

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- * enxaqueca
- ** espirradeira


A Ritinha e o Gato Siamês (infantil)


A Ritinha e o Gato Siamês (infantil)

A Ritinha tinha um gato
Cuja raça é siamês
Pulando sobre os telhados
Escapulia de vez

A Ritinha não gostava
Das fugas do siamês
Na sua ausência chorava
Pela falta que lhe fez

Sempre o bichano voltava
De cada sua escapada
- Nas ausências se encontrava
Com gata que muito amava

A Ritinha não sabia
Quem o siamês visitava
Até que um certo dia...
Trouxe a prole e a namorada

A Ritinha muito alegre
A todos eles abraçou
- Sua casa foi albergue
Da prole qu'o siamês gerou

São Paulo, 14/09/2007
Armando A. C. Garcia

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MÃE - IV




MÃE - IV

I

Carinhos quantos me deste
Ó minha mãe tão querida
Mil afagos, tu soubeste
Colocar em minha vida

II

Velaste noites a fio
Quase sempre, sem dormir
Quer no calor, quer no frio.
- De dia, alegre a sorrir

III

Em teu regaço ó mãe
Aprendi sempre o melhor
Ensinaste-me, também
Quem foi do mundo o Feitor !

IV

Bendita seja a mãe
Que na palavra interpela
Fazendo do filho alguém
Na expressão lúcida e bela

V

Com o tempo fui crescendo
- Sempre tu a orientar-me
E em teus conselhos, aprendo
A do mal, sempre afastar-me

VI

Em minha alma gravaste
Princípios de honestidade
E quantas noites passaste
Velando minha mocidade

VII

Eu, fui crescendo na vida
Tu, prateando os cabelos
Ias ficando envelhecida
Mantendo os mesmos desvelos

VIII

Oh! Se eu pudesse voltar
Aos tempos de minha infância
Teu rosto iria beijar
Com ternura e *jactância

IX

O tempo nada perdoa
Consome até a esperança
- Mas deixa uma coisa boa
Que é, a eterna lembrança !

São Paulo, 26/04/2008
Armando A. C. Garcia

* orgulho - altivez

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Leia - Mãe I - Mãe II e Mãe III

Às mães, que Deus já lá tem !


Àquela que vai ser mãe ! ... e

O valor que a mãe tem


Na tarde bucólica


Na tarde bucólica

Ouço o zumbir das abelhas
Nas flores do meu quintal
O balido das ovelhas
Na pradaria frontal

A tarde amena, bucólica
Na paz, junto à natureza
Transcorre a vida sem cólica
Na essência da pureza

Corre o riacho apressado
Ao fundo da pradaria
Meu cantinho abençoado
Era tudo que eu queria !

Cortam o ar, beija-flores
Nem vejo as horas passar
Da mata virgem olores
Fazem a mente acalmar

O crepúsculo avermelhado
Que surge ao anoitecer
Deixa a relva alaranjada
É coisa linda de ver

As seriemas vez enquanto
Piando sucessivamente
Passam lá no meu recanto
No bucólico ambiente

Já tem frutas penduradas
No pomar que plantei
Tem mangas perfumadas
Laranjas e uvas de lei

Tem peras e tem maçãs
Tem pêssegos e tem mamões
Bananas, figos, romãs
Amoras, limões campeões.

Borboletas de cores variadas
Suaves asas coloridas
Umas azuis, outras douradas
E outras de cores garridas

Cortam os ares vaporosas
Pousando aqui e acolá
Nas azaléias e nas rosas
E no pé do araçá

São Paulo, 06/12/2012
Armando A. C. Garcia

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As Bordoadas da Vida


As Bordoadas da Vida

Nas bordoadas da vida
Nunca deixes-te abater
Mantém a cabeça erguida
Sê firme até morrer !

Vê que após a tempestade
Sempre o Sol volta a brilhar
Transposta a dificuldade
Voltarás a caminhar

Deus nos deu entendimento
E uma força superior
P'r vencer, cento por cento
As desventuras e a dor !

Defende-te a cada dia
Das ciladas, das rasteiras
- No calvário, viu Maria
As esperanças derradeiras

Nesta vida, a bordoadas
Todos nós estamos sujeitos
De tanto levar pancadas
Tornamo-nos mais perfeitos

Concorrem o bem e mal
Nas perspectivas da vida
Desarmonia universal
Desavença indefinida

Nada é inútil na existência
Tudo tem razão de ser
Sem o dom da *omnisciência
Temos muito que aprender

São Paulo, 06/09/2011
Armando A. C. Garcia

*que sabe de tudo; onissapiente

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Da Bigorna do Poeta


Da Bigorna do Poeta

Somos a forja, onde ao fogo, com martelo
Batemos qual ferreiro na bigorna
As palavras que na amplidão do prelo
Jóia esplêndida, que um dia nos retorna

Pela verdade, justiça e o direito
Na luz que espargimos às mãos cheias
Qual labareda que irrompe no peito
E, cingindo as almas, percorre as veias

Como a alma na bigorna é moldada
Nas estrofes levamos nossa inspiração
Ao mundo de geração desregrada
Iluminando de luz seu coração

Da bigorna do poeta, nascem rios
Crescem flores, nascem amores sem-fim
Idéias brotam histórias, forjam brios
A *trescalar olores, qual serafim

Luz da aurora a brilhar no horizonte
Enchendo o céu de cânticos afins
Planícies, mares, rios e montes
As flores do campo e dos jardins

Cumpre-nos lapidar a pedra bruta
Burilando faceta, por faceta
A bigorna é a mãe substituta
Onde forja a palavra do poeta !

Porangaba, 13/09/2011
Armando A. C. Garcia

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*exalar cheiro forte

As Contas que Pagamos


As Contas que Pagamos...

Pagamos segurança particular,
Pagamos altos pedágios nas estradas
As contas de água, são muito elevadas
Eletricidade... a luz temos que apagar.

Pagamos imposto de renda no salário,
Gasolina com álcool... ao preço do dólar
Cartão de zona azul, na porta do lar!
De tantos pagamentos julgo-me otário...

IPTU e aluguel para morar,
ICMS e IPI nos alimentos !
Nas roupas, sapatos, vestimentos.;
E cemitério, ao final para enterrar.

À justiça, taxas para nos julgar.;
Convênio médico, seguro de vida,
Do automóvel, da casa, da ferida.
Condomínio e, até para estudar.

Taxas de lixo, licenças p'ra trabalhar.;
Nas rodoviárias.; até para urinar!...
Ao Banco, para nosso dinheiro guardar
Nas igrejas, pagasse até para rezar !

Também, p'ra poder ver, ou poder ouvir
É pagar, sem bufar, ou questionar.
Pagasse para falar e, p'ra sentir
Nalguns Shoppings, até para estacionar!

Pelo pouco que temos, temos tanto a pagar
Qual caminho, que começa, e não tem fim...
INSS, para poder trabalhar!
Sindicatos e siglas, tais ninhos de cupim

P'ra tudo o homem inventa o que pagar
Nada ele faz.; se nada poder cobrar
Pergunto meu Deus... p'ra quê trabalhar.
Não será melhor no mato me enfiar?

Ao MST acho que vou me engajar
De invasão, em invasão de terra.;
Na gleba, o imposto não me ferra
E o governo, me ajuda a sustentar

Assim questiono-me, p'ra quê trabalhar
P'ra pagar imposto, nunca terminado...
Eu vou para a roça, cuidar do meu gado,
Ou vou p'ra lagoa os peixes pescar.

O que não quero.; é tanta coisa pagar...
O que pago é tanto.; o que como é tão pouco
De tantos encargos, eu vou ficar louco
Será que compensa eu assim labutar?

Na roça, vou viver mais feliz, contente
Livre de tantas obrigações impostas.
E o governo, que hoje me vira as costas
No social.; dará ajuda, a mais um carente.

Porque terra sem implementos não dá fruto
nem sustento. E pegar o cabo da enxada...
Curva a cerviz, e deixa a mão calejada!
É trabalho que além de escravo, é bruto.

No aguardo dos implementos e insumos
O governo vai-nos dando o sustento,
Assim acaba de vez meu sofrimento.
E dou aos impostos e taxas novos rumos.

São Paulo, 08/08/2004
Armando A. C. Garcia

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Tua beleza


Tua beleza

Tua beleza e encanto
Balança minha emoção
É um arroubo e tanto
Prazerosa profusão

A arte da natureza
Pôs em ti, todo requinte
Deu-te a maior riqueza
Que não tem pintor que pinte

Esplendorosa e bela
Majestosa qual rainha
E ao mesmo tempo singela,
Onde o desejo se aninha

Teu encanto me domina
Não respeita meu querer
Minha razão se inclina
Sujeita a nunca te ter

Trina longe a melodia
Não vem de ti o cantar
Mas sinto nessa harmonia
Meu coração a te amar

Estás longe, qual estrela
Que à noite fito no céu
É só abrir a janela
Que estarei ao lado teu

Sinto olor do teu perfume
Na ramagem das flores
Em torrentes como lume
Consumido de amores !

Porangaba, 16/06/2012
Armando A. C. Garcia

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Presságio (soneto duplo)


Presságio

I

Pressinto no mundo o fel da amargura
Verdade escondida nos trapos de rua
A sombra consome a luz e a figura
Na noite calada no brilho da lua

No manto celeste vejo a fé consumida
No oráculo de Delfos, sopé de Parnaso
Oferendas jogadas, esperanças perdidas
Transes e visões, foram obras do acaso

Sacerdotisas de Apolo, aqui novamente
De pastoras e religiosas disfarçadas
Vão jogando neste mundo novas sementes

E em nome doutro Deus, oblações são dinheiro
E vão amealhando tesouros às braçadas
Na fúria das ondas, são elas o timoneiro.

II

O Deus que afagam no céu não habita
E se existe, tem emoções quase humanas
Pois, se de dinheiro também necessita
Que Deus é esse que a matéria orbita

Dum sopro Divino o mundo precisa
A despertar consciências, puder definir
No palco da vida de quem profetiza
Que o povo a final, melhor saiba decidir

Pressinto na terra a paz sem sentido
O ódio e a cólera começam a crescer
Pressinto o naufrágio do mundo fingido

De vícios e tramas urdidas nas trevas
A fúria das ondas no dorso a gemer
Tracei o esboço, na prancheta as canevas

São Paulo, 01/10/2012
Armando A. C. Garcia

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A Águia Imperial (infanto-juvenil)


A Águia Imperial (infanto-juvenil)

Alcandorada nos píncaros da montanha
A águia imperial, bela, majestosa
Esplende suas diáfanas plumas, garbosa
Aos últimos raios de sol em que se banha

E, eu, vendo-a assim quieta, silenciosa
Esqueci suas cruéis garra, de rapinas,
Eriçadas, acúleas e felinas
Quando ataca suas vítimas desditosas

O brilho e a beleza se suas plumagens
Aparentam-na, meiga, inofensiva
Não parecendo ser como o é, tão nociva
Quando alcandorada em cima das ramagens

Só quando surgiu bem alta, lá nos céus,
Buscando sua presa, ferina, raivosa...
Deixou exteriorizar a beleza mentirosa
Que deleitou por momentosos olhos meus!

Horrorizou-me agora o que fazia
Com aquela pomba branca agonizada
Que lutando pela vida desesperada,
Nas hiantes garras da águia, morria!

São Paulo, 25/03/1964
Armando A. C. Garcia

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Abrindo as velas ao vento


Abrindo as velas ao vento

Abrindo as velas ao vento
Ao incógnito se lançaram
Com fé, vigor e alento
O alto mar eles singraram

Pequeninas Caravelas
Por gigantes conduzidas
Em alto mar de procelas
Esperanças adormecidas

Lá na vasta imensidão
Sobre ondas encapeladas
Singrando o mar elas vão
Por águas nunca navegadas

Em silêncio, a frota navega
Dia após dia, sem cessar
Até que um dia, à terra chega
Já cansados de tanto mar

Onde as ondas tiveram fim
Novas gentes, novas plantas
E tudo estranho, enfim
Não há igrejas, nem há santas

Tem uma flora exuberante
Com recursos infindáveis
Matas virgens, diamante
Ouro e prata admiráveis

O esplendor da terra nova
Na sua vastidão imensa
Cheio de mistério, é trova
- A praia, por recompensa

Ali aportaram por fim
Cansados de tanta luta
Chegaram os índios, assim
Numa vergonha dissoluta

Deram-lhe quinquilharias
Espelhos e outros mais
E com essas ninharias
Cativaram os demais

Foram assim conquistando
Dos selvagens amizade
Deste modo atuando
Acalmaram a tempestade

Mas o índio, sempre arisco
Por vezes se sublevava
E para não correr o risco
O pessoal, não vacilava

Os dias foram passando
E estes formaram anos
O Brasil foi caminhando
Ainda hoje, há desenganos.

Porangaba, 31/03/2012
Armando A. C. Garcia
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O Rouxinol


O Rouxinol

Numa selva florida banhada de luar,
Cantava o rouxinol numa noite estelar
Parecendo inspirado no zimbório celeste
Ou, enamorado da paisagem agreste

Despontava nos céus o raiar da aurora
E, jovial o trovador cantava agora
Como se despertado ao raiar do sol
E houvera adormecido ao arrebol!

Seu gorjeio, como o arpejo dulcíssimo
Pungido d'saudade sentimentalíssimo
Como o choro de um amor, puro, cristalino
Executado por um poeta ao violino

E não parava de cantar o trovador
De exteriorizar o âmago de sua dor
Para em cada trinado cheio de saudade
Desprender um elo de sua felicidade!

Alando aos céus uma prece sempiterna
Como pedindo a Deus pela alma materna
Que naquela noite deixara de existir,
Indo ao recôndito lugar do porvir,

Em busca da utopia, que só Deus
Nos pode dar, bem no alto, lá nos céus!
Em busca da paz, do reino da alegria
Ao encontro do Rei do Universo e de Maria.

E naquele canto extraterreno exulcíssimo
O poeta, rouxinol sentimentalissimo
Cantou até quebrar de dor e pranto
As fibras vocais de seu mavioso canto

E, todo exangue o rouxinol inda se ouvia
Como num canto surdo, como de quem morria,
Aquebrantado por aquela dor tão forte
Até que tombou ao chão, vencido pela morte!

São Paulo, 09 de março de 1964
Armando A. C. Garcia

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A alma e o instinto!


A alma e o instinto!

Vagam junto à alma instintos presos
Para não agir de modo inconsciente
Plasmados em ebúrnea ebulição
Triste amostra de enganos coesos
Luta desigual. O bem e o mal presente
A alma é o psique, o instinto o coração

São Paulo, 12/11/2008
Armando A. C. Garcia

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Rio Douro


Rio Douro


Arribas do Rio Douro
Que tantas vezes subi
Ó que saudades eu tenho
Quando me lembro de ti

Tens contornos tortuosos
Escarpas que não têm fim
Serpenteando as arribas
Altas fragas e o alecrim

Onde aves de rapinas
Têm condições ambientais
Nos penedos rendilhados
Águias, abutres e mais

Têm seus ninhos escondidos
Das raposas predadoras,
O lobo, a tal não se atreve
Prefere caça das pastoras

Gigantes fragas escarpadas
Pela erosão milenar
Tingiu de cores variadas
Com efeitos a imaginar

O número dois, podemos ler
Nas fragas do lado espanhol.
Quem não acredita, venha ver
E ouça o canto do rouxinol.

Entras por fragas abruptas
Neste querido Portugal
Aos poucos interruptas
Com tua calma natural

Rio Douro, Rio Douro
Quantas enguias comi,
Tu és o maior tesouro
Dos rios que eu já vi.

São Paulo, 11-09-2012
Armando A. C. Garcia

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Agricultor


Agricultor

Se em chão infecto, jogares boa semente
Sem limpar teus campos primeiramente
Não esperes ter uma boa colheita
Porque a força da inércia está à espreita

Com mão firme cata as ervas daninhas
O amendoim-bravo e demais gramíneas.
Também a guanxuma, e a trapoeraba,
A tiririca, o picão-preto,e a buva,

É preciso separar o joio do trigo
As invasoras, para este, são um castigo
A disseminação está somente em tuas mãos
Depende de ti a boa colheita de grãos

Para boa produtividade, afasta a infestante
A partir da semeadura, limpeza constante
E, assim, nada mais afetará tua colheita
Por isso agricultor, à boa pratica, te ajeita

Sabes que as plantas daninhas competem
Com as culturas, e na produção refletem
Portanto, caleja as mãos no manejo do solo
Trata ele, como a mãe, trata a criança ao colo

Porangaba, 17/02/2012
Armando A. C. Garcia

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A Mentira ! - (Infantil)


A Mentira ! - (Infantil)

O meu pai sempre dizia
Filho, não deve mentir
Porque a Mentira um dia
Poderá te atingir

Vejam só o que aconteceu
Ao Zé, que apascenta gado
- À noite não adormeceu,
Por sentir-se entediado

Então, sem o que fazer
Uma farsa engendrou
E gritando, ele fez crer
Que o lobo o atacou

Os pastores da vizinhança
Ouvindo... lobo gritar
Acudiram na esperança
Do lobo mau espantar

Lá chegando, circunspecto
O palco do acontecido
Não revelava aspecto
Do lobo ali ter bramido

Mal três dias se passaram
O Zé, de novo gritou...
Lobo, lobo, socorram ...
E todo mundo ali voltou

Vendo a mentira do Zé
Os pastores s’entreolharam
E sem tapa ou pontapé
Desapontados... retiraram

Zé, ficou desacreditado
No meio da vizinhança
- O caráter demonstrado
Foi de uma vil criança

No dia que o lobo atacou
O Zé, socorro pediu ...
Mas ninguém se importou
Porque o Zé, sempre mentiu

Com fúria e sanguinolência
O lobo mau sacrificou
Dez ovelhas, em consequência
Da mentira que criou

Foi então que o Zé pensou
No mal que havia feito
Quando mentindo gritou
Por socorro sem efeito !

São Paulo, 07/02/2008
Armando A. C. Garcia

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A Teu Lado


A Teu Lado...

Jesus, eterno, amado,
Eu quero estar a teu lado
Ter a Tua companhia
Quer de noite, quer de dia.

Quero sentir Teu perfume
Aquecer-me no Teu lume
Compartilhar a alegria
De viver em harmonia

Minha alma está certa
De encontrar a porta aberta
Do caminho à redenção
Está em Ti, a salvação

Tu, és a vida e a luz
A alameda que conduz
Sem trilhas, nem vendavais
Aos páramos celestiais

Junto a Ti, eu quero estar
Para poder alcançar
O reino da Tua glória.
Ofereço a Deus a vitória.

Eu quero ter com certeza
Na alegria ou na tristeza
No sofrimento ou na dor
O Teu amparo, Senhor !

São Paulo, 28/10/2009
Armando A. C. Garcia

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Se Deus igualasse (soneto)


Se Deus igualasse...


Se Deus igualasse nossos pensamentos
Se, também, igualasse os sentimentos
O mundo seria uníssono em tom e cor
Como ficaria a atração física e o amor?

Que seria de nossos vãos contentamentos
Como seriam nossos vis comportamentos
E que seria de nossas loucas esperanças
Talvez, sendo jogadas nas intemperanças

Mas a sapiência Dele nos fez desiguais
Para que cada um procure o algo mais
E nas bordoadas da vida, a exalação

Pôs amor e sentimento no coração
Pôs no pensamento a pura reflexão
Fez de cada um de nós, seres universais

Porangaba, 05/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Coletânea de Poesias EM HOMENAGEM AO DIA DA CRIANÇA


Coletânea de Poesias
EM HOMENAGEM AO DIA DA CRIANÇA


SORRISO DE CRIANÇA


O sorriso de criança
De angelical pureza
Demonstra sua confiança
Neste mundo de incerteza


Franco e sadio sorriso
No seu reino de alegria
A vida é um paraíso
Que ela vive a cada dia


Sorri contente e feliz
Numa alegria sem par
É da vida um aprendiz
Capaz de nos ensinar


O sorriso de criança
Puro elo de ventura
Exprime e traça a esperança
Do criador à criatura.


São Paulo, 19/05/2005
Armando A . C. Garcia
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A GAZELA E O LOBO MAU


Certo dia uma gazela desgarrada
Á beira de um riacho, tranquila pastava
Quando um lobo, goela aguçada
Olhava, mirava, se d'um pulo alcançava


O porco-espinho, compadre da gazela
Atento observava a avidez do lobo
Que a cada segundo, pensava comê-la.
Como o porco espinho, nada tinha de bobo...


Arquitetou um plano contra o intento
Do astuto e ardiloso lobo mau,
Que fingia nutrir-se do mesmo sustento
Para acercar-se da gazela, o marau!


E quando o manhoso, o bote tinha certo,
O porco-espinho que a tudo assistia,
Jogou seus espinhos, em firme acerto
Que o lobo cegou; e de dor, ele gania...


A doce gazela, tão pura e tão bela,
Sequer percebeu o perigo iminente.
Continuou comendo, nenhuma cautela...
Só foi perceber, quando à sua frente!


O lobo ganindo, socorro pedia...
A pobre gazela, seus espinhos tirou,
Curou suas chagas, serviu-lhe de guia,
Para ser atacada, tão logo ele sarou!


O quanto podia, correu pelos prados
Saltava, pulava, só poeira fazia.
Por fazer o bem, pagou seus pecados...
Até que chegou, aonde o lobo não ia.


Aí, foi pensar que nem sempre se pode
Ao seu inimigo, comida lhe dar.
Porque à primeira rusga a poeira sacode...
Agradecendo assim, quem o quis ajudar.


São Paulo, 23 de agosto de 2004


Armando A. C. Garcia
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O CURUPIRA


A estória que vou contar
Não é minha criação
É folclore brasileiro
Das matas ou do sertão


Consta que na floresta
Havia um menino peludo
Dentes verdes, pés virados
Cabelos avermelhados


Criatura horripilante
Não fosse sua bondade
Dos animais vigilante
Tornar linda a fealdade.


Conta a lenda que protege
Todo animal que lá habita
E quando um caçador herege
Que caça não necessita...


Os bichos da mata imita
Ninguém o consegue ver
Assobia, grulha e grita
E da trilha o faz perder


Os que matam os filhotes
E caçam só por prazer
Judia-os passa-lhes trotes
Ficam loucos pra valer


Diz a lenda que certo dia
-Curupira era o seu nome
Na floresta um índio dormia
E Curupira tinha fome.


Então resolve comer
Do índio seu coração
Este acorda, ouve dizer
Vou fazer dele um lanchão


O índio apavorado
Fingindo medo não ter
- Teu olhar fique fechado
Que vou-te dar tal prazer !...


No bornal tinha guardado
Um coração de macaco
- Ao Curupira ofertado
Como se dele, fosse o naco.


O índio em troca pediu
Que o Curupira lhe desse
seu coração. Consentiu!
Com a faca o peito abriu...


Porque havia acreditado
Que o índio nada sentiu !
Caiu morto, esticado.
O índio fugiu aterrado...


Jurando lá não voltar
Mal um ano se passou !...
Sua filha pediu um colar
Diferente qu'o povo usou.


O índio aí se lembrou ...
Verdes dentes do duende !
Ao tirar... o ressuscitou
- O duende, nada entende....


Quis retribuir a bondade !
Arco e flechas certeiras
Para caçar sem maldade
Foram as ordens primeiras.


E avisado não poder
Mais que para um apontar
Com bando, nunca mexer ...
Porque o iriam atacar


Um dia, todo emproado...
Quis mostrar ao povo inteiro
De nenhum disparo errado
Com seu atirar certeiro


Esqueceu o recomendado
Atirou num bando inteiro
Foi de tal forma atacado
Qu'nada sobrou do arqueiro


O Curupira tudo viu
Cheio de pena ficou
Com cola, os restos uniu
O índio inteiro montou


Em razão da tal colagem
Ao índio recomendou
Não comer ou beber quente
Se não derrete para sempre


Um dia sua mulher
Fez um prato apetitoso
Muito quente e o guloso
Se apressou em comer


Derreteu de uma só vez.
- A lenda quer nos mostrar
Que a caça predatória
Não se deve praticar.


Que Curupira só deixa
Caçar um para comer
E aquele que caça enfeixa
Da trilha o faz perder.
---------
Esqueci de acrescentar
Como Curupira tem pés virados para trás
Ninguém o consegue encontrar !...


S.P. 04/12/2004 -
Armando A. C. Garcia
-----------------------------------


TEXTO DE UTILIDADE PÚBLICA - POR FAVOR, REPASSE-O




CRIANÇA, TOMA CUIDADO (Infantil)
(Com a Pedofilia)


Criança, presta atenção
Naquilo que vou falar
Tem muito espertalhão
Querendo te abocanhar


É o lobo mau da historinha
Só que, em figura de gente
Criança, seja espertinha
Não sejas tão inocente


Criança, toma cuidado
De estranhos.Não aceites
Doces, bolacha ou salgados
O lobo, com esse deleites


Visa estraçalhar você.
Criança, toma cautela
O pedófilo é jacaré
Não quer que sejas donzela.


Nem um aperto de mão
Ou um elogio sequer
A sua má intenção
Está querendo esconder


Se pedófilo te abordar
Criança, toma juízo
Nem pares pra conversar
Que ele promete o paraíso


Chama a Polícia depressa
Antes que ele te faça mal
Brinquedos, são vil promessa
De uma troca desigual...


Se tu fores abordada,
Com proposta desonesta
Dá-lhe grande bofetada
E cospe na sua testa .


Aos Pais:


Quem ama toma cuidado
Com aquilo que o filho faz
Não deixe a vigília de lado
Às garras do satanás


Quem ama, toma cuidado
Alerte seu filho também
Não deixe que um desgraçado
Faça mal, a quem quer bem.




São Paulo, 21/07/2008
Armando A. C. Garcia
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O Poeta Pigmeu ! (Infantil)


Era uma vez um poeta
Pigmeu por natureza
Escrevia tão bonito
Que encantava a realeza


Um dia p'lo Rei foi chamado
Quis saber donde provinha
Seu lindo palavreado
Que, mesmo o Rei, não o tinha


-Respondeu-lhe: são as musas
Que o transportam do além
Achando as respostas escusas
O Rei, achou ser desdém


Mandou-o encarcerar
Pensando preso não usa
Com as musas conversar
E a escrever, ele se recusa...


Foi em vão. Logo em seguida
O Pigmeu escreveu
Poesia. O sopro da vida.
- Melhor entre terra e o céu!


São Paulo, 18/07/2008
Armando A. C. Garcia
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A MENTIRA ! - (Infantil)


O meu pai sempre dizia
Filho, não deve mentir
Porque a Mentira um dia
Poderá te atingir


Vejam só o que aconteceu
Ao Zé, que apascenta gado
- À noite não adormeceu,
Por sentir-se entediado


Então, sem o que fazer
Uma farsa engendrou
E gritando, ele fez crer
Que o lobo o atacou


Os pastores da vizinhança
Ouvindo... lobo gritar
Acudiram na esperança
Do lobo mau espantar


Lá chegando, circunspecto
O palco do acontecido
Não revelava aspecto
Do lobo ali ter bramido


Mal três dias se passaram
O Zé, de novo gritou...
Lobo, lobo, socorram ...
E todo mundo ali voltou


Vendo a mentira do Zé
Os pastores s'entreolharam
E sem tapa ou pontapé
Desapontados... retiraram


Zé, ficou desacreditado
No meio da vizinhança
- O caráter demonstrado
Foi de uma vil criança


No dia que o lobo atacou
O Zé, socorro pediu ...
Mas ninguém se importou
Porque o Zé, sempre mentiu


Com fúria e sanguinolência
O lobo mau sacrificou
Dez ovelhas, em consequência
Da mentira que criou


Foi então que o Zé pensou
No mal que havia feito
Quando mentindo gritou
Por socorro sem efeito !


São Paulo, 07/02/2008
Armando A. C. Garcia
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O casal de castores


Lindo casal de castores
Vivia à beiro do rio
Nem tudo eram flores
Pelo risco que corriam


É que lá ia beber
Casal de gatos selvagens
Passando logo a querer
Dos castores tirar vantagens


Tocaiaram sua presa
Um bom tempo sem cessar
P'ra colocá-los à mesa
À noite no seu jantar


Mas o casal de castores
Arquitetos por nascença
Tinha erguido uma barragem
P'ra defender sua existência


Construíram sua morada
Com galhos bem entrançados
Com a porta de entrada
Na barragem submersa


No meio dos paus trançados
Grande espaço reservado
Lá moravam sossegados,
Com mantimento, guardado.


Até que dois gatos selvagens
Perturbaram sua paz,
Mantendo guarda cerrada
Com finalidade voraz!


Por terem discreta porta
Com entrada pelo rio,
Deixaram de virar torta
Nos ataques que sofriam.


Cansados da perseguição
Resolveram se vingar...
Fizeram um mutirão,
Para os gatos afogar.


Assim na próxima investida
Os castores de prontidão
Abriram as águas do rio
Dos gatos... nunca mais se ouviu falar.




São Paulo 09/08/2004
Armando A. C. Garcia
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A RITINHA E O GATO SIAMÊS




A Ritinha tinha um gato
Cuja raça é siamês
Pulando sobre os telhados
Escapulia de vez


A Ritinha não gostava
Das fugas do siamês
Na sua ausência chorava
Pela falta que lhe fez


Sempre o bichano voltava
De cada sua escapada
- Nas ausências se encontrava
Com gata que muito amava


A Ritinha não sabia
Quem o siamês visitava
Até que um certo dia...
Trouxe a prole e a namorada


A Ritinha muito alegre
A todos eles abraçou
- Sua casa foi albergue
Da prole qu'o siamês gerou


São Paulo, 14/09/2007
Armando A. C. Garcia
-------------------------
Oração da Criança


Quis rezar mas não sabia,
Nenhuma oração legal.
Vou pedir p'ra cada dia
O que acho principal.


Senhor, meu Deus, atendei
O pedido que vos faço,
Eu nem sei porque busquei
Abrigo em Vosso regaço.


Minha mãe, está doente,
Meu pai, desempregado
Que ela, cure de repente,
P'ra ele, trabalho achado.


Sabeis que sou pequenina
Tenho três anos de idade,
Não sei oração Divina
P'ra vós, não é novidade!


Atendei o que vos peço
Que chegando à mocidade,
Pagar-vos-ei justo preço
Rezando com qualidade.


Obrigado meu senhor,
Em atender meu pedido.
Eu não sei rezar melhor,
Mas vos fico agradecido.




São Paulo 07/08/2004
Armando A. C. Garcia
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A Poesia!


A Poesia!

A poesia retrata o amor
A beleza a fantasia
Lê na alma o valor
Termômetro de nostalgia

A poesia é assim !
Cratera que afere o calor
Espelho da alma, jardim
Onde se planta o amor.

A poesia é o sonho
Que retrata a realidade
É o perfume bisonho
Onde reside a saudade...

É o afeto, o carinho
A eterna namorada
No percurso do caminho
Até à última morada.

A poesia é sintonia
Com um plano superior
Que rege com sabedoria
O universo interior

É o aroma, o frescor
De manhã primaveril
É o frio, o calor
O estopim o barril!

Vai-se a noite surge o dia
Assim é a poesia
Na mente inspira e traça
Novo sonho, nova graça.

São Paulo, 15/01/2005
Armando A. C. Garcia

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Rio Douro II



Rio Douro - II

Rio Douro, Rio Douro
Ao adentrar Portugal
Mudaste teu corredouro
Amansando-o por igual

Tua fúria indomável
Dez barragens blindaram.
Viraste rio navegável
Nas albufeiras que criaram

Através das eclusas
De uma a outra se transpõe
E o novo rio, acusa
Que a correnteza se foi.

Tua fonte de riqueza
É inestimável, também
A boa gente portuguesa
Quer-te, igual à sua mãe

Tiraram de tuas margens
As azenhas promissoras
Deram-te novas aragens
Com barragens geradoras

O progresso conquistado
Enriqueceu a nação
Cada qual tem o seu fado
O teu, dá-me emoção

Rio Douro, Rio Douro
Quantas saudades me trás
Se já eras um tesouro,
Miranda, não fica a trás

O Douro, na minha terra
Corria veloz para o mar
Os diques, o curso emperra
Caminha agora, devagar

Corria alegre, contente
Nos tempos que já lá vão
Hoje, tudo é diferente
É gradativa absorção

Rio Douro, Rio Douro
Em tua direção à foz,
Levas precioso tesouro
Não precisas ser veloz

Sem socalcos a percorrer
Silencioso caminhas
Régua abaixo, é teu dever
Levar o suco das vinhas

O Rabelo levas as pipas
Num horizonte sem fim
O barqueiro coça as tripas.
Na foz, come um *bacorim.

- *Pequeno leitão
-
São Paulo, 12/09/2012
Armando A. C. Garcia

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ALEGRIA


Alegria

Para uns é o carnaval,
Para outros futebol,
Mas tem quem goste afinal
Duma vara e dum anzol

A alegria é passageira
Vai e volta como o sol
A terra dá volta inteira
A alegria é o escol

Alegria é privilégio
De um estado de alma
Ultraje é sacrilégio
Quando fere a nossa calma

Quando a alegria se esvai
Perde-se o feliz momento
É qual máscara que cai
Do alto do firmamento

Alegria é sentimento
Prazer moral que apraz
Júbilo, contentamento
É Felicidade, é Paz !

São Paulo, 03/11/2005
Armando A. C. Garcia

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De ti ausente


De ti ausente...

De ti ausente, minha vida, meu amor
Os anos me consumiram por inteiro
Nunca mais encontrei amor maior
Daquele amor singelo e verdadeiro

Meu contentamento foi a ventura
E hoje, velho, caduco, sem esperança
Peregrinando a fio, longa vida dura
Aguardando milagre, da bem-aventurança

Quase rendi os sentidos ao pensamento
Para um dia, quiçá voltar a vê-la
Mas minha alma, que passou tanto tormento
Venceu meu desejo... usando da cautela

Que neste mundo tenho experimentado
Vendo o tempo passar, dela tenho pena
Certo que seu amor, não tenha prosperado
Pois aos apartados o cupido condena

Falsas esperanças, ledo engano
Vivi tristemente, cheio de ilusões
Condição cruel imposta ao ser humano
Perdido de amores, cheio de paixões

Hoje, as lembranças daquilo que imagino
Têm por companheira a saudade
Quão grande a caminhada sem destino
Quão cruel o desengano da amizade

A mágoa que choro, não chorarei sozinho
Se tive de perder, eu não perdi sem par
Quem sabe ela passa tormentos no caminho
Desiguais que não devo sopesar.

E se cruzar novamente o meu caminho
O amor que agora tenho sepultado
Peço a Deus que esse acúleo espinho
Não seja mais, por mim compartilhado

São Paulo, 30/03/2003
Armando A. C. Garcia
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Coração Alquebrado


Coração Alquebrado

Carrego alquebrado pela amargura
O coração cheio de enganos e decepções
Qual efeito do feitiço, na vida dura
Minha cruz leve ou pesada de aflições

E neste martírio pungente excruciante
Afigura-se que esta vida só tem prantos
Face aos martírios serem tão constantes
E os momentos de alegria, não serem tantos !...

Murmura o coração à medida que perece
Sofrendo e rangendo, na cólera dorida
Ferido nas artérias pela lasciva da vida

No místico jardim, em que a flor fenece
Busca o conforto o bálsamo da ferida
E o encontra em Deus, que lhe dá guarida

São Paulo, 0/10/2010
Armando A. C. Garcia

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A Marca do Tempo (soneto)


A Marca do Tempo (soneto)


Tu foste a lembrança do meu coração
Que a marca do tempo não pode apagar
E se algum impulso, intento em vão
A chama da paixão volta a brotar

Os eflúvios que exalam da lembrança
Vastas ondas sob o jugo de Cupido.
Para sempre perdida e sem esperança
Mil vezes me julgo velho arrependido

Trocastes pelos bens, fiel ternura
Qual punhal que sopeia* tua dor
Tua imagem luminosa, hoje escura

Teu sorriso de esplendor é amargura
A inteligência demonstrou não ter valor
Porque os bens, não se levam à sepultura.

São Paulo, 09/12/2008 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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* calcar, reprimir, conter, estorvar o movimento de.

CICLO DA ÁGUA


CICLO DA ÁGUA

Todos em ti deixam sua sujeira
Mas tu, qual Fênix que renasce das cinzas
Voltas renovada, purificada
Cristalina a cada novo ciclo de vida

Podes ser sólida, líquida ou gasosa,
Tua sublimação de sólida a vaporosa
É movimento constante, na esfera.
Estás nos oceanos, continentes e atmosfera

Porém está na evapotranspiração
Tua maior afirmação de transmudação
Passas à atmosfera pelo efeito do calor
A cada ciclo hidrológico repetidor

Te condensas em nuvens de vapor
Para a milhares de quilômetros dar vigor
A plantas, florestas, cardos e roseiras
Alimentas rios, mares, oceanos e geleiras

Penetras no solo, alimentas as nascentes
Cursos d'água em todos continentes
Deságuam nos lagos e outros no mar
Ou criam aqüíferos singular

Ninguém obstrui o teu curso, és poderosa
Escoas esbravejando na tarde chuvosa
Em direção aos rios, lagos e oceanos
És inconstante, levas vida de ciganos

Brotas de fissuras nas rochas duras
Irrompes de entre nuvens magnéticas
Que cospem línguas de fogo para a terra
E o fogo apagas, esfrias a guerra

Tua força e dom é sobrenatural
Mitigas a sede de planta, do animal
És o prenúncio da vida renascida
O poder o equilíbrio e a medida

Força suprema da natureza viva
Que de ti nasce e se procria ativa
És potência, vigor, força e energia
És dilúvio, enchente e calmaria

Esperança do agricultor, seiva da vida
Fertilidade e abundância de comida
Nos organismos, matéria predominante
Âncora que a vida leva adiante

Nas madrugadas em forma de orvalho
Ou então caindo em lentos flocos de neve
Qual manta branca na linha do horizonte
Cobrindo vegetação, árvores e montes

Teu ciclo hidrológico se inicia nos mares
Com a evaporação marítima sobes aos ares
E os ventos te transportam aos continentes
Em ciclos contínuos e permanentes

P'ra no caminho subterrâneo te infiltrares
Nos poros das formações sedimentares
Num processo contínuo e lento
Como quando nuvem, ao sabor do vento

Crias vendavais, e inundações
Transbordas nos rios, lagos e lençóis
Só o mar acalma tuas agitações
Por vezes encapelas ondas, dimensões

O processo de mutação pelo calor
Que do globo passas à atmosfera
Para renovar com viço e amor
A natureza que sempre te espera

De teu potencial surgiu a roda dáágua,
A máquina a vapor, a usina hidrelétrica
O caminho fluvial, a caixa d' água
Com participação em toda cibernética

São Paulo, 22 de março de 2006
Armando A. C. Garcia

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ABORTO - I


ABORTO - I

Medo, angústia, desespero, remorso
Com maior ou menor repercussão
Em função do nível de esclarecimentos
Que possuímos perante a Lei Universal
Fruto de uma miopia intelectual
O aborto é a somatória do sofrimento
Agravado pelo desequilíbrio da imolação
Apesar do momento cruel , do temido escorço

Em baldes frios de clínicas, bebês, jogados são
E o espírito submetido a essa atroz violência
Sofre intensamente em razão da interrupção
brutal. Em dolorosa e impiedosa cicatriz
Que extirpou o óvulo fecundado na raiz
Onde a vida despontava em evolução
No ambiente infra-uterino, pura excelência
Ao desenvolvimento da vida e da razão

São Paulo, 23/02/2007
Armando A. C. Garcia

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A C a n d u r a


No murmurejar incessante da fonte
Corre água pura, branca, cristalina
A brancura dessa água nos ensina
Que turva, se for cair fora da fonte.

Como ela é a candura feminina
Precisa de muito viço e cuidado
Não misturar a candura ao pecado
Para não turvar a pureza angelina

Teu ego, na limpidez alabastrina
Envolvido por ternuras blandiciosas
Não deixará perceber quão mentirosas
As carícias recebidas em surdina

Para não seres tua própria vítima
Nunca deixes cair tua moral
Que a carícia jamais te arraste ao mal
Par obteres a vitória legítima.

São Paulo, 07/05/64

Armando A. C. Garcia

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Tatuagem !



Tatuagem ! ...


Tatuagem, o *estigma da **ignomínia
Qual ferrete com que se marca o gado
Infesta o ser humano, qual Paulínia
E seu corpo, vai ficando ramificado

Mas quando o tênue retrato de teu rosto
Carcomido pelas rugas da idade
Sentirás pena, sentirás de ti, desgosto
De ter cometido tamanha insanidade

De imolar teu corpo perfeito e sadio.
O corpo que Deus te deu purificado
Tu, o maculaste com o atavio
Que ora adorna teu corpo requintado.

São Paulo, 08/05/2012
Armando A. C. Garcia

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- * cicatriz; marca; sinal
- ** grande desonra; infâmia


Ao Tatuado:

O tatuador, tatuou tua carne
Eu, tatuei tua alma

Meu Destino !


Meu Destino !...

Vim cumprir o meu destino
Transpor pavores sem igual
Ser humilde peregrino
Passar privação abissal

E, no infinito desacerto
Viajou minha hesitação
Tu, nunca estavas por perto
Só, longe do meu coração !

Vivi, d'ávidas esperanças
Sempre suspenso no ar
Estava em ti a confiança
Tu, estavas em outro lugar

Assim, ao ver-me traído
Do deslumbrante projeto
Vi meu sonho destruído
E, senti-me um abjeto !

Se o destino é nosso fado
Ele nos dispõe, onde estamos
Nem sempre do nosso agrado
Ele nos coloca, e ficamos

O que passa, não volta mais
Pelo destino é previsto
São razões elementais
Como o calvário a Cristo !

São Paulo, 27/04/2012
Armando A. C. Garcia

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Majestoso mar


Majestoso mar


Majestoso mar de inúmeros mistérios
Na grandiosidade de tua imensidão
Quando agitado és um elemento deletério
Se pacífico, tua beleza é fascinação

Teu espetáculo há miríades é contemplativo
Na história dos povos, foste a grande estrada
O caminho a percorrer significativo
Que descobriu novos mundos na caminhada

Tens tom azul, por vezes esverdeado
Tens a cor do céu, o enigma e o segredo
O deslumbramento e encanto sagrado,
Quando teu dorso não está agitado.

É nesse azul profundo, cheio de segredos
Na imensa extensão do mundo, lá estás
Semeando riquezas, alimentando os medos
Aos que te procuram, roubando-te a paz

São Paulo, 24/09/2012
Armando A. C. Garcia

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As cortinas da alma


As cortinas da alma

Abre as cortinas da alma
Deixa o sol penetrar
Tua vida terá calma
Poderás dormir, sonhar

Verás que tudo está mudado
Com fé, vigor e alento
Serás querido e amado
Não mais no esquecimento

A paz, grandiosa e mansa
Envolverá todo teu ser
Nem espada e nem a lança
Poderão fazer-te sofrer

Das coisas vãs, sem sentido
Tua alma, afastar-se-á.
O coração protegido
Do mal, defender-te-á

É prazer que não fatiga
Fórmula que não engana
Alimento que mitiga
E tua alma engalana

Na análise do real
A alma se engrandece
Quando afastada do mal
Rende a Deus uma prece

Porangaba, 16/06/2012
Armando A. C. Garcia

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O valor que a Mãe tem


O valor que a Mãe tem

Senhor, Deus do Universo
Deste à vida o verso
Deste o verso, a mim, também
Para mostrar ao mundo
O valor que a Mãe tem

Até Jesus, o Salvador
Teu filho amado, Senhor
Foi gerado pela Mãe
Para mostrar o valor
E o exemplo de Belém

Nem todos devotam amor
Do preito que são devedores
Disperso o pendor na idade
Filhos esquecem da Mãe
Cometendo iniqüidade

Afastam-se como apogeu
Daquela que o protegeu
Não lembram quando criança
Os desvelos que lhe deu
Dimensão de desesperança

Outros com serenidade
Amam a Mãe de verdade
São filhos probos, corretos
Trazem Deus no coração
Filhos do Grande Arquiteto.

São Paulo, 04/05/2011
Armando A. C. Garcia

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Leia
- Mãe I - Mãe II - Mãe III e Mãe IV, leia, também:
Às mães, que deus já lá tem ! e
Àquela que vai ser mãe ! ...
Exaltação à Mãe Maria

A Natureza


A Natureza


Cruzas o mar, a terra, os céus e os montes
Em tudo que passas vês novos horizontes
Nos céus os planetas e o brilho das estrelas,
Na terra os horrores e as coisas mais belas
No mar, o azul dos céus e as águas a brilhar
Nos montes a natureza, a despontar

Em tudo tens um enigma a decifrar
Em cada coisa uma beleza, ou um pesar
No mar tem a água, o sal e as tempestades
Nos céus trovões e, também, as potestades
Nos montes, as feras, os rios e as flores
Na terra, os homens, os ódios e os amores

Se existem oásis no cálido deserto
E pequenas ilhas no grande mar aberto
E brotam gotas d água da rocha dura
Se abre o dia, se fecha a sepultura
É porque existe algo sobrenatural
É porque o mundo não é nosso, é divinal.

São Paulo, 27/02/1964  (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Nas asas do tempo (soneto)


Nas asas do tempo (soneto)

Vai-se apoucando a sua formosura
Presa nas asas do tempo fugaz
Imutável condição da estrutura
Que impiamente o tempo é capaz

As rugas, são o alígero retrós
Trespassada a leda mocidade
Vencidas do fausto, logo, avós
Marcadas do tempo, sem piedade

Teus fenômenos, oh! pia natureza
Instrumento geométrico das linhas
Consola-lhes o horror dessa tristeza

Aos seus olhos de moças, já velhinhas
Cura-lhes o tal vício da beleza
E que aprendam a ler, nas entrelinhas !..

Porangaba, 08/04/2012 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Brasil


Brasil

Os encantos desta terra
Que foi chamada Brasil
Estão nos rios e na serra
No céu azul, cor de anil

Nas cavernas e nas grutas
Nas cachoeiras sem fim
Na fauna, nas pedras brutas
Olhos de água, no jardim

Nem a beleza da flor
Tem mais encantos que tu
Transbordando de amor.
O canto do uirapuru

Faz vibrar as florestas
No pulmão da Amazônia
Toda a fauna está em festa
Tudo está em sintonia !

Tens o mar de lés a lês
Imenso e lindo litoral
Onde Cabral pôs os pés
Chegando de Portugal

Tuas belezas naturais
São uma benção de Deus
Patrimônios imortais
São corolário dos céus

São tantas tuas riquezas
Num solo rico e farto
Ouro, brilhantes, turquesas
Onças, jibóias, lagarto

Tem jacaré, tem macaco
Papagaios e araras
Tem desde o trigo ao tabaco
Tem coisas lindas e raras

O Pão de Açúcar, maravilha
Praias de Copacabana
Búzios e Angra do Reis
Cabo Frio Paraty,

Guarujá, Tiririca
Porto de Galinhas
Balneário Camboriú
Praia do Madeiro

Gramado, Canela
Campos do Jordão
Ouro Preto, Foz do Iguaçu
Pantanal, Manaus

Chapada dos Guimarães
Chapada Diamantina
Fernando de Noronha
E porque não Brasília

Maceió em Alagoas
Ceará em Fortaleza
Olinda e Recife
Em Pernambuco

Não enumerei todas as belezas
E encantos que o Brasil tem
São milhares e com certeza
Impossível a alguém

É um paraíso terrestre
Onde o sol tem mais calor
Sobre a mata e o campestre
É um país encantador

Coberto de ouro e brilhantes
Quão grandes suas riquezas
Onde outrora bandeirantes
Exploraram suas belezas

Os encantos desta terra
De céu azul, cor de anil
Estão nos rios e na serra
E foi chamada Brasil !

Porangaba, 17/06/2011
Armando A. C. Garcia

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ODE À TUA TRAIÇÃO -


ODE À TUA TRAIÇÃO -


De minha alma verteram lágrimas
Que meus olhos por ti, não puderam chorar
De meu coração suspiros e ais
Que minha garganta ocultou dos demais.


A vida inteira sufoquei a paixão
Que tua renuncia em mim provocou
Experimentei o amargo da desilusão
Que o despontar da vida me tramou...


Hoje, estás arrependida da traição
Tenho certeza, o sinto no coração !
Porém, é tarde demais, tudo passou...
Exceto a certeza da dor que me causou.


São teus olhos que hoje vertem lágrimas.
- As dores que sentes, das minhas, nem são primas
Por mais que redimas teus ásperos pecados,
Nunca chegarão às ameias do meu fado !


SP 24/09/2005
Armando A. C. Garcia

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A Princesa e o Golfinho (Infantil)


A Princesa e o Golfinho (Infantil)

Havia um país, cujo reinado era uma ilha
Situada além mar, n'uma terra distante
No palácio morava o rei e sua filha
Numa vida feliz, serena, radiante.

A princesa, Ariete era sua única filha
O palácio real ficava à beira mar.
E envolta numa rica escomilha,
Sempre lá, a princesa ia-se banhar .

Brincava com os peixes quando ia nadar
Um golfinho ficava sempre ao seu lado,
Se cansada, a ajudava a carregar
Montado com ela, em seu costado.

E assim, às vezes por horas percorriam
Milhas do oceano, qual navio!
Quando de regresso à praia sorriam.
Só. O golfinho, ficava triste, vazio...

Na manhã do dia seguinte lá estava
Cheio de alegria e brincadeira
O golfinho que na praia esperava
Para receber a carícia lisonjeira.

Até que um dia, um barco que ali passou
Com piratas que raptaram a princesa...
Era tarde, quando o golfinho lá chegou
Não a encontrando, se encheu de tristeza.

Correu p'ro alto mar, curtir a solidão
Mas quando passava perto d um navio
Escutou alguém chamar oh! brincalhão!
O golfinho respondeu com um assobio,

A princesa pulou da amurada
O golfinho a carregou até à praia.
Onde o rei já montava uma jangada
Para ir procurá-la em outra raia.

O rei, surpreso, do que via à sua frente!
Julgou ser imaginária sua visão...
Só quando ouviu, feliz contente
O chamado da princesa, que satisfação.

Quando pode realmente compreender
Que o golfinho salvara sua filha.
Pois o bando de piratas. ia vender
Sua filha logo à frente, em outra ilha.

São Paulo, 17 de agosto de 2004
Armando A. C. Garcia

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Duas Rosas


Duas Rosas

Perplexo de extravasar os sentimentos
O poeta num dia de ira e rancor
Mandou o mundo, sem outros argumentos
Buscar no horizonte, uma nova cor.

Cansado de cantar em verso e prosa
O matiz de cores que a vida mesclou,
Preferiu o olor perfumado de uma rosa
A outra Rosa, mulher.; por si deixou.

E abraçando os espinhos perfumados
Com que a natureza a esta dotou,
Sentiu seus peitos menos perfurados,
Que nos da Rosa, que antes abraçou !

São Paulo, 02/07/1977
Armando A. C. Garcia

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De ignomínia em


De ignomínia em...

De ignomínia em ignomínia ...
Já o povo ficou acostumado
Governo, sem qualidade apolínea
Deixa p'ra lá, o desvio praticado

São Paulo 29/03/2008
Armando A. C. Garcia

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A Voz do Pensamento



A Voz do Pensamento

Posso calar minha boca
Calo até meu sentimento
Eu só não posso calar ...
A voz do meu pensamento !

Sufoco minha emoção,
Também calo a saudade,
Silencío o coração!
- Pensamento... é liberdade!

Calo todos os sentidos,
Só o pensamento não.
Fecho olhos e ouvidos
- O pensamento ... é em vão!

SP 09/12/2004
Armando A. C. Garcia

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O idoso


O idoso...


A matéria já está debilitada
O tempo o fez envelhecer
Ao clamor de tantas madrugadas
Perdeu a vontade de viver

De repente, fica mudo a cismar
Quando dará seu último suspiro
Está sendo difícil suportar
O ar ambiental que respira

Se a vida já é amargurada
Como pode, frágil enfrentar
Quem sempre viveu nesta jornada
Cheio de viço, ora, a agonizar

Era risonho, era prazenteiro
Enfrentava a dura caminhada
Lutava bravo em busca do dinheiro
Que fosse compensar sua jornada

Quando jovem, tão ativo e forte
Nada era capaz de o deter
Agora, só pensar enfrentar a morte
O forte, perdeu a parada de viver

Tristonho, é um ser sem coragem
Que sua saudade o faz chorar
Qual marinheiro de primeira viagem
Que vai afrontar o mar sem bagagem

Ele, que viveu sua vida inteira
Sem perder da vida a confiança
Está agora, perdendo a estribeira
Sem puder equilibrar a balança

São Paulo, 11/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Síria (e a revolução)


Síria (e a revolução)

São seres insanos,
Perpetuando-se no poder
Verdadeiros tiranos,
Fazendo o povo sofrer.

São seres desumanos,
Onde reina a opressão
São vândalos, ufanos
Com o poder em sua mão

Num legado de torturas
Sem os direitos humanos
Na alma deixam ranhuras
E nos corpos, grandes danos

Prisioneiro da vontade
Não é livre, o povo Sírio
Para lutar por liberdade
Sua vida é um martírio.

Deixa que eles decidam
Em escolha independente.
E, o novo futuro dividam
Sem caudilhos pela frente

Decidir, fora da cela
Não animal enjaulado.
Mas como um barco à vela
Singrando o mar libertado

Livre de todas amarras,
Da escravidão do poder.
Desfraldai, as cimitarras
Enfrentai, que mal, vos quer

Povo, que quer liberdade
Encara firme a repressão
E extirpa com dignidade
O câncer de sua Nação !

Sois um povo milenar
Dos mais antigos da terra
Eu vejo-vos a vacilar
Pra a um só homem, fazer guerra

Basta uma só cimitarra
Para o destino mudar
Coragem e muita garra
É o que vos está a faltar !

Não hesiteis ante a opressão
Vossa união faz a força.
O povo de vossa Nação,

Não é um boneco de alcorça.

São Paulo, 11/05/2012
Armando A. C. Garcia

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As Musas


As Musas ...

Quando as musas não são par
Daquilo que pretendemos
Não conseguimos falar...
Os sentimentos que temos!

São Paulo,13/12/2007
Armando A. C. Garcia

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Tu, estrela luzente


Tu, estrela luzente...

Tu, que sempre afagas meu coração
Com teus devaneios, sem limite e fim
Nas minhas lutas, aplacas a emoção
Só tu, acalentas meus sonhos assim

Tu, és a estrela luzente e preciosa
Qual brilhante a cintilar em minha vida
Dádiva, a meus olhos bela, majestosa
Pérola venturosa que deu guarida

A meus sonhos, já outrora sem sentido,
Que esse teu fervor por mim, não se extinga
E, se algum dia por ti, for preterido

Peço a Deus e à natureza que sem *rezinga
E sem perquirir as razões deste pedido
Decretem o veredicto de quem se vinga !

Porangaba, 20/10/2012
Armando A. C. Garcia

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- altercação

DISTRAÇÃO


DISTRAÇÃO

Tenho andado perdido
Neste mundo de ilusão,
Minha alma sem sentido
Meu peito sem emoção

São Paulo, 05 de agosto de 2007
Armando A. C. Garcia

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Estática Paixão


Estática Paixão

No amor foste minha última esperança
Que igual ao primeiro se desintegrou
Tu, que parecias elo de bonança
Foste a espada que meu coração sangrou

Ainda gemo surdos ais pela desdita
O medo esfria, porém a dor aumenta
Lágrimas de angustia, coração palpita
Transborda o pranto na gruta da tormenta

Nas juras desse doce amor, inda cotejo
Esperança, pelo tempo fenecida
Do que foi na vida meu maior desejo.

No meu peito não cicatriza a ferida.
E a quem coubeste, para sempre invejo.
Por este mísero sonho, que tive na vida !

São Paulo, 04/09/2009
Armando A. C. Garcia

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À deriva do vento (soneto)


À deriva do vento (soneto)

Os campos exalam o olor do rosmaninho
Do alecrim, do tomilho e da bolota
Se misturam ao pó da estrada no caminho
Absoluto expoente, da mãe patriota

Ouso dizer, na errática jornada
Dentre o ontem, o hoje e o amanhã
Sem renúncia imprevidente ao nada
Confundir o dissoluto, com a virtude sã

Como epitáfios sarcásticos de mesuras
Vejo meus versos cair em desalinho
Sem o aroma e olor do rosmaninho

Sem público, sem palmas sem canduras
Como ovos esquecidos em seus ninhos
Não alçam vôo, nem serão passarinhos

São Paulo 05/01/2009 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Outra Cama


Outra Cama...


Toda vez que penso em ti
Estremece meu coração
Vem à tona o que senti
Quando pedi tua mão


Embora o fulgor do sol
Não seja o mesmo de outrora
Outra cama, outro lençol
O vento range lá fora


Revolve a terra o arado
E a enxada lentamente
O pensamento, o passado
O momento, o presente.


A mágoa consola a calma
O tempo, consome a vida
A fé, dá vida à alma
A ti, meu amor querida !


Porangaba, 18/08/2012
Armando A. C. Garcia


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Se foi Deus que nos criou


Se foi Deus que nos criou


Se foi Deus que nos criou
Porque nos criou desiguais
E porque alguns nada têm
E outros têm demais

A resposta a esta pergunta
Está na reencarnação
Penhor de vidas passadas
Resgate, compensação

Feliz daquele que nesta vida
Paga centil, por centil
Ter a existência perdida
É retrocesso infantil

Situação digna de nota
Pluralidade d’existências
A unicidade é remota
Não encontra consistência

Se Deus é justo e bom
Como impor tribulações
Misérias e infortúnios
E dar a outros mansões?

Nossa sorte é decidida
Pró ou contra ao nascer
A uns um tipo de vida
A outros o perecer !

Que Deus teríamos afinal
Dando a uns felicidade
Sem repartir por igual
A sua fraternidade !

Porangaba, 10/05/2011
Armando A. C. Garcia

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t.c
om

Dilui meus pensamentos


Dilui meus pensamentos

Dilui meus pensamentos
Nas profundezas do mar
Cansado dos fingimentos
P ra não mais, capitular

Pus um fim nos sofrimentos
Que vinha a dissimular
Para não ter mais tormentos
E da vida te apagar

São Paulo, 15/05/2005
Armando A. C. Garcia

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Desnudo


Desnudo

Desnudo de pudores e de intenções
Como te dizer das que em mim habitam
Como te falar, se emoções palpitam
Cheio de lembranças, de recordações,

No alvoroço, o desejo consumido
Pelo fruto gerado do saber
Qual fonte que mitiga sede e prazer
Restituindo ao nada, um sentido

Olvidando o reflexo da saudade
Numa ausência mal assimilada
O desejo se repete e me invade

Na vasta solidão do meu destino
Minha alma fica triste acabrunhada
No espelho onde não me descortino

São Paulo, 15-09-2006
Armando A. C. Garcia

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O maltrapilho


O maltrapilho


Uma bituca apagada
Mantém no canto da boca
Uma alparcata rasgada
Nas pernas a calça rota

Uma blusa meia malha
Velhinha e toda surrada
Às vezes chapéu de palha
Outras cabeça raspada

Um cobertor de algodão
Pendendo de suas costas
Vive arrastado no chão
Quando não cheio de moscas

Só de chuva toma banho
A fetidez que exala
É pior que de rebanho.
Da boca já nem se fala

Nunca teve ocupação
Nem gostou de trabalhar
Não ouviu pai, nem irmão
Nem enxada quis pegar

Da vida da ociosidade
Fez a sua profissão
Vivendo da caridade
Passa muita privação

É moço, parece velho
Rejeitado, angustiado
A poça d'água é seu espelho
Da família abandonado

Na vida dura, lascada
Sujo de lama e poeira
Pondera já ser um nada
Se não mudar a estribeira

Lembra os conselhos do pai
As sugestões do irmão
Começa a pensar, aí vai
Mudar sua condição

Mas como, se maltrapilho
Ninguém o vai aceitar
Resolve ir ao caudilho
Suas idéias confessar

O pastor o convidou
Para um bom banho tomar
Em seguida o barbeou
E novas roupas lhe foi dar

Trocado o indumentário
Outra pessoa ficou
Chegou ao fim do calvário
E o Pastor o abençoou.

Porangaba, 06/03/2011
Armando A. C. Garcia

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Saúde !


Saúde ! ...

Não abusar da saúde
É dever de cada um
O excesso é o *ataúde
Não tenha vício algum !

Todo o excesso faz mal
Mesmo na alimentação
Obeso, prejudicial
Ao seu rico coração

Ingerir bebida alcoólica
Seu fígado está sem sorte
Toda droga é prejudicial
Horror, que afigura Morte

O tabaco é outra droga
Que aniquila seu pulmão
Não entre nessa garoto
Não queime dinheiro em vão

Na matéria a natureza
Lamenta a desventura
Quem foge da singeleza
Vai de encontro à sepultura !

Nem do sol, nem da lua
Nós podemos abusar
Quem a moderação cultua
Tem mais estrada a caminhar

A saúde não consente
Abusos como costumas
O coração e a mente
São as vítimas que *póstumas !

Porangaba, 03/08/2011 * Caixão; fig. morte
Armando A. C. Garcia ** Após a morte: fig. Morte

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A Palavra !


A Palavra !

Nasceste tão pequenino
Como cada um de nós
Na humildade do destino
Foste o portador da voz

Da voz que o peregrino
Ao mundo inteiro legou
Na palavra. Teu ensino
Às gerações consagrou

Palavras leva-as o vento
Diz o dito popular
As tuas, cento por cento
As fez, foi multiplicar

Nem os anos, nem o tempo
As puderam apagar
Elas são o grande exemplo
P'ra nossa vida pautar

Atuais, inexauríveis
Que nem o tempo consome
Alcançam todos os níveis
Na sociedade do homem

Afinal, indestrutível
A palavra do Senhor
Só por ela é possível
Alcançar o Criador

A Tua Santa Doutrina
Ensina amor e perdão
Sua essência predomina
Em moldar o coração

Dois milênios, já passaram
E os vindouros passarão
Tuas palavras perpetuaram
A luz em cada geração

O coração se ilumina
Na palavra verdadeira
Tua celeste doutrina
É a esperança, mensageira

Nas agruras do caminho
Na imensidão do deserto
Tens na palavra o carinho
O conforto, o rumo certo

Quando sem pão, sem guarida
Sem ninguém que reconforte
Com a alma desvalida
Tens na palavra o suporte

Ouve a mensagem da paz
Na palavra do Senhor
Verás que tu és capaz
De fazer o mundo melhor !

São Paulo, 19/07/2010
Armando A. C. Garcia

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Meu Senhor !


Meu Senhor !


Senhor! Quando penso em formular um pedido
Sinto-me pesaroso e abstraído
Sem forças morais, olhar retrospectivo
Por nada ter feito em prol do positivo

Senhor! Sabeis bem da falta de coragem
Daquele que só pensou em libertinagem
E quando quer prostrar-se a teus pés
Sem forças para pedir, porque nada fez

Meu Senhor! Qual barco na procela à deriva
Conduz-me à Tua amplitude progressiva
Arrependido dos dias de amargura
Quero contemplar Tua Excelsa figura

*Escindir-me-ei de todo mal do passado
Que os novos dias sejam entronizados
E regidos pela Tua sabedoria milenar
E que possa eu, de instrumento a ajustar

Passar a ser qual violino afinado
Na orquestra sinfônica de Teu reinado
Com capacidade de socorrer os aflitos
Na palavra de fé de teu filho Favorito

São Paulo, 07/02/2012
Armando A. C. Garcia

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- Romper, rescindir,anular, cortar, separar

A bruxa




A bruxa

Seu pensamento era um rio de amargura

Dissimulação de suas próprias intenções
Seu rosto a máscara de outra figura
Personificação abstrata das maldições

Superstição ao não, continua existindo

Nome: Bruxaria Tradicional no Brasil
Onde você poderá participar, intervindo
E ser um novo bruxo entre os mais de mil

Confesso que esta não é a minha praia

Mas como gosto de escrever sobre tudo
Não podia tirar meu corpo da raia
No delicado assunto, d'alvitre cabeludo

São Paulo, 09/10/2012

Armando A. C. Garcia

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Conversando com a natureza


Conversando com a natureza

Devemos conversar com a natureza
É dela que nossa vida provém
Irradia esplendor e singeleza
A natureza é a segunda mãe

Modera, abranda e serena a alma
Dá paz, concórdia e harmonia
Conversar com a natureza acalma
Pelo frescor que dela irradia

É a fonte de riqueza, que nos dá
O alimento, que chega à nossa mesa
A água límpida e pura, lá está
Borbotando, harmônica, coesa

Sua exuberante flora, é um jardim
Onde a sinfonia das aves a trinar
Regidas pela imensidão sem fim
Há milhões de anos ecoam pelo ar

Sem pedir nada em troca, tudo nos dá
Sê gentil, conversa com a natureza
Ela, que tudo gera, e um dia quiçá...
Recolhe-nos ao ventre, cheia de nobreza !

São Paulo, 03/10/2011
Armando A. C. Garcia

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Eu quero que tu me pegues


Eu quero que tu me pegues

Eu quero que tu me pegues
Para puder-te abraçar
Estou esperando que me pegues
Para puder-te beijar

Eu quero que tu me pegues
Também, quero te pegar
Já cansei de esperar
Mas tu, não vens me pegar

Vou trocar de pegador
Já que não vens me pegar
Estou esperando teu amor
Mas tu, não vens me pegar

O que ocorre no pedaço
Que tu, não vens me pegar
Estou esperando teu abraço
Tu, o deixas esfriar

Não sei se tu és chegado
Numa canja de galinha
Diz a bíblia ser pecado
Do outro lado da linha

Se assim não for, te espero
Eu, quero que tu me pegues
És a coisa que mais quero
Pra beijar-te, muitas vezes

Eu quero que tu me pegues
Tua pegada é esperança
Espero que tu não negues
O glamour que o fogo alcança !

São Paulo, 28/04/2012
Armando A. C. Garcia

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Da palavra nasce o verso


Da palavra nasce o verso

A poesia é uma inflexão
Que dá alma ao coração
Da palavra nasce o verso
Que molda e dá a figura

No sonho de cada um
Expressão do incomum
Nos escombros do poeta
Onde o verso é sua meta

Nem nos gestos nem na voz
Exprime a forma veloz
E um pensamento inútil
Dá a forma ao verso fútil

É um cego entre as veredas
Das palavras e sinônimos
Tudo é nada, nada é tudo
O tempo é seu escudo

São Paulo, 05/12/2011
Armando A. C. Garcia

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Jesus, semeou o amor


Jesus, semeou o amor

Em sua passagem pela terra,
Jesus, semeou nela o amor
Aquele que aqui vive, só erra,
Ao desviar-se do semeador

Ele, é a luz de cada dia
Eterna lembrança do porvir
É a esperança da maioria
Que um dia, todos vão seguir

É a estrela na noite escura,
E seu luzir no firmamento
Na noite densa d'amargura
Aplaca a fúria do tormento

É o sol que rasga a escuridão
Apoio nos seixos do caminho
A luz da glória é a ascensão
Redenção do mundo em desalinho

Glorificado seja o seu carinho
Pra com o homem e a natureza
A ave aprendeu a fazer ninho
O homem, a veste e a mesa

Se por justiça, milhões clamam
Outros tantos, pelo desamor
São pobres, aqueles que não amam
Sua incúria, transforma-se em dor

São Paulo, 18/10/2012

Armando A. C. Garcia

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A Sorte ! (soneto)


A Sorte ! ... (soneto)


Já me alvejam desenganos freqüentes
Amostras que a negra sorte dedilhou
Ao nada que o vil talento me dotou
No meu estro, já murcham as sementes

Adejando as nuvens, o sol e a lua
Com o pensamento em busca da razão
Meu louco intento, meu pobre coração
Sucumbe no abismo, dorme na rua

Ah! Qual bem maior, que a própria sorte
Ditoso, quem de ti, favores merece
E nesta terra deste arrimo e suporte

E se a sorte, já está predestinada
Não mostrou por mim, nenhum interesse...
- Porque sempre fugiu de mim, essa malvada !

São Paulo, 17/09/2008 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Desventura


Desventura

Quem de radiosas virtudes protegido
Não sabe o que é sentir angustias tais
Que sofre o ultrajado e oprimido
Mesmo que seja o mais crente dos mortais

Sua paz são os momentos de amargura
Seu cajado, maneja além da sorte
Felicidade é ausência, é desventura
A vida é infortúnio mor, que a morte

Cativeiro da mágoa e da desgraça
Neste mundo sem algum merecimento
Antigo amor, o coração despedaça

Mesmo sabendo a razão de seus pesares
Perdida a esperança, e todo consentimento
Seu pensamento... flutua pelos ares !

São Paulo, 05/12/2005
Armando A. C. Garcia

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AMAZÔNIA !


AMAZÔNIA ! 


Motosserras, correntões e queimadas!
Transformam o verde em vermelho, o dia em noite
Expansionismo geométrico de mourões 
Toras de jacarandá e mogno, são serradas
De pau-brasil e cerejeira, sem açoite 
Deixando ricos, ilustres figurões ...

Choram a mata atlântica e as pobres mariposas                        
Chora a fauna e a flora a cada derrubada
Só não chora, o vil do rico fazendeiro
Nem o extrativista de gemas preciosas.
Ajuste de assentamentos, libera a queimada
Amazônia é dominada com o nosso dinheiro !

Com tais recursos, no mundo não há igual  
Região de flora exuberante em variedade
Seringueiras donde se extrai a borracha
Castanhas-do-pará. Ouro, o rei metal 
Peroba, ipê, madeira de alta densidade
P’ra coibir, só o Governo apertando a tarracha

Tem calcário, cassiterita, estanho e cobre
Ouro e diamante em grande profusão 
Ferro e manganês, recursos infindáveis
Exploração que a realidade encobre
Com terrível disputa pela terra em vão...
Nem seus pobres rios ficam intocáveis !  

São Paulo, 16/10/2008
Armando A. C. Garcia
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Do tempo sofrido


Do tempo sofrido

Que ventos são estes, dos tempos sofridos
Que passam agora zunindo ao ouvido
Tirando a paz, que estava comigo
Trazendo o agouro do tempo sofrido

Minha esperança nua, enfraquecida de vez
Ao sibilar da forte e brava ventania
Que vento gelado, que noite mais fria
O tempo fechado, vem chuva, talvez

A grande tempestade está dentro de mim
Desgoverno provocado do tempo sofrido
Não o do planeta por estar agitado

O descontrole climático a fuga sem fim
É o inverno, averno do dia esvaecido
No esteio da vida, psicanalisado

Porangaba, 20/01/2012
Armando A. C. Garcia

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Tirando o chapéu


Tirando o chapéu...


Já, a tatear falazes esperanças
Como quem semeia palavras mansas
Vê-los-emos em breve empenhados
Os que ora, ainda vemos enredados

Prometendo o mais, do que alcança
O seu poder e o de sua liderança
Tirando o chapéu na mão, reverência
Do político astuto em decadência.

Embrenhados nas falsas que tropeçam
Com mente artificial, disfarçam
Das ignomínias desprezíveis feitas
Dizendo-as d’partidários doutras seitas

E que irão compensar a inoperância
Cobrarão do governo a intolerância
Na saúde, segurança e educação
Dirão mais, de controlar a inflação

Falarão, também, sobre a aposentadoria
Que a previdência terá grande melhoria
A aposentadoria será igual ao salário
Assim, acabarão de vez, com o calvário

As imoralidades ditas cometidas
São falácias dos jornais, improcedidas
Que não tendo notícias levam ao ar
Para audiência de seu canal aumentar

Dizendo militarem por causa nobre
Eles visitam casa rica e de pobre
E na TV com discursos sedutores
Metalúrgicos até parecem doutores

Assim enganam o povo, que certamente
Acredita na promessa inconsistente
E sem noção aceita os argumentos
Afastando deles os maus pensamentos

Que o progresso da nação é exaltado
E que mundo afora, ele é admirado
Que nunca antes à saúde os recursos
Se igualaram, em números de concursos

Na educação a mesma persuasão
Nos quadros da sala e da reunião
E com bons professores em profusão
Será pra valer uma super educação

Irão, também, prometer mais segurança,
Com nefasta ladainha, sem tardança
Dirão que lugar de ladrão é na cadeia
Justiça e dignidade, também permeia

Na promessa para ganhar a eleição
Cheios de carinho, de plena mansidão
Eles, vão assim, tecendo a sua teia
De seus enganos, a história está cheia

Em tudo, o que causa mais repugnância
É degradar do povo, a santa ignorância
Vão assim se perpetuando no poder
Enquanto o povo, a esperança vê perder

Até quando nos vão tirar o chapéu !
Só época de eleição, quando tiram o véu
A chave de nossa porta está em suas mãos.
Não elejam delinqüentes; sejamos cidadãos !

São Paulo, 04/09/2013
Armando A. C. Garcia

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ABORTO - II


ABORTO - II

Quando tudo nos parece paradoxal e estranho
Com a banalização da morte, o bem da vida
É de vital grandeza que o homem tente protegê-lo
Criando regras que a prática de atos inúteis impeçam
Crueldades degradantes e não que favoreçam,
A legalização do aborto, ou a sua descriminalização.
Revela, senão a ovação ao crime a indiferença à vida
Injustificável conduta contra seres indefesos ao canho *

Infanticídio oficial, a tolher o direito de existir
Na Lei Universal, são implacáveis assassinos
Desde a mãe, aos obstetras disponíveis a essa prática
Porque após a fecundação do óvulo, existe vida
E como pode outrem dispor da vida alheia. Deicida **
Em matar com mais eficiência e destreza tática
Sem o mínimo respeito à vida do homem e seus destinos
O direito de nascer não pode ser tolhido ou reprimido.

São Paulo, 23/02/2007
Armando A. C. Garcia

*lucro desonesto
** Quem mata um deus
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Êxtase


Êxtase

À tarde quando o aroma fresco das montanhas
Descia em catadupas até ao vale
Seu perfume penetrava nas entranhas
De minha alma em êxtase original

As sombras dos picos, caíam até às fraldas
Trazendo o perfume inebriante do alecrim
E do alfazema, em coroa de grinaldas
Como homenagem da natureza até mim.

A bruma da tarde trazia o gorjeio
Dos últimos trinados dos passarinhos
Como falando boa noite, em seu gorjeio
Antes de se recolherem em seus ninhos.

A lua em novilúnio, merencória
Banhava com seus raios tênues do luar
Prados e montes que em sua trajetória
À noite do alto, pode iluminar.

E a minha mente, poética, enlevada
Levou aos céus uma prece fervorosa
Para que a alma dos poetas amargurada,
Seja ela, eternamente, mais ditosa

São Paulo, 06/04/1964
Armando A. C. Garcia
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Semeia no coração !


Semeia no coração !



Haja paz em nossos dias

Amor e compreensão

Na doutrina do Messias

Semelhante, é teu irmão


Aplaca a raiva e o ódio

Semeia no coração

Grãos de trigo e de serôdio

Pra co’eles fazer bom pão


Neste mundo de ilusão

É preciso muito juízo

Quando geme o coração,

Isso aí, é um aviso


Quem tem Deus na sua vida

Cura intempéries melhor

E nada a intimida,

Sendo obreira do Senhor !


Sendo a vida um desafio

De Jesus, Nosso Senhor

O que tem curto pavio

Sofre mais, vive pior


Quem na mansidão caminha

Segue exemplo de Jesus

Não deixa secar a vinha

Nem sente o peso da cruz !


Pedi ao Pai Criador

De sua sabedoria.

Na natureza, a flor

Encerra essa magia !


Sai dela o fruto e a semente

Fonte da vida, alimento

A sabedoria é produto

Um pouco, de cada momento


No ensinamento, aprendi,

Estar na própria natureza

O conselho que pedi...

Estava em cima da mesa !


São Paulo, 17/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Declaração de Amor


Declaração de Amor


Moça ! Antes de dizer sim ou não
Ouça primeiro o que diz meu coração
Não deixe de escutar seu acalanto
Não perca do amor tamanho encanto

Não dê asas demais à sua fantasia
O amanhã pode ser tarde é outro dia
O mundo é tão pequeno, conte as estrelas
Não olhe o mundo, apenas das janelas

Quero abarrotar teus dias de carinho
E de cada momento, um mundo de prazer
Quero que sejas a dona do meu ninho

Quero em ti depositar todos meus louros
Entregar-te em bandeja meu viver
Até a eternidade todos os dias vindouros

São Paulo, 25/07/2007
Armando A. C. Garcia

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Eu quero cantar um fado


EU QUERO CANTAR UM FADO

Eu quero cantar um fado
Um fado eu quero cantar
Para ter-te ao meu lado
E puder te abraçar
"Refrão "

Ó gente da minha terra
Ó gente do meu país
Por tudo que ela encerra
Eu já me sinto feliz

Por tudo que ela encerra
Eu já me sinto feliz

Eu tenho o fado no sangue
Tenho o fado por raiz
Mesmo que eu esteja exangue
Morrer abraçado ao fado
É tudo que sempre quis

Eu quero cantar um fado
Para fazer-te feliz
Recebe o pequeno agrado
De um fadista aprendiz

São Paulo, 23/10/2009
Armando A. C. Garcia

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SER PAI


SER PAI


É uma solene missão
Árdua, tarefa dura
Que Deus dá à criatura
Num rosário de paixão


É uma fonte de esperança
Que consola o coração
Como se fora uma benção
Uma bem-aventurança


É a argila que se molda
Nem sempre a nosso prazer.
Pois querer. Não é puder,
Nem sempre o barro se amolda !


Ser pai é fé que sublima
Altar de luz e tormenta
É paixão que impacienta
É um sonho que arrima.


É esperança que consola
É um sol que irradia
A estrada áspera e fria
E faz do ninho uma escola.


Não vê maldade em quem ama
Tem amor sempre de sobra...
Pelo filho se desdobra
Se preciso, pisa a lama.


È um clarão de alegria...
A nova estrada do mundo
É o amor mais profundo
Estrela... que o filho guia.


São Paulo, 06/08/2004


Armando A. C. Garcia


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Esperanças


Esperanças

Ó quantas tive ao longo desta vida
Hoje sinto o peso das lembranças
Pena cruel que lhe dá guarida
No refúgios das ternas esperanças

E no caminho da mágoa de quem sente
No coração o peso de tal ferida
Representa ou uma paixão latente
Ou uma desesperança imerecida

Ressuscita qual sonho das lembranças
Pensamentos de fantasia pura
Se o sonho se firma na esperança
Vivo feliz enquanto o sonho dura

20/12 2003
Armando A. C. Garcia

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Ofensa Sagrada !


Ofensa Sagrada !

Até as pedras se ofenderam de tamanha vilania
Jamais, vi coisas tão monstruosas, anormais...
Entre feras, abutres, hienas, tigres e chacais
Indigna se tornava sua intolerante ousadia!

As negras pedras do templo chorarão eternamente
As alvas toalhas de linho ficaram sujas de repente
E o Cristo acorrentado àquele madeiro infame,
Não pode fazer nada mais do que suportar o vexame.

Nem no horto das oliveiras ficou tão agonizado
Que só não saiu daquele antro porque o tinham amarrado
Como amarrado que o trazem há quase dois mil anos,
Vivendo às expensas Dele, essa cambada de tiranos.

E entre Cristos, Santos, Anjos, Arcanjos e Querubins
O safardana do cura fazia orgias e bacanais...
Praticava adultérios, estupros e muitas coisas mais...
Fazendo de Deus e de sua corte, uns arlequins.

Profanava o templo divinal, essa casa sagrada
Vivendo na orgia, enterrado no pecado noite e dia
Consagrando a hóstia sacrossanta, a divina eucaristia
Com as mãos tintas do pecado, e a alma enodoada.

Oh! Céus!...

- Como podeis não desabar sobre esta terra maldita?
Como podeis suportar tanto sacrílego ultraje?
Como deixais impune tanto tempo quem assim age?!
Abusando com arrogância de vossa Bondade infinita...

Mas esses abrutes infernais, seus crimes terão, ainda.
Desenterrados dos dogmas fantásticos que os encobrem
Mostrando então as glândulas de serpentes que se abrem
Hiulcas, vorazes, devassadoras, cheias de veneno infindas

Esses corvos negros, serpentes de hediondez profunda
Rugindo a maldade em sua própria consciência
Tentarão negar, pelo bem, pelo mal, ou pela violência
O seu crime atroz, e ocultar a sua nódoa imunda.

Eles mesmos constituem o próprio vírus da heresia
Dilapidados da honra, da comiseração humana
Tentarão trocar a batina e a dalmática romana
Pelo manto dos cabotinos, a sina da hipocrisia.

Do misérrimo báculo ao hissope de água-benta,
Das lúbricas luxúrias ao esquálido cemitério,
Tudo que têm ignoto, envolto em sórdido mistério...
Cairá por terra o gérmen maldito que a alimenta,

Quando a consciência humana, em sua sabedoria
Avaliar quão balofa era a doutrina praticada
Por esses vilões. Histriões de sua própria palhaçada
Que fazem a coleta em meio da Ave-Maria!...

Assim como do templo fazem bordel profano
Destruindo lares, que unir em Deus eles alegaram,
São feras tão capazes de destruir quem vitimaram,
Mais vorazes que as famintas feras d'arena de um tirano.

Esses morcegos negros, essas corujas sangüinárias,
Sugam o sangue, a carteira, e a honra em adultério,
Escarnecem suas pompas e responsos de mistério...
Quando o féretro é de gente pobre de condições precárias.

Mas se for de gente rica, gente bem endinheirada!
Levará todas as pompas, para que não falte nada.
Rezarão responsos, para os outros, nunca terminados!
Porque para rezar muito, têm preços estipulados.

Se conforme o grau hierárquico as rezas têm valor,
Não sois vós oh! pobres! que alcançais a salvação divina
Porque as rezas de bispos, papas, cônegos e cardeais,
Não vos pertencerão nunca, porque, também, não as pagais.

Armando A. C. Garcia
São Paulo, 11/05/64

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Ditosa Magia


Ditosa Magia ...

Tinha uma certa magia,
Quando na rua passava
Um sorriso de alegria
Que todo mundo encantava

Essa cabocla atraía
Todos os olhares para si
Quis fingir que não a via
Ao final, não resisti

Eu confesso que não sei
Porque fingia não vê-la
Só meu desejo freei
Ao impulso de ser dela

Simulei p'ra disfarçar
Ao meu desejo sagaz,
Com vontade de agarrar
E dela, correr atrás

Finalmente compreendi
Que eu, sentia o amor
Que meu destino, era ali
Ao lado daquela flor

Seus impulsos de magia
Esperança que me alcançou
Foi sonho, sem fantasia
Que o meu mundo mudou

Cada minuto que passa
Tem o clarão da alvorada
É o esplendor, é a graça
Do destino, a nomeada

São Paulo, 20/03/2012
Armando A. C. Garcia

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Afeição e Carinho


Afeição e Carinho

Mora afeição e carinho
Mora amor em nosso ninho
Peço a Deus que dure eras
O afeto com que o veneras

Se o amor tem encantos
E a natureza outros tantos
A primavera em flor
Matiza os prados de cor

O tempo esse malvado
Vai pondo o amor de lado
É contrário à natureza
Que renova sua beleza

A cada nova primavera
Odorando a atmosfera
Com o perfume das flores
Dá viço e vida às cores

Abrindo com esplendor
Novo ciclo de amor
Renovado a cada ano
Seu afeto soberano

Sê igual à natureza
Com sua imensa pureza
Não abandones o ninho
Onde há amor e carinho

Relembra teu velho amor
Curte nele a tua dor
Não pules de galho em galho
Sê pura igual ao orvalho

Se o vento bater mais forte
Não busques outro consorte
No galho da laranjeira
Morre a flor, vem a fruteira

Procura revigorá-lo
De alegrias explorá-lo
Com esperança e glória
Perpetuarás a vitória !

São Paulo, 07/10/2009
Armando A. C. Garcia

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Caminhos escusos


Caminhos escusos !


Caminhava nervosa e vacilante
Nas aléias do jardim arborizado
Quando soltou um grito lancinante
E ali expiou a culpa do seu pecado

Foi assaz a dor, densa e profunda
Na sinistra e pavorosa atitude
De vida escabrosa, qual vagabunda
Para isto aponta a sua ilicitude

O comportamento leviano de mulher
Que sua honra não soube preservar
Passando a despeito a ser uma qualquer

E assim finalizou sua vida desregrada
Decidiu da mesma pra sempre se afastar
A pobre mulher... estava alucinada.


São Paulo, 30/10/2012
Armando A. C. Garcia

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Depois


Depois ...

Depois do amor imenso que te dei
Onde os gemidos noite afora, vela acesa
Surge agora um pranto de tristeza
Envolto no desencanto que não divisei

Guardo no escrínio das recordações
Os dias de consolo os dias de alegria
Que nós vivemos cheios de emoções
Que mitigam hoje a falta de harmonia

Às algemas que no áspero caminho
Quase exânime nos ombros carreguei
Brando e discreto a dor carreguei sozinho

E no silencio das sombras suportei
As lembranças do amor em desalinho
São sonhos do amor que em ti deixei

São Paulo, 22/06/2009
Armando A. C. Garcia

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Quando a noite chega


Quando a noite chega

Quando firme a noite chega
Pensando, fico sozinho
Que será de ti amor
Tão longe do meu carinho

A noite, sombria e triste
Minha tristeza acompanha
Ao amor, ninguém resiste
Tão grande sua façanha

Alta noite, solitário
Alma serena, pensativo
Levanto a carpir meu rosário
Versando amor positivo

São noites intermináveis
Iguais e desconhecidas
Procelas imagináveis
De uma noite mal dormida

Fito o céu, nenhuma estrela
Nem o luar aparece
A tristeza se encapela
O temporal me entristece

Ó noite, escondes a vida
Escondes o meu amor
O crepúsculo dá guarida
Onde expira o Sol maior

Silêncio... a hora é mística
Tento rezar, mal consigo
A poesia é artística
Preenche as horas comigo

Só ao despertar do Sol
Volto de novo à vida
Renascendo ao arrebol
Oh! Alvorada esculpida

Quando úmidos do sereno
Os pastos se apresentam
Volvem os chilreios, sem treno
E minha alma acalentam

Surge o céu, cheio de Deus
Nas cores do Sol, ouro puro
Seu lume perfuma os céus
No pomar, fruto maduro

A noite dá a despedida
Surge a claridade em troca
Bago a bago, é comida
A alimentar nossa boca

O aroma, entra nas veias
Sustenta minha ferida
Só tu amor incendeias
As noites de minha vida !

Pernoitas em mim amor
Desde o apagar das candeias
Até que o Sol redentor
Vem despertar minhas veias

Ó noite, eu te amaria
Se pudesses alijar
O amargor de cada dia
Que à noite passo a fitar

Tu incutes o pavor
Quando sem estrelas e luar
O nada exprime melhor
O que eu possa pensar

Prostrado, apavorado
Recuo meu pensamento
Fico quieto, desolado
Perdido neste tormento

Pareces irmã da morte
Nas tuas horas sombrias
Vagarosas, sem suporte
E cheias de fantasias

No oráculo de teu fado
Quantas lágrimas vertidas
Desculpa ter-te lembrado
Das inúmeras despedidas

É imenso o funeral
Imensos sonhos perdidos
Seria sina crucial
Se fossem mal entendidos

Volvendo às horas de sono
Recompões nosso sentidos
Porém, se o abandono
Descansos, ficam perdidos

Em ti, o mundo descansa
Na inalterável desvaria
Novo dia, nova esperança
Novo Sol nos alumia.

Os teus inúmeros mistérios
Nos abismos silenciosos
São sublimes, são etéreos
Impassíveis, dolorosos

Surge casta a madrugada
Vibrante, força e calor
Impera a luz imaculada
No universo, esplendor

Vida sempre renovada
Cheia de fé e esperança
Aguardo-te, minha amada
Com toda perseverança !

Porangaba, 17/05/2011
Armando A. C. Garcia

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ALMA DE POETA (soneto)


ALMA DE POETA (soneto)


De poeta não tenho a veia que lastreia
Nem a sensibilidade que permeia
Vil pensador de mil deidades,
Se algum talento cabe às entidade

Bebendo das musas num só momento
Os suaves eflúvios de meus versos
Lavra que de dia em dia intento,
Poder com simpatia ver expressos

Beija flor que adeja o lúcido momento
De sugar o néctar divino da flor
Sonho solto que aninha o pensamento

Doce lembrança, linda recompensa
Encanto meu, fruto de real valor
Cume da glória, desejo de quem pensa.

Armando A. C. Garcia
São Paulo, 23/11/2005 (data da criação)

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EU QUERO !


EU QUERO ! ...

Eu quero mostrar ao mundo
Nem que seja num segundo
Toda a minha solidão
Eu quero que o mundo veja
P'ra que ninguém tenha inveja
Deste pobre coração

Que sofre dia após dia
Calado... ninguém podia
Imaginar tal razão
Eu quero que cada qual
Não queira eu, como igual
No sabor duma paixão

Há quanto tempo sofria
Sempre na mesma agonia
O meu pobre coração
Eu não sei o que diria
Nem sequer o que faria
No silêncio da paixão.

Eu quero mostrar ao mundo
Como mostrei num segundo
O frio da solidão
P'ra que cada qual acorde
A maçã quando se morde
Pode dar sofreguidão!

São Paulo, 24/09/2004
Armando A C. Garcia

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Conflitos de Amor


Conflitos de Amor 

Da afeição que eu tanto confiava 
No amor que tão desejada era 
Traição tamanha, jamais esperava 
Quão grande a flama que em mim ardera 

Enfim, só quem ama sabe, compreende 
Que aquilo que se quer e se deseja 
Há sempre alguém, que sem pelejar contende 
Tão suspeito, que em curto tempo se não veja. 

As lágrimas míseros dos dias sofridos 
D’ amor qu’ teve começo, nunca teve fim 
Foram prelúdio de jogador vencido 
Que, na ordem do destino foi traído 

A lealdade das juras já negada 
No amor que sustinha não renova 
Infestam a alma e a vida subjugada 
Como lhe convinha, seu peito aprova ! 

São Paulo, 15/12/2001 
Armando A. C. Garcia 

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DA EVOLUÇÃO DO HOMEM


DA EVOLUÇÃO DO HOMEM

Os avanços da evolução do homem
Retrocedem na moral e na honestidade
A inteligência nas trevas da promiscuidade
E os esforços de vontade se consomem

O grau do intelecto na mente perturbada
Não o afasta da degradação moral
Aniquilando a alma ao lodaçal
Recuando da glória destinada

A perversidade suplanta o Bem
A calmaria deu azo à tempestade
À falta de caráter, à crueldade
Confiante na impunidade, vai além.

Contudo, se engana a justiça da Terra
Tal flagelo, não ocorre nos céus
Porque justa, é a providência de Deus
E o ingrato, a ela não pode fugir

Está longe do ideal nossa evolução
Os sentimentos cheios de instintos
Emergem da falta de educação
E levam suas almas aos labirintos

Com nosso avanço moral corrompido
Pelas sensações nefastas e *aziagas
Nosso espírito permanece combalido
Ao invés de depurar suas chagas

Temos a evolução Global e a Espiritual
Daquela, fazemos parte no todo Universal
Desta o todo, somos nós em espiral.
Vamos praticar o Bem, abolindo o mal.

Porangaba, 19/05/2011
Armando A. C. Garcia

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A PRIMAVERA


A Primavera

Ficam floridas as amendoeiras
As árvores se cobrem com novas folhas
A natureza recupera o esplendor
Após dias tenebrosos de escuro inverno
A vida se aquece, enfeita a natureza
Engalanada no perfume da flor

É a festa da perpetuação da vida
Renovação que os olhares procuram
Na alegria do renascer das flores
No gorjeio que o júbilo convida
Os casais de passarinhos, que se arrulham
Exprimindo com doçura seus amores

A primavera é a estação do amor
Quando desabrocham os brincos de princesa,
Os agapantos, lírios e as margaridas,
As hortênsias, e as violetas multicor
O jasmim, e a dama da noite, com certeza,
Perfumará as flores mais coloridas

Os jardins de azaléias, e gardênias
Gérberas, ciclones e prímulas,
Hibiscos, centáureas e amores perfeitos
Florescidos, cercados de estefânias
Com purpúreas flores pêndulas
Sobre o jardim que se chama primavera !

São Paulo, 06/09/2006
Armando A. C. Garcia

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Bate um vento atravessado


Bate um vento atravessado

Bate um vento atravessado
Do frio que vem gelado
Da cordilheira dos Andes
O gado; do pasto é retirado
O homem, fica todo encapuzado
Tomando o seu chimarrão.
Da cocheira os cavalos
Não querem arredar pé
Os gatos acocorados
Na lareira, o fogo em pé
Na cumeeira do telhado
Só gelo a gente vê
Mas eis que olho no prado
Veja o quadro que se vê
Uma criança descalça
Congelada pelo frio
Ponho polaina na calça
Corro a tirá-la do frio.
Aqueço-a na lareira
Dou-lhe leite, pão café
Indago-lhe onde mora
Diz: além, depois da serra
Morava com sua mãe
Seu pai estava na guerra
Mas porque sozinha estava
Tão distante e desgarrada
Ela então falou chorando
Que sua mãe não acordava
Cortaram-me o coração
Esta palavras ditadas
Cri então que sua mãe
Já mora noutras paradas
Acolhi a criancinha
Dei-lhe estudo educação
Como sendo filha minha
Hoje, é minha proteção !

São Paulo, 09/09/2009
Armando A. C. Garcia

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Tuas juras


Tuas juras...


E se as juras valessem
Serias tu a culpada
Tuas apalavras fenecem
Ao longo da caminhada

Se triste foi o anseio
Mais triste a realidade
O castigo veio em cheio
Na jura da falsidade

Que te faça bom proveito
Aquele por quem me trocaste
Tua jura, não teve jeito
Pois com ela me enganaste

Naqueles loucos momentos
De beijos e juramentos
Que de recordar me dá pena
De palavra tão pequena

No íntimo era tão falsa
Como falsa a dona dela
Desdenhosa e ingrata
E metida a aristocrata

A dor mais triste e cruel
Consome alma e coração
Bem mais acre que o fel
É a dor duma traição

Certas mágoas nesta vida
Que cego amor nos impõe
Até a ilusão é vencida
Quando algo se interpõe

São Paulo, 27-08-2012
Armando A. C. Garcia

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Já se foi a primavera


Já se foi a primavera

Já se foi a primavera, a mãe das flores
Chegou o verão de chuvas e aguaceiros
Envolto na umidade de seus vapores
Inundando cidades e campos sem outeiros

A tragédia repete-se a cada ano
Castigando, das vertentes das colinas
Aos ribeirinhos, já crentes no desengano.
As promessas do governo, são rotinas

Os aportes anunciados às calamidades
Nunca chegam ao destino da tragédia
Vemos pela TV nos campos e nas cidades
A destruição, como no início da comédia

Com as novas chuvas, novas inundações
Gente sem lar, gente de bem, em má situação
Com a roupa do corpo, sem cama e lençóis
Quem desvia o dinheiro é pior que ladrão

O que vemos é a imunidade crescendo
O tesouro nacional precisa ser protegido
Se assim não for, os ímpios vão vencendo
E a maior vítima, nosso povo desnutrido

Ano, após ano, com a desgraça deste povo
Meia dúzia de espertalhões fazem a feira
E o que deveria ir para o humilde povo
O político enche a burra, na bandalheira.

Porangaba, 22/01/2012
Armando A. C. Garcia

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Á r v o r e s


Á r v o r e s

Árvores velhas, seculares, árvores fortes,
Que dais sombra e descanso aos viandantes,
Que dais frutos e dais flores vicejantes,
Árvores pequenas e grandes, de todos portes

Árvores que abrigais as avezinhas
Que sois o berço dos poetas voadores
Onde canta o rouxinol, entre as flores
E gorjeiam o sabiá e as coleirinhas

Árvores frondosas, riqueza natural
Sois a beleza dos campos e do jardim
Atavio profícuo das selvas sem fim
A maior de toda a beleza universal

Árvores grandes, troncos nus, verdes ramos
Onde os melros e as rolas fazem ninho
O sábia, o pintassilgo e o canarinho
E outros mais que aqui nós não citamos

Árvores pequenas, lindas e floridas
Perfumadas, e com frutos naturais
Coqueiros, cajueiros e laranjais
Árvores verdes, amarelas e garridas.

Árvores, árvores fortes que sois vida
Troncos que dais madeira, que dais borracha,
Troncos que dais cortiça, que dais a acha
Árvores que dais as vidas, de vossa vida.

São Paulo, 1964
Armando A. C. Garcia

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Doutrinam na fé


Doutrinam na fé

Doutrinam na pseuda fé, nova esperança
Como quem amassa o pão de cada dia
Prometendo-lhes dias de bonança
Que após troca de dízimos, geraria

Prometem no mundo alcançar vitória
Como progresso e sucesso material
Ao invés de no outro mundo, a glória
O preço sublimado é paradoxal...

Manipulam a fé, negociam Jesus
Cujo valor de franquia é ajustada
Estimulam os pastores aos cofres seus.
A palavra de Deus, é mera presepada

Poucos podem fugir ao cego ardil
Pura magia, da fé, cruel engano
Espalhadas no mundo, pelo Brasil
Em turva façanha de atroz cigano

Meu Deus!... Por favor acorda Camarada
Conduzem Teu rebanho à fazenda errada
E Tu, lá do alto etéreo, não fazes nada...
Não pões fim, ou na linha, essa cambada?

No Teu tabernáculo, Senhor, Deus
Não permitas corruptas abominações
Àqueles que vendem a alma e os céus
Conjura-lhes as suas manipulações !

Porangaba, 31/03/2012
Armando A. C. Garcia

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Chamativo (infantil)


Chamativo (infantil)

Batem palmas de mansinho
Na soleira do portão
Fui olhar quem por mim chama
Com tamanha lentidão

Uma criança pequena
Pede um pedaço de pão
Faz dias que ela não come
Está sem cor e expressão

Acolhi a criatura
Mandei servir refeição
Fiz tudo para mitigar
Sua fome e aflição

Sua estória contou assim
No mundo não tem ninguém
Sua mãe chegou ao fim
E seu pai, ao fim, também

Armando A. C. Garcia
São Paulo, 03/04/2004

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A Mocidade


A Mocidade !

O auge da mocidade
É o auge dos desenganos
E ao crer na falsidade
Tanto mais, nos enganamos

Nem na palavra de Deus
Cremos com sinceridade
Somos uns semi-ateus
Presunçosos de vaidade

Mocidade é passageira
É tal nuvem que passou
A vida, é pra vida inteira
A mocidade voou !

A mocidade é veloz
Passa igual furacão
Deixa marcas no retrós
E marcas no coração

Muito sonho, muita espera
Audaciosa, extravagante
É uma linda primavera
De um inverno distante

Tem o perfume da flor
Na exuberância da vida
Tem mais viço, tem mais cor
É primavera florida

Depois dos trinta, geralmente
Aumenta a compreensão
Com decisão mais prudente
Sem impeto e afobação

São Paulo, 28-08-2012
Armando A. C. Garcia

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A uma senhora ! (soneto)


A uma senhora ! (soneto)

A ausência me livrou da contingência
De ver teu rosto murchar, minguando
Pela incoercível degenerescência
Da regra, que no mundo tem seu mando

E a matéria outrora bela inigualável
Hoje, é tal ave noctâmbula
Passeando com rosto murcho miserável
Só, na noite escura qual sonâmbula

Triunfo passageiro, cilício, aflição
Nos segredos insondáveis da memória
Ficou gravada sua imagem no coração

Ver as fases da beleza, hoje irrisória
Melhor evitar o precipício em vão
Deixando nos meus versos a vanglória !

São Paulo, 02 de outubro de 2008
Armando A. C. Garcia

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Brasília


Brasília

Obra ufana, obra apoteótica
De Brasileiros, obra patriótica

Onde tudo é cor, movimento e beleza
Esplendendo ao mundo inteiro sua grandeza

Serás a força centrípeta do Brasil
Um grito de independência, o buril

Que a caminho de um grande destino
Te erigiu no planalto goianino

Oh! Brasília, como és bela, encantadora
Penetraste pela fauna e pela flora

Na esperança de ao mundo e ao povo Brasileiro
Fazeres da tua Pátria, um só canteiro!

São Paulo, 28/03/1964
Armando A. C. Garcia

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Com o tempo


Com o tempo ...

Com o tempo, desgasta-se a matéria
O tempo tudo consome lentamente
O *ergástulo humano é impotente
Para conter a causa **deletéria

No abissal efeito da degeneração
Tudo se transforma no passar do tempo
Na sucessão dos anos, nesse passatempo
Vai sofrendo implacável mutação

Crede, mortais, por que ter fé inspira
Ao ponto alto que em vós sublimais
Não busqueis desesperados o que suspira

Porque a maldizente voz que escutais
Do furor louco de satã, jamais vos tira
Se a caridade e o amor não praticais

São Paulo, 24/09/2009
Armando A. C. Garcia

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* cárcere; masmorra; calabouço
**que destrói; que danifica; prejudicial

Humor Satírico


Humor/satírico


Queixou-se o cidadão
Que depois de quarenta anos
Sua mulher o abandonou.
Respondi-lhe: meu amigo
Se tua sina foi dura,
A minha foi bem pior,
A mulher que sempre amei
Nem comigo se casou.
E ouvindo minha história,
O cidadão chorou.

São Paulo,23/08/2012
Armando A. C. Garcia

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O regato cristalino


O regato cristalino


Com os olhos no infinito, em vão procuro
Tão longa a saudade, como o esquecimento
Minha alma, sem ela, está no escuro
E perdê-la, foi plangente sentimento

Incoerente e adverso foi o destino
Transmuda-se a razão, não a emoção
Como o regato que corre cristalino
A perda de um amor dói ao coração

Procuro-a nas estrelas, no sol e no ar
Nas noites de luar e nas de procelas
Procuro-a nas lembranças e ao pensar

Respondem as relíquias que sem cancelas
Lá, no auge da paixão puderam gravar
No meu cérebro, guardião das coisas belas !

São Paulo, 11/01/2013
Armando A. C. Garcia

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Tópico Final (soneto)


Tópico Final (soneto)

Nas tuas mãos geladas, tópico final
Depositei o último beijo da saudade
Que levaste ao páramo celestial
No cálido amor da imortalidade

E se Deus, o infinito amor consente
Poupando-te da hora em que partiste
Aos céus rogo uma prece contundente
Que leve a teus pés o amor que persiste

Na eterna consolação que resplandece
Abarcarás a imensa dor que domina
Onde o grilhão da angústia avança e cresce.

Como suprir o amargor de cada ofensa
Se no caminho a luz já não descortina
No brando e amoroso louvor, tua presença. 

São Paulo, 08/04/2010 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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À luz da verdade (soneto)


À Luz da Verdade (soneto)
      

À luz da verdade, desperta, desperta!
Não sejas eterno escravo de ti mesmo
Percorre teu próprio caminho, alerta!
Quer na felicidade, na dor, ou a esmo
 
A razão está ¹adstrita ao tempo e ao espaço
E, nenhum abismo errôneo se levanta
Senão sob uma falsa base, ou falso passo
Os prazeres, são passageiros, a vida é santa
 
Penetra fundo no legado do Criador
P’ra encontrar o caminho reto, verdadeiro
Qual espada de fogo ²cingindo o amor
 
Dar o primeiro passo, não é difícil
Os demais suceder-se-ão ao primeiro
Num despertar, gracioso e senhoril
                                     ¹limitada; ligada                                                                                                                                        ²rodeando; cercando
São Paulo, 25/08/2011(data da criação)
Armando A. C. Garcia
 
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Oh! Ilusão


Oh! Ilusão...

Ilusão, tu que povoas
Tu, que povoas as mentes
Com milhões de coisas boas
Mas nada dás, ao que as sente

Ilusão... Oh! Ilusão...
Porque não ficas ausente
Lanças esperanças em vão
No imo de toda a gente !

Tua perfídia é tenaz
Nos desenganos da vida
A ilusão consentida
É da mesma dependente

Impassível ao nosso fado
Na onda tu, nos embalas
Sem limites ao bem sonhado
Na aspiração nos igualas

Nossa avidez imoderada
Cobiça de pretender
A utilidade não alcançada
Nos contornos do viver

Desejos mil, aspirações
Na realidade impossíveis
Tu, dás-nos nas ilusões
As cismas de todos níveis

Dás-nos ouro, pedrarias
Afeto, amor e carinho
Indústrias e pradarias
Largas visões do caminho

Ilusão... Oh! Ilusão...
Tu, que povoa a mente
Lanças esperanças em vão
No imo de tanta a gente !

São Paulo, 31/08/2011
Armando A. C. Garcia

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Até ao inferno (soneto)


Até ao inferno... (soneto)

Destravarei ¹aldravas e abrirei fechaduras
Em toda rua e viela, envidarei tuas procuras
No infinito do tempo e se eu fosse eterno
Estenderia a procura até ao inferno

A angústia de viver sem ti vibra e cresce
E ao pé da eternidade... quase floresce
A luta que intimida, é medo, fantasia ...
Procurarei de porta em porta sem fobia

Sem vergonha do pranto que o amor chora
Percorrerei o mundo a qualquer hora
Buscando o teu amor... da existência à morte

Quem sabe o bom Deus dar-me-á a sorte
De te encontrar algum dia, seja onde for
O sábio já dizia: A vitória é do amor !

São Paulo, 16/04/2009
Armando A. C. Garcia             
                                              ¹trancas de  portas
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Destroços


Destroços !


Amor ! neste poema te envio os destroços
Daquilo que eu fui, e do que ora eu sou
Guarda-os com carinho e, não em fossos
Não deixes que eles voem, como o sonho voou

O fruto do amor que conhecer não pude
E que minha alma, fez em vão sofrer
Foi tão puro em toda sua plenitude
Que não acaba, nem mesmo se eu morrer

Loucura motriz deste ardente desejo
Que me invade e impele nesta paixão
E em troca, o que recebi foi o despejo.

Tu, a musa que meus sonhos despertaste
E partiste sem me dar um humilde beijo.
Foste tu, que minha vida destroçastes !

São Paulo, 24/08/2012
Armando A. C. Garcia

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Dois mil anos !


Dois mil anos !...

Dois mil anos se passaram
... Ainda preso nesta cruz
- Sejam mais humanitários
Soltem-me. Exclamou Jesus !

São Paulo, 10/04/2008
Armando A. C. Garcia

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AS ROSAS


AS ROSAS

As rosas têm espinhos
A vida, os tem, também
O amor é de carinhos
Mesmo assim, espinhos tem.

Amor sincero não esquece
O amor que outro lhe tem.
Grande amor não esmorece
Mesmo esquecido também.

Quem ama, às vezes se cala
Quem fala, às vezes não ama
Quem muito fala resvala
Quem muito cala se rala...

A oferenda que te faço
Nestas flores tão singelas
Levam-te o meu abraço
E o perfume dentro delas

São Paulo, fevereiro de 2005
Armando A. C. Garcia

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A Bandalheira


A Bandalheira

Pus-me a rever a história
Deste querido Brasil
Seu passado tem glória
Seus heróis são mais de mil

Neste século encontrei
Facínoras de categoria
Que roubaram nossa grei
Quando deles era a chefia

O Ministro por cabeça
Deputados, Senadores
Roubando dinheiro à beça
Dos cidadãos sofredores

Foi tão grande a roubalheira
Que a nação se articulou
Pra coibir a bandalheira
O Supremo, os julgou

Essa corja de safados
Sem um pingo de civismo
Teve os votos sufragados
Na bandeira do cinismo

É gente despudorada
Sem um mínimo de preparo
Que de gente, não tem nada
A não ser o seu *descaro

Presidente não sabia
Assim o disse à nação
Mas nossa grana sumia
Nesse tal de mensalão

Não havia honestidade
Só astúcia nessa classe
Era tal a sagacidade
Que dispensava repasse

Esse tal de mensalão
Diziam não existir.
Nosso povo é bobalhão
Nos é forçoso mentir.

S'estava d'olhos vendados
Finalmente os desvendou
Se ouvidos, eram tapados
Igualmente os destapou

Ignorando a vergonha
Esfacelam a nação
Tomam vinho da Borgonha
O povo, água do charcão

Pervertendo a verdade
Enganam o povo singelo
Eles, são na realidade
Como uma pedra de gelo.

Escondem dinheiro na cueca
Na meia e no sapato
Eles são levados da breca
Espertinhos como rato.

**Solipsismo de ateu
Na defesa do interesse
No interesse do seu eu
O povo, nada merece !

Feira de Santana, 11/10/2012
Armando A. C. Garcia

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- Cara-de-pau; falta de vergonha

** Doutrina na qual a realidade é o eu.

A Neve


A Neve

Oh! Que saudade me traz
Ver a neve branca e pura
Ver os telhados das casas
Cobertos daquela alvura

De manhã abrir a vidraça
Ver tudo da cor do linho
Logo cedo se alguém passa
Deixas as marcas no caminho

Bailam os flocos no ar
Caindo devagarzinho
São pétalas a alcatifar
As veredas e os caminhos

Vê-la cair lentamente
Com flocos em remoinho
Ela cai tão sutilmente
Que toca o chão de mansinho

É uma dádiva dos céus
Alcatifando a terra
Um colírio aos olhos meus
É uma benção na serra

Parece um manto de leite
Cobrindo a terra devassa
Sua beleza é um deleite.
Já a chaminé esfumaça !

São Paulo, 19/02/2010
Armando A. C. Garcia

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A TV noticiou !


A TV noticiou !

Com aspecto de libertação
À salvação de Jesus
De Demo inspiração
Fingir um reino de luz

Criou uma santa igreja
Que de santa, nada tem
Ao invés de benfazeja
Só o dinheiro, lhe convém

Lá, a pedinchança é brava
Tem cobrança, todo dia
Se não pagava, ele cobrava
Sem pagar, ninguém saía

Dos fiéis, ele exigia
Dízimos para pagar
O programa que exibia
E que não podia parar

Grandes somas amealhou
Enricou, quanto queria
Fazendeiro se tornou
Não de pequena pradaria

São milhares as suas rês
De linhagem selecionada
E o povo, fica a seus pés
Vão vê; que é presepada

É um colóquio montado
Explorando a fé cristã
Deus, não está a seu lado
Sua crença é pagã

Não é inspiração Divina
Por certo de belzebu
Que do mal, tudo ensina
Até, a comprar zebu

Não se engane minha gente
Com quem só pede dinheiro
Jesus Cristo, inteligente
Deu o exemplo verdadeiro

Indagado sobre a moeda
Com a efígie de César
Disse Jesus:
...A César o que é de César
E a Deus o que é de Deus

Ninguém quer interpretar
Esta parábola a rigor
Porque interessa amealhar
Sem o esforço... do suor

Vivem às custas de Deus
E da fé de ignorantes
São piores do que ateus
E pensam ser importantes

Pobres almas na partida
Muito terão que pagar
Sem arranque na subida
Ficam ermas a divagar

Nossa TV noticiou
Um fato, aberração
Dum apostolo que gerou
Da igreja um fazendão.

Porangaba, 24/03/2012
Armando A. C. Garcia

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Andei... (soneto)


Andei...  (soneto)

Andei, por serras agrestes, vales e montes
Carpindo meu pranto de amargura
Cruzei rios, bebi água em muitas fontes
Mas jamais esqueci de tua ternura

Narrar a odisséia de minha vida
Seria destruir meu intento e graça
Na obra sobre-humana investida
Valores que só a ação do tempo traça

Dias de tristeza e de desenganos
Sem poder parar a roda do destino
E abrandar os sofrimentos desumanos

Nesta luta que nenhum homem receia
Gasta-se a vida, desfaz-se o alento
Qual veneno a pulular de veia em veia

São Paulo, 22/06/2009 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Cuidado !


Cuidado ! ...

Meu povo tome cuidado
Promessas mirabolantes...
Tem muito estelionatário,
Dando golpes constantes.

Com propaganda em Tvs
Até em horário nobre !
Com grande desfaçatez,
Loucos em te deixar pobre .

Já diz o velho ditado
- Cuidado e caldo de galinha
Nunca fez mal a ninguém-.
O dinheiro é bem guardado
Na posse de quem o tem.

Certo o governo Mineiro
Certas práticas, proibindo
Protege ao povo, o dinheiro
Senão... no conto vai caindo

Por isso eu digo cuidado!
Cuidado, p'ra mim também...
Está cheio de safado
Querendo o que a gente tem.

São Paulo, 26/09/2004
Armando A. C. Garcia

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Ouçam o clamor do povo


Ouçam o clamor do povo

E, uma corja vil, bajuladora
Aplaude sucessivos ditirambos
A que preside, terrorista, outrora
Cobiça o poder que atinge ambos

Hoje, como eles é comprometida
A desviar a atenção das multidões
E sem que, na arena fosse pedida
Quer fazer plebiscito, gastar milhões

Fingindo não ter entendido a mensagem
Das consecutivas manifestações
Onde o povo reclama da libertinagem
Dos gastos supérfluos e dos mensalões

Quer em vão confundir nosso povo
Que pleiteia mais saúde, educação,
Segurança e real punição, que renovo
Em pedido, que não fique sem solução !

Os comparsas em bando a acodem
Porém, na luta acérrima, pertinaz
Ao inacessível, a poeira sacodem
Pois, duma solução, não são capaz

À exceção do execrável nepotismo,
Sem ética e sem caráter praticado
No horizonte da nação há egoísmo
Faz falta na alvorada o almejado

Tirocínio da alma e sentimento
Que dá luz e, a liberdade descerra
Para ouvir os clamores a contento
E sentir, o valor que ele encerra

A violência tomou conta da nação.
Requer ações concretas do Governo
O povo sofre grande humilhação
Nas mãos dos facínoras é subalterno

Não se diminui a idade penal
Mas o menor tem racionalidade
Pra votar e eleger o poder central
Pode matar, e estuprar à vontade

Nada de mal lhe pode acontecer
Se recolhido, saí sem nódoa na ficha
Sem antecedentes criminais a esclarecer
Por que ela não os relata, nós, se lixa !

O poder inibitório está enfraquecido
É excessivo o número de mortos civis
Parece que o povo foi esquecido
A manchete policial, todos os dias o diz

A legislação criminal está defasada
Capenga, igual à repressão policial
A reforma política, não foi cogitada
O povo quer é liberdade racional

Os índices de crimes são inaceitáveis
Há falta de médicos e remédios, na saúde.
Os gastos no futebol são intoleráveis
E o povo grita de medo do ataúde

Ouçam o clamor do povo e atenda-o
Não façam ouvidos moucos de mercador
Ao criminoso, malfeitor, prendam-no
Segundo a lei da terra e do Criador

A exuberância deste Brasil imenso
Ao mal que o atinge, não pode calar-se
Senhores ! usem todos o bom senso
Não tentem no plebiscito um disfarce !

São Paulo, 04/07/2013
Armando A. C. Garcia

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Perseverança


Perseverança


Quem persevera firme e corajoso
E com determinação for vigoroso
Certamente vence a peleja da vida
E a escarpada guerra, será vencida

Tua dedicação, é fundamental
Para enfrentar as desventuras e o mal
Cuja empreitada será terminada
Com a resistência à verdade afastada

Não deixes que atravanquem teu caminho
Olha a rosa bela, cheia de espinhos
Sê perseverante e determinado
Sem hesitação ao tempo dissipado,

Condição inabalável da conquista
Não existe intempérie que resista
A uma conduta honesta de cristal
Que à espécie humana, é ser leal.


Porangaba, 12 de março de 2013
Armando A. C. Garcia

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Retrato de mulher


Retrato de mulher


Retrato de mulher, delírio de um desejo
Formosa e bela, tal ninfa, meu cortejo
Que assaz dor causou ao pobre coração
Profundas cicatrizes, foram em vão


Negros cabelos frondeavam-lhe a fronte
Fulguravam, como o sol no horizonte
Vaidosa, num vaivém cheia de caprichos
Às vezes os prendia em forma de rabichos


Verdadeira princesa, digna de um sonho
Do homem mais astuto ao mais bisonho
Excêntrica joia, rara, preciosa


Uma pocinha, no sorriso formava
Em sua face rosada e radiosa
Deixando-a mais bonita, mais formosa.

São Paulo, 12/08/2012
Armando A. C. Garcia

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Tento em vão


Tento em vão ...

Tento em vão recompor o alinhamento
Das tortuosidades de meus pensamentos
Porém, não há sintonia em meus intentos
E eu, perco-me em vis sentimentos

Já nu, despido de todas as mazelas
Longe das amarras, perto das estrelas
Na longitude dum oceano bravo
Tu, fizeste de meu peito teu escravo

São Paulo, 06/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Amiga Traiçoeira !



AMIGA TRAIÇOEIRA !

Tem certas coisas na vida,
Difíceis de entender
A vida, sendo a vida,
Da morte se deixa vencer !

Vejam só que pouca sorte
Tem a gente nesta vida
Na batalha com a morte,
A vida, é sempre vencida

Convivendo lado a lado
Uma é vida, outra é morte,
E, em dia santo ou feriado
Não procura passaporte

Apesar de companheira
De caminhar lado a lado
- É amiga traiçoeira
Com o bote preparado !

Não choreis ó! Bem amados
O desenlace carnal.
Deveis estar preparados,
A morte... não é o final !

São Paulo 17/02/2008
Armando A. C. Garcia

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Extrema Razão


Extrema Razão

A alegria da vida, a pouco e pouco se esvai
A cerviz vai-se curvando para o chão
Em lânguido* delíquio,** extrema razão
Enverga-se a fronte e a cortina cai

O corpo, já exangue caminha arrastado
O que foi viço, força, pura energia
Hoje, perdeu o galardão e a guia
Vive, sem ânimo, à natureza prostrado

E, sem lamentos a esta desventura
Sofre lívido nas garras do seu fado
O que o destino reserva à criatura

Só peço ao Arquiteto do Universo
Na amplidão deste soneto mal traçado,
Dê sentido e razão a este meu verso !

Porangaba, 17/08/2011
Armando A. C. Garcia

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Criança ! (Infantil)


Criança ! -Infantil-

Desperta linda criança
Tens o mundo à tua frente
Tu és a eterna esperança
De fazê-lo diferente

Estuda com zelo e afeição
Aprimora teus labores
E com Deus no coração
Teus feitos serão melhores

- Desperta linda criança
O mundo precisa de ti
Tu não vês, que torto avança
- Como perdido de si

Sê a esperança, o timoneiro
O guia de confiança
Não sejas o derradeiro
Na caminhada que avança

Criança!
O mundo depende de ti
Só com fé, amor, esperança
Estudo e perseverança
Poderás dizer, estou aqui!

Criança desperta, afinal
O mundo foi feito p'ra ti
De pedra bruta ou cristal,
Tu és, a flor que sorri !

São Paulo, 11/07/2007
Armando A. C. Garcia

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ENTREI NO SITE DA VIDA


ENTREI NO SITE DA VIDA

Entrei no site da vida
Sem medir conseqüência
Vi minha odisséia perdida
Por tamanha displicência

Deparei-me com horrores
Banalidades sem fim
Alguns falando de amores
Outros só de coisa ruim...

Vi juventude perdida
No álcool e na droga
E, outra mais destemida
Na igreja e sinagoga

Senti cansaço e alegria
Na fantástica disputa
Da luta do dia a dia
Germinada e resoluta

No site da evolução
O homem vai-se moldando
E adapta o coração
E sai do mundo nefando

Prepara a sua jornada
Sai do nefasto e do mal
Em decisiva caminhada
Ao plano espiritual.

São Paulo, 25/03/2009
Armando A. C. Garcia

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As lutas e o manejo (soneto)


As lutas e o manejo (soneto)

Sou eu... e serei eu até morrer
Solitário entre gente, desatino
É cuidar que se ganha do destino
É ferida que corrói ao corroer

E... no eu, que eu sou, sem perceber
Mudam-se as vontades e o desejo
As esperanças as lutas e o manejo
As aspirações, anseios e o querer

O tempo converte em nada a esperança
Deixa saudades e mágoas em desalinho
O mundo é mesclado de mudança

E o eu, de ontem não deixou herança
Perdido neste grande torvelinho
Que na vida se procura e não se alcança

São Paulo 06/01/2009 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Estratagema


Estratagema

De estratagema, em estratagema
Usando iscas e ardis camuflados
Certas igrejas, o usam como tema
Explorando na fé, pobres coitados

Nas tentadoras ofertas materiais
Tais mirabolantes lojas de varejo
Oferecem privilégios excepcionais
Aqueles que pagam pelo pastorejo

O engodo se multiplica sem cessar
E ardilosamente atraem os fracos
Não se cansam de Deus apregoar
E em seu nome, de grana, enchem o saco

A verdade precisa ser divulgada
Fizeram um negócio das igrejas
E, para cada uma, a ser instalada
É servida a franquia nas bandejas

Meu Deus ! Olha o que se faz em teu nome
Sem temeridade da tua punição
A tua palavra na mentira se consome
Está desvirtuada tua sagrada unção

Senhor! Como é falso tal estratagema
De em Teu nome propalarem maravilhas
Enganando Teu rebanho, com os temas
Que, todos lêem pela mesmas cartilhas

Que fique claro que a fé de cada um
Merece respeito e consideração
A cobrança desenfreada é incomum
Selvagem, gananciosa e sem razão

Esta é a razão de minha censura
Fazer da igreja um comércio paralelo
Nos desígnios de Deus, não pode haver usura
Apenas boas ações, para enaltecê-lo

São aqueles estratagemas que condeno
Como o Cristo condenou os vendedores
Que faziam da casa de Deus seu terreno
São falsos profetas, falsos seguidores

Não vos deixeis enganar com tal cobrança
Deus, vos dá tudo de graça nesta vida
O Sol, a chuva, o dia, a noite e a bonança
E nada vos pede em contrapartida.

São Paulo, 07/05/2012
Armando A. C. Garcia

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Dia das Mães



Dia das Mães

Às mães de todo o mundo,
Um mundo de alegria.
E com respeito profundo
Saúdo-vos, no vosso dia.

São Paulo, 13/05/2012
Armando A. C. Garcia

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Leiam, também, de minha lavra:
Mãe I - Mãe II - Mãe III - Mãe IV
Às mães, que Deus já lá tem !
Àquela que vai ser mãe ! ...
O valor que a mãe tem e
Exaltação à Mãe Maria

Incertezas


Incertezas

Um conjunto de incertezas
Invade a alma do homem
Como nuvens de torpezas
Que sua mente consomem

Incertezas, são dúvidas
Qu'os pensamentos semeiam
Tristes a quem as duvida
Nos males que desencadeiam

Decepções, sofrimentos
Angústia, ódio, amargura
Lembranças e pensamentos
De incertezas prematuras

Imaginações, solidão
Aversões e desencantos
Vazio no coração
Incógnitas, boatos tantos...

O homem preso aos medos
Não se encontra de verdade
Vê na incerteza os segredos
De progredir à vontade

É o espelho da alma
Onde tudo transparece
Na incerteza, perde a calma
- Pedir a Deus, se esquece !

Entretanto as incertezas
Podem ser possibilidades
Quantas vezes as certezas
Tolhem as nossas vontades

A incerteza é imensurável
Pelo risco desconhecido
Dum resultado desagradável
Do risco, no próprio sentido

É uma situação desconhecida
Que o só futuro pode dizer
É uma dúvida indefinida
É o querer e não puder

Nas incertezas, a emoção
Dá lugar à incoerência
Demasiada ambição
Cai na degenerescência

Nos pilares da tua vida
Situações mal resolvidas
São no compêndio da lida
Bálsamo que cura as feridas

Lições de alto valor
No curso de nossas vidas
- Vê que até Nosso Senhor
Teve incertezas sofridas !

Porangaba, 11/06/2011
Armando A. C. Garcia

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Desarmamento


Desarmamento

Estão pedindo nosso voto
Para o cidadão desarmar
Ficamos de bolso roto
Sem ninguém a nos guardar

Seria melhor condenar
Com mais rigor e energia
O que só sabe assaltar
Usando a pontaria

Fica o governo inerte
Ante a inversão social
O ladrão, nunca se aperte
è o povo o imoral

Benjamim Franklin dizia:
Com muita propriedade
Que se as armas algum dia
Do povo, forem saudade...

- Então, governo e ladrão
De que é a propriedade, dirão !

São Paulo, 07/10/2005
Armando A. C. Garcia

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Aguenta coração ! (soneto)


Aguenta coração ! (soneto)

De dor em dor, tens meu coração partido
Amor, oh! Quanto amor mal entendido...
Ao longo dos anos, pensei já conhecer-te ...
Mas vejo coração, acabas de perder-te !

Fraqueza no querer, esforço em vão
Nova dor... a cada nova afeição !
Triste fim, extremo fim, meu amor
Tua perda... é o sofrimento maior !

Quando do bem, um pouco amor espero
Não me basta o querer, que tanto quero
Há sempre uma esperança que não vem !...

Fragmentos, desenganos, fantasias ...
Ledo engano, mais dor, desarmonias.
No fim, nada tem a perder, quem nada tem !

São Paulo, 28/11/2004
Armando A. C. Garcia
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Escravos


Escravos

Um corpo massacrado, carnes rasgadas
Carnes rubras, cortadas pelo chicote
Como se o corpo do homem fosse lingote
Capaz de suportar tantas chibatadas

A vida é um sopro que a pouco se esvai
E nenhum ser humano é um farrapo
Pra ter dele a repugnância de um sapo
Ao ponto de chicoteá-lo, até que cai.

E o pobre do escravo desfalecido
Escorrendo sangue nos cantos da boca
Os lábios inchados, como coisa oca
Vai ficando febrilmente adormecido.

Já cobrem seu corpo nuvens de mosquitos
Que encontram pasto fácil num indefeso
Que além de acorrentado, não está ileso
Sendo forçado a puxar os monólitos

E enquanto isso, seus senhores, os poderosos
Deleitam-se das agruras dos coitados
Que sobre as ricas leiteiras, recostados
Vêm os escravos morrer sequiosos.

E os pobres tresloucados, sem ais, sem gritos
São vítimas de mordazes salafrários
Que satisfazem seus gozos cruciferários
Construindo fabulosas montanhas de granitos

Baldados esses trabalhos desumanos
Desse múmias de pensamentos insanos
Que além da morte, amam obstinadamente
O mísero corpo, que deixarão para sempre

Na pequenez de suas almas etéreas
Cheias de pestilência, cheias de misérias
Acobertadas de vinganças impiedosas,
Fazem de seus corpos, múmias majestosas!

Sem Lembrarem de seu espírito imortal
E de praticarem o bem, em vez do mal
Trazem acorrentados como condenados
Homens e mulheres que a troco de ducados

Lhes compraram, os corpos e a liberdade
De seres humanos, fizeram animais
Criaram monstros, feras, coisas brutais
Sem um mínimo anelo de humanidade.

Desses pobres coitados, tenho piedade
Porque eternamente serão mais desgraçados
Do que mesmo, essa falange de coitados
De quem hoje escarnecem a liberdade

E os pobres escravos, sempre açoitados...
Sempre forçados a puxar monólitos
Para construir monumentos de granito
Onde serão os seus senhores sepultados

Maltratados, vão sendo dia após dia
Mas um dia... eles serão recompensados!
E os seus senhores, serão então condenados
Por tão maldosa e perversa tirania .

São Paulo, 09/05/1964
Armando A. C. Garcia

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TEU RETRATO ! (soneto)


TEU RETRATO ! ... (soneto)

Imagino emoldurado teu retrato
Nas paredes frias de meu quarto
É um sonho a transcender o ato
Sugestionando teu segredo, pacato

Exala teu perfume inebriante 
A imagem que teu corpo reflete
No impérvio* cismar delirante
Que em minha mente se inflete

Oh desejo! Cheio de amor e loucura !
Que a mente cria, e o coração aninha
Vejo-te em sonho cheio de ternura

O rosto entalhado naquele retrato
E busco nas paredes à noitinha
Tornar real o meu **desiderato...

São Paulo, 29/02/2008 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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* impenetrável   ** desejo: aspiração


A Vida tudo consome !


A Vida tudo consome !

A vida tudo consome!...
A cada dia que passa
O amor e a felicidade !
Só não consome a desgraça.

São Paulo, 05/12/2004
Armando A. C. Garcia
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Às loas


Às loas...


Já não é mais como era
Este mundo encantador
Parece estarmos em guerra
Num tremendo desamor


Fingem todas as pessoas
Não se verem quando passam
Mandam seus irmãos às loas
Poucos são os que se abraçam


A moral e os bons costumes
Deixaram de ser respeitados
É uma faca de dois gumes
Cortando pra ambos os lados


A droga campeia solta
Logo, logo é liberada
E o povo não se revolta
Com tamanha palhaçada


Um mundo de fantasia
O que estão a criar
É tamanha a hipocrisia
Que os céus vão-se revoltar !

São Paulo, 25/08/2012
Armando A. C. Garcia

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É na paixão


É na paixão

É na paixão, que o amor se transfigura
E nessa conjunção de tons perfeitos
Quando em silêncio se recolhe a ternura
Que se abrem os lençóis de amplos leitos

Passe de magia, ou verso no papel
As ondas se confundem, o mar se agita
E o passe e repasse é entre ela e ele
E o coração no peito em ambos palpita

Entregam-se ao gozo de suas virilhas
Como quem não liga se é dele ou de quem é
Bebem-se no cálice de suas trilhas

Suas línguas devoram os lânguidos lábios
Naquele lugar perdido, ninguém os vê
Pois lá não chegam nem pensamentos sábios

São Paulo, 03/03/2010
Armando A. C. Garcia

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Já mudei de estação


Já mudei de estação


Todo amor que foi apreço
Hoje em dia desconheço
Nem penses que me aborreço,
...Já mudei de estação

O amor, confunde a mente
E confunde o coração
E quando toca na gente
Faz-nos perder a razão

A vida tem os percalços
E tem os transtornos, também
Quem anda c´os pés descalços
Não tem crédito no armazém

Tenho imensa piedade
De quem sofre uma injustiça
E sacrifica, tudo ao nada
E nem sabe o que é cobiça

É trise viver sem rumo
Mãos vazias e sem força
Consumir-se como o fumo
Ser mais fraco que uma corça

Ser um homem consumido
Pelo vício ou ilusão
É viver arrependido
Nas asas da solidão

Palavras soletro a esmo
Nesta minha redação
Nem pareço ser o mesmo
Pela fraca composição

São Paulo, 17/08/2012
Armando A. C. Garcia

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São Paulo


São Paulo

A ti não chegaram às caravelas,
Mas de ti, partiram bandeirantes.
Como centro financeiro abres velas
Singrando o Brasil e America do Sul

És uma das mais globalizadas
Cidades no cenário mundial
Tua pujança, e luta das arcadas
São destemor e audácia sem igual

Teu povo, miscigenação de raças
Esculpindo ao mundo novas gentes
Longas ruas, jardins e praças
Repletas de arranha céus imponentes

No emaranhado, contrastas briosa
Com favelas que ninguém ousa falar
Por São Paulo ser grande e majestosa
És a locomotiva que roda sem parar

Berço do trabalho e da cultura
Acolhes o migrante e o estrangeiro
Dás esperança aquele que te procura
E teu povo, é um povo hospitaleiro

Tua marcha triunfal o Anchieta
Do além, certamente consagrou
Não foste traçada em prancheta
A forca do destino te edificou

És o gigante, deste imenso país
Teu progresso está no imenso sucesso
E neste dia vinte e cinco de janeiro
Milhões de beijos ao teu povo hospitaleiro

Porangaba, 24/01/2012
Armando A. C. Garcia

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O temor ! (soneto)


O temor ! (soneto)

Nas cidades o sol se escureceu
Envoltas em sangue as multidões
Revolta que cresceu aos turbilhões
E a excelsa justiça não venceu

O medo apoderou-se do cidadão
Escravizado de enigmas profundos
Não naturais, incômodos oriundos
De mentecaptos e sem coração

São seres desprovidos de consciência
Onde sinistra e triunfal é confusão
Onde afogam sua impertinência

Gerando temor em toda a nação
É falta de amor, na maior potência
Que rege o universo e cada coração !

Porangaba, 17/11/2012
Armando A. C. Garcia

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Como outrora


Como outrora

Eu vejo como outrora, palácios luxuosos 
E orgulhos altaneiros crescerem copiosos 
À beira da miséria, dos festins mundanos 
Que infestam o mundo à milhares de anos 

E o desprezo atroz pela humilde sociedade 
Que vivem explorando com vil seriedade 
Que como outrora não passa de escravatura 
Ora socializada, por nova estrutura. 

E nas mentes obscuras, de cérebros doentios 
Crescem monturos de pensamentos vazios 
Onde só o ouro e o vício tomam forma 
Na obsessão que fermenta a lôbrega norma. 

Eu vejo, ainda, uma geração desregrada 
Abraçada ao vício e à luxúria escravizada 
Pelo poder do metal, das diversões mundanas 
Vendendo corações, como sina de ciganas 

E imbuírem na fé seus corações incrédulos 
Que negam ao doente o pão e os remédios 
E cortam vencimentos, onde a fome grassa 
Lançando-os ao desespero e à desgraça. 

São Paulo, 30/09/1964 
Armando A. C. Garcia 

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A Túnica de Nesso


A túnica de Nesso

Pedi ao *Nume para vestir
A túnica do sacrifício
Sem dela puder desistir
Quer por renúncia ou vício

Ele deu-me a túnica de **Nesso
Relutei contra o oráculo
Vesti a túnica pelo avesso
Livrei-me de ir pro buraco

O talismã do oráculo
Para minha vestimenta
Foi na verdade o pináculo
De natureza sangrenta

É que o sangue envenenado
Que dita túnica continha
Teria sim, arruinado
Minha pobre figurinha

Dejanira o deu de presente
Sem intenção de maldade
El, do mal está ausente
Inocente de verdade !

*divindade
** paixão que punge a alma

Porangaba, 22/05/2013
Armando A. C. Garcia

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A Vida !


A Vida !

Vida é sangue na veia
O coração a bater
É o sol que clareia
E faz a planta crescer

É o pássaro no ninho
E, é o peixe no mar
É a estrada, o caminho
A noite escura, o luar

É a flor que desabrocha
É o pássaro a voar
É o samba da cabrocha
O avião lá, no ar !

Vida. É movimento
É conquista, é prazer
Determinação, talento
É o filho a crescer

É o majestoso universo
O mar, a mata e a flor
É a poesia, o verso
O deleite do cantor !

É o infinito dos céus
As estrelas cintilantes
Onde a morada de Deus
Fica de nós tão distante !

Porangaba, 14/07/2011
Armando A. C. Garcia

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Amiga, (soneto)


Amiga, (soneto)

Amiga, o amor perdeu o encanto
Te digo, sem ti, a vida é sombria.
Agora, sem amor eu sofro tanto
Sinto que minha vida está vazia

Amiga, eras o encanto e a graça
Ao tempo, virgem de meus pensamentos
Meu sonho, Rainha, jogaste aos ventos
E sem clemência... os juramentos

Cansado, meu coração te oferece
Hoje, no meu adeus ao mundo triste
A última auréola de júbilo, que nele existe

Qual quimera que em lágrimas expresse
Quando cordeira a outro colo uniste
E à sacrílega loucura inda resistes

São Paulo, 20/08/2008 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Hino à saudade


Hino à saudade


As paixões se estiolam com o tempo
No ancoradouro triste da saudade
Fincando de mágoas nesse entretempo
O doido coração que amou de verdade

Preso nas chamas da combustão, amor !
Naturalmente sem a presença de quem ama
Crepúsculo decrescente, mágica flor
Que com o vento forte, aumentou a chama

De todas as desventuras, esta é a maior
Cravando nos flancos esporas de terror
Sangra o coração esvaído pela dor

Opressa a alma exangue, clama o amor
Mas este, já longe não houve o clamor
Deixando na saudade... a imensa dor !

Porangaba, 16/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Bem Haja o Deus Criador !


BEM HAJA O DEUS CRIADOR !

Bem haja o Deus Criador
Das estrelas cintilantes
Que ao homem deu a mulher
P'ra serem eternos amantes

Bem haja o Deus Criador
Que o mundo inteiro conduz
E seu filho Redentor
Deixou imolar na cruz

Bem haja o Deus de amor
Cheio de Paz e ventura
Que nos deu sol e calor
O pão e a semeadura

Bem haja o Deus consagrado
Que nos deu tanta beleza
Neste mundo abençoado
De alegria e tristeza

Bem haja o Deus do infinito
Pelo mistério que encerra
Do seu sacrário bendito
Deu-nos o planeta terra !

São Paulo, 22/06/2006
Armando A. C. Garcia

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Convalidamente


Convalida/mente

Nesse rígido estado convalida/mente
Formado no seio de fluídos imperfeitos
És tu, quem sofre o delírio impaciente
A vítima no esboço dos amores desfeitos

Mulher ! Se teu desejo é forte e singular
Não sejas tu, a vítima que o motiva
Neste mundo imenso, haverá lugar
Onde limpar essa dor adversativa

Não sejas abstrata e contemplativa
Vê que o sol se esconde a cada dia
Para no outro, raiar sem evasiva

Nas ondas, não te deixes capitanear
Após agitada marulha, surge a estia
Motivo que te levará a reconsiderar

São Paulo, 06/11/2011
Armando A. C. Garcia

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Emoções


Emoções

Deixa cair gota a gota
De teu corpo nu o suor
Deixa sair em cada gota
A combustão do amor

Solta tuas emoções
Saboreia a fonte viva
De esquecidas paixões
Sufocadas na esquiva

Deglutina este sabor
Apaga o fogo do desejo
No deleite do amor
No carinho do meu beijo

No delírio desvairado
Curte tuas emoções
É o ópio viciado
Na loucura das paixões

Cada toque de carinho
Vibra teu corpo nu
E cada taça de vinho
Impõe um novo tabu.

São Paulo, 11/01/2004
Armando A. C. Garcia

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A luz do Sol (soneto)


A luz do Sol (soneto)


Oh! Musas que meus versos regeis ao fado
Trazei-me o vício da beleza e perfeição
Condição inata de que tendes o condão
Envolto no sutil pensamento delicado

Oh! Musas que inspirais meu rude verso
Trazei do sábio o entendimento e do erudito
O poema mais lindo, que nunca foi escrito
Conjunto de palavras que no ar anda disperso

Para que neste palco, que é o universo
Possa elevar o esplendor e a grandeza
Que o omnipotente empresta à natureza

Projetando a cada dia a luz do sol *terso
Porque sem ela, nenhuma vida existiria.
Tudo o que vemos, é sublime sabedoria.

São Paulo, 24/01/2012 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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• Puro, limpo

A Saudade !


A Saudade !

A saudade não chega a ser uma dor
É um sentimento perdido no tempo
É lembrança do passado não perdida
Que nos anais, é realidade vivida
Qual nau que no mar aguarda vento...
- Mansa corrente não tem movimento
Tudo para si, não passou de passatempo
- Maldosa solidão, a ausência do amor

São Paulo, 06/02/2008
Armando A. C. Garcia

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Desejo Intenso


Desejo Intenso


Desejo nos meus íntimos delírios de amor
Estar sempre ao lado teu, minha querida
Sedento desnudar-me no calor
E em teu corpo erótico cheio de vida
Jogar minhas emoções em torvelinho
O coração pulsando em desalinho


Ignoras, minha vontade meu anseio
Negas amor, estranha ao meu sentimento
Tento conquistar-te, e sempre alheio,
Esse teu desdém, parece fingimento
Na impetuosidade de esquecer o amor
Senso das lembranças, eterno invasor
Onde ocultas ao tempo, teu desejo intenso.

São Paulo, 11/08/2012
Armando A. C. Garcia

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Menina


Menina !

Na tua boca querida
Um beijo, deixa-me dar
Que satisfaça o desejo,
Que nutra meu desejar

A tua boca menina
Ando louco por beijar
Como água cristalina
Nunca vai-me saciar

De nada mais eu preciso
A não ser do teu amor
Tua promessa, um sorriso
Faz vibrar meu interior

Se por vontade do destino
Meu sonho se realizar
Será um beijo divino
Dos trocados no altar


A vida tem seus encantos
Corre pranto na saudade
E do amor, entretanto
A ternura e a amizade

Se tua boca eu beijar,
Podes crer minha menina
Eu, que da vida sou nada
Deste nada, serei tudo !

Será por certo um milagre
Ou uma benção de Deus
Num mundo que me foi agre
Teu beijo é benção dos céus.

São Paulo, 26/08/2012
Armando A. C. Garcia

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Eu quero cantar um fado


Eu quero cantar um fado


Eu quero cantar um fado
Um fado arrasador
Para que leve a saudade
Que tenho do meu amor


Nesse fado meu anseio
Que seja o primor da arte
Seja ele um devaneio
Cantado em toda a parte


Eu quero cantar um fado
Confesso o mais perfeito
Não pode ficar calado
O que sinto no meu peito


é bela a vida e o amor
Quando a alma nele respira
Raios de luz e fulgor
Foco que o cerne aspira


Faz o homem sonhador
E a mulher ser rainha
Nos momentos de amor
Um ao outro se aninha


A beleza transparece
No azul do teu olhar
Como encanto aparece
Neste bardo travador


é um foco interior
A luz que de ti provém
é o foco do amor
Do amor que se quer bem !


Porangaba, 11/11/2012
Armando A. C. Garcia
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Na Batalha do Mundo !


Na Batalha do Mundo !

Como um leão na batalha do mundo
Transpus florestas, à noite e sob sol
Visto a túnica da poesia, amor profundo
Desdobro do azul do céu o arrebol

Minha existência inteira tento poetar
Não sob protesto fútil, ou sentimental
Venho expondo diferença entre o bem e o mal
Mesmo que com isso possa desagradar

Eu sinto e vivo o que todo homem sente
De bardo*, sou um bacharel formado
Embora às vezes saíam como dum tornado
Frases do vernáculo, veneno de serpente  

Noites de procela*, e dias de amargura
Numa rua escura, ou num amor candente,
Nos vagalhões do mar ou no sol ardente
A alma do poeta veste rija armadura

Extrai da pedra bruta ou da flor o viço
O néctar e o perfume do amor-perfeito
A alquimia*** do poeta sempre dá um jeito
Até p’ra tirar das abelhas o mel no cortiço

No topo da montanha, ou no sopé do vale
Nas asas de um arcanjo, ou no poder do mal
Em jardim florido, ou extenso seringal
A inspiração do poeta.  É sempre igual !

Porangaba, 17/08/2011
Armando A. C. Garcia    
                         * poeta
                        ** tempestade
                       *** práticas químicas
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A luz de Deus


A luz de Deus

És a luz que dá esplendor
E a seiva à natureza
És a luz do Criador
A luz de Deus, com certeza

És do mundo protetor
O amor de Ti orbita
És lenitivo na dor
O amparo na desdita

És o consolo e a paz
A esperança de quem chora
De tudo Tu és capaz
Por este mundo afora

És o Mestre que afeiçoa
Ensinando o bom caminho
Na mensagem digna e boa
Tangendo amor de mansinho

Dás amparo ao decaído
Socorres na escuridão
O doente, o oprimido
Mesmo aquele sem coração

Tua Divina presença
Se estende, não tem fronteiras
Atende a humilde criança
E ao viço das roseiras

Na aflição e desventura
És a estrela, o caminho
A recompensa futura
De quem procura teu ninho

Mas quem és Tu, diz agora
Que os versos não descortina
Sou Jesus, a Eterna Aurora
Restaurador da doutrina

São Paulo, 27/09/2009
Armando A. C. Garcia

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O helicóptero que caiu do céu


O helicóptero que caiu do céu

O helicóptero caiu do céu
Recheado de cocaína
Não era dele, nem era seu
Foi colocada à surdina

O produto que continha
Não era carga do mal
Era pura sacarina
Confundida com a tal

Sabem todos muito bem
Da pura integridade
Que torpeza, fica além,
Muito além... da autoridade

Sacanagem, esse o termo
Já que, indevidamente
O comandante estafermo
Ultrapassou o condizente

Ou será que papai Noel
Fez carregamento indevido
Invés de pegar o farnel
Pegou o duplo sentido

Não se engane minha gente
Tudo, não passa do nada
Falar, contraproducente ...
- Foi só meia tonelada !

São Paulo, 29/11/2013
Armando A. C. Garcia

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Acorda Amada ! (soneto)


Acorda Amada ! (soneto)

Acorda amada ! O sol está alto e global
Não fujas da luta, do fragor terreno
O mundo te espera sempre jovial
Acorda amada desse teu sonho sereno

Eu te espero à sombra dos pinheiros
Como o levita, que medita a voz de Deus
Escuto na azenha a pedra dos moleiros
Enquanto aguardo a luz dos olhos teus

Levanta-te pois, ó minha doce amada
Já o mundo inteiro está na caminhada
E eu, aqui prostrado, espero o teu aceno

É tempo de amar ! O dia é lindo e pleno
De tanto esperar meu peito desfalece
... P’ra só reagir quando tua imagem aparece

São Paulo, 13 de março de 2008
Armando A. C. Garcia

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De bica em bica


De bica em bica

Em quase todas as bicas as cidade
A sede que a devorava saciava
E assim, procedia, desde tenra idade
De bica em bica, outra bica procurava

Assim na vida, passava seus dias
Buscando saciar sua gula hiulca
Seus favores tinham curtas alegrias
Duração que no bem entender inculca

De bica em bica, sempre outra procurava
Sua idade, apoucou o excesso de secura
Foi-se tornando sem querer menos escrava
Nesta vida, tudo é bom, enquanto dura.

Porangaba 08-09-2012
Armando A. C. Garcia

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Anseio !


Anseio !

Anseio por liberdade
Por amar e ser amado
Numa ambição de igualdade,
Anseio estar a teu lado

Anseio paz e ternura
Felicidade sem fim
Anseio pela ventura
Que um dia, gostes de mim

Anseio no dia a dia
Vir a ser o paladino
Que fará tua alegria
Nos meandros do destino

Anseio beijar tua boca
Com sofreguidão e amor
E sem pedir nada em troca
Me dês paixão e calor

Anseio, que tanto anseio
No anseio desta vida
É ter você em meu meio
E chamar-te de querida

Anseio a paz do Senhor
Anseio o sol e a estrela
Mas meu anseio maior
É encontrar a cinderela

Em dia de sol, ou chuva
Seja inverno ou verão
O meu anseio não turva
Nem diminui a paixão

Anseio ver-te à janela
Janela do coração
Tu, és a coisa mais bela
És o anseio e a razão

Não tenho anseio secreto
Meu anseio é te amar
Nem que seja por decreto
Eu irei te conquistar

Eu anseio por justiça
Sem vendas no rosto seu
Não sou de fugir à liça
Só preservo o que é meu

Anseio acabar a miséria
E a indigência, também
Aqui é tão baixa a féria
Que não iguala ninguém

Na inclusão social
Seu anseio é inaceitável
Na justificativa moral,
Qual anseio abominável

No desabrochar da razão
A revitalização emocional
É o anseio da nação
Por vezes, promocional.

São Paulo, 24/04/2012
Armando A. C. Garcia

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Denso abismo


Denso abismo



Fanatismo é ilusão, é denso abismo
Que a luz da verdade de trevas cobre
E a razão sepulta despotismo
Da bendita equidade do rico ao pobre


Em copos desiguais que o satisfaça
O rico consome a mais que a sua parte
Ao pobre cabe o resíduo de uma taça
Tão pouco valem os louros da sua arte


Ao pobre desfeito o alento que anseia
Mergulha em religiões de mil promessas
E do falso fanatismo não receia


Da penúria cruel e da desventura
Quer afastar-se delas, bem de pressa
Caindo por vezes no conto da amargura!


São Paulo, 01/01/2013
Armando A. C. Garcia -

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O NOVO MUNDO


O NOVO MUNDO

Os caminhos do Atlântico


Enfrentar o incomensurável oceano
Seguindo caminhos que ninguém ousara,
Por roteiros nunca antes navegados
O intrépido, povo nauta lusitano
Dando impulso à aventura desbravara
Reprimindo medos e temores ignorados


O movimento da conquista dos mares
Caminhos até então impossíveis trilhar
Por mares escarpelados e agitados,
Que só afinada prática de anos no mar
E uma acurada leitura estelar
Somada à destreza e instrumentos usados


Orientados pela bússola e o astrolábio
Os guiou singrando os mares desconhecidos
Envolvidos pelo espírito das cruzadas
Milagrosamente quis o destino sábio
Sucesso na missão, nautas destemidos
A expansão ganhou forças redobradas


Finalmente enfrentando o longo mar
Navegando nele por mais de um mês
Seiscentas e sessenta léguas percorrer
Avistaram algas abundantes sem par
Sinais de terra a quatro milhas talvez
Sua esperança se fez rejuvenescer


A Descoberta


Frente a frente, abriram-se novos horizontes,
Quando aos vinte e dois de abril de mil e quinhentos
Avistaram um grande monte, alto e redondo
Ao sul terra chã, e mais baixos montes
Grandes arvoredos de espécies aos centos
E aí as naus ancoraram, não se expondo.


E amainando as velas desembarcaram
Na terra que chamaram Vera Cruz
Na praia, nativos nus, eles avistaram
E com prudência redobrada lhes falaram
Por sinais, um sombreiro e um capuz
Que no primeiro contato lhes jogaram


Ao que um deles retribuindo a oferta
Arremessou um penacho de papagaio
E assim recebidos em paz aguardaram
Novo dia p’ra pisar terra descoberta
Onde nativos nus, impávidos como raio
Ocultar suas vergonhas, jamais pensaram


Sem fé, sem lei, sem rei, esse povo era assim
Entre eles não tinham bens particulares
Moravam em cabanas muito grandes
Tudo era comum em seu viver alfim
Cada um senhor de si, de seus polegares
Não conheciam o ferro, nem flandres


Foi aí então, que dois mundos separados
Por séculos... milênios se encontraram
O pré-histórico e o mundo civilizado
Perante o futuro ali foram marcados
Os primeiros sinais que ao mundo levaram
O conhecimento de um povo ignorado



A TERRA DE SANTA CRUZ
E a Pré-Colonização


Aquilo que uma ilha lhes parecia ser
Era quase um continente em extensão
De exuberante fauna e densa flora
Com espécies desconhecidas a crescer
A cada caminhada, a cada exploração
Como nunca tinham visto até outrora


Terra descoberta de índios povoada
De Jês, Caraíbas, Aruaques e Tupis
Frondosos rios, cachoeiras e cascatas
Era terra muito fértil se plantada
No sub solo ouro, prata e rubis
Riquezas conhecidas, frondosas matas


Somente o extrativismo do pau-brasil
Foi a princípio o achado primordial
A extração e o embarque da madeira
Eram pagas aos índios com preço vil
Através de bugigangas, et cetera e tal
E o escambo era a moeda costeira


Os termos do o Tratado de Tordesilhas
Os franceses não reconheciam válido
E grupos de corsários diretamente
Enchiam embarcações até às escotilhas
Negociado com os índios a valor esquálido
Prejudicando os lusitanos certamente


O que levou a Coroa portuguesa
Em mil quinhentos e dois a terras arrendar
A comerciantes como Fernando de Noronha
Em troca de benfeitorias à realeza
Para explorar pau-brasil e negociar
Parte do lucro que o arrendatário sonha


As incursões freqüentes dos franceses
E outros europeus à terra descoberta
Levou o Reino de Portugal a organizar
Expedições para expulsar maus fregueses
Insuficientes ao que a cobiça desperta
E só a destemida esperança os fez parar


DEGREDADOS E SOBREVIVENTES DE NAUFRÁGIOS


A Colonização Acidental


Diogo Alves Correia na Bahia naufragou
Em mil quinhentos e dez, ali ficou perdido
Casou com a filha do maior chefe guerreiro
Teve filhos e outras mulheres esposou
Pelos Tupinambás muito querido
Se à valentia da morte foi herdeiro


João Ramalho no litoral de São Vicente
Deu mostras iguais de força e valentia
Casou com Bartira, filha de guerreiro
Muitas concubinas, índias certamente
Jamais podia mostrar fraqueza e cobardia
Perigo não assusta o velho marinheiro


E milhares de degredados portugueses
Aos sobreviventes de naufrágio somados
Facilitaram a defesa e a ocupação
E uma integração sem elmos e arneses
E às condições dos índios adaptados
Os jesuítas deram início à missão.


A Escravidão Indígena


O que seria a conquista espiritual
Tornou-se desde logo escravidão
Impondo ao povo índio a tortura
Pela violência, matança sem igual
Ao invés da prometida salvação
Deram ao povo a canga e o timão


Constrangendo comunidades inteiras
A entregar parcelas de sua produção
Prestar serviços temporários gratuitos
Foram estas as exigências estrangeiras
Impostas aos donos da sua própria nação
Sufocando pela espada os seus gritos


Os passos dos primeiros brasileiros
Foram assim cruéis e tenebrosos.
Racionais e bem mais organizados
Impunham-lhes sacrifícios verdadeiros
Atrocidades e ardis pavorosos
Donos da nação foram escravizados


E aos poucos os povos primitivos
Iam sendo expulsos ou dizimados
Da terra descoberta e explorada
Passando por intrusos os nativos
Das terras iam sendo desapossados
O vilão de tudo se enaltece na tomada


Em nome do cristo pilhavam inocentes
Conspurcando toda dignidade humana
Com o uso de atrocidades selváticas
Procedimentos que são tão intolerantes
Quanto o incesto e a sodomia na cabana
O canibalismo, e todas suas práticas


As violências cruéis executadas
Com matanças, incêndios e escravidão
Reduzindo povos livres à dependência
Praticados por pessoas civilizadas
Demonstra terem menos evolução
Do que os índios que imploravam clemência


E assim, a gente a que se referiu Caminha
De santa inocência, segundo as aparências
Teve transformada a sua simplicidade
Porque a obra dos cristão foi tão mesquinha
Derramando ódio, semeando violências
Como tem feito ao longo da humanidade


Levou os índios em sua auto defesa
A passarem a ser cruéis e sanguinários
Porém, não tanto como os dominadores
Que os perseguiam com tanta safadeza
Que se mais houvesse mais seriam
Sacrificados em nome dos valores


Das grandes qualidades e da moral
E por ser fraca a força dessa gente
Impunham regras para eles desconhecidas
Como se seu viver não fosse natural.
E com a lança e a espada, geralmente
Faziam as suas leis serem cumpridas


A busca de metais preciosos, ouro e prata
Riquezas mil, diamantes e esmeraldas
E a mão de obra dos senhores de engenho
Intensificou-se na escravidão pirata.
A bandeira que foi luz já não desfralda
E o timão que os guiou, passou a lenho.


O ciclo do ouro


E aquilo que uma ilha parecia ser
Era quase um continente em extensão
De exuberante fauna e densa flora
Com espécies desconhecidas a crescer
A cada caminhada a cada exploração
Como nunca tinham visto até outrora


Rios e arvoredos em profusão
Frondosas cachoeiras, lagos e cascatas
Com a descoberta de ouro e diamantes
No velho mundo, provocou repercussão
Dois séculos após a exploração das matas
O achado de riquezas importantes


Homens e mulheres, uns novos, outros velhos,
Plebeus e nobres, fazendo fuxicos
Clérigos e religiosos de várias seitas
Na terra descoberta meteram o bedelho
Pois todos queriam fortuna, ser ricos
O caminho das minas, doses perfeitas


A busca do ouro a desordem gerou
Quando no ano de mil setecentos e dez
Mil paulistas tentavam precaver-se
De setenta mil forasteiros. Fracassou
porque a coroa sem controle de lés-a-lés
Temendo sua opulência não os apoiou


Como resultado das crescentes desavenças
Ocorreu a dita Guerra dos Emboabas.
Mas de lavra em lavra, barranca em barranca
Os garimpeiros paulistas sem licenças
Na busca de outros campos, outras tabas
Buscaram jazidas, onde a lei é franca


Formavam uma população errante,
Que se deslocava ciganamente
Em busca do ouro aluvial ou de minas
Outros, levaram a pecuária adiante
Na vontade que o costume lhe consente
Se a tanto ajudassem prados e campinas


Escravidão no Brasil


Na primeira metade do século XVI
Teve início no Brasil a escravidão
Por navios negreiros conduzidos
Para mão-de-obra escrava dos coronéis
Nos engenhos de açúcar em servidão
Os negros da África eram trazidos


Na cana de açúcar ou minas de ouro
Tinham de trabalhar de sol a sol
Com alimentação de baixa qualidade
Recolhidos nas senzalas com desdouro
Acorrentados desde a noite ao arrebol
Seus senhores deles não tinham piedade


Mil castigos ainda lhe eram infligidos
Sendo o açoite entre eles o mais usado
Amarrados ao lenho eram chicoteados
Até ficarem prostrados, desfalecidos
Como se seu amo fosse recompensado
Por seus desatinos banais e impensados


As restrições eram tantas e tamanhas
Que mesmo apesar de acorrentados fugiam
Das sevícias continuas e desumanas
E aos poucos em inédita façanha
Criaram quilombos onde se protegiam
E onde a liberdade tinha forma humana


Foi na metade do século XIX
Os Ingleses, tanto tráfico haviam feito
Passaram a contestar a escravidão
Ditando lei que aprisionar aprove
Navio nessa prática ao mar afeito
Carregue em seus porões, dita nação


Só em mil oitocentos e cinqüenta o Brasil
Pôs fim ao ignóbil tráfico negreiro
Para vinte e um anos depois aprovar
A Lei do Ventre Livre com o perfil
Da liberdade. Foi o pendão pioneiro
Que a Lei Áurea acabou por expressar



TIRADENTES


O apagar das luzes do século XVIII
Com o esgotamento das minas a Coroa
Ávida na cobrança de impostos, instituiu
A Derrama que consistia pelo intróito
Cobrar de cada um com força de leoa
Uma quota d’ouro que suado auferiu


A Casa da Fundição foi reprimida
Tal punição, foi violência acesa
Quando morto seu líder Felipe Santos
A repressão à liberdade foi vencida
Pela influência da Revolução Francesa
Criou o desejo de liberdade, entre tantos


Surgiu um movimento pela liberdade
Na busca de igualdade e conhecimento
Sob o signo: “Liberdade ainda que tardia”
E no auge da expansão e densidade
Por um traidor, foi delatado o movimento
Em troca do perdão por tudo que devia


Joaquim Silvério dos Reis, era seu nome
Que levou à forca e ao esquartejamento
O alferes Joaquim José da Silva Xavier
A cabeça decepada até que o tempo consome
Fixada num poste, em puro atrevimento
Em plena Vila Rica, para estremecer


O anseio de liberdade e de igualdade
Que o pensamento filosófico Francês
Face à Revolução recente, acontecida
Influenciou esse grupo por liberdade
Clamando contra o domínio português
Que sufocado teve a chama extinguida


Dom JOSÉ I
A era do Marquês de Pombal


Em 1750, morre Dom João V,
Aquele que por fausto, luxo e poderio
Ao rei francês Luis XIV comparado
Deixa o reino em grave crise, faminto
De ouro e diamantes o cofre vazio
Tesouro que d’colônia havia transportado


Sucede-o Dom José I, bragantino
Que para o cargo de secretário de estado
Escolhe Sebastião José de C. e Melo
Marquês de Pombal por força do destino,
Para superar dificuldades do estado
E reerguer o combalido reino, com zelo.


Incentivou o comércio e a agricultura
‘streitou relações com a colônia Brasil
Capitanias hereditárias extinguiu
Ao desvio d’ouro e diamantes, linha dura
Enérgico e cruel, era seu perfil
Os Jesuítas de cá e de lá baniu


Transferiu a capital de Salvador
Para São Sebastião do Rio de Janeiro
Criou no Rio, o Tribunal da Relação
De companhias de comércio, ordenador
Adotou medidas em que foi o pioneiro
A controlar as jazidas e extração.


Em 1755, um terremoto
Arrasou toda a cidade de Lisboa
Na reconstrução imprimiu sua marca
E quando o povo ficou sem um proto,
2,5 milhões de toneladas de ouro amontoa
Milhões d’quilates de diamantes tira d’arca


E cheio de energia e dinamismo
Lisboa inteira a seus pés reconstrói
Dois anos após, falece Dom José I
Assume Dona Maria, sem civismo
Pela doença que sua mente corrói,
E aí o Marquês, foi o imolado cordeiro...


A Corte Portuguesa no Rio de Janeiro (1808-1821)
D. JOÃO VI


Aos 10 de fevereiro de 1792
Assume regência em nome de sua mãe
Dona Maria, em razão da doença
Em nome próprio, sete anos depois.
No ano sete, do século XIX, vem
A ameaça de invasão francesa, pretensa


Pois com o advento da Revolução Francesa
Uma luta contra os países absolutistas
Tinha iniciado e sentiam-se ameaçados
Por isso a vinda da coroa Portuguesa
Fugia às sanhas de Napoleão imprevistas
E ao Bloqueio Continental criados


Assim, às pressas nesse final de ano
Uma esquadra composta de oito naus
Três fragatas, vinte navios mercantes
Zarpa rumo ao Brasil cruzando o oceano
Acomodando quinze mil pessoas no caos
Aportaram em Salvador os viajantes


Com pulgas, piolhos, imundos e fedidos
Chegando um mês depois ao Rio de Janeiro
Final da travessia, do sofrimento
A corte se instala em prédios cedidos
Por ordem de lei determinando, primeiro
Dar o segundo bem aos migrantes sem assento.


Dom João, logo após aportar na Bahia
Assinou a Carta Régia abrindo os portos
Revogou a proibição de manufaturas
Abre tecelagens p’ra crescer a economia
Criou o Banco do Brasil e outros confortos
Oferecendo ao Brasil novas estruturas


Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves
Elevou. para, com a morte da rainha
Em mil, oitocentos e dezesseis, suceder-lhe
Com o título Dom João VI, sem adarves.
No Rio, foi coroado como convinha
E uma soberana nação, prover-lhe


A revolta de Pernambuco enfrentou.
Em 1821, regressou a Portugal,
P’ra acalmar ânimos dos reinóis indignados
Dom Pedro regente do Brasil nomeou
Passando a nação soberana. A antes colonial
Promovendo também importantes tratados.


Independência do Brasil

7 de setembro de 1822


O fato histórico de maior relevância
É o que marca a Independência do Brasil,
Não só pela conquista política
Como também pela grande importância
De marcar o fim do domínio servil
Ao governo que Tiradentes fez crítica.


O príncipe D. Pedro, teve sondado acesso
A fim de conquistar e obter sua adesão
À nobre causa para o poder da nação
E ao receber carta exigindo o regresso
Abolindo a regência, às Cortes disse não
Permanecer no Brasil, foi sua decisão


Assim a nove de janeiro de 1822,
Por um Brasil independente pronunciou...
- Se é para o bem de todos e felicidade
Geral da nação, diga ao povo que “Fico”
Nesta decisão, José Bonifácio se destacou
Quando a paz é almejada, há liberdade


Tomou medidas que desagradaram Sua Alteza
E à metrópole, pelo caminho que trilhava
À independência. Organizando a Marinha de Guerra
Repatriando todas as tropas portuguesas
E uma Assembléia Constituinte convocava
E que, sem o “cumpra-se” toda a lei caia por terra


Voltava de Santos, quando chegou ao Ipiranga
Paulo Bregaro correspondia lhe trazia
Dom Pedro agoniado por uma disenteria
Ao Padre Belchior pediu ler as cartas, de tanga
E tremendo de raiva, de volta as pedia
Pisou-as no chão e um grito se ouviu


Era sete de setembro a independência proclamou
Às margens do riacho do Ipiranga, oh! Céus !
Fazia um sol de verão, o céu cor de anil
O Príncipe desembainhou a espada e gritou
- Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus,
juro fazer a liberdade do Brasil”


A história diz que levantou a espada e gritou
- “Independência ou morte”, dístico de ouro
Que mandou seu ourives Lessa fazer
Numa fita verde a amarela o colocou
No braço, indo ao espetáculo sem desdouro
Quando foi chamado rei do Brasil, sem ser.


Primeiro Reinado (1822-1831)
D. PEDRO I

A Constituição de 1824
E o predomínio do Partido Português
E a oposição ao autoritarismo
Geraram momento crise, o retrato
Atrelado à baixa do preço dos cafés
Levou o Governo Imperial a um abismo


O liberalismo era oposto ao mercantilismo
Praticado pelos Estados absolutistas
E favoráveis à redução do poder
Dividindo em três esferas de civismo
Executivo, Legislativo e Judiciário
Na esperança de um equilíbrio obter.


Agravando a crise, em mil, oitocentos e vinte e cinco
Eclodiu a Guerra Cisplatina e a perda
Da província e a independência do Uruguai
O conflito durou três anos com afinco
Até que a tropa já cansada e lerda
Reconhecendo a independência sai


Deixando o governo mais enfraquecido
A insatisfação com os gastos militares
Desgaste aliado à outorga da lei maior
Ao grandioso empréstimo contraído
O Banco do Brasil indo pelos ares,
Fez crescer a oposição ao Imperador


E querer conservar o Poder Moderador
Gerou em seu reinado sérios conflitos
Agravada pelo problema financeiro
Minaram a popularidade do Imperador
Não conseguindo reverter estes atritos
Abdicou ao trono, do reinado primeiro.


Período Regencial
(1831 - 1840)


A abdicação de Dom Pedro criou um vazio
A nação continuou mergulhada no caos
Aumentando a incerteza quanto ao futuro
A disputa pelo poder. Verdadeiro desafio
Os ânimos se acirraram em todos os degraus
Foi para todos envolvidos um apuro


Os integrantes do partido brasileiro
Eram os moderados favoráveis às reformas
E os restauradores partidários a D. Pedro
Do partido português o escudeiro
E os liberais radicais de outras formas
Chamados farroupilhas, contra Pedro.


O agravamento da situação econômica
E o anseio de uma maior participação
Das camadas popular e da classe média
Duas correntes em disputa gnómica
Aristocracia rural em oposição
Aos liberais exaltados querendo a rédea


do poder. Eles que haviam-se aliado
Para derrubar D. Pedro do poder
Lutavam agora entre si, decepcionados
Ante a impossibilidade do fim colimado
Três as tendências políticas, a saber:
Restauradores, liberais e moderados


Nesse quadro de agitações políticas
Organizar o Governo era imperioso
De lês a lês, o clima era de agitação
Explodiam conflitos, sobravam criticas
Aguardando Pedro de Alcântara, majestoso
Atingir a maior idade e/ou emancipação


Neste período uma Regência Provisória
De setenta dias sua curta duração
Outra, com Bonifácio, a Trina Permanente
Por acerca de quatro anos na história
Quase cinco a Una, até à emancipação
Com Feijó e Araújo Lima à sua frente


Segundo Reinado (1840-1889)
D. PEDRO II


O período regencial que se prolongou
Por toda a década de mil, oitocentos e trinta
Foi uma das fases mais conturbadas da história
Que a unidade do império feriu e ameaçou
De tal forma que minha exposição sucinta
Não permite os detalhes de toda a trajetória


A ponto de introduzir o Ato Adicional
À Lei Maior para fortalecer o poder
Dando às províncias um mínimo de autonomia
Para não impor repto ao poder central
Como a revolução farroupilha em vigor
Criando a República Piratini, logo extinta


O movimento farroupilha Laguna,alcançou
No ano de mil, novecentos e trinta e nove
Onde instalou a República Juliana.
As tropas legais que Caxias comandou
Impôs derrotas nas batalhas que promove
O ponto final na guerrilha desumana


Havia ao mesmo tempo outras insurreições
A Cabanagem, luta entre Rio Negro
E Grão-Pará, atual Amazonas
Desejando de Belém separações.
Outra, a Baialada e, se todo esforço emprego
No Maranhão uma das vis intentonas.


Por grupo que se opunha ao Ato Adicional.
Outra insurreição chamada Sabinada
Ocorria em Salvador e Feira de Santana
Defendia a autonomia provincial
Querendo impor naquela situação gerada
Um governo de tendência republicana.


E foi entre as agitações políticas e sociais
E o perigo da divisão territorial
Que em junho de mil, oitocentos e quarenta
A antecipação da maioridade pelos liberais
Consta apreciação da Câmara em seus anais
Com menos de quinze anos, liberto da placenta


E assim, subiu ao trono Dom Pedro II,
Na esperança de agregar todas as tendências
Em torno do jovem, o novo Imperador.
Foi criado um ministério que a fundo
Governava tal qual, como nas regências
Face à prematura idade do Imperador


Os irmãos Andradas e os Cavalcanti
Formavam o novo gabinete imperial
Seu partido de Liberal, só tinha o nome
Era discricionário, predominante
O cacete, era o regime eleitoral
Nas eleições realizadas seu cognome


Os partidos Conservador e Liberal
Tanto um como o outro eram integrados
Pelos grandes proprietários escravistas
Cujo interesse recíproco unilateral
Era antidemocrático e irracional
Imotivado de idéias progressistas


Entre ambos, não havia diferenças profundas
Já que as duas correntes concordavam
Manter a monarquia e o regime servil
E apesar de tamanhas barafundas
Liberais e Conservadores se revezavam
Na presidência dos ministros do Brasil.


O ministério mais eficaz da monarquia
E o que mais consolidou a política
Centralizadora, foi o de Olinda
Aquele que o tráfico negreiro suspendia
Com lei que impôs ao tráfico, malgrado a critica
A monocultura cafeeira florescia.


Nesse mesmo ano de mil, oitocentos e cinqüenta
Nosso Código Comercial foi promulgado,
Vigorando até hoje em nossos Tribunais
Neste reinado, novo horizonte se apresenta
Dois anos depois o telégrafo instalado
Em seguida a primeira estrada de ferro brasileira


Um novo horizonte se descortinou neste reinado
Com a extinção do tráfico o fluxo de capital
Passou a ter outra demanda na economia
Em atividades financeiras e de mercado
Acentuado aumento na produção industrial
Com a aplicação dos recursos sem tirania


Dir-se-ia que um novo país despontava
Mas mesmo assim, os conchavos e intrigas
Fomentavam sob influência da facção áulica
Face à supressão do tráfico iniciada
As aguerridas oposições inimigas
Despontavam nos deputados a futrica


A razão era simples, toda a economia
Desde a época colonial estava pautada
No trabalho escravo e deste prescindia
Só a Lei Euzébio de Queiroz reprimiria
O tráfico negreiro, no clamor duma virada
Entre conservadores e progressistas


Após o malogrado gabinete Zacarias
No segundo, impondo ares de moral e justiça
Aposentou velhos ministros da alta corte.
Pela abolição gradual da escravatura
A situação se agrava e incita a guerra
No Uruguai, prelúdio da do Paraguai


Estendeu-se a monocultura cafeeira,
Do vale do Paraíba ao Rio e Minas,
Mas a florescente lavoura prescindia
Da mão de obra escrava e costumeira
Gerou insurreição, a quebra de rotinas
Em lutas partidárias, repúdio maior


À monarquia.; em prol d’idéias liberais
Que varriam a Europa no século XIX
A favor da república e reforma total
Num Manifesto, que se opunha aos reais
poderes pessoais do Imperador, remove
Sob os efeitos da guerra do Paraguai


Aos 3 de dezembro de 1870 é publicado
O manifesto de mudança republicano
De não pela resolução, mas pela evolução
O ministério São Vicente é derrubado
pelos liberais. Mas a situação decano
Com Rio Banco manteve a mesma situação


Em maio de 1875, quando era
Vista a situação em franco progresso
Deteriora-se com a crise bancária
Uma terrível seca, grave e mortífera
Com perdas de homens, recursos e preços
Impelindo os nordestinos a outra área


Evidentes sinais que chegava ao fim.
A crise prolonga-se até 1886
Quando em Londres o país faz empréstimos
Porém, já tarde de mais para o festim
O prestígio do monarca começa a declinar
Com acirradas críticas aos seus préstimos.


Na última década do governo de Pedro II
O poder monárquico teve dez governos
Com pontos de vista diversos ou opostos
E houve quatro legislaturas no período
As três primeiras autorizavam nada menos
Que dissolver a câmara. A quarta perdia posto


Impedida pela implantação da república.
Nos dois últimos anos que a antecederia,
Ficou o Imperador gravemente doente
Embarca para a Europa deixando pública
Na regência a princesa Isabel, assumia
Decretou a Lei Áurea, escravidão não consente


A situação, passada a onda de euforia
Ganha corpo a campanha republicana
Medo do reinado da princesa e Conde d’Eu
O prenúncio do terceiro Reinado, seria.
Com a ausência de Dom Pedro sobe a gana
Dos que se batem contra o emperro do regime.


Aos vinte e dois de agosto de 1888
Regressa D. Pedro II da Europa
E é recebido sob acolhida triunfal
Calorosa manifestação, o povo afoito
Dava mostras de fidelidade e toda tropa
Mostrava adesão e aplausos sem igual


Dom Pedro não era mais o mesmo homem
Cioso de seu poder e diligente
Como sempre foi antes de adoecer
Por sua vez a libertação dos escravos
Gerou insatisfação nos fazendeiros
Os militares também estavam descontentes


A supremacia do poder civil ao militar
A oficialidade não via com bons olhos
Os primeiros sinais foram as punições
Aplicadas ao coronel Alexandre Vilar
Em seguida ao tenente–coronel Madureira
E ao coronel Ernesto Cunha Matos


Esse reflexo gera mal-estar e o senado
Em manifesto do Visconde de Pelotas
E do Marechal Manuel Deodoro da Fonseca
Exprimem desapontamento, dão o recado
E mostras da força do exército em suas botas
E o Clube Militar ficou levado da breca


No ministério Visconde de Ouro Preto
Novos incidentes entre militares e governo
Acusando aqueles de insubordinação
E de incidente em incidente chega outubro
Quando se iniciaram as articulações
Entre militares descontentes e republicanos


A exaltação militar expandia-se
Nada os intimidava o desafio lançado
Benjamin Constant procura atrair
Deodoro, para o golpe finalizar-se
Presidente do Clube Militar a seu lado
O grosso da tropa poderiam atrair


Foram recebidos por Deodoro em sua casa
Quintino Bocaiúva, Francisco Glicério,
Aristides Lobo e também Rui Barbosa
Deodoro mostrou-se esquivo e reservado
Por derradeiro, acabou levando a sério
Na revolta sua missão seria a militar


E, assim, quatro dias depois o exército
Aos 15 de novembro de 1889
Sob o comando de Deodoro da Fonseca
Em nome daquele, da armada o do povo
Pôs fim à monarquia e ao Império
Com a proclamação da República



Poesia em elaboração (até à república) 23/04/2007


São Paulo, 14 de abril de 2006
Armando A. C. Garcia

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Germinação


Germinação.

De onde provém a vida senão da morte?
Pode parecer paradoxal a conclusão
Joga uma semente ao solo e se por sorte
Morrer. Da morte nascerá um novo grão

São Paulo, 14/09/2012
Armando A. C. Garcia

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Tropeços


Tropeços


Tropeço na saudade e na esperança
Nas palavras que não ouço repetidas
Tropeço na nostalgia, na lembrança
Na abstrata imagem de tua fantasia

Tropeço na miséria que avassala,
Na incompreensão do ser humano
Do santuário sem abrigo, à cabala
Tropeço no segredo mais profundo

Nas mentiras, no ócio e na preguiça
Na tirania, despotismo e calúnia
Em tudo que é iníquo e, na injustiça

Tropeço na injúria e no insulto
Na mentira, na presunção com *adúnia
Por fim, tropeço na sombra de meu vulto

São Paulo, 17/08/2012
Armando A. C. Garcia

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*muito abundante

Esperança !


Esperança !

Minha alma ainda sustenta a esperança
De voltar a ver aquele bem tão desejado
Nem que seja uma tormenta ou um pecado
Nela repousa minha última lembrança

Suspiros, lamentos, o preço do desejo
Paixão, emoção, fogo que dilacera
Desatino de amor, sonho, quimera
Sentimentos que crescem de sobejo

A dor que sufoca o meu peito triste
Só nela encontra alívio e consolo
E se no sentimento o amor esmolo
É porque o amor no peito ainda persiste

Se morto na aparência, o mal condena
Penitência minha, desculpa extinta
Pois não resta do amor que eu não sinta
Na memória a razão de dor e pena

Resistência, pena cruel, tormento
Venenos de amor que o coração sorve
No silêncio repousado que absorve
Saudade do perpétuo sentimento

O socorro, a aflição, ninguém procura
Porque falta à minha alma contentamento
E se a causa é eterno esquecimento
Quanto resta desta minha desventura

Não há tormentas que o amor não vença
Nem lágrimas de fel que amedronte
Quando é forte nada dobra a sua fronte
E perdoa esquecendo agruras e ofensa

Esquece dos espinhos e amargores
Dos prantos derramados soluçando
Mesmo com a alma tristonha e chorando
O coração suplanta todas as dores!

São Paulo, 14/04/2003
Armando A. C. Garcia

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QUERO LOUVAR-TE


QUERO LOUVAR-TE

Quero Louvar ao Senhor
De todo meu coração
Demonstrar o grande amor
Que tenho no coração

Na minha prece singela
Cheia de amor e carinho
Oferto a coisa mais bela
Às chagas de teu espinho

Quero louvar-te Senhor
Ser cepa da tua vinha
E amar-te com vigor
Cedo, à tarde e à noitinha

Às chagas de teus espinhos
Levar o bálsamo da prece
E na amplidão do caminho
Tua luz que resplandece

Senhor eu quero louvar
Tua Glória imortal
Minha alma consagrar
Ao Teu reino espiritual

Quero louvar-te Senhor
Pelas bênçãos recebidas
E agradecer com fervor
Por cuidar de nossas vidas !

Neste tópico final
Desta prece consentida
A gratidão fraternal
Àquele que me deu a vida !

Porangaba, 13/04/2011 -
Armando A. C. Garcia

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Amanhã


Amanhã

Os desafios tenazes
Que cada capítulo encerra
Não são desafios, são fases
De trajetória na terra !

Mais tarde em retrospecto
Vemos então quão fugazes
Quando na vida senecto*
Do tempo fomos vorazes

Na mísera existência humana
O tempo tudo consome
A mente que hoje se ufana
Amanhã vê que ela some

Que outro entendimento
Desta vida se consente
Ninguém está do fado isento
Nem da morte, está ausente
* velhice
São Paulo, 07/08/2008
Armando A. C. Garcia

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Natal - 2012


Senhor,

Eu O espero novamente neste Natal

NATAL - 2012


O Natal está chegando
Vem com ele a fantasia
Papai Noel caminhando
Trazendo paz e alegria,

Para toda criançada
Deste imenso Brasil
É uma grande empreitada
Por este mundo infantil

Em todo planeta terra
Ele atende a garotada
Haja presente na serra
Pra atender a criançada

É uma época marcada
Pelo cunho do amor
Quando toda a meninada
Anseia brinquedo melhor

É quando na humanidade
A fraternidade é maior
Onde o alvo é a caridade
Pelo nome do Senhor

Quando se eleva a afeição
No peito, pura ternura
O impulso do coração
Modifica a criatura

No seio da humanidade
Cai uma benção dos céus
Para toda a cristandade,
É Dele, do filho de Deus.

É época na humanidade
Marcada pelo crio do amor
Onde o alvo é a caridade
Âncora eterna ao Salvador

Fazei vós dessa doçura
Diária manifestação
É a definição mais pura
Que toca vosso coração

Nessa mensagem de fé
De paz, carinho e alegria
Teces amor, que só Deus vê
Vais seguindo a estrela guia

Aliviando a miséria
Da dor e da amargura
Darás à alma outra artéria
Serás outra criatura !

Caminharás com Jesus
Consolando teu irmão
No caminho que conduz
A alma à perfeição.

Porangaba, 31/10/2012

Alvissareiros sucessos de Próspero Ano Novo -

- 2013 -

Armando A. C. Garcia
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Teu jardim tinha uma rosa
Daquelas da cor do linho
Imponente majestosa
Que me apontava o caminho !

As pessoas não são mais


As pessoas não são mais....

As pessoas não são mais....
Como eram antigamente !
A moral está por baixo
A honestidade... ausente!

São Paulo 24/11/2004
Armando A. C. Garcia

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Atrás da Felicidade


Atrás da Felicidade

Atrás da Felicidade percorri o mundo
Em cada lugar a vislumbrava adiante
Perdido nesse sonho, imenso, profundo
Via-a, sempre noutro lugar mais distante

E assim, de lugar em lugar eu a buscava
Como se ela fosse a flor de um jardim
Que pode ser colhida. Assim eu a julgava
Ou, com a mágica lanterna de Aladim

Gastei a juventude, à sua procura
A maturidade, até à terceira idade
Entrando nesta, sinto a mesma agrura
Não conseguindo achar a tal Felicidade

O destino a guarda e de mim a escondeu
Deixa saudades a esperança de encontrá-la
Sei que é frágil sua permanência, e eu,
Que a busquei a vida inteira, sem vê-la...

- Cheguei à conclusão que é feita de momentos
Os quais deixamos passar sem perceber
E em tais ocasiões de contentamentos
A tal Felicidade, está-nos a acolher !

Além de ser relativa e passageira
Por vezes nem notamos sua presença
Mesmo estando ao nosso lado a vida inteira
Só na dor, lastimamos a sua ausência !

São Paulo, 27/11/2012
Armando A. C. Garcia
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A idéia


A idéia

De que *absconsa estrela ela provém
Essa luz de incógnitos pensamentos
Que percorre nosso cérebro num vaivém
E misteriosa lança-nos a **barlaventos

Será que ela vem do incógnito psique
Da cripta escura da torre de marfim
Ou será que a idéia é o alambique
Que destila ação e emoção por fim

Ela, poderá ser nobre ou ignóbil
Espontânea, vil, livre ou natural
Maravilhosa ou de capcioso ardil

Porém, quando ela do além provém
Traz em si a graça e a leveza sem igual
Que só Deus nos pode dar e mais ninguém !

São Paulo, 26/11/2012
Armando A. C. Garcia

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* estrela que se oculta ao por do sol: pequena lâmpada
velada

** direção de onde sopra o vento

Conflitos de Amor


Conflitos de Amor

Da afeição que eu tanto confiava
No amor que tão desejada era
Traição tamanha, jamais esperava
Quão grande a flama que em mim ardera

Enfim, só quem ama sabe, compreende
Que aquilo que se quer e se deseja
Há sempre alguém que sem pelejar contende
Tão suspeito, que em curto tempo se não veja.

As lágrimas míseros dos dias sofridos
D’ amor qu’ teve começo, nunca teve fim
Foram prelúdio de jogador vencido
Que, na ordem do destino foi traído

A lealdade das juras já negada
No amor que sustinha não renova
Infestam a alma e a vida subjugada
Como lhe convinha, seu peito aprova !

Armando A. C. Garcia   
São Paulo, 15/12/2001  
      
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O Bem (soneto)


O Bem.  (soneto)

 
A sensação do bem em que consiste
Senão num estímulo físico *aferente
À qual a felicidade dá auguro latente
E enxuga a lágrima daquele que está triste

É tal primavera esplendorosa
Que, com certeza coexiste em cada ser
É a palavra sublime e carinhosa
A sensação do bem, é o bem viver

Tem na essência o perfume delicado
E cabe no peito de qualquer ser humano
Benefício que deve ser multiplicado

Levando a alma ao patamar angelicano
Ante o caminho do bem purificado
Que nos conduz ao logradouro olimpiano

São Paulo, 28-08-2012 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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·       Que conduz

O desgosto


O desgosto


O desgosto, mata, aniquila
Sente-se a vida oca, vazia
A fronte consternada vacila
Na solidão, que ao triste cria

As profundas abstrações do nada
Abrigam no peito tanto fel
Que o sangue ferve, a alma gelada
Só aspira um silêncio cruel

Como se erguendo um cadafalso
Inflexível à alegria da vida
Para às sombras do pseudo-falso
Pouco a pouco, abreviar partida

Desgosto, é amargura sem fim
É o horror fechado à ofensa
Descorado, pálido, qual cupim
Que corrói a alma sem defensa

Mina a alegria, a exultação
Só à tristeza ele nos conduz
É chaga que mina o coração
É uma úlcera cheia de pus

É dor, que em vida amortalha
No silêncio profundo e mudo
É o entristecer nesta batalha
Que a vida nos legou, contudo

É preciso reagir com força
Equilibrar nosso pensamento
E antes que a porca o rabo torça
Virar a página desse mau momento !

São Paulo, 11/02/2013
Armando A. C. Garcia
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O Fadista !


O Fadista !

Fadista que canta o fado
Abrindo o seu coração
Põe a tristeza de lado
Seja qual for a razão

Reflete a luz do sol
Mesmo nas horas amargas
Como autêntico rouxinol
Não desmerece as ilhargas

Fadista que canta o fado
Tem sentimento profundo
É da sina namorado
De Portugal e do mundo !

Seu destino está traçado
No livro da natureza
Para o fado foi talhado
Qual guitarra portuguesa

Não pode mudar o destino
Nem a sua condição
É vontade do divino
E, só ele tem o condão.

Mesmo co'a alma a chorar
Ao preço da nostalgia
Seu pé, não pode arredar
Tem de cantar nesse dia !

São Paulo, 13/05/2012
Armando A. C. Garcia

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A Menina Pobre (infantil


A Menina Pobre (infantil)

Tinha uma linda menina
Era pobre, muito pobre
Quando orava a coitadinha
Tinha sempre um gesto nobre

Pedia aos anjos e a Deus
Por um trabalho melhor
Para que, assim os seus
Tivessem salário maior

Quem sabe assim poderia
Deixar a fome de lado
E comer quando queria
O pão, que hoje é minguado

Cansada de passar fome
A pobrezinha orava.
- A dor da fome a consome
Mas sempre a Deus suplicava

Chegou até a pensar
Que Deus não a escutava.
- Seria pra desanimar,
Mesmo assim, ela orava

Até que seu pai um dia
Chegou em casa contente
Subiu no emprego dizia
Passou a ser o gerente

A menina radiante
Não se esqueceu do Senhor
Foi dali, dali em diante
Que orou com mais fervor.

Porangaba, 29/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Digo-te Adeus !


Digo-te Adeus !...

Digo-te adeus, sem lenço branco na mão
Porém, com ela, de lágrimas umedecida
E em cada uma delas minha canção
De saudade e esperança prometida

Digo-te adeus... barco que se arroja ao mar
Digo-te adeus... na lágrima sentida
Que importa se parto sem destino do lar
Mesmo que não possa esquecer-te na vida

Parto, sem um adeus, ou mesmo, até já
Lançando ao rio as páginas vividas
Minha mágoa desolada, sobrestará
Como dádivas de amores antes sentidas

Na nebulosa travessia que singrei
Ver-me-ás percorrendo os oceanos
Só! No barco o mar inteiro, cruzarei
Sem ter onde aportar meus desenganos

Se a rota escolhida for o fim do destino
Debruçado em pensamentos o meu cais
Que importa a nós, se outra não atino
Mostra teu sorriso que não volto mais

Derradeiro adeus, aquele que olvidei
O rastro de meu batel o oceano apaga
Quis ser gentil e amável... me enganei
Cravei em meu peito esta vil adaga !

São Paulo, 21/04/2009
Armando A. C. Garcia

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Congresso ou um mercado persa


Congresso
ou um mercado persa


Verdadeiro troca troca
Instalou-se no Congresso
Pra apurar essa *baldroca
Instalou-se um processo


Que apurou corrupção
Pagamento de propinas
Denominado "mensalão".
Essas aves de rapinas


Em novo estilo de vida
Em vez de lutar pelo povo
O assaltavam sem medida,
Atitude que reprovo.


Foi dinheiro na cueca,
Foi na mala e no gibão
Gente levada da breca
Nunca vai para a prisão


Agora serão julgados
Não creio, sem isenção
Pra mal de nossos pecados
É de irmão para irmão


Já se fala em anistia
Pro tal de José Dirceu
Até a Virgem Maria
Já lhe prometeu o céu
*trapaça; logro
São Paulo, 02/08/2012
Armando A. C. Garcia

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Devaneios !


Devaneios !...

De vãs ilusões já vivi, na vida
E de falsas recordações, sofri
Meu fado, não enfada, nem convida
Mimos do pensamento em que te vi

Meus fados, pranto à margem fria
Inoportuna razão que me mitigas
Palpando o vento, nesta fantasia
Num mundo falso, cheio de intrigas

No qual viajo, cheio d' indiferença
Em ilusão, subo ao cume da glória
Aguardo em ti, extrema recompensa

Mil vezes te lembrei, nelas te beijei
Manejo a lei da sorte, viro a estória.
Meu bem, sem cura, o mal qu'em mim criei

São Paulo, 14/03/2012
Armando A. C. Garcia

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Escuta !


Escuta !


Se emoção aflorou ao te ver passar
Quero lembrar teu amor de outrora
E numa tela, um quadro poder pintar
Para poder lembrar o que sinto agora

Aquele instante mostra o lúcido intento.
Quem tornar pudera aos dias do passado
Sentir tua paixão, é tudo que sustento
Se falo em conjeturas, perdoa o recado

Hoje vivo cada instante, tal vivia
Tomado da esperança que invade
A cada dia mais o sonho que queria:

Ver transformado em pura realidade
Num canto suave de terna harmonia
Ao final vencido... pela falsidade !

São Paulo, 14/08/2012
Armando A. C. Garcia

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Exaltação à Mãe Maria


EXALTAÇÃO À MÃE MARIA

Como poeta, peço a Deus inspiração
Para puder falar sobre a mãe de Jesus
Maria, a única virgem que deu à luz
E seu filho trouxe ao mundo a redenção

Mostrou na grandeza de sua humildade
O sofrimento atroz, cruel e desumano
Quão perversa foi, e é a humanidade
Pregando na cruz, seu filho *messiano

Não professo os princípios da Santa Sé
Mas tenho que admitir que a Mãe Maria
É Mãe de todos, e até de quem não crê.

Descrente de religiões e fantasias
Os louvores que hoje vos rendo, Mãe Maria
São a prece pelos meus últimos dias.

* messiânico
São Paulo, 01/05/2008
Armando A. C. Garcia

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O Bom Samaritano


O Bom Samaritano

Singela e simpática criatura
Morava sozinha à beira do caminho
E todo aquele que lá passava com secura
Servia-lhe água pura, cheia de carinho

A todos acolhia e dava guarida
Alma bondosa de bom samaritano
Com todos repartia a escassa comida
Que angariava dia a dia, ano a ano

E ali, naquele lugar ermo, sem ninguém
Servia e orientava os caminhantes
Não cobrava de nenhum, nem um vintém
Praticava a caridade eqüidistante

De crenças e religiões pecaminosas
Nasceu ali e ali vive sozinho
Apesar da idade, nunca teve esposa.
Aprendendo com seus pais a dar carinho

Àqueles que cruzam o íngreme caminho
E com fome e sede chegam à sua porta
Exaustos, com os pés cheios de espinhos
Com o sol escaldante, ou à hora morta

A todos recebe e lhes dá acolhida
E na choupana humilde os reconforta
Dá-lhes água e um prato de comida
De batatas e outros que colhe, em sua horta

É o fiel servidor na seara de Jesus
Sem credos ou preceitos exprime amor
Como aquele que um dia expirou na cruz
E o faz de coração. O fiel servidor !

São Paulo, 26/11/2012
Armando A. C. Garcia

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TROVAS – 27-08-2012


TROVAS - 27-08-2012

Eu, amei-te absurdamente
Tu, absurdamente ignoraste
Hoje, queres-me incondicionalmente
Eu, passo por ti indiferente
-------------------------------
Eu, que passei minha vida
Sempre esperando por ti
Vejo-te agora arrependida
Tenho pena, do que senti
-------------------------------
Dizem por aí que o poeta
É um demente em confusão
Diz, o que lhe vem na veneta
Não escuta o coração.
-------------------------------
Eu amei a vida inteira
Quem amar nunca me quis
Nasce a uva da videira,
A água do chafariz
--------------------------------
Pulverizei de amor
A alma e coração
Assim, saí vencedor
Auferi tua afeição
--------------------------------
Teve um gênio colossal
Que este mundo elaborou
Criou o mundo animal
No espaço, o sol fixou.


Sua obra e conjuntura
É de arquiteto, sem igual
Sua flora é uma pintura
Tudo é lindo, natural.
------------------------------
Nos restos, insignificantes
Às vezes está o melhor
Sai do cascalho o brilhante
Que lapidado tem valor


São Paulo, 27-08-2012
Armando A. C. Garcia
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Amor ou Cobiça ! (soneto)


Amor ou Cobiça ! (soneto)

Se minha alma o peito atiça
Não sei se é amor ou cobiça.
- Sei que sinto no momento
Profundo contentamento

Em puder acariciar
Teus seios e andejar
Por teu corpo na devassa
Descoberto, nu e graça

Amor, demência feliz
Fascínio que só ocorre
Quando o carinho condiz

E nesse encanto maior,
Contigo o tempo não corre
Nem existe solidão.

São Paulo, 24/07/2007 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Destino !


Destino !

Copíosamente chorando no silêncio da noite
Carpia a saudade, lamentando, com dó e pena
Tempos remotos, plena convivência e preciosos laços
Que a vontade do destino a afastou dos seus braços
- E agora, quando a vida podia ser mansa e serena
Chora e geme o triste choro, e cada dia, é um açoite.

De tanto marejar, aos olhos lhe sumiu o brilho
Mais propensa à morte, que à ventura e à vida
Nas mãos carrega a taça da infeliz existência
Lhe vigora o sentimento e a sutil pertinência
Do perspicaz desejo de quem geme arrependida
De ter sido esposa amada, sem nunca ter um filho !

São Paulo, 29/01/2008
Armando A. C. Garcia

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Finalmente !


Finalmente !

Na estrada da existência que trilhamos
Ergue-se um altar de dor e sofrimento
Neste mundo insano onde nos maltratamos
Quando bate em nós, o negro desalento

Tornando ínfimo aquele que ele magoa
Arrancando as esperanças e o prazer
Aniquila física e moralmente, qual leoa
Que ataca a vítima ao alvorecer

Qual silício que com resignação aceita
A humanidade se submete impassível
E a cada dia a porta mais se estreita

A sobreposição dos contraste espreita
A inversão natural do impossível
Quem sabe o mundo, finalmente, se ajeita !

São Paulo, 19/06/2012
Armando A. C. Garcia
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Nem comiseração, nem pena


Nem comiseração, nem pena !



Olha o mundo, como está mudado
Antigamente, havia sentimento
Respeito das pessoas de qualquer lado
Deferência, consideração no tempo

Hoje, motivo torpe, vira arena
Abate-se o semelhante em plena rua
Não há mais comiseração, nem pena
A justiça, está no mundo da lua

O roubo, o latrocínio, fica impune
O povo não sabe a quem reclamar
Ao ladrão a pena fica sempre imune
A vítima, a pobre vítima... a penar !

Ninguém a ampara, não tem direitos
Afinal morto não fala, não dá votos
A turma, lá dos humanos direitos
Não fala com mortos; eles são ignotos.

E assim, vai campeando a impunidade
Por direitos escabrosos amparada
Esta, é nosso invulgar realidade
A vítima, fica sempre prejudicada.

Lei, que lei é essa que eu não entendo
Mesmo sendo advogado militante
Há cerca de quarenta anos, me rendo
À lei de execuções, tão extravagante.

Precisamos de mudar urgentemente
Anomalias grotescas em prol do crime
Colocar um ponto final nessa gente
Que dia a dia, menos se redime !

II

Antigamente, o ladrão era finório
Tirava a corrente d’ouro da algibeira
Ou alternativamente a carteira
Inteligentemente, sem falatório

Na rua, ou mesmo dentro de um cartório
Não percebias o furto; pura arte
Hoje, assaltam na rua, em qualquer parte
De arma em punho, diferente do finório.

O ladrão de hoje, é violento feroz
Não sabe furtar com diplomacia
Usa o roubo, violência e covardia
Bem longe do ladrão, de seus avós

Antigamente o ladrão só furtava.
O cidadão perdia a carteira
O relógio, carregado na algibeira,
Ladrão de antigamente. Não matava.

Hoje ele rouba pertences e a vida
Sem dó, sem piedade, sem clemência
No louco intento de sua insolência
Numa longa inclemência incontida.

Como espectro perseguidor do bem
Neste mundo adverso o crime avassala
Sem medir consequências na lei resvala
Tropeça e esbarra nas grades, também.

Na cocaína, no álcool, ou na maconha
Quase sempre, no vício engajado
Envereda em destino incerto, arriscado
Cujo desfecho, não é, o que se sonha.

Porangaba, 10/04/2013
Armando A. C. Garcia
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Dor de cotovelos !


Dor de cotovelos !

Ver-nos-emos, certamente
Em caminhos paralelos
Eu, sorrindo, descontente.
Tu, com dor de cotovelos !

São Paulo, 24/03/2008
Armando A. C. Garcia
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Desencanto !


Desencanto !

Desencantado, perdi o gosto pela vida

Na mesma desilusão a força de viver
Minha alma triste desfalece consumida
Na morte triste e densa do esmorecer

Transbordou a taça de pranto e agonia

Já nem sei quando quimeras aparências
Vendavais, tufões, explodem dia a dia
Precipitando fogosas impaciências

Inexoráveis fados, dias de amargura

Nem um raio de razão, louco intento
Meu estro sem talento, poesia impura

Destino, paixões perdidas... falsidade !

Vontades que ficaram, só meu tormento
Com o peito a gemer... nesta saudade !

São Paulo, 04/06/2008

Armando A. C. Garcia

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Será paixão !


Será paixão !

Será paixão descontrolada,
Arrebatamento sem fim
Sinto a mente desmiolada,
Se estás ausente de mim

Tuas lembranças *atávicas
Têm o olor do jasmim
Como **adaras arábicas
Vivendo um sonho sem fim

Numa alquímica perfeita
Igualmente conhecida
Nossa união se estreita,
Nossos peitos dão guarida

Devagar, sempre avançando
Nosso amor se concretiza
Crescendo, ramificando
E aos poucos se eterniza

Um devaneio, um sonho
Vos peço condescendência
Se desfeito, é tristonho
Por sua ***degenerecência

Finjo tanto acreditar,
Nesta mentira fingida
Ser verdade, chego a pensar
Seres tu, meu amor na vida!

São Paulo, 04/09/2012
Armando A. C. Garcia

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- Ornada; aformoseada
**Virgens árabes
***decaimento; definhamento


Desejo !


Desejo !

Desejo que ao cruzar os maus momentos
Quando nada, mais nada te restar
Possamos nosso amor recomeçar
Por minúsculo que seja o crescimento

E, seja eu suficiente para te amar
Mas, se me esquecer, não guarde mágoa
Não chore porque teu choro é como água
E quem a bebe, nunca irá se saciar

E se tudo acontecer, e eu te desejar
Pobre de mim, dos cruéis desenganos
Não terem, o fim almejado, salutar

Foram delírios febris momentâneos
Sem estrutura alguma para amar
Num pedestal que não tinha supedâneos

São Paulo, 22/10/2009
Armando A. C. Garcia

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Ao Arquiteto do Universo (soneto)


Ao Arquiteto do Universo (soneto)

Ao Grande Arquiteto do Universo 
Eu peço, neste meu humilde verso 
Um mundo de amor, paz e progresso 
Entendimento nos lares e sucesso 

Haja entre os homens fraternidade 
Mesmo entre várias Fés, haja igualdade 
Para que o mundo seja um só caminho 
O percussor seja a flor, não o espinho 

Por isso a Ti, imploro Tua proteção 
Para todos os povos, toda nação 
Que reine a paz e o amor, ao invés da guerra! 

Que se empunhe a enxada ao invés da serra 
Que brilhe o sol, a cada nova aurora 
Que o mundo, seja mundo, a qualquer hora. 

São Paulo 12/09/2004 (data da criação)
Armando A. C. Garcia 

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Desabafos !


Desabafos !...

Denúncias, quantas fiz, estou cansado
Ninguém demonstra interesse ou civismo
Leituras exíguas, ninguém preocupado
Com a fome que campeia, sem altruísmo

Se forem poemas profanos, indecorosos
De Mil leituras será pouca a estimativa
O verso é pobre, se não for contencioso
-É lúgubre e rouco, qual barco à deriva

Se desfaz o alento, duvidoso e incerto
Sofremos mudos a inimiga violência
O medo esfria o ânimo, qual desconcerto
Como Seres oprimidos sem inteligência

Sociedade. É ora de despertar de vez
O salário miserável do trabalhador
Ignomínia de moral e honradez.
- Injustiça social, quem é o causador ?

Desigualdade, que faz vergonha sentir
Ao cidadão honesto e cumpridor
Que paga seu tributo no pão e no vestir
E no abdutor da miséria a carpir

Até quando, um país rico e soberano
Cheio de ouro e pedras preciosas
Submete seu povo em vil engano
Esperanças que não vêm, e viram prosas

Liberdade, onde está a tua aurora
Que na esfera humilde, não raia mais...
Liberdade! o que será de nós agora...
Ó pátria, amor.; o barco parte do cais.

Se de radiosas virtudes és fadada
Do teu chão jorra riqueza e fartura
Ferro, prata, ouro puro em tonelada
- Porque não dar a teu povo mais ventura?

Teu presidente, falou em tom jocoso
"-... Preciso tomar conta do rebanho,
senão as reses se perdem nestes 8.500 Km."
- Pascenta em solo nobre, vil rebanho

Pasmem, ante o espetáculo inédito
Teve um, para quem o odor dos cavalos
Suplantava o dos humanos, em seu edito ...
Surge outro, agora, que a seus vassalos

Chama de reses, ou até, pior às vezes
Quem sabe, se esparsas do rebanho
- Não lograrão melhora, os camponeses
E a classe média em todo o seu tamanho

Brilha a tela no pincel da fantasia
No teu manto ó Pátria acolhe meu clamor
Cobre com raios de sol e de alegria
Que surja em Ti o grande Libertador

Os grilhões da miséria e desventura
São o ergástulo mais ingente e impiedoso
A que pode ser jungida à criatura.
- Não basta o governo ser caridoso

Para o povo ter dignidade, o salário
Deve ser decente, ético e racional
Para não desvanecer o operário
E dar tranqüilidade à paz nacional !

Oh! vós lá de Brasília Despertai
sem medir o fausto luxo desmedido
É ora, em nome do povo acordai
Vosso salário é dele, povo abstraído.

O povo não mais confia na justiça
- Face à pena ter aplicação empírica
O que faz crescer em nós a grande liça
Gerada pela impunidade satírica

Benesses cedidas com dano à sociedade
Em prol do assassino e do ladrão
Caiu conceito da justiça - honestidade
Probidade, integridade e retidão

Há uma inversão de valores a inverter
Para que a auto estima do povo brasileiro
Não se deixe mais oprimir. E, subverter
o submundo ao trabalho rotineiro.

Para transformar esta sociedade
Em algo útil, saudável e aceitável
Para servir de orgulho e prosperidade
A futuras gerações, legado inabalável.

São Paulo, 07/02/2007
Armando A. C. Garcia
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Na medonha sociedade !


Na medonha sociedade !


Da sagrada virtude à prepotência
Da doce liberdade à violência
O homem com sua dualidade insana
Em virtudes e fraquezas se engana


Engana a si e um bando de comparsas
Em amostras desiguais cheias de farsas
Envolvendo a verdade em denso abismo
Não tem moral, não tem honra, nem civismo


São os horrores, desta medonha sociedade
Onde nunca acha um bem que o agrade
As coisas vãs, são as que mais ele adora
As de Deus, cheio de indiferença, ignora


O horror que hoje vejo nesta terra
É d'uma sociedade insana em guerra
Ante inexorável magia da ilusão
O homem perdeu o senso e a razão,


Representando o desejo à imaginação
Envolve-se no vício, na depravação
Destrói a real essência da humanidade
Numa existência frívola, sem dignidade.


São Paulo,21/08/2012
Armando A. C. Garcia

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Os teus conselhos pai


Os teus conselhos pai.

Pai! Como posso não ouvir os teus conselhos
Para desviar-me do curso trôpego das paixões
E passar a acreditar em um só homem
Naquele que na morte só levou espinhos
Porque os cardos, nenhuma flor continham.

Porangaba, 25/10/2012
Armando A. C. Garcia

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A cruz de uma mãe


A cruz de uma mãe


No rosto a desventura
Quanta aflição e amargura
Já passou aquela mãe
Com o filho que ela tem

Vive perdido no jogo
Dia e noite está de fogo
Já não almoça, nem janta
Arrasta-se, quando levanta.

Droga e vício o domina
Da casa, confunde a esquina
Fica jogado ao relento
Toma chuva, toma vento.

A droga, é seu alimento
Sua força, seu sustento.
A rua, é o seu lugar
E a cama, pra se deitar !

A pobre mãe aflita,
Não sabe se chora, se grita
No seio desta desdita,
Apega-se à virgem bendita !

São Paulo, 05/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Desatando os nós


Desatando os nós


Quando penso em ti, parece que existe
A esperança tão pensada que consiste
Em ser de ti, e viver sempre a teu lado
Desatando os nós do destino em nosso fado


Mas nenhuma força humana pode conter
O fadário que no mundo, o outro tiver
Quais correntezas em vagas furiosas
No marulhar de ondas perigosas


Quero de volta os pensamentos que sonhei
Viver no outro mundo, não no que acordei
Sê tu, o licor, a iguaria do amante
Das noites de outrora, hoje, tão distante


Solta as vertentes que tens adormecidas
Nos sentidos das sombras contraídas
Vem ser feliz, mesmo que tardia a hora
Vem amor meu, não me olvides, agora !


São Paulo,21/08/2012
Armando A. C. Garcia

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Amor traiçoeiro


Amor traiçoeiro !

Entreguei meu coração
Ela nunca em mim pensou
Seu amor foi ilusão
Que no tempo se acabou

Nem tudo enfim se perdeu
Das vis palavras fingidas
Algo em mim aconteceu
Nas promessas descumpridas

Rude golpe traiçoeiro
Que ainda me faz sofrer
Teu amor aventureiro
Só me fez foi padecer

Foram falsos teus carinhos
Como falso teu querer
Tu, escolheste os caminhos
Não podes retroceder

Tanta maldade escondida
No peito que me abraçou
Eras minha pretendida
O Teu amor fracassou

Toma cuidado onde pisas
Poderás escorregar
A vida nunca avisa
Quando o chão te vai faltar

Sinto profunda amargura
Tenho na alma lamentos
Sendo falsa tua ternura
Ela era meu aprazimento

São Paulo, 27-08-2012
Armando A. C. Garcia

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CORAÇÃO !


CORAÇÃO !

Meu amigo, companheiro, coração
Estás cansado de tanta luta, ilusão
Não há espaço p'ra lazer, ou diversão
Ininterruptamente estás em ação.

Sofres minhas dores, sofres minha pressão
Ó companheiro de tantas caminhadas
Não te dou descanso, nem nas madrugadas
E, vou pedir-te, ainda, aguenta coração

Um pouco mais de dor, um pouco de emoção
Porque a vida é linda, mesmo de ilusão
Dá-me essa dádiva, concede-me perdão

Dos atos tresloucados, sofridos sem razão
Tens batido convalido, sem satisfação
Mas de ora em diante, dar-te-ei valoração !

São Paulo, 04/11/2010
Armando A. C. Garcia

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Dá-nos Senhor !


Dá-nos Senhor !

Jesus! Dá-nos a eterna Luz
Aquela que nos conduz
Ao reino celestial

Dá-nos a fé e bondade
O senso de caridade
Paz em nosso coração

Dá-nos carinho e ternura
Amor e fraternidade
Em todo nosso caminho

Dá-nos imensa alegria
Para afastar a agonia
Que nos queira perturbar

Dá-nos Senhor o condão
De ver como nosso irmão
Aquele que nos ofendeu

A humildade do perdão
A coragem e a razão
De fazer um mundo melhor !

São Paulo, 17/05/2009
Armando A. C. Garcia

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Melhor Não ler


Melhor... Não ler

Ávidos políticos tentam pilhar a economia
Com malabarismo mil de todos conhecidos
É tão grande a intensidade da sangria
E governo finge não saber, tapa ou ouvidos

Que fazer minha gente com tamanha ousadia
Político é quem manda, o povo é a reles plebe
O salário mínimo, nem sequer paga a moradia
O povo passa fome, ele, finge que não percebe

Fingir é o que retrata, o governo deste povo
Renasça o amor, reviva o civismo e o orgulho
Não pode ter sangue de barata, isso é estorvo
ao civismo. Leve do futebol grito, barulho

Nossa raça não foge à luta, é destemida
O sol da liberdade há muito, fez-se ouvir
Precisamos conservar a que nos foi concedida
O penhor da igualdade está a submergir

Neste momento urge, fazer-se ouvir teu preito
Considerando o civismo, oh! pátria gloriosa
Ele que é da nação o catecismo perfeito
Extirpa de teu seio essa gangue dolorosa

Há um grito de fome em cada brasileiro
Qu'muitos reprimem, por medo ou vergonha
Há um grito de angústia em cada comunheiro
Que nossa boca sufoca em esperança visonha

O Criador da natureza deu tudo que tinha
Para nada faltar a este povo ordeiro
Que não soube escolher o capataz da vinha
Que só nomeia ministro arapuqueiro !

Porangaba, 18/02/2012
Armando A. C. Garcia

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Amor Ilibado (soneto)


Amor Ilibado (soneto)

O que a vida fez do meu sonho lindo
Sonho puro, que minh’alma quebrantou
Ele passou, qual veloz tufão infindo
Arrasando ao abismo, o sonho que criou

A partida, foi o início do tormento
Dilacerou o meu pobre coração
O teu, ficou sorrindo sem lamento
O meu peito sofrendo de emoção

Não pude fugir ao ledo engano
Por mais que eu mesmo relutasse
Sofri, às duras penas, esse dano

Parti em busca de uma pátria nova,
Como de dor minha’alma se esgotasse
- De vivo morto, foi a minha prova !

São Paulo, 16/07/2007 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Nuvem Passageira


Nuvem Passageira

Num sopro, a vida fenece
A ilusão desaparece
Como nuvem que passou
Sonho, que noutro acabou


Povoam, certos momentos
Idéias e pensamentos
Altruístas ou mundanos
Na mente dos seres humanos


Quimera azul, em flor
Assim foi, o ideal amor
Mas, utopia, solidão,
Não agasalha coração


Demência e desventura
É fruto que não amadura
O sonho de quem sonhou
Pro mundo, não acordou


Na tal nuvem passageira
Chega a morte traiçoeira
Esfaimada, espavorida
E nos conduz pra outra vida


A existência, é derradeira
A nuvem passa ligeira
E o homem se esqueceu
De louvar preces ao céu !


O homem grita, blasfema
Uiva feito uma hiena
Mas a morte, é impiedosa
Cerra os olhos, não tem prosa !


Porangaba, 11/04/2011
Armando A. C. Garcia

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A Desgraça !


A Desgraça !

A desgraça é contingência
Tal como o é a fortuna
A ambição, a inteligência
E o desejo os coaduna

À luz da consciência abjeta,
A desgraça é uma chaga
Porém, só cai na sarjeta
Quem acha o trabalho praga.

Se o destino te oprime,
Não busques ociosidade
O trabalho é sublime
Podes curtir à vontade


Despedaçarás a tristeza
Novas forças emotivas
Serão uma chama acesa
E com ela, tu arribas

Se queres resistir à desgraça
Trabalha, semeia e cria
E Deus dar-te-á a graça
De afastar a nostalgia

Consola tua tristeza
Num sábio pensamento
Olha os céus, e com certeza
Alcançarás entendimento

Não sejas cego, ou perdido
Um dia, tu vencerás
E quando for permitido
Tu, encontrarás a paz !

Porangaba, 09/11/2012
Armando A. C. Garcia

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A Felicidade


A Felicidade


A Felicidade é nuvem passageira
Que mais além, torna-se tempestade
É como o ramo sagrado da oliveira
Cujo fruto ilumina a divindade.

A Felicidade é o êxtase da alma
A alegria do coração e da vida
O bálsamo salutar que acalma
A angústia da tempestade sofrida

A Felicidade é o oásis da vida
Onde o caminhante recupera forças
O impulso para a íngreme subida
Da trajetória a ser percorrida

A Felicidade é o esteio, a primavera
Quando florescem as flores do jardim
A Felicidade é o fruto, que outro gera
É o perfume inebriante do alecrim !

Porangaba, 11 de março de 2013
Armando A. C. Garcia

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Fragmentos - II


Fragmentos - II

Treva monstruosa, que o mundo infesta
Empáfia gente que não olha onde pisa
É uma humanidade que só pensa em festas
Roupas de grife e uma boa camisa

Falam da pátria sem presença e civismo
Falam de amor, só em sexo pensando
A sua atitude é de puro egoísmo
Crise de expressão qu’estão fragmentando

Há um vácuo espiritual em cada ser
Se estou errado, alguém me contradiga
Na vida, seu nome é alguém, um qualquer
Cruzam o tempo, sem oração, sem fadiga

O curso de suas vidas, flui no presente
Os livros de Deus não têm mais as letras
É a dissolução do amor, o inferno ausente
É este o homem de hoje, com seus et cetras

São Paulo, 10-09-2012
Armando A. C. Garcia

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No desfrute da vida


No desfrute da vida...


Nosso frustrante desfrute da vida
Nos leva a pensar em sonhos esvaídos
Que derretem, como neve, exauridos
Fazem pensar imanente partida

A prior sofremos coletiva culpa
Desafios, insaciáveis desejos.
Mistérios a desvendar, que não vejo,
Ser humano, aceite minha desculpa.

Do sublime ao mesquinho, do pó, à cinza
Da *subliminar **latência sentida
Há consciência humana extrovertida

Mesmo quando a moral está ranzinza
O homem, nos desvarios busca os céus
Mesmo, sendo agnóstico, chama Deus !


• *Que é inferior
• **dissimulado; disfarçado

São Paulo, 04/03/2012
Armando A. C. Garcia

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Perguntei


Perguntei


Perguntei às ondas do mar
Se ela, por ali passou
Perguntei à rosa dos ventos
Se a ouviram sussurrar

Perguntei às sombras do sol
Se sua trilha atravessou
Perguntei às sombras da lua
Se o luar manso ela cruzou

Perguntei à nuvem que passa
Se ela viu o meu amor
E ela, cheia de graça
Verteu lágrimas de dor !

São Paulo, 13/01/2013
Armando A. C. Garcia

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Platônico amor


Platônico amor

Se tão grande era o desejo
Quão grande é a saudade
Cruel o dia que a não vejo
Calvário de ansiedade

À noite em vez das estrelas
O astro, de trevas se cobre
E, sem o endereço dela
A sombra da noite a encobre

Como é triste a minha sina
Quão triste o meu penar
A paixão me amofina
Sem puder-me declarar

E este platônico amor
Que acalanta meu desejo
Revela encanto e primor
Pelo tanto que a almejo

Estou carpindo a saudade
Na sinfonia do amor
Posso carpi-la à vontade
Porqu'dela, não sinto dor

De fragrância embriagado
Com o perfume do amor
Vivo feliz, deslumbrado
Meu desejo, tem fervor

Meu grande anseio por ela
Não tem preço, nem valor
Sem saber o nome dela
Confesso, o grande amor !

São Paulo, 12/01/2013
Armando A. C. Garcia

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Desafio


Desafio


Ao tomar conhecimento, senti o frio
Nas entranhas, como aço a cortar
Consciente, vi no processo um desafio
Que me deu alento para o agravar


Meu espírito à noite agigantou-se
E deu-me forças para poder lutar
Contra o desafeto que apoderou-se
Da minha casa de praia sem pagar


Então compreendi porque alguém mata
Qual a causa, e o motivo desse ato
Perde-se a razão, a um desiderato


Só a piedade de que Jesus falou
Pode conter a revolta que assolou
Na decisão que o juiz tão mal retrata


São Paulo, 12/08/2012
Armando A. C. Garcia
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Um Banco para Deus


Um Banco para Deus

Se Deus precisa de dinheiro
Como alegam os fariseus
Eu vou-lhe montar um banco
Que guarde os recursos seus

É em seu nome arrecadada
Fortuna extraordinária
Por fariseus desviada,
Nobre gang visionária

Ver, finalmente a fortuna
Depositada em seu nome
Que membros da sétima coluna
Trabalhem, e matem a fome.

Se os recursos são de Deus
Devem-lhe ser creditados
Estão falindo os céus
Esses ratos esfomeados

Deus pensou em recorrer
Ao FMI internacional
Para assim poder manter
A balança comercial

Aqui chama-se estelionato
Ou *indébita apropriação
O caso é que esse fato
Faz doer o coração

Gente, que coisa mais tola
Deus, precisar de dinheiro
Essa gang de cartola
Abarrota os mealheiros

Desculpem esta franqueza
Que é a verdade, nua e crua
Deus. A eterna realeza
Os ponha no olho da rua !

São Paulo, 19/04/2012
Armando A. C. Garcia

*apropriação indébita (por questão de rima invertido)

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Simulação


Simulação

Simulo desdém ao te ver passar
Fantasio ao meu ego indiferença
Mas minhas emoções pedem licença
Na ânsia desvairada de te beijar

Removo os liames que me apeiam
À simulação da falta de apreço
Do carinho que sinto falta, confesso
Para viver sob as flechas que permeiam

Este pobre coração em desalento
Sem os deleites fundeados em meu peito
E antes que a mágoa vença darei um jeito

De difundir num suspiro de ternura
Nas agudas ânsias e com candura
Beijar-te novamente a qualquer momento


São Paulo, 16/08/2012
Armando A. C. Garcia

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ESTRELA


ESTRELA

Reluzente estrela, luz do meu caminho
Não és a luz que se consome ou se esvai
Mas o farol que clareia o nosso ninho
Quando a tristeza bate e a noite cai

És a flor da primavera, o sol do amor
A imensidão do mar, o canto da sereia
O áureo caminho, a esperança e o calor
O sol que rútila e se espraia na areia

O repouso, o afeto e o sutil carinho
És o brando arminho o amor predileto
Rogativa ardente me chama a seu ninho
E eu louco de amor, não sei ser discreto

És a brisa suave por dentre os pinhais
O roseiral que chora a rosa colhida
O aroma da rosa, o pipilar dos pardais
O perfume da flor na estrada da vida.

Tu és enfim a estrela que ilumina
Meu coração apaixonado e feliz
Tens no sangue a natureza messalina
Tens em ti o colírio, a cor e a matiz

São Paulo, 15/07/92
Armando A. C. Garcia

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Definição do amor ! (soneto)


Definição do amor !... (soneto)

O amor é a sublimidade da vida
É o sentimento maior do coração
É a felicidade de dar guarida
Ao preito de amor do teu irmão

O amor é querer bem a quem se quer
É doar incondicionalmente afeição
É altruísmo, que se dá sem perceber
É grandeza da alma, é abnegação

O amor transcende a própria razão
É afeto, é carinho, dedicação
É o limite da vontade de querer

Forma incondicional da relação
Tratar outra pessoa como irmão
É o desejo de querer a quem se quer

Porangaba, 31/03/2011 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
          
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Idiocracia (soneto)


Idiocracia


O homem não precisa ser nenhum James Bond
Nem tampouco um simples Charles Chaplin
Precisa é ter moral e brio, como fronde
E personalidade ágil como a do espadim

Enfim, o homem atual deve ter noção
De simbolizar a masculinidade
Não deve viver no mundo da ilusão
Nem perdido na sombra da caducidade

E na introspecção de seu interior
Antever a resolução de seus problemas
Conceituar valores e os sentimentos

Longe desta *idiocracia sem valor
Que corrompe o mundo e todos os sistemas
Posto que está presente, em todos segmentos!

São Paulo, 08/10/2012
Armando A. C. Garcia

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- Expressão nova não constante de
nenhum dicionário, mas cujo significado é entendido como o da democracia da
idiotice; popularização da idiotice. Enfim o mundo dos néscios e ignorantes.

A esperança na vida


A esperança na vida


A esperança é sentimento inato do homem
Triunfa segundo a fé de cada um
É uma das três âncoras do tratado teológico
A certeza íntima que dá força ao lógico
No mundo da ilusão, anseio comum
Robustas perseveranças que não somem

E nas asas da esperança a crença avança
Estranho fenômeno de uma lei natural
Em cujo laço *integérrimo da alma
A mística essência daquela acalma
As frias lágrimas do mundo celestial
Sob a sombra do amor e da esperança !

Este, não é apenas um poema,
Quero que seja um poema de esperança
Que agregue novas razões à sua vida
Até hoje, aflita e consumida
Tão distante da aurora que avança
Em razão do seu tão triste dilema

Progresso e conhecimento verdadeiro
Chegarão na hora certa, iluminada
Triunfo de quem tem fé e persistência
A contemplar do infinito a consciência
Na linha do horizonte a madrugada
Trás o caminho à mãos do timoneiro !
- íntegro

Porangaba, 11 de março de 2013
Armando A. C. Garcia

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Eu só queria entender


EU SÓ QUERIA ENTENDER...

Não se habituou o mundo
Às ironias sem par
Uns, tal farrapo imundo
Outros, dinheiro a sobrar

Eu só queria entender
Essa tal desigualdade
Se é do jeito de viver,
Ou se é mesmo crueldade

O valor foi superado
No saber e na idade
O problema é delicado,
Só por falta de vontade.

A sociedade é culpada
De tamanha hegemonia
Já diz a bíblia sagrada
Come o pão de cada dia

O homem, esse vilão
Seu coração não alcança
Repartir todo seu pão
Com amor e esperança

Piedade e clemência
Importantes nesta vida
Sabedoria e consciência
Dão ao mundo outra guarida

São a fonte importante
Que emana do coração
Capaz de levar avante
Este mundo de ilusão

Fortuna mal empregada
É qual pedaço de terra
Sem a semente jogada
Nenhum proveito encerra

Eu só queria entender
Porque o mundo não se irmana
P'ra todo Ser poder ter
Trabalho e uma cabana

São Paulo, 02/11/2005
Armando A. C. Garcia

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O culto da floresta


O culto da floresta


O silêncio é o culto da floresta
Ouvem-se os galhos ranger quando atiça
Sua ramagem um zéfiro mais forte
Ou, se o mavioso rouxinol na liça
Tenta a fêmea conquistar, faz a corte.
Todo o pulmão da terra, está em festa


Na copa das árvores, aves de mil cores
Cada uma erguendo um hino de gorjeios
A mata envolta em úmidos vapores
Enchendo de oxigênio nossos meios
Vales, outeiros, cidades e nações
Alimenta até, a chama dos vulcões !

Porangaba, 15/11/2012
Armando A. C. Garcia

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O Tempo na Vida


O Tempo na Vida

Quando o tempo em mim chegou
Sem licença se apossou
Dos dias de minha vida

Pouco a pouco, aqui ficou
Passou tempo, se hospedou
Sem nunca pedir guarida

Por prazer, ou ironia
Sua imensa ousadia
Eu, tive de suportar

Não sei qual foi o motivo
De passar pelo seu crivo
Sem consentimento ou razão

Eis que, ele foi ficando
E em mim se aninhando
Desgastou a minha vida

Atrevido e abusado
Sem pedido delicado
Mal chegou, se instalou

Não o pude mandar embora
E, o que eu faço agora
Desgastado, já no fim

Vou pedir que tome conta
Se a bagagem estiver pronta
Que não se esqueça de mim !

São Paulo, 20/04/2012
Armando A. C. Garcia

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Acima do cós do vestido


Acima do cós do vestido


Não serão as mentiras porventura,
As causas desse anseio desmedido
Agregadas ao estoicismo da figura
Que emerge acima do cós do vestido

Fitando no meu sonho teu retrato
Na lucidez interior do pensamento
Ardo na imagem desse corpo abstrato
Na vastidão da convulsão qu’acalento

Escondida na sombra da saudade
Onde guardo sua imagem capitosa
Estacionada na proa da verdade

Se bisonha, acaso minha ventura
Do sonho daquela imagem cobiçosa,
Que trescala, todas telas da pintura !

Porangaba, 12/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Estrada Pedregosa


Estrada Pedregosa

Estrada pedregosa no curso da vida
Difícil de transpor, intricado percurso
Aluvião de pó a revolutear tangida
Pelo vento, que põe o veleiro em curso

O mesmo que toca moinhos de vento
Estrada pedregosa que pesa e contrista
A longa caminhada, o douto pensamento
Diadema de esperanças que o ser conquista

Espiral dos sonhos, de idéia e ambição
Alento de brandura, após virtual castigo
Havemos de arrancar-lhe o fel da ingratidão

E dar à humanidade estrada sem perigo
Em vez de problemas, haja solução
E aquele que te odeia, seja teu amigo

São Paulo, 01/09/2010
Armando A. C. Garcia

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Leis, princípios e conceitos


Leis, princípios e conceitos

Já que leis, princípios e conceitos
Dependem de frios e duros exames
E sem pronta e imediata atuação
Deixam à deriva o justo cidadão

Os fóruns, sem prazo determinado
Para o eficaz veredicto final
Em prol da justiça, do direito
Não prestam um serviço perfeito

Semeando uma cultura retrógada
O processo, arrasta-se anos sem fim
Sem fundamento adequado a tal
A espera duma sentença legal

Às vezes, é tarde quando ela chega
O autor, já pereceu na caminhada
Prazos... só para o pobre advogado
Se os não cumprir, logo é alijado

Porque não os exigir dos julgadores
Que entravam a área judicial
Em prejuízo daquele que se socorre
Em busca do remédio... e ali morre

Eles percebem alta remuneração
Deveria ser condizente seu labor
Com empenho eficaz, transparente
Afinal a conta é nossa, minha gente

Que dizer de uma pronta atuação
Com prazo determinado em cada caso
Quem os extrapolasse, sofreria o dano
Do mero juiz singular, ao decano !

Porangaba, 26/02/2012
Armando A. C. Garcia

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MULHER (Replay)



MULHER !... (Replay)

Tu és um misto de ternura
A imagem que emoldura
A alma e o coração

Tu és a anônima obreira
Mãe, mulher e companheira
Que levanta ao sol nascer

Numa luta de coragem
Tu és a prima imagem
És o esteio do lar

Todos buscam teu abrigo
Pois todos contam contigo
Para a palavra final

És a rainha do lar
E nunca deixas faltar
O equilíbrio e a razão

Labutas em desigual
Tua razão principal
Em tudo está presente

Dás duro o dia inteiro
Em casa e no canteiro
A realidade confundes

Tens a tarefa dobrada
Nunca te dizes cansada
Nem negas o teu amor

Mulher que fala e faz
Dá conta e é capaz
De ser mãe e companheira

Na tristeza ou na alegria
No amor ou na folia
O corpo exausto! Só..

Mulher, mãe ou namorada
És eterna apaixonada
A amante insana, a viver!

Mulher de vários talentos
Não ouças os meus lamentos
Neste dia a ti consagrado

És espelho da candura
Refletes a formosura
Dizes ao mundo quem és !

São Paulo, 07 de março de 2005
Armando A.. C. Garcia

MULHERES - Aceitem minhas desculpas por não produzir um novo texto, é que, entendo ter dito tudo de bom a vosso respeito nestes verso. Assim, aceitem um forte abraço poético pelo vosso dia.

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Onde andará



Onde andará...

Onde andará meu amor,
O das promessas descumpridas
Meu amor, onde andará !

Fui por outro preterido
Passei dias de amargura
Foi amor, nunca esquecido

Meu amor, onde andará.
Devaneios da juventude
Por certo, assim o dirá

Cada um com seu papel
Até Judas o cumpriu,
Uns trocam mel, pelo fel

Os caminhos percorridos
Certamente mostrarão
A transição dos sentidos

Conservo cheio de amor
O coração rejeitado
Para inundar de olor

As pedras que ela pisa
E ofuscar de beleza
O nome que a batiza

Com todo deslumbramento
Cobrirei ruas de flores
Nem que seja em pensamento

Neste singular desejo
Exótico por natureza
Ao meu, seu fado cotejo

Encantadora magia
Invadiu meu pensamento
Seu amor foi fantasia

O meu, eterno, infindável
Parece até mitologia
Este amor interminável

As sementes plantadas
Dentro do meu coração
O foram sempre regadas

Com o elixir do amor
Aquele que nunca fenece
E resiste ao clamor

É tão velha sua crença
Quão velho é este amor
Mesmo sem sua presença

É grandioso, de valor
Vai do zero ao infinito
A dosagem deste amor

Meu amor, onde andará.
Não vi mais sua presença
Porque será, porque será !

Onde andará, meu amor,
Meu amor, onde andará
Meu amor, onde andará...

São Paulo, 12/01/2013
Armando A. C. Garcia

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Um enigma


Um enigma

Brilha o sol na natureza
Na tua face, teus olhos
Em ti, está toda beleza
Tua vida, é sem abrolhos

Um enigma me consome
Quando te vejo passar
és um desejo sem nome
Que aspiro conquistar

E, sendo eu alva espuma
E tu, a água do mar
Ela vira coisa nenhuma
Se na praia, a deixas ficar

Que importa se a esmagas
Nas ondas enfurecidas
Contanto que tu a tragas
Nessas ondas envolvidas

São Paulo, 25/07/2012
Armando A. C. Garcia

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A mente humana ! (soneto)


A mente humana ! (soneto)

Jorram elocuções na mente humana
Como jorra a água do rio na nascente.
Escorrem sentimentos de amor ardente
Como nas retraições de uma pestana

Rainha do meu eu, a todos momentos
É dela que provém os pensamentos
Todas idéias, na visão imaginária
Desde a mais delirante a mais arredia

Das belas estrofes, aos conceitos mais puros
Jorram da mente, definindo amores futuros
Conduzindo os homens à luz da criação

Tão tenazmente e concomitantemente,
Que atingirá a perfeição certamente,
Ao julgar o semelhante, seu irmão !

São Paulo, 27/11/2012
Armando A. C. Garcia
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Ainda que assim não fosse (soneto)


Ainda que assim não fosse


Ainda que quisesse que assim não fosse
A força do destino me conduz.
O sabor da amargura não é doce
Assim, tenho que carregar minha cruz

Vê com brandura, minha posição
Nas aspérrimas estradas da vida
Por clemência, afasta esse mau fado
Que deixa minha alma constrangida

À luta, antepõe tua mansidão
Com teu manto cobre meu infortúnio
Deixo minhas dúvidas em tua mão

Os arrogantes queixumes, cedo ao fado
Rebatendo o curso deste desvario
Nos tácitos favores do desventurado !

Porangaba, 23/04/2013
Armando A. C. Garcia

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Fim de um romance ! (soneto)


Fim de um romance ! (soneto)


Acabou nosso amor, sob um pretexto fútil
Por fim chego a crer , eu já não ser útil.
As coisas que sinto, eu digo francamente
Não me dou por vencido, apesar de descontente


Detesto lamuriar as injúrias recebidas
Não costumo censurar tuas investidas
Mas desta vez, meu amor sublime e puro
Pede ao pobre coração que seja duro.


Porque um amor candente, cinzas virou
Quando a taça de cristal se esvaziou
E o vinho que nela estava azedou


E, se tão fatal poder, tem o destino
Pobre de mim, que jamais o descortino
E neste momento, sinto-me peregrino.


Porangaba, 07/11/2012
Armando A. C. Garcia

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A Vida Humana !!! .(soneto)


A Vida Humana !!! (soneto)

A vida humana impregnada de mentira
Deixa sem discernimento ou vontade própria
Valores perenes que a sociedade suspira
No incognoscível senso da mestria

O vislumbre da certeza inquestionável
Obscurecido pela teia da mentira
No denso lodaçal incomensurável
Tem muita gente acoimando o que aspira

Insinceridade e franqueza da alma
Divisando sempre com desconfiança
Abjeta atitude, clamores sem calma

Sem vislumbre da pura realidade
O pensamento humano em si se trança
E faz submergir a sã naturalidade

São Paulo, 13 de junho de 2007
Armando A. C. Garcia

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Cartões Corporativos


Cartões Corporativos

Todo mundo tem cartão
Para gastar à vontade
E o pobre do ancião
Já do pão, sente saudade !

Nos cartões corporativos
Ministra gasta sem freio
Da igualdade, sem motivos
Usou-o p'ra todos os meios

Vejam só a confusão
Que o cartão lhe causou
No free shopping sem razão
O particular... pagou

Estressada com o peso
Sua bolsa balançou
- Nas compras sair ileso
O salário que ganhou

Mas nessa tal de confusa
Muito dinheiro gastou
Pouco brasileiro usa
Ganhar o tanto que esbanjou

Foi cerca de quinze mil
O desperdício mensal
- Não tira cinco, em dez mil
Que ganhe salário igual.

Inda em Brasília um Reitor
Meio milhão dilapidou
No apartamento. E o pior...
Descoberto... o entregou !

A farra é generalizada
Para gastar quanto quer
Se não houver uma parada
- O que nós vamos fazer?

Aos Senadores honrados
Meu preito de gratidão
Acabem com os safados
Antes que acabe a Nação.

Descalabros às centenas
Primeiro e segundo escalão
Roubo não. Desvio apenas
- Esse pessoal, não rouba, não.

Até no terceiro escalão
Num só dia, gasta mais
Que ganham Pedro e João
Trabalhando o mês inteiro
Diferenças... tão desiguais!

Gastos, desproporcionais
P'ra quem já tem bom cachê
Nosso povo, é bom demais
Resolve na rádio e TV

Falta moral e civismo
Vergonha e educação
Falta até cavalheirismo
Que honre a nossa Nação

Por favor, chega de nós...
Conchavos ou acordões
- O povo legou a vós
Pôr um freio nos ladrões !

São Paulo, 14/02/2008
Armando A. C. Garcia

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Com trastes


Com/trastes

Vendo tanta depravação de costumes
Até já me acostumei à anormalidade
Chegando mesmo a pensar que esses *gumes
Apenas são, uma questão de contrariedade

Com raras exceções, põem a crítica de lado
Insensatamente assaltam sem motivo
Tanto o erário público, quanto o privado
Enquanto o populacho, lida noutro crivo

Desfrutam honrosa fama, sem os merecimentos
Fogem do estendal, do comento enfadonho
Seus usos e costumes, carecem de sentimentos
Não posso tolerar ! tanta lama... é medonho

Incrível! Mas 'stão consecutivamente
No comando das hordas, ou do populacho
Seu carisma é aparente e convincente
Os vícios execrandos ocupam o mesmo facho

Nos argumentos tais de suas excelências
Sempre a transmigrar de um cargo a outro
Não deixam sentir que essas pestilências
Sejam sentidas fora do lugar próprio...

Fig. perspicácia; agudeza

Porangaba, 16/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Enquanto houver amizade


Enquanto houver amizade...

Enquanto houver amizade
Há um fundo de verdade
Edificando no mundo
Um sentimento profundo

De paz, tolerância e amor
Fazendo a vida melhor
Sem violências sociais
No amor, somos iguais

Entendimento e harmonia
A amizade o irradia
O tempo passa, envelhece
A amizade permanece

É único cada amigo
Seja novo, seja antigo
Que devemos preservar
Defender e resguardar

Um amigo de verdade
É um irmão na mocidade
Já na idade madura
É um bálsamo, uma uva

Sempre pronto a ajudar
Nas aflições nos salvar
Enquanto houver amizade
Ninguém morre de saudade

A amizade é uma benção
É de Deus uma *elação
Quem tem amigos, tem tudo
Quem os não tem, é tal mudo

Um amigo de verdade,
Usa de sinceridade
De lealdade e **lhaneza
É um irmão, com certeza

Ponderai na imensidade
Quando triunfa a verdade
Amizade é uma ventura
E vive, após sepultura

Fato público e notório
Não morre no crematório
Nem de motivo terceiro
Se o afeto é verdadeiro

Um amigo de verdade
Eu tinha... Deus o levou
Hoje, ficou a saudade,
Tudo... que dele me restou

São Paulo, 07/10/2011
Armando A. C. Garcia

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*sublimidade
**franqueza; lisura

Olhos cor de esmeralda


Olhos cor de esmeralda

Teus seios são duas rosas

Alvas que o céu colocou

No seio da mais formosa

Mulher que o mundo cruzou

Teus olhos cor de esmeralda

Têm a luz, bela e vivaz

Teus cabelos, tal grinalda

Encantam qualquer rapaz

Como a luz da natureza

Ateia a chama cristalina

Deus criou toda pureza

Em tua alma de menina

Na tela pode o pincel

Teus encantos reproduzir

Ou o escultor com cinzel

Gravar estátua ou adir.

Ainda está para nascer

Obra de Deus mais formosa,

É uma rosa a florescer

No jardim de outra rosa !

São Paulo, 17/02/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Cálida Mulher ! (soneto)


Cálida mulher !


Libidinosa e sensual mulher
Tuas lúbricas luxúrias de prazer
Dizem mais que minhas lascivas frases
Nos depravados encantos que fazes


O teu olhar fogoso dá comoções
E esboçam veleidades aos corações
Mulher! Quantas ambições , tu dissecas
Nos quadros pervertidos... os carecas


Os últimos fios de cabelo perdem,
Tal a vicissitude que no prazer te pedem
E aos vícios abjetos ambos cedem


Nessa perversa atitude romanesca
Submissa à lasciva pitoresca
Pelo dinheiro. É uma condição grotesca.


Porangaba, 07/11/2012
Armando A. C. Garcia

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De Tropeço em tropeço


De tropeço em tropeço

E de tropeço em tropeço
Vai caindo, levantando,
Mudando até de endereço
Na vida, vai caminhando

No labor, alegre ou triste
Rasga a superfície bruta.
Que à enxada, não resiste
O agro solo. Brava luta

Pra trabalhar, sai contente
Dias inteiros na luta
Chega à noite, sorridente
Com a família desfruta

Do aconchego do lar.
Oram aos céus uma prece
Para nunca lhes faltar
O trabalho que enaltece.

Brilha a luz do amanhecer
De novo apega-se à lida
E sem nunca esmaecer
Do labor, sustenta a vida.

É dos tropeços da vida
Que novos avanços surgem
Não julga a esperança perdida
Se outras medidas urgem

Sabe tirar o proveito
De cada lance da vida.
Tem quem tropece no leito
E quem tropece na vida !

Porangaba, 15/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Nas garras do carcará


Nas garras do carcará

Injusta, essa justiça
Outra melhor, cá não há
O cidadão perde a liça
Nas garras do carcará

É injustiça, o assassino
Nas praias a velejar
A vítima do mau destino
No cemitério a acampar

Injustiça, este descaso
Da lei, com o cidadão
Pois a lei, conforme o caso
Vê a insígnia do cifrão

Que cada caso, é um caso
Isso, todos nós sabemos
Para uns tem um embaso
Outros; os protegemos

Vejam o caso mensalão
Com o tribunal dividido
Uns pela condenação
Outros, pra não ser punido

É tamanha a aberração
Que o povo não acredita
Que haja fiel intenção
No resultado da vindita

É por isso minha gente
Que ninguém crê em justiça
O melhor é ser prudente
Ficar fora dessa liça

São Paulo, 12/09/2013
Armando A. C. Garcia

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No furor das águas


No furor das águas


Estou à porta deste mar que se agiganta
À minha frente, mais que o sol no horizonte
Onde o vagalhão da onda forte se levanta
Onde o forte é fraco, quando ele se enfurece


Lá, no clarão da noite, o brilho das estrelas
Nas noites tenebrosas, desesperos mudos,
Sibilam os ventos no furor das águas
Que não dão trégua à fúria que as domina


Precisa pedir à sorte, um consolo na desdita
Os fenômenos da natureza ninguém dita
Nem na grandeza dos astros no vasto céu
Nem na fantástica desventura, creio eu.


Porangaba, 25/08/2012
Armando A. C. Garcia

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A Primavera – II


A Primavera - II

Vede como é bela a primavera florida
Árvores frutíferas, campos verdejantes
Vede como é belo, o primeiro amor da vida
Estampa-se a alegria, nos rostos radiantes

A primavera, vestiu sua túnica florescida
Para cobrir de graça a alegria esplendorosa
O nascer e o pôr do sol, a manhã garrida
Tornando a vida neste mundo cor de rosa

Houve-se o murmúrio das águas no riacho
Num arroubo prazeroso tudo em festa
Encanto, ostentação, luz e claridade

Na quietude mansa do prado e da floresta
As aves buscam acasalar com seus machos
Florescem as rosas, tudo é fertilidade !

Porangaba, 21/09/2012
Armando A. C. Garcia

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Enquanto é Hoje !


Enquanto é Hoje !

Já o dia desmaia lento no ocidente
O sol agonia em soluço plangente
O crepúsculo desce recortando a terra
Cobrindo de início o prado, após a serra

A noite envolve a terra na escuridão
No mórbido langor de sua missão
No céu milhões de estrelas sem descanso
Cintilam o claro olhar piedoso e manso

Nas trevas da noite e ao resplendor da lua
Palmeiras esfolham-se ao indômito vento
E enquanto o vento chora, sua ira se atenua

A noite envolve a terra neste lamento
Onde a saudade não dorme ... se acentua
Em pensamento estável ao firmamento !

São Paulo, 26/04/2010
Armando A. C. Garcia

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Sublimidade !


Sublimidade !


Porque rejeitais tanto os meus quereres
O que quereis de mim, minha senhora
Vós que sois a fonte excelsa dos prazeres
Volvei para mim, vosso amor de outrora

Deixai-me desfrutar de novo esse convívio
Vós que em tempos passados, amar-me dizíeis
Vossa presença, será para mim um alívio
Deleitar-nos-emos o quanto poderíeis

Assim senhora, provareis que me amais
Como amantes que fomos, noutras eras
Com vosso desejo, amar-me-ás, inda mais

Deixa que teu coração ao meu se renda
E vós, que me recusais em todas as esferas
Vereis em mim um baluarte, uma prenda!

São Paulo, 05-09-2012
Armando A. C. Garcia

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Àquela que vai ser Mãe !


Àquela que vai ser Mãe !...

I
Vai ser mãe não tem receio
A espera é um anseio
É esperança, é alegria
De fecundar sua cria
II
O amor em si, canta e vibra
Ela é força que equilibra
Aurora cheia de brilho
É mulher. Espera um filho
III
Ao seu filho tão amado
Sempre estará a seu lado
Cuidando e dando carinho
Tal como a ave em seu ninho
IV
Será amável dedicada
Alma em sonhos perfumada
Da rosa pétala flor
Magia dum amor maior
V
Como rocha, firme e forte
Enfrentas até a morte
Pela primorosa flor
Fruto de um grande amor!
VI
Vais ser mãe. Bendita sejas
E em minha prece singela
Peço a Deus p'ra que não sejas
A mãe de outra Isabella !

São Paulo, 26/04/2008
Armando A. C. Garcia

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Leia - Mãe I - Mãe II - Mãe III e Mãe IV,
leia, também:
Às Mães, que Deus já Lá Tem !
O valor que a mãe tem
Exaltação à Mãe Maria

Achou


Achou ...

Achou que era moleza
De governar o país
Faliu na sua esperteza,
Agora, coça o nariz !

São Paulo, 11/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Melancolia


Melancolia

Tristeza indefinida
Nas horas amargas
De saudade vencida
Excesso, sobrecargas

Sussurros incontidos
Acre sabor da vida
Por abismos sofridos
Melancolia dorida

Que sangra o coração
Como nas garras da morte
Em suprema aflição
Moribundo em aporte

Os céus não se dão conta
Do sofrimento atroz
Dessa tristeza de monta
Qual tempestade feroz

Violenta, impetuosa
Que o indivíduo maltrata
Melancolia ardilosa
A tua face o retrata

És tu, que gravas e falas
A mulher, ao velho, à criança
Em devaneios os igualas
À tua verossimilhança

São Paulo, 14/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Último Sonho


Último sonho !


A única "coisa" que podia ter de ti,
Era o sonho, vejo agora, que a perdi
Por longos anos o sonho extravasou
Latente as fronteiras de minha fantasia
Almejei prender o tempo para te esperar
Mais uma vez, o coração quis me enganar


Reconheço, são as circunstâncias da vida
Que não se curvam, nem ao frio, nem ao vento
Tortura implacável, tremendo sofrimento
Infinita dor, profunda, insatisfeita
É como se sobre um leito alcatifado
Alguém esperasse alguém, sem ser amado


Devagarzinho, e aos poucos foi morrendo
O sonho que sonhei, e que tu mataste
Ele era a mansidão, a estrela, o caminho
Mas, naufragou meu sonho de esperança
E com ele, na mesma água o meu carinho
Meu sonho, conseguiu esta vingança.

São Paulo,23/08/2012
Armando A. C. Garcia

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Lágrimas do Coração


Lágrimas do Coração

As que dos olhos escorrem
Enxugam-se até com a mão
O mais difícil é secar
As lágrimas do coração

São Paulo, 20/06/2012
Armando A. C. Garcia
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Na Lua


Na Lua

A lua estava sozinha
Olhando para nós dois
Tu, pensavas que eras minha
O mesmo, pensamos os dois

São Paulo, 20/02/2013
Armando A. C. Garcia

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C’est Fini !


C'est Fini !

Já vacila duvidoso, o amor falece
Outros braços, outros beijos tu aspiras
Outro peito radioso te aparece
Por meus atributos não mais suspiras

Embora esta dor atinja o meu peito
E a tristeza compartilhe este pranto
Meus dias correrão de distinto jeito
Quanto aos teus, melhor sorte, não garanto

Quando o amor perde o encanto, expira
O momento que se segue é o desencanto
Mágoa pungente, tormento que dói tanto

Nas ruínas dos despojos deste amor
O vento e o mar viram a luta e o fragor
Vêm a dor final que o coração suspira !

São Paulo, 15/10/2011
Armando A. C. Garcia

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Como o fogo !


Como o fogo !...

Como o fogo e a água dão têmpera ao aço
O tempo nos dá a mesma consistência
Na vida a têmpera é moldada no espaço
Que cada um consegue na experiência

Quem não tem experiência, não tem passado
E quem não tem passado, não tem vivência
Sua têmpera está como ferro não malhado
Que o ferreiro leva ao fogo com paciência

Deixa a vida moldar-te com o mesmo banho
Com que se temperam os metais e o rijo aço
Verás então tu, quão grande é o tamanho

Da experiência, do passado e da vivência
E dar-lhe-ás o merecimento que encerra
Valor que hoje olvidas, pela ausência !

São Paulo, 29/08/2011
Armando A. C. Garcia

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Estos do amor !


Estos do amor !

*Estos do amor, luz que logo brilhou
Alcance **transcendente da magia
Relance de imagens que o olhar focou
E nada achou, quando os olhos abria

O tempo caminha, no tropel humano
No ***fanal da vida, passam gerações
Sempre o amor seduz, sempre o desengano
Encanta, persuade, destrói corações

Uns felicidade, p'ra outros desventura
Esperanças mil acende, no pobre coração
À paixão se rende a alma boa e pura
- Ocultai dos lábios tal profanação

Tenho a meu favor teu olhar discreto
Cultivo na saudade, felicidade pura
Ó doce formosura, ó meu amor secreto
Enlear-te-ei um dia, nos laços da ternura

Minha amada, serei teu escravo e rei
Sempre pronto para te encontrar e ter
Do mastro do veleiro, ao mar eu pularei
- A hora do encontro, um dia, vou saber !

São Paulo, 07/09/2011
Armando A. C. Garcia

*ardor; paixão; grande calor
**muito elevado; superior
*** farol

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Pai !


Pai !


PAI, chama de vida
Presente a toda hora
No carinho, educação
Deste sempre acolhida
Ao impulso que aflora
Do meu pobre coração


És o grande timoneiro
Significado de vida
Com tua sabedoria
Moldaste, qual usineiro
Sem deixar de dar guarida
À minha triste *agnosia


Aos poucos foste moldando
Mostrando o bom caminho
No exemplo de tua conduta
Aprendi o valor, quando
Vi em grande desalinho
Minha vida dissoluta


Que entre o certo e errado
Há grande diferenciação
Um, caminho verdadeiro
O outro, leva ao pecado
Um pulsa na exatidão
Outro, exala mau cheiro


Corrigir, defeitos, falhas
Tudo de ti aprendi
Conhecimento, bondade
E, enfrentar as batalhas
Que, de nenhuma fugi
Nem estendi a toalha


Longo o aprendizado
Foi-me de grande valia
Aprendi a ser honrado
Probo, integro, respeitado
A **cravelha que me guia
Tangendo cordas do fado


PAI, de ti foi plagiado
Nos passos de teu caminho,
Teu exemplo incrustado
Na minha alma gravado
Por teu amor e carinho
A teu filho dedicado.


Neste dia congraçado
Aos pais deste universo
Quero deixar um recado
Nas letras deste meu verso
Que seja um dia louvado
E o Pai, parabenizado.


Com abraço de ternura
E um beijo de afeição
Que expresse o carinho
Cheio amor e ventura
E sele a saudação
Com cheiro de rosmaninho!




São Paulo, 13/08/2011
Armando A. C. Garcia


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leia; SER PAI

*ignorância


**peça para retesar as cordas (de instrumentos de corda)


Cocorococó Cocorococó !


Cocorococó... Cocorococó !...

Cocorococó... Cocorococó !...
Acordai autoridades, Deputados,
Senadores, Ministros e Presidente
Estais semi adormecidos no palácio

Não vedes que a Liberdade se esvai
Usai do bom senso, escutai o clamor
Se o menor de dezesseis pode votar
Tirar título de eleitor e até ser pai

Porque não responder criminalmente
Quando usa de violência p'ra matar?
Mas se fosse um vosso filho, certamente
A lei logo iríeis de querer mudar

Mas filho do povo, é gente simples
E a nação é rica nesse prosperar
E não é um a menos que quebra o viés
Para o estado de coisas modificar.

O povo, este povo pacato que ignorais
Com mísero salário de trezentos e cinqüenta reais
Que para aumentar, quase vos digladiais
Enquanto o vosso, centenas de vezes a mais

Mas este povo pacato de quem abusais
Começa a dar mostras, como o vulcão
Primeiro fumaça, da convulsão sinais
De que a lava entrará em erupção

Todo mundo cansado e insatisfeito
De viver prisioneiro de medo do ladrão
E nossos governos o que têm feito?
Multar à vontade o humilde cidadão

Há câmeras vigiando dia e noite
Nas estradas, nas ruas das cidades
Para que o motorista não se afoite
A ultrapassar vejam só 30 Km.

Entretanto, tais câmeras não há
Para vigiar o crime que avassala
Onde o cidadão não tem segurança,
Nem mesmo dentro da sua sala.

Acordai autoridades, pois se o menor
Tem capacidade, para votos, vos dar
E a mesma para dirigir, seja onde for,
Se pode ser pai e outra vida tirar

Também, tem capacidade de sobra
Para responder pelos seus desatinos
E não me venham com essa agora
De que com quinze anos é um menino.

Com a televisão e a informática
A dinâmica do conhecimento em ação
Mudou os rumos da semântica
Ampliou-se a gama de informação

Hoje a criança de oito anos de idade
Tem discernimento entre o bem e o mal
O certo e o errado. Falta com a verdade
Aquele que não quer sair do trivial.

Quero dizer, ainda, que a criança
Com oito anos tem mais conhecimento
Que tinha a de quinze, três décadas atrás.
A sociedade evoluiu, tem mais talento.

Ninguém se entende neste equívoco
Oxalá pudesse eu improvisar a Lei
Certamente num projeto inequívoco
Com quinze anos o menor eu punirei

O cidadão está cansado de penar
Ante a impunidade trágica do crime
Parece que o Estado lhe está a negar
A liberdade despojada, tão sublime

Clamores incontidos da onda bravia
Deixa todo cidadão estarrecido
Sujeito a uma síncope ou apoplexia.
Vencer o mal com a violência, faz sentido

Será como lançar um bote à sociedade
O farol da liberdade que hoje agoniza
A gente proletária em grã satisfação
À nova lei que deu a decisão concisa

Na intrincada teia a pobre criatura
Vítima d'algozes, tremenda covardia
Um pária sem destino a manda à sepultura
E ainda tem quem defenda tamanha vilania

Pagamos um bom preço, alto pesadelo
Tragédias da barbárie, fazem repensar
Entre ser justiceiro ou vítima do duelo
Do crime sem igual, do quanto a meditar

São Paulo, 14 de fevereiro de 2007
Armando A. C. Garcia

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Na mágica manhã


Na mágica manhã


É o rio, rasgando a natureza
É a onda, estourando no mar
É o brilho duma estrela, com certeza
A apontar o rumo certo a trilhar

É a água, a *transubstanciar-se
É o vento, dissipando miasmas
É o sol, radiante a afastar-se
Ao cair da tarde, noite em plasmas

É a aurora, na mágica manhã
É a sinfonia do trinar das aves
É o orvalho, a gotejar da flor

É o mundo, a transpirar louçã
A cada dia que surge sem entraves
Na catedral da prima natureza


Porangaba, 25/10/2012
Armando A. C. Garcia

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- Transformar-se; mudar a substância; mudar

Noites Cegas


Noites cegas !...

Quando as noites eram cegas
Só brilhavam as estrelas
Ou, em noites de procelas
Raios rasgavam as trevas

Com a água que represa,
Tudo o homem modificou
Nas coisas da natureza
Gerou força, iluminou.

Nosso mundo transformou
Noites; tal clarão do dia
O progresso alcançou
A força que o orbe queria.

E, foi rasgando as trevas
Que o planeta evoluiu
Não foram Adões, nem Evas
Nova matéria surgiu,

A cibernética, a robótica
A biologia, a ciência
Hoje, tudo tem outra ótica
Outro cunho, outra aparência

O mundo agora evoluiu
Na arquitetura, na arte
Arranha céus construiu
Eles estão em toda a parte

A evolução da matéria
Conhecimento, informação
Mas, ainda vejo a miséria
Em boa parte do povão

A vulnerabilidade
De mentes introspectivas
Tem gerado instabilidade
Às grandes expectativas

A marcha não se detém
No avanço do progresso
Foi Ela, a Pátria Mãe
Que nos deu este sucesso

Porém, há conjecturas
Quanto aos ensinamentos
E, confusas criaturas
Duvidam dos mandamentos.

Que veio um príncipe ao mundo
Pra nos legar a doutrina
Num sentimento profundo
Para a conversão Divina.

Tão grandes transformações
No plano material
Projetaram as nações
No campo industrial

Expandir os sentimentos
E com eles as emoções
Profundos conhecimentos
Em todos os corações.

É na esperança do progresso
Que a Pátria Mãe acredita
Não pode haver retrocesso,
Na caminhada Bendita.

Porangaba, 04/12/2012
Armando A. C. Garcia
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Amor x Ciúme ! (soneto)


Amor x Ciúme ! (soneto)

O amor é o sol, o céu e o luar
O ciúme é emulação o inferno
Tirano da alma que no abismo contrita
Lassa as forças e o sorriso faz penar

Se bem maior se conta a força do amor
Corrente deleitosa, suave e branda
Alva ninfa que assiste á triste cena
Do horror do ciúme, sem dó e pena

Perseguidor mortal que o amor flagela
Torcendo a verdade vem falar contigo
Não parecendo ser falso inimigo...

Ministra aos corações um duro golpe
Levando o amor ao ponto derradeiro
De não ver, ser o ciúme traiçoeiro!

Armando A. C. Garcia
São Paulo, 23/11/2005 (data da criação)

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Ânsia invisível


Ânsia invisível


Remotas quimeras d'esperanças estioladas
Que albergam em si o incerto destino
Hoje, sei que tudo foi um desatino
Como o orvalho que cai nas madrugadas

Imprecisos e ambíguos pensamentos
Levaram-me a sonhar o impossível
Na ilusão desta vida imprevisível
Como trigais, serpenteados pelo vento

Ou como as ondas que margeiam as praias
Em dias de calmaria e sois dourados
Vivia eu, agarrado às tuas saias !

Mas as aragens dos zéfiros mudaram
E os meus sonhos incertos e, tão sonhados
Como as andorinhas, também migraram !

São Paulo, 07-12-2012
Armando A. C. Garcia

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Estamos em guerra!


Estamos em guerra!


Estamos em guerra, estamos em guerra
Numa guerra sangrenta e desigual
Acabou a paz em nossa linda terra.
As grandes metrópoles estão sangrando
Morrendo centenas de nossos irmãos


Os cardeais, se não compactuam, silenciam
Deixando proliferar o crime, a fraude, o dolo
Todas as penas descumpridas se desviam
Do direito e da justiça. E, são consolo
À parte que praticou a injustiça


E, ainda, têm as leves penas reduzidas
Pelo sistema de progressão de penas,
As vítimas, ficam atônitas desprotegidas
Da justiça, que deveria dar-lhes apenas
O cumprimento da justiça pras suavizar


A dor sofrida, pela angústia d'amargura
Que muitas vezes leva nossos entes queridos
À consternação da fria sepultura !
E ver o criminoso sair impune, nos brios
É ato que fere a alma e a civilidade


À vítima ou à sua família, o governo
Nada paga, pela dor do sofrimento
Mas o criminoso tem um soldo moderno
De acerca de um salário e meio o provento
Mais que a paga daquele que sua a camisa


Estamos em guerra, numa guerra suja
O criminoso tem direito a visita íntima
Tem direito à saída de Natal, dia das mães
Nunca cumpre a pena integral, só um terço
O Brasil para o criminoso é um berço


A pobre da vítima, não tem a mesma sorte
Ou fica atrofiada, ou paralítica
Na maioria das vezes o destino é a morte
Ninguém a socorre, esta é a política
Praticada pelos cardeais da nossa corte


Já dizia a francesinha Jaqueline
No programa do velho Manuel da Nóbrega
Brasileiro é bonzinho... Brasileiro é bonzinho...
O comportamento espelhado nessa vitrine
Vai puxando e aconchegando esse trenzinho


Houvesse mais civismo e patriotismo
Nos cardeais que regem esta nação
Criminoso, não teria tais benesses
Cumpriria a pena com todo rigorismo
Sem *sinecuras ou atos de perdão


Matam abruptamente, mesmo sem reação
Parece que têm prazer em tal ato cometer
Desprovidos de sentimentos no coração
Só improbidade carregam em seu ser
Afastados de Deus, o crime é seu prazer.


Se as benesses da Lei de Execuções penais
Responsabilizasse pelo ato, quem as profere
Certamente, não as concederia jamais,
Ou então, para concedê-las se infere
Nas periculosidades racionais


Se o advogado erra, pode ser punido
Punição igual, a merecer o julgador
Responsabilizá-lo por tal, é de bom sentido
Ninguém no mundo pode ser superior
Para poder errar, sem ser suprimido.


As consciências em prol do corporativismo
Calam-se e silenciam, emudecendo
Sabem que a voz do povo, logo olvida
Enquanto isso vão subindo, vão crescendo
Tirando proveito de quem sofre na vida !
- benesses

São Paulo, 27/09/2009
Armando A. C. Garcia -

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O Big Bang


O Big Bang

Os físicos dizem que o mundo
Originou-se duma explosão
Se nada havia de fecundo
Quem fez a detonação?

As teorias, apresentadas
Da gênese do universo
Que do ponto zero geradas
Limite ao tempo disperso

A energia concentrada
De um átomo inicial
Densamente comprimida
Inopinadamente a final

Ocorreu grande explosão
Que criou o universo,
Mesmo que seja ilusão,
É isso, que conta seu verso.

O meu, porém, divergente
Crê, obra de ser Superior
Muito, mais inteligente
Criou o mundo e o alvor

Os físicos que me desculpem
Por questionar as teorias
Pode ser, que ambas resultem
Na prancheta de ironias

Se nada existia antes
Como algo se criou
Nada, é nada perante
O algo, que Deus gerou !

Porangaba, 28/08/2013
Armando A. C. Garcia

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O poeta


O poeta


O poeta, não tira poesias da cartola
As tira do pensamento, da reflexão,
Da fantasia, sonho, imaginação
E sempre o poeta as tira da cachola

Que a perene e imortal, musa Érato
Com sua inesgotável inspiração
Ajude a construir repleto de emoção
A tela que a seu ver, é fiel retrato !

Porangaba, 10/06/2013 (Dia de Camões)
Armando A. C. Garcia

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Olá pessoal !


Olá pessoal !

Olá pessoal ! Desculpem minha ausência
Sérios problemas tiraram-me a paciência
E sem ela, sem paz de espírito, impossível
Aspirar a poesia, que no ar paira invisível

Mas aqui estou, novamente, para dar o recado
Que Deus me outorgou liberto do pecado
Para levar até vocês nesta rude poesia
Algo sobre o amor, a verdade e a alegria

E na grandeza sublime de caminhar
Com coração limpo e pulmão cheio de ar
Ter na alma a esperança da Luz maior
Aquela, que eleva o homem ao Criador !

Porangaba, 16/06/2012
Armando A. C. Garcia

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Estigma


Estigma


A vida estigmatizou espírito e matéria
Escabrosos vendavais em desalinho
Dolorosas chagas que levam à*progéria
Inditosas experiências de escarninho


Imenso vazio, pensamentos a vagar
Frivolidades, anseios, emoções
Labirintos invisíveis a pensar
Torvelinhos em todas direções


**Soturnas mágoas, de crises profundas
Abominações, fúrias, e mentiras
Peremptórias, decisivas, rotundas


Feridas que não quer mais questionar
E olvidará enquanto o mundo gira
Se a pobre matéria o permitir pensar.


São Paulo, 12/08/2012
Armando A. C. Garcia

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*fig. Senilidade
**tristes

A dança das águas



A dança das águas


No rumo de nossas vidas
Saltitam emoções, sem par
Algumas, envergonhadas
Mal chegam a despertar

Às pessoas, em nossas vidas
As pudemos igualar
Umas, já nascem vencidas
Outras, para governar

As emoções são sentidas
Como o bolero das águas
Umas rolam na descida
Outras, remanso das tabuas

São Paulo, 18/01/2013
Armando A. C. Garcia

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Maldito ciúme


Maldito ciúme


O sangue na veia a crepitar raivoso
No peito o coração descompassado
Arfava em delírios os ares ansioso
Com o orgulho ferido e alquebrado

Sua alma cansada de sofrer curvada
No mar de angústias, de martírios tantos
Pranto que a desventura duplicada
Ávida lhe trouxe num infinito manto

O ciúme, monstro negro que traz crueza
A desgraça, a desventura o desamor
No espaldar das forças da natureza
De braços cruzados ostenta o furor

Que vai ruminando a mente, a razão
Profunda, gigante a mágoa que cria
O inferno em brasa em seu coração
É presa do abutre que o demônio envia

Num instante não lembra, no outro desperta
Abismos sombrios rondam-lhe a mente
A porta principal, deixou entreaberta
Passa horas cismando inconveniente

Traçando planos, conjecturando maldade
Se os seus sentimentos não puder refrear
Certamente cairá na criminalidade
O amor que sentiu, hoje é ódio a açoitar

E do profundo *pélago que a ira expele
Sangrento cotejo a vingança atiça
Empunha o revolver, aponta pra ele
Fechou-se a cortina, caiu a premissa.
- Abismo
São Paulo, 09/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Senhores Políticos


Senhores Políticos


Vós que tendes na mão o destino da nação
Acordai, não durmam no ninho da esperança
A senda é tortuosa e a viagem trabalhosa
Cuidais ver a luz, vossa cegueira em vão
Falta-vos a terra sob os pés e confiança
Para fazer esta nação, mais grandiosa


Irmãos do norte vitimados pela seca
Outros no sul, massacrados futilmente
Caindo ao chão, pela mão da crueldade
O tenebroso véu do mal, corre ceca e meca
E vós, que poderíeis conter essa corrente
Deixais aumentá-la pela impunidade.


O fogo que abrasa, o nordeste dizima
Pela incúria nas obras interminadas
Os canais do velho Chico adormecidos
Aos pés da seca, rio abaixo, rio acima
Fruto de negras ilusões inexplicadas
Mistérios não revelados e conhecidos


O nordeste segue a viagem dos desertos
Na senda tortuosa do árido chão em fogo
Apenas cáctus sobrevivem à cálida seca
Os gados morrem, da fome não são libertos
Inanimados, sem água e alimento, mais logo
Não haverá sequer uma rés no sertão do jeca


Ao invés de ser perdida inutilmente
A esperança desse povo nordestino
Velho conto dos canais do São Francisco,
Fazei correr água no árido chão. Ó gente !
Haverá sombras de arvoredo, novo destino
E de novo o gado voltará ao aprisco !


No sul é preciso acabar com a bandidagem
Que tornou-se um poder paralelo ao estado
Fazendo justiça de verdade e não lorota.
Diz que se condena, pura libertinagem
Sem cumprir a pena, decreto negado
E a impunidade gera novo pecado.


Que do sangue pelas ruas, em vão espalhado
Não fique impune, o que o pranto derramou
Os parentes das vítimas vertem lágrimas
Que o olho humano não se ofusque ao lado
E seja firme para com o degenerado
Pelo seu destempero nas horas *agrimas


Ele não tem a menor comiseração
Com a vítima que teve o azar de com ele cruzar
E expelindo sua raiva, seu ódio e rancor
No seio de sua ignorância indomável
Torna-se bruto capaz de sua mãe matar
Justiça! É o termo certo ao desamor !

Está em vossas mãos o povo fazer-se ouvir
Seu clamor nas ruas bem o demonstrou
Quebre-se a fronte, sem que caia o homem
Tendes a lei em vossas mãos, podeis bulir
A inércia far-vos-á retrato que sobrou
Duma nação que os políticos consomem.

•Ódio; raiva
Porangaba, 18/08/2013
Armando A. C. Garcia


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Sem confins


Sem confins...


Alguns, põem tanta avidez no que desejam
Que pisoteiam em gente, como num lagar
Se pisoteiam as uvas, para fazer o vinho.
Sua ostentação demonstra que ensejam
Ser a peça principal em qualquer lugar,
Não importa se o ser humano é capachinho


É a total ausência objetiva do direito
É o obter, por finalidade um resultado
Que satisfaça suas aspirações, seus fins
Mesmo que redundem, pra outros em mal feito
Seus interesses inconfessáveis, de outro lado,
São indiferentes, em sua ânsia sem confins.

São Paulo, 24/08/2012
Armando A. C. Garcia
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Na volúpia do pecado


Na volúpia do pecado

Sua alma amortalhada
Nas teias do triste fado
Corre sangue na parada
Da volúpia do pecado

Não enxergava a verdade
Nem via nisso maldade
Agora... tem piedade
Das coisas da tenra idade

Caminhou sem ver a luz
Nas arenas do destino.
Perdoa-lhe o Bom Jesus
Todo aquele desatino

Cantando o fado levou
Sua vida sem velar
Nem por amor me casou
Junto à pedra do altar

C’ as guitarras trinando
Os dias foram passando
Com eles os anos a fio
Nas cordas do seu desvio

Neste livre pensamento
Trina nele, o seu lamento
Que envenenar persiste
O algo bom, qu’inda existe

Neste louco desatino
Carga do próprio destino.
Pergunto qual a razão
De falta de comiseração

Para quem sofre na vida
Dor atroz, da despedida
Suspirando nos anais
Tormentos tão desiguais

Com sua alma sentida
Pelos agrores da partida
Num sentimento tão triste
Da dor que na alma existe

Num sentimento ignoto
Na escala dum terremoto
Elevado ao grau maior
O estrago; é superior !

Vejam o estrago que faz
Nem há amor, nem há paz
Se a volúpia exagerada
Por bem, não for dominada

E se ainda for capaz
Do tombo que o compraz
De erguer a fronte à vida
Terá a alma evoluída !

Entretanto, se assim não for
Pode esperar o pior
Será do fado, a vítima
A recompensa legítima.

São Paulo, 07/10/2013
Armando A. C. Garcia

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A Salvação


A Salvação !


Tatue em sua alma e coração.
O nome santo e sagrado de Deus
Não seja semelhante aos fariseus,
Que criam vir da lei a salvação

Sua redenção, está na comunhão
Com Deus. Porque só ele tem o poder
De abrandar e aplacar nosso coração
Quando cansado e prestes a esmorecer.

Na justiça de Deus, não há distinção
Ele, lê em nossa alma e no coração
Nossa fé, nosso mérito, nossas obras

Não sejamos nós iguais aos fariseus
Rendamo-nos sempre à gloria de Deus
Só assim, obteremos a salvação !

São Paulo, 21/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Delindo tua fúria (soneto)


Delindo tua fúria


*Delindo a rigidez da tua fúria
Abrandando o ânimo de tua exaltação
Dilui a discórdia sem causar injúria
Por fim beijei tua alma e coração

Cuidando melhorar-te mais, ainda
Fingi, não ouvir tuas imprecações
Se caminhasses nessa saga infinda
Despida de esperança, sem emoções

Certamente, cairias no abismo
Exaurida, seca completamente
Na tendência do totalitarismo

Hoje, vejo-te suavizada, moderada
És outra pessoa, vives contente
Diferente da mulher obstinada

•apagar;desvanecer
Porangaba, 27/04/2013
Armando A. C. Garcia

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Esboço duma reflexão


Esboço duma reflexão

I

Há quem não ache bem que o satisfaça
E percorra infeliz o mundo afora
Encontra o ludíbrio e a desgraça
E por cada lugar que passa, chora.

Foi vendo um agricultor venturoso;
Que perguntou a razão dessa alegria
Voltando-se, respondeu todo orgulhoso
Planto, semeio e crio, todo o dia

Ao contrário de você, que nada faz
Nem vê florescer a natureza
Por isso, ignora dela a sua paz

Se exaspera nos meandros da tristeza
Ao invés de como eu, contemplar os céus
Olhar a imensidão deste mundo de Deus !

II

Foi refletindo nas rudes palavras
Do venturoso matuto camponês,
Que, o finório filosofar deu abas
A elucidar a cega ambição de vez

E de um sujeito rude, ignorante
Recebeu ensinamentos de valor
Despertando sua alma dissonante
Volveu o olhar ao grande Criador

A ingrata e dura vida que levava
Passou a ser gratidão e brandura
Vendo a felicidade e a formosura

Nos lugares que anteriormente
O enfadavam de tédio e fastio
Passando a viver feliz e contente !

Porangaba, 07/04/2013
Armando A. C. Garcia
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O Perdão


O Perdão

Perdoai-os Pai, não sabem o que fazem
Assim disse Jesus na hora d’agonia
Aos que ódio no coração carregam
Lembrem as palavras de seu último dia

É mais suave buscar a paz do amor
Do que opróbrio injusto carregar
Dilapidando a luz interior
Não deixas a ferida cicatrizar

Vence com compaixão e inteligência
As agruras de teu próprio coração
Percebe que a escolha está no perdão

Assim como Jesus na agonia da cruz
Pediu por aqueles que não tinham luz
Não cultives tu, a intolerância .

São Paulo, 30/08/2013
Armando A. C. Garcia

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Arrependida ! (soneto)


Arrependida ! (soneto)


Era ela a mais fabulosa das mulheres
Aquela que ele elegeu p’ra toda a vida
Trocou-o. Não soube cumprir com seus deveres
Hoje. Chora no silencio arrependida !

Tanto quanto a alma humana pode amar
Amava-a, com suas forças e afeição
Sobre ele, a vileza a desonrar
Não teve valia o amor no coração

Nela o mal se afina em sonhos vis
Em escaldada fantasia sem sentido
E dos afagos que julgava tão gentis

Conhece agora, tormento consentido
E se algum merecimento de quem a quis
Hoje vê, quão louco intento descabido !

São Paulo, 05/03/2009 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Em Cada Hora Vivida


Em Cada Hora Vivida

Haja profusão em cada hora vivida,
De alegria, felicidade e amor
Não faças mera ilusão da vida
Ela é sempre o momento promissor

O grande instante, o Oriente
O rumo certo, a medida exata
Entre o bem e o mal é o quociente
De onde nós emergimos à oblata

No pedestal da fria natureza
Impassível não podes ficar tu
A vida é p'ra ser cultuada com beleza
E ser repleta de amor, a olho nu

No crepúsculo da vida, na solidão
Deixa que te visite a felicidade
Busca outros ares para teu coração
Encontrarás na pérola da saudade

Algo que reconforte o teu sonho
Na transparência da imaginação
Não o deixes morrer, é medonho
O pranto do desencanto sem paixão

São Paulo, 23/02/2010
Armando A. C. Garcia

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Meu Anjo !


Meu Anjo !


Foi Deus que pôs você no meu caminho
Qual fogo que inflama a lenha e me aquece
Sublime tua guarda e teu carinho
Tua mão me susteve e me engrandece

Alargaste horizontes em minha mente
Que alegraram meu coração e minha vida
Meu Anjo, honra-me eternamente
Não deixes que eu me curve à fantasia

Guia-me a verdes pastos e águas mansas
Onde habitarei na casa do Senhor
Cantarei louvores de amor e esperança
À glória de Deus, ao Grande Criador

Escuta minha voz, ouve meu clamor
Livra-me de abismos e de injustiças
Meu Anjo, intercede ao teu Senhor
Que afaste de mim invejas e cobiças

Minha alma se sustenta em ti, ó Deus!
Tu és meu Rei, a Glória, a Majestade
Meu refúgio, a fortaleza nos céus
A mansidão, a justiça e a verdade

Tu, que criaste a terra, o céu e o mar
Deus poderoso de perfeição e amor
Não deixes nunca a esperança acabar
No que crê, com pensamento interior

E confia na tua misericórdia
E em tua glória sobre toda a terra
Afasta-o da víbora da discórdia
Tu, és a esperança que sua alma encerra

Bendito sejas, ó Anjo que iluminas
Meus passos nas sendas desta vida
Bendito sejas, ó Anjo que me ensinas
A abrir o coração e dar guarida.

São Paulo, 15/09/2008
Armando A. C. Garcia

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Tapar o Sol com a peneira


Tapar o Sol com a peneira

Salvo o devido respeito, por melhor opinião.
A manifestação de dona Dilma, a presidente,
De plebiscito, pra alterar a constituição
Afasta-se daquilo que o povo quer e sent

Ao aventar por ampla reforma política
Tira do pensamento almejado a esperança
Do povo, qu’numa situação demasiado crítica
Clama por saúde, educação e segurança !

Qual estorvo, o aventado à circunstância
Assemelha-se a uma barreira à pretensão
Do clamor expressado com jactância
Nas ruas de todas às cidades desta nação

Clamou por justiça, saúde e educação
O grito de alerta deste povo Brasileiro,
Por Segurança e um fim à corrupção
Não foi de reforma política, mensageiro

A cidadania é direito de grande dimensão
Atualmente muito, muito mal representada
O povo saiu à rua desta grande nação
Para clamar pelo justo e o conforme à lei

Vez que seus representantes quedam-se inertes
Vendo o povo, sem as básicas necessidades
Sendo vilipendiado, dizimado até por pivetes
Nada lhes acontece, em razão de poucas idades

Gastam-se milhões em estádios de futebol
Há falta de escolas, de hospitais, de segurança
O povo cansado, saiu às ruas no semancol
Protestando e enfrentando a polícia à lança

Exigindo maiores rigores na apuração
Dos recursos públicos, face à malversação
Do descaminho, do peculato, e da inação
Em que parece adormecida a elite da nação .

Ouçam pois, senhores deputados e senadores
A voz do povo que clama por seus pétreos direitos
Não tolham, e nem bloqueiem seus clamores
Pois além das circunstâncias, são seus eleitores !

A insatisfação, gera dúvida, desconfiança
Mostrem a garra do futebol na chefia da nação
O povo clama, e a voz do povo é de esperança,
Esperança que se traduza em vossa compreensão

Que não fique no tinteiro, como ficou o mensalão
Que julgado pelo Supremo, a ele mesmo recorreu
O que significa que nem ele tem poder de decisão.
Que país é este, se tudo nele, parece que feneceu!

Porangaba, 25/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Aos lábios de alguém


Aos lábios de alguém

Todas as esperanças esvaecidas
Até aquela que não vê e só se sente
A alma cansada de sofrer. Ausente
A chama do amor, pretensões vencidas

Amargo destino de quem sou refém
Não basta o pranto que a alma enluta
No mar de angústias, estranha conduta
Me arrasta a tropel, aos lábios de alguém

Alguém que não quer, por medo ou anseio
Saciar minha sede, amor, vem ser minha
Amar-me incondicionalmente sem receio

Unindo aos meus, teus dias de amor
Não negues a sorte, não sejas mesquinha
Se perco o alento, eu morro de dor !

São Paulo, 18/02/2013
Armando A. C. Garcia
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Esvoaçando pensamentos


Esvoaçando pensamentos !

Esvoaçando pensamentos
Pra alma, abri as janelas
Recordei felizes momentos
E as facetas mais singelas

O tempo passa ligeiro
Nossa vida o acompanha
Molda o ferro o ferreiro
O tempo ninguém barganha

Colhemos as consequências
Dos dias que nós cruzamos
Mudamos as aparências,
Quanto mais velhos ficamos

Nossas paixões são vontades
Que logo o tempo esfumaça
Os dias são tão vorazes,
Mal se dá conta, ele passa.

É de curta duração
O tempo da mocidade,
Vem, a semi escravidão
Pra labutar à vontade.

Labuta-se a vida inteira
Para se aposentar
O soldo, dá tremedeira
A velhice é de lascar

Esta é a derradeira
Paga, que nos dá tédio
Esta paga é tão fuleira
Que mal dá para o remédio !

Porangaba, 25/11/2012
Armando A. C. Garcia
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O que restou


...O que restou!


Ser-te-á na alma um novo horizonte
Substância do ontem e do amanhã
Alheia, enfraquecida, outrora sã
Foi o que sobrou da tua linda fronte

É o resto da carcaça envelhecida
Tão velha, como o nada que sobrou
É o tempo a conspirar; eis que ganhou
Na batalha que tecemos pela vida !

E no segredo de seu manto nos envolve
E com dardo oculto aniquila nossas veias

É o *Hades a interpor-se no caminho

Esvaziando sem nuances nossos dias
Nas formas e no contraste em desalinho
E... sem ele o coração nada resolve !

*na mitologia grega, é o deus do mundo inferior e dos mortos

São Paulo, 19/05/2013
Armando A. C. Garcia

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A Menor Idade Penal


A Menor Idade Penal


Se o menor de idade tem discernimento
Aos dezesseis anos, para decidir eleição
Na escolha do mais alto chefe da nação
Não terá, para seus atos, o mesmo entendimento?

Se assim não for, quero crer que deputados
Senadores e até mesmo nosso presidente
Não podem considerar legítimos dessa gente
Os votos que por eles foram sufragados

Presume-se insensata conquista política
Que só absorve do menor, o que lhe interessa
Incutindo ideais em sua cabeça
Para depois, do mesmo inda fazer crítica

O menor aos dezesseis anos está maduro
Mais do que antigamente aos vinte e um
É que a televisão, a internet e o cartum
Despertaram o menor de antes inseguro

Não se diga que não têm conhecimento
Muito menos critério, tino, juízo
Senão quem fica é você no prejuízo
Pois talvez tenha menos discernimento

Quantos deles aos dezesseis anos são pais
Morando na companhia de mulheres
Assumindo de verdade os seus deveres
Enquanto outros por caminhos desiguais

Envoltos na crista do crime e na droga
Roubando e matando impiedosamente
Ainda troçam na TV acintosamente
Rindo das façanhas e de tal se esnoba

Tem ainda quem defenda suas proezas
Indecorosas, cruéis e insublimadas
Até que um dia sejam por eles vitimadas
Quando passarão a condená-los, com certeza

A lei protege o menor com a impunidade
Por isso ele rouba e mata celeremente
Sabe que não vai pagar, a lei é benevolente
É considerado infrator, pela menoridade

Assim, não se compraz só em roubar objetos
Para sua auto afirmação; rouba a vida
Da vítima do roubo, para logo em seguida
Adquirir o craque imundo e abjeto

Aquele que o leva a cometer novos crimes
Podendo estuprar, traficar e roubar
Sua conduta, a lei não a vai parar
E ele, ciente da impunidade, joga no time

O time da maldade, da perversidade
Onde o ódio o impele à execração
Ao rancor, à violência, e à aversão
Animosidade que define a crueldade

Mata, como se abate uma rês e dá risada
Pela ciência que tem da impunidade
O Congresso nada faz pra mudar a idade
Idade penal que só no Brasil é avançada

Vejamos o que ocorre ao redor do mundo
Sobre a ótica da ilicitude do menor de idade
Aos quinze na Dinamarca paga incivilidade
Menos um, Itália e Alemanha, prendem imundo

Aos treze na França sofre a imputabilidade
Na Holanda e Escócia com doze é punido
Na Inglaterra, aos dez, também, não é excluído
Nos Estados Unidos entre seis e doze anos

Veja o Mapa Múndi anexo:

América do Norte

- Estados Unidos – entre 6 e
18 anos, conforme legislação
Estadual.
- México -11 e 12 anos, na
maioria dos estados


África


- África do Sul – 7 anos
- Argélia – 13 anos
- Egito – 15 anos
- Etiópia – 9 anos
- Marrocos – 12 anos
- Nigéria – 7 anos
- Quênia – 8 anos
- Sudão – 7 anos
- Tanzânia – 7 anos
- Uganda – 12 anos-

Àsia

- Bangladesh – 7 anos
- China – 14
- Coréia do Sul – 12 anos
- Filipinas – 9 anos
- Índia – 7 anos
- Indonésia – 8 anos
- Japão- 14 anos
- Myanmar – 7 anos
- Nepal - -10 anos
- Paquistão – 7 anos
- Tailândia – 7anos
- Uzbequistão – 13 anos
- Vietnã – 14 anos

América do Sul

- Argentina – 14 anos
- Brasil – 18 anos
- Chile- 16 anos
- Colômbia – 18 anos
- Peru – 18 anos


Europa

-Alemanha - 14 anos
-Dinamarca – 15 anos
-Finlândia – 15 anos
-França – 13 anos
-Itália 14 anos
- Noruega – 15 anos
- Escócia – 8 anos
- Inglaterra -10 anos
- Suécia – 15 anos
- Ucrânia – 10 anos

Como se vê, só parcialmente na América do Sul
A menor idade penal ocorre aos dezoito anos
Parece que estamos no país dos desenganos
Incapazes de arcar o fato neste país taful

Deixo a vocês leitores o sofrido arremate
Nós somos eleitores, sem representação
Sei que é difícil a prudente conclusão
Nossa delegação de poderes, foi um disparate !

São Paulo, 14/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Coração sem Juízo !


Coração sem Juízo !...

Não culpes minha alma... se o coração
Não tem juízo. Nem mesmo, ponderação
E a cada paixão se envolve cobiçoso
Jurando não mais ser tão pretensioso

Na fronde das árvores oculto os segredos
Das minhas entranhas; aboli os medos
A névoa esfuma e com as nuvens conspira
Tresloucado coração, novo amor suspira

Volúpias almiscaradas em profusões
Ungidas de metáforas e de carinhos
O envolvem em inefáveis turbilhões

Restando apenas a trilha dos caminhos
Interlúdio entre o sossego e as paixões
Nas sendas matinais dos passarinhos

São Paulo, 11/05/2009
Armando A. C. Garcia

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Os cabras da peste


Os cabras da peste !


Precisamos mostrar ao mundo
O desconsolo profundo
Deste povo sofredor
Que tem por pai, Nosso Senhor

Falta água no nordeste
O gado morre de sede
Enquanto o cabra da peste
Ar condicionado e rede

O dinheirão que se gasta
Sem utilidade alguma,
Pois nada que satisfaça
Para o povo ele arruma

Mentiram tanto e quanto
Do quanto, nada fizeram
Os que mentem, mentem tanto
Que da mentira, se esqueceram

Verdadeiro estelionato
Em cada eleição praticado
Repetem o mesmo ato
De *focinho deslavado

Peçamos ao Senhor do Bonfim
Que esclareça nossa mente
- É força chegar ao fim
Rejeitando essa gente !

•No Aurélio: pop. rosto do homem; face; cara

São Paulo, 20/05/2013
Armando A. C. Garcia
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Espuma de Cristal


Espuma de Cristal

Quero sentir do teu corpo o veludo
Carpir desejos de todos sonhos meus
Quero sentir o roçar dos seios teus
Persuasão que alivia o conteúdo

Fino cristal a tilintar em meus dedos
Espuma que o mar lança à areia da praia
Quero-te desnudar, sem blusa, sem saia
Mesmo que tenha de subir serras ou penedos

E, se a razão do amor em tal consente
Quero-te, alegre e jovial, não descontente
Junto a mim, na vida e na eternidade

Pois és tu, a alma gêmea que invade
Meus pensamentos desde a tenra idade
E por isso, amar-te-ei, eternamente.

São Paulo, 21/07/2011
Armando A. C. Garcia

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Me desnuda


Me desnuda !...

O teu lado imaginário
Me desnuda, certamente
Mas neste meu santuário
Se for prudente, não tente

Tua pérfida cilada
Pro meu lado não deu sorte
Foi uma singela piada
De tempero muito forte

A âncora podes levantar
Para aportar noutro porto.
Neste, não adianta tentar
Coração por ti está morto

Do outro lado do atlântico
Quem sabe pode morar
Um coração romântico
Que poderá te aceitar

E, se tal não ocorrer,
Percorre mundos sem fim.
Para me dares o prazer
De não te lembrares de mim.

São Paulo, 04/12/2012
Armando A. C. Garcia

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Pobre dignidade (soneto)


Pobre dignidade (soneto)


Se em cada ser houvesse compreensão
Houvesse amor, respeito, educação
Afastar-se-ia do mundo a maldade
Cada um podia ter privacidade

O ignóbil e pútrido comportamento
De quem roubar e matar, tem no intento
Fica à margem da solidariedade
Que deveria unir a todos na amizade

Mergulhados na injustiça e devassidão
Executores na senda da humanidade
Na morte, vão trilhando a crueldade

Levianamente e sem explicação
Indiferentes à verdade e à razão.
- Expostos ao terror de sua rebelião !


Porangaba, 04/12/2012
Armando A. C. Garcia


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Cinqüenta anos depois !


Cinqüenta anos depois !...

Vês agora tu a dor da minha desventura
Alma sedenta de amor de tempos idos
Sabor deste momento perdido nos anos
À mercê do despojo de tantos desenganos
Esperanças fugazes em prantos carpidos
Propenso ao amor, ávido de ternura

O tempo tirano, o amor adormece
Quem sóis vós de dons encantadores
Que a paz me tirais, regendo meu fado
Fulminante dor, estímulo tocado
Num gesto amado, dulcíssimos favores
Junta os pedaços de meu coração e tece

Cinqüenta anos de sonhos e clamores
Ouve a cruel incerteza da saudade
Que a dor profunda a delirar obriga
Suspiro há tanto tempo, coisa antiga
Desde os primórdios da minha mocidade
Fartando meu coração de dissabores

Em sonho fascinante teu amor mantive
Não há poder no mundo, que mude a sorte
Pouco a pouco o Ser sucumbe à natureza
Se teu regresso aponta, sou tua presa
Dar-te-ei mil beijos, num abraço forte
Amostra dos desejos que por anos tive

Se tudo não passou de um sonho lindo
Quem sóis vós que meus sonhos dominais
E dais alegria a um feliz momento
Acendeis de vivas cores vasto pensamento
No mais sensível dos amantes geniais
Em doce encanto, que ao despertar é findo!

São Paulo, 03/01/2006
Armando A. C. Garcia

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O teólogo


O teólogo

O teólogo, nas relações com o mundo
Esqueceu dos ensinamentos de Jesus
Enveredou por caminho jucundo
Posto que, não era dele aquela cruz

Dos textos sagrados, não fez bom uso
Seus atributos ultrajaram os céus
Achou demasiado prolixo e difuso
O contexto da palavra de Deus

Assim, em louco intento, como ímpio
Começou a descrer da divindade
E a explorar o nome da cristandade

Em almas ingênuas em busca do olimpo.
Mapeou os céus, o vendeu em lotes
E assim, foi enchendo os negros potes !

Porangaba, 06/04/2013
Armando A. C. Garcia

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Troca-se



Troca-se

Troca-se o bem pelo mal
O vero, pelo irreal
O vício, pela saúde
Mesmo que leve ao ataúde


Troca-se Deus, por satanás
Tem gente que até é capaz
De sua família trocar
Se o dinheiro apontar


Troca-se a vida do campo
Pela do agitado trampo
Numa cidade qualquer
Com poluição pra valer


A razão, pela mentira
E do mundo, ninguém tira
O poder da trocação
Até amor, pela ilusão


Troca-se tudo na vida
Só depende da ocasião
Se a troca é necessária
Seja nobre, não falsária


Na inversão dos valores
Trocam-se bons, pelos piores
Num clima de louvação
Com jeitinho de salão


Trocam-se homens de brio
Por palavras, de um vazio
Sem semente e, nada mais
É barco, parado no cais


Troca-se pura alquimia
Onde reina a harmonia
A calma e a oração
Pela reles imprecação


A sagrada natureza
Com toda sua pureza
Pela vida cosmopolita
Onde tudo se agita


Troca-se o amor, pelo ódio
Centeio, pelo serôdio
Troca-se o céu, pelo inferno
O verão pelo inverno


A verdade, por fingimento
O amor, pelo esquecimento
A sorte, pela desventura
O certo, pela aventura


A face da liberdade
Pela da totalidade
De regimes de desdita
Onde o povo geme e grita


Troca-se a paz, pela guerra
A floresta, pela serra
O justo, pelo injusto
O novo, pelo vetusto


Troca-se tudo na vida
E a cada nova investida
A troca é defendida
E a troca, troca, é mantida...


Porangaba, 19/08/2012
Armando A. C. Garcia

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Como Ser Feliz


Como Ser Feliz !

Sinta o gosto de viver feliz
Sentindo na alma a alegria
Crie em si, como a flor a raiz
E admire os momentos de cada dia

Após a chuva, sinta o cheiro da terra
À noite ao *ciciar palavras de amor
Contemple as estrelas que o céu encerra
Verás nelas a mão do Criador

Sinta a felicidade em todos os momentos
Tanto ao pisares na areia da praia
Como ao pisar em lodos purulentos
Aprecie o sol, olhe como ele raia

Deixe renascer no seu coração
A esperança de ser feliz a cada dia
Nas coisas mais singelas a emoção
Sentirá que a paz nunca é demasia

Aceitando em si o nascer do sol
A cada dia que passa a alegria
Brilhará tal puro ouro no **crisol
E verá que o mundo não é fantasia

Sinta em cada momento a mão de Deus
E eleve aos céus uma prece fervorosa
Se há espinhos na vida, até a rosa
Os tem, e é a flor da vida e do adeus !

- Sussurrar; dizer em voz baixa
** Cadinho onde se apura o ouro: fig. onde se apuram sentimentos

São Paulo, 14/02/2013
Armando A. C. Garcia
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Das arestas das penhas


Das arestas das penhas


Nas tuas fantasias suspirando
Caminhei pela estrada soluçando
Das arestas das penhas escarpadas
Rolei as dores das tuas punhaladas

Movendo folhas dos dias expirados
Senti-me como barcos arrastados
E sem rumo na imensidão do mar
No influxo das marés sob o luar

Quebrantado pelo amor fantasia
Rebentam aflições no peito duro
Tantas que, do *acerbo sofrer **conjuro

Dia ou noite, no peito as trancaria
Fugindo para sempre no escuro
Ao invés de ficar em cima do muro !

*amargo
** esconjurar
São Paulo, 03/04/2013
Armando A. C. Garcia

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Horas agrimas


Horas agrimas

Sua alma está triste,
O coração, cheio de dor
Se a felicidade existe
Não foi em seu amor

Seu coração verte lágrimas
Não só p'la desunião
Mas pelas horas *agrimas
Após a separação

Ferido o íntimo sentimento
Com a alma esfacelada
A vida é um tormento
Felicidade, uma piada

Sua alma, cismou dela
Cismou o seu coração
Quebrou-se o encanto por ela
Desabou sua ilusão

Já debilitado sentiu
Os passos ferais da morte
Na aflição que surgiu
No ludíbrio da sorte

A custo exprime o que sente
Inóspita praia adentrou
Cruéis vagas ele pressente
Sem ela nos braços ... chorou !
* ódio; raiva

II


Sua alma verteu prantos,
Lágrimas de muita dor,
Derramados eram tantos
Quão grande foi o amor

Toda chama foi apagada
Na taça da desventura
Tem outro amor na parada
Hoje. É, de outra criatura

Nos braços de outro, talvez
Sossegue o seu coração
Que não teve a altivez
De cumprir sua missão

Erguendo os olhos aos céus
Procura apagar sua imagem
Domar os instintos seus
Difícil como um selvagem

Procura embalde esquecer
O mar em que se perdeu
Deste modo, melhor morrer
Já que a derrota venceu

Abismo profundo e insano
Que abala os céus e a mente
Só um esforço inumano
A tal ofensa consente !


São Paulo, 08/02/2013
Armando A. C. Garcia
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Conflitos


Conflitos,

Há conflitos em todos os setores
Uns são pequenos, outros, são maiores
Surgem do choque entre intenções opostas
Nem sempre podemos virar as costas

Nossas vidas, estão repletas deles
Das opiniões calorosas, às reles
Alguns são salutares, outros mesquinhos
Difícil, desviá-los dos caminhos

Há os de consciência, os de moral
Os de amor, os de cunho emocional
E os de interesse do protagonista
Que nos conflitos da vida é artista.

Há conflitos entre religiões
Conflitos entre povos e nações
Entre tendências e opiniões
Entre vizinhos, e as novas gerações

Na família, entre filhos e pais
Conflitos nos namoros, nos casais
Temo-los até entre os animais.
A exceção. Os paramos celestiais!

Porangaba, 27/03/2013
Armando A. C. Garcia

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Embriagada de dor !


Embriagada de dor !

Embriagada de dor !
Minha alma tão sofrida
Qual esboço de pintor
Marcou a minha partida

Algo profundo e tão belo
Emoção que desconheces
No imaginário castelo
Que deu azo a tuas preces

Incapaz de amar o sonho ...
A teu pesar... fugaz luxuria
Talvez um temor medonho
Próprio de tua *melúria

Manejaste a lei da sorte
Lá nos campos de Cúpido
Jogaste a minha na morte
Sem ao amor dar ouvido

Deste horror eu tenho pena
À que, **louçã me parecia
Triste ilusão, triste cena
Foi um sonho, fantasia

Esperança abandonada
Cruel arma do destino
Onde o peito e alma brada
E a fronte, ao fado inclino !

São Paulo, 04/03/2009
Armando A. C. Garcia

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* Pessoa dissimulada
** Graciosa, gentil

Incoerência


Incoerência


Nos fracos por natureza, o mundo pisa
Com a soberba dos loucos desvarios
Como oceano que engole os grandes rios
Visão da fantasia sórdida, concisa

Nesta luta desigual que aqui se trava
Onde os fortes a pisar acostumados
Por vencidos, jamais serão tratados
Já que a fraqueza dos fracos se agrava

Suas prioridades, são sempre as derradeiras
Mal nutrido do alimento necessário
O fraco é fraco até na indumentária

Morre na vida prestando vassalagem
Omitindo coragem, porque não a tem
Desfalecido em desânimo, omissão verdadeira.

Porangaba, 15/09/2012
Armando A. C. Garcia

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Glorioso Sol


Glorioso Sol

Ó linda estrela que fulguras
No grande infinito sem fim
Cedes luz às noites escuras
De dia, iluminas o jardim

Tu, és uma estrela que brilha
Num intenso clarão fecundo
Com milhões de anos tua trilha,
Fascina natureza e mundo.

Dás vida aos prados e às flores
Despertas a vida na terra.
As aves gorjeiam, e dás cores
Às sebes e às matas da serra

No pomar, a fruta amadura
Quando no horizonte te elevas
A natureza canta a fartura
Mal teus raios rasgam as trevas

A vida, a cada nova aurora,
Renasce cheia de esperança
Tu, és a vida que aflora
Do mundo, alegria e pujança

Ó, glorioso Sol desta vida
Que a deslumbras e aqueces
Que jamais seja enfraquecida
A nobre luz, que nos ofereces

São Paulo, 19/07/2013
Armando A. C. Garcia

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Mente nefelibata


Mente nefelibata

*Nefelibata ficou a minha mente
Não perdida em sonhos, mas acordada
Inexpressável a tragédia de repente
Com a sentença a casa foi-me sequestrada

Na solidão sofro, o amargor da sombra
Que escureceu de linhas funéreas
E na realidade me prostra qual **lombra
Farpeado que fui na decisão ***vipéria

Que tirou de mim um bem que a duras penas
Construí, e tijolo por tijolo foi regado
Com sacrifício. E ele, tocava sua ****avena

Em místico sonho, de um sonhar safado
Em que espera qual felino sua presa
Pra dar o bote, quando não é esperado.

São Paulo, 04/09/2012
Armando A. C. Garcia

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- Quem vive nas nuvens
**efeito do uso da maconha
***venenosa; peçonhenta
**** flauta pastoril

Em breve darei nome aos bois.

Tigela de sopa


Tigela de sopa !...

Uns olhos que sonham
Como qualquer criança
Que entristecem e anojam
À falta de confiança

Uma sopa na tigela
Almoço que dá fastio
Refeição tão singela
Deixa o estômago vazio

Imaginar melhores dias
É o sonho dessa menina
Que aspira melhorias
No rumo de sua sina

Se a vida é feita de sombras
De luzes é feita, também
Dificuldade não a assombra
Tem o carinho da mãe

Tem esperança no futuro
Um dia será alguém
Se o dia hoje é escuro
Amanhã o sol... já vem

A ressonância que projeta
A singularidade do olhar
Deixa minha alma inquieta
Ao ver a criança penar !

Quanta dor, quanta aflição
Na aspiração dum desejo
Que faz doer o coração
A quem almeja um ensejo

São Paulo, 21/11/2012
Armando A. C. Garcia

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Rua da Costanilha - Miranda do Douro - Portugal


Rua da Costanilha

Miranda do Douro - Portugal

Saudosa rua da Costanilha
Das quatro esquinas centrais
Onde se reunia a *matilha
Pra conversar dos demais

Como nos arcos da praça
Debaixo dos temporais.
Tudo tinha sua graça
Até mesmo, nos cabanais

Outras vezes nas adegas
Tomando uns copos de vinho
Quando não, lá nas bodegas
Com um naco de toucinho

Eram de grande alegria
As nossas conversações
Quando terminava o dia
Fazíamos nossos serões

Caminhando até à terronha
Ou até, atrás do castelo
Numa conversa bisonha
Nosso mundo era singelo

Passeando nas muralhas
Ou mesmo no adro da sé
Ouvir o grasnar das gralhas
Depois de tomar um café

Passear pelas arribas
Vendo o Douro sinuoso
Entre alecrins e urtigas
Corria o tempo ditoso

Lá não existia maldade
Éramos todos amigos
Feliz, nossa mocidade
Hoje, são tempos antigos

Não havia televisão
Internet, nem pensar
Mas não nos faltava o pão
Nem estórias pra contar

Era o rádio o portador
Das notícias populares
Um telefone ao dispor
De manivela singular

No dia da consoada
Saíamos igual mateiros
Cortar a lenha à machada
Para acender a fogueira

Os carros de bois chiando
Sob o peso da carrada,
A malta toda gritando
Não tinha medo de nada

Tempos que não voltam mais
A vida era diferente
Hoje internet e outros tais
Tomam o tempo da gente

A cidade era pacata
Não havia desavenças
Se alguma alma era ingrata
Acertava as diferenças
* fig. malta

São Paulo, 17/09/2013
Armando A. C. Garcia

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Homenagem ao dia do Índio (replay)



Homenagem ao dia do Índio (replay)

Sua identidade perdida,
Suas terras circunscritas
Sem encanto, sua vida
Ao tempo dos Jesuítas.

Sendo o índio guerreiro
Domesticado qual gato
Como um galo no poleiro
É sombra do seu retrato

Numa extensão de elite
Montavam as suas ocas
Quando a caça no limite
Mudavam todas as tocas

Felizes, aqueles nativos,
Cuja terra era só sua
Homens brancos, atrevidos
Na verdade, nua e crua

Tomaram conta das terras
Afastando-os para longe.
Dizimados nessas guerras
Os índios aceitam o monge

Aos poucos catequizados
Da cultura, separados
E, assim, foram dizimados
Cada vez mais empurrados

De seus cantos e encantos
Perdendo a caça e a pesca
A floresta tem seus mantos
Com fontes de água fresca

Dia após dia empurrados
Cada vez para mais longe
Mesmo já catequizados
Passam a duvidar do monge

Esse choque cultural
Prejudicou todas as tribos
Desde a vinda do Cabral
Fizeram do índio um chibo

Os poucos que ainda restam
Perderam a organização
Da raça não manifestam
O senso duma nação

Do jeito que Deus criou
Na santa mãe natureza
Dela o homem te desviou
Devolva-te à singeleza

Nesta homenagem singela
Meu preito e admiração
À nação mais pura e bela
Vítima da espoliação !

São Paulo, 19/04/2012
Armando A. C. Garcia

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Minha casa pobrezinha


Minha casa pobrezinha

A minha casa é singela
Sem vidraça, sem cortina
À noite, à luz da vela
De dia, o sol a ilumina

Num velho fogão de lenha
Preparo as refeições
Ao lado, uma velha penha
Confidente dos serões

É muito simples, tudo ali
Com cheiro de natureza
Na hora de fazer pipi
Banheiro, a redondeza

Tomo banho no riacho
Que passa quase encostado
E, não precisa ser macho
Pra ficar todo pelado

Nem preciso de toalha
Para meu corpo secar
Pois o sol, aqui retalha
Nem dá tempo pra secar

De manhã, os passarinhos
Trinam temas, sem parar
Veja que fazem seus ninhos
Ao lado, em qualquer lugar

Violetas e margaridas
Crescendo em profusão
Ao lado, longas espigas
De trigo e de feijão

Minha casa é pobrezinha
É como o meu coração
Se alguém dela se avizinha
Não sai, sem refeição !

São Paulo, 27/10/2013
Armando A. C. Garcia

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No palco da vida


No palco da vida


Somos atores, representando no palco da vida
Propomo-nos a exercer um determinado papel
Num conflito insolúvel, a vontade é conduzida
Pela força do destino seja acre, ou doce como mel.

A medida do limite entre o ator e homem
Funde-se no mesmo ser da condição humana
De simples mortais iludidos, ou ambiciosos
Ao limite próprio que de cada um emana

Sem adentrar a dimensão do ser divino
Somos protagonistas, em palco fascinante
Com preconceitos a eliminar do mais cretino

Ao mais paradoxal princípio eqüidistante
Que eleva o ser humano à noção de Deus menino
Que há dois mil anos, como nós, foi caminhante !

São Paulo, 13/09/2012
Armando A. C. Garcia

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Um raio de esperança


Um raio de esperança

Tangenciou um raio de esperança
De minha alma ao meu coração
Imerso no perfume da bonança
Sufocado co’a queda e a ascensão

Pensamentos e linguagem ansiosos
Salpicos que a chuva enlameou
Como elfos da lua misteriosos
Que em explosão ao céu se elevou

Titãs divinos, destronando céus
Questionando o espírito humano
Crescem as dúvidas à luz dos olhos meus

Ante o indomável poder dominante
Das ocultas forças deste mundo insano
Como o raio, que cai mais adiante !

São Paulo, 07/08/2013
Armando A. C. Garcia

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A Aflição !


A Aflição !

A aflição é uma chaga que conduz
À intemperança, ao desvio da cruz
Domina o sentimento, absorve a luz
É impacto tenebroso a Jesus !

A aflição é a prostração da alma
Que germinando faz perder a calma
O destempero, entre bom senso e razão
Opressão que se infiltra no coração

A ânsia da indefinição do porvir
Na desesperada busca da razão
Fazem na alma, aflorar aflição

Desejos alucinantes no sentir
Que abafam o estreito pensamento
Tortura, pensar no triste momento !

São Paulo, 01/08/2013
Armando A. C. Garcia

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A semente do amor


A semente do amor...


A felicidade está em nossas mãos
Cumpre-nos apenas limpar o caminho
Plantar na alma a semente do amor
E deixar o coração da cor do arminho

Então, ouçamos a voz do universo
E busquemos na sua sabedoria
A razão de tudo e deste próprio verso
Está nas mãos do Criador, em sua cria

Bem o sei, que nossas ambições são tantas
Necessitamos de muito discernimento
E precisamos de aprendizados quantos

Para que não feneça a brisa e o alvor
Encha nosso coração de conhecimento
Da verdade, da caridade e do amor!

Porangaba, 17/02/2013
Armando A. C. Garcia


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Abissal abismo


Abissal abismo


Começo a pensar neste universo de incertezas
Se devo temer, ainda o abissal abismo
Pois de ver crescer imunidades insanas
Onde campeiam a corrupção e ardilezas
Num surto vertiginoso de amoralismo
Onde políticos do mensalão não tomam canas

Começo a pensar sinceramente que na realidade
O crime neste país compensa realmente
E que essa tal de moralidade em que cresci
É fruto tacanho de ulterior coletividade
Época que a honestidade era certamente
O crivo de honra, e dignidade; que virou xixi !

São Paulo, 01/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Convulsões Nacionais


Convulsões Nacionais

O povo está descontente, enfurecido
Vez que, tudo que lhe foi prometido
Foi-lhe negado pelo legislativo
Que só quer seu voto, seu voto ativo

Em turbas invadem toda nação
Alvoroço, tumulto, confusão
A depredação mostra o descontento
O parco salário, mal dá pro alimento

Consecutivos aumentos de preços
Têm gerado descontento, desapreços
Nosso povo já está desiludido
De tanto discurso, nunca cumprido

Certamente os políticos se esquecem
Promessas, prometidas, esvaecem
Porque uma vez eleitos, são excelências
Nós, pra eles, meramente as excrescências

Soa o grito de espanto e desabafo
A nação se alvoroça, solta o sarrafo
A polícia intervém e mais se agita
O povo pelas ruas clama e grita

O governo faz ouvidos de mercador
Não quer de seu povo ouvir o clamor
Agigantam-se a cada dia passeatas
O povo quer passagem mais baratas

Quer menos corrupção, mais punição
Quer ver punido de verdade o mensalão
Menos gastos, melhoria e prevenção
Na saúde, segurança e educação

Porangaba, 18/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Indômitos sentimentos


Indômitos sentimentos


Como poderei dizer que eu não gosto
Se é audível a paixão que o amor sustenta
A intensidade da chama se alimenta
Do pavio incandescente de seu rosto

Indômitos sentimentos não vencidos
Avolumam-se nas sonhadas esperanças
Como os sonhos ingênuos das crianças
Nos caminhos do destino percorridos

Desse amor que não finda nem termina
A esperança que não morre tal a sina,
Que me prende ao degredo da paixão

Que sina, que eu carrego e me domina
Se a chama desse amor foi toda em vão
Mesmo assim, ele predomina sem razão !

São Paulo, 27/12/2012
Armando A. C. Garcia

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Médicos Cubanos


Médicos Cubanos
Ou implantação da Ideologia Comunista ?

Atenção povo brasileiro...
Eles, começaram a chegar
Para as células comunistas
Em nossa Pátria implantar

A medicina importada
Tem o ranço da ideologia
Comuna voraz malvada
Põe fim à democracia

Idéias revolucionárias
Pra enganar o povo doente
Com suas receituárias
Vão plantando a semente

Fruto do mal, da injustiça
De embusteiros desonestos
A espada, é a ponta da liça
Na peleja, sem contestos

Lutemos pela democracia.
Querem excluir os símbolos
Da fé, que deles se distancia
Pelos das foices e dos martelos

Essa gente mentirosa
Quer assim nos enganar
A história, é rigorosa
Vamos contra eles lutar !

Coragem pra defender
Nossa querida liberdade,
Deixaremos de ser um ser
Pra ser do estado em verdade

Se pensam que falo lorota
Vejam bem que o salário
Desses médicos é uma cota
Paga ao país originário

É dinheiro governamental
Eles, são propriedade do estado
Que lhes repassará ao final
Parcela mínima do ajustado

Verdadeiro trabalho escravo
Ou de brigada militar
E o Ministério Público, ignavo
Não irá se manifestar ?

Não se engane minha gente
Escondem atrás do ajuste
O principal e evidente
Motivo ... que é o embuste

Trazer médicos comunistas
Para assim implantar
Quatro mil células ativistas
Pra na malha nos lançar

Engodo, onde perderemos
A nossa personalidade
Passando a ser patrimônio
Do estado, essa, a verdade

Tudo será do estado
Até a própria vontade
Tudo nos será negado
Nesse regime de maldade

Entretanto prós cartolas
Nunca, nada faltará
Seremos pássaros nas gaiolas
Vivendo ao Deus dará...

Fui falar em Deus, pecado
Na deles, tal não existe,
Do comunismo erradicado
Pra eles, Deus inexiste

É uma ideologia política
Em que tudo é do estado
Sem liberdade, sem crítica
Tudo nos é emprestado

É da honra a negação
A remuneração dos doutores
Que a Cuba cabe o quinhão
A eles, restos dos gestores

Proselitismo político
Vêm aqui disseminar
Dum regime tão crítico
Neste mundo sem lugar

Ademais em meu parecer
Seu trabalho infringe a lei
Sem o CRM, clinicar
É exercício ilegal da profissão

Não passam de curandeiros
Mas tudo foi previamente
A favor dos embusteiros
Sancionando a lei 12.842 de 10/06/13

Para assim descriminalizar
Os que ora estão chegando
Por isso eu posso afirmar
Que tudo foi-se adaptando

Estratégia comunista
Que seu cerco está montando
Devagar preparam a lista
Após, estão nos ferrando !

São Paulo, 23/08/2013
Armando A. C. Garcia

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do imenso mar


...do imenso mar

Com certa magia a lua reflete
Nas águas profundas do imenso mar
Quase sem vento a luz se inflecte
Na luz que do céu, provém do luar

Certa fragrância, as ondas carregam
Na praia deserta, suspiros sem fim...
Nas areias da praia, que tudo abnegam
Um cheiro tão doce, parece jasmim

Noite tão calma, silêncio profundo
Caminha sozinho, na praia jardim
Sem violar sossego, nem paz ao mundo

Curtindo a mágoa do fim de um amor
Nas águas do mar, deságua por fim
As dores que mutilam, aquele sonhador !

São Paulo, 18/07/2013
Armando A. C. Garcia

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A maldade


A Maldade...

Não deixe brotar maldade
Dentro do seu coração
Porque aos poucos ela invade
Sua fé e sua razão

É tal espinho oculto
Cravado no coração
É sentimento inculto
Medonha escuridão

É muito mais do que pensas
É o fio da espada
É razão das causas tensas
É metáfora desenhada

Maldade é mal que advém 
Do cerne de nossa alma
Só a bondade a detém
Só o amor a acalma

É um frasco de veneno
Dotado de duas saídas
Uma agindo como dreno
Outra tapando feridas

Por vezes sem permissão
Esse frasco desarrolha
A saída dá explosão,
Sem que os destroços recolha

Nossos esforços em vão
Detêm a vil fagulha
O pobre do coração
É envolvido na bulha !

Porangaba, 21/05/2013
Armando A. C. Garcia 

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Ambrosia no poder


Ambrosia no poder

O Brasil é um pedaço de ambrosia
Para políticos e para quem o regência
Para os pobres... futebol e carnaval
A classe média, finge bem, mas passa mal

Participam, à sua custa do manjar
Aqueles que souberam no trabalho granjear
E os filhos destes, que já ricos nasceram
Mas que na verdade, o manjar não mereceram

A ambrosia no poder tem divinal sabor
Para reproduzir o encanto e a cor
Do gosto do bem e do mal, e mais que tudo
Usam máscara com disfarce de veludo

Do inferno ao paraíso, entre o céu e a terra
Nada, além de luxúrias... ninguém se ferra
Na farra com dinheiro público, sem moral
Sem honra, sem dignidade, anjos do mal

Que com falsas verdades enganam o povo
Esse povo humilde que come pão e ovo
E cheio de esperança, continua esperando
Melhorias sociais que vão ambicionando

E ao longo do caminho nada acontece
O pobre do pobre, chora, se aborrece
Vê os mensaleiros cheios de dinheiro
E a nenhum deles, vê ir pro cativeiro

Porangaba, 05/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Natureza morta


Natureza morta,


Imagem da própria natureza morta,
Figura que nem o sol a reconforta
O tempo é inimigo incomplacente
Corrói a matéria e a deixa doente

Minada a saúde da criatura
Tombando como a noite escura
Infiltra-se na sua alma dorida
Uma tristeza amarga indefinida

Sua outrora admirável figura
Não é mais que a sombra do passado
Desmaiada por cândidas aventuras

Ó natureza, como a tal consentes
Qu’em nódoa escura seja sepultado
O viço de outrora, nos presentes !

Porangaba, 24/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Tão longe de você


Tão longe de você.

Eu, tão longe de você.
E tu, tão perto de mim
Difícil na minha fé
Reconhecer-te, assim !

Foi pela Tua vontade
Vontade, deliberação
Que encontrei a verdade
Expressa em meu coração

Na pretensa veleidade
Sempre fugindo de Ti,
No frescor da mocidade,
Caminhos outros, percorri...

Hoje, sei que creio em Ti,
Ergui a fronte pro alto
Por graça, não me perdi
Como bomba de cobalto

Senhor! Dá-me o bom senso
Para que eu possa ser digno
De Te falar o que penso
Em meu estrito desígnio

Abrindo meu coração
Que fundas mágoas marcaram
Onde engano e decepção
Minha alma atormentaram

O mundo dá muitas voltas
As ondas do mar, também,
...E foi nessas viravoltas
Que encontrei Jesus. Amém !

Não foi pregado na cruz
Nem foi ao pé do altar
Seu espírito me conduz
À pátria mais salutar.

Porangaba, 08/04/2013
Armando A. C. Garcia
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TROVAS - 06-11-12


TROVAS -06-11-2012

No sonho, de quem só sonha
Esta vida é um mistério
Em sua mente bisonha
O fim é o cemitério !
---------------------------------
Tu, és a fonte da vida
Tu, és a fonte do amor
Coração que dá guarida
O teu nome é Jesus !
---------------------------------
São pobres, os que são pobres
São pobres, os que não são
Aqueles são pobres na vida
Estes, pobres do coração.
----------------------------------
Trago você na lembrança
Aninhada no coração
Alimentando a esperança
De voltares à minha mão.
---------------------------------
Cai a noite de mansinho
Vem o silêncio com ela
As aves voltam ao ninho
Eu, volto pra casa dela.
---------------------------------
É neste recanto bisonho
Que mora meu coração
Poderá parecer um sonho
Nem sonho, nem ilusão.


Pouca gente tem na vida
Um cantinho igual ao meu
Por isso minha guarida,
É um pedaço do céu


Voltei do meu aconchego
À metrópole agitada
Estou pedindo arrego
Pra botar o pé na estrada.
------------------------------
Na vida nada acontece,
Sem uma estrita razão
Nesta vida tudo passa,
Só meu amor por ti não !

Porangaba, 06/11/2012
Armando A. C. Garcia
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Amargura


Amargura


Perdoa amor a honrosa loucura
De voltar a dizer que sempre te amei
Sentimental eu sou, e bem o sei
Por ti, já sofri dias de amargura

Bendigo este sofrer, mereço a dor
Tive a alma iludida e não quis crer
Meu rumo, meu destino, foi sofrer
Sem nunca fenecer em mim o amor

Talvez seja castigo, ou punição
Por alcançar de ti, só indiferença
Cruel amargura ao meu coração,

Que só amou... e nunca foi amado
Mas teu amor, marcou sua presença
Na triste, jornada longa de meu fado !

São Paulo, 21/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Da Criação ! (soneto duplo)


Da criação !

Quando nada existia, além dum vácuo profundo
Da imensidão do nada, Deus, criou o mundo.
Nos céus, pôs milhares de astros fulgurantes
Criou oceanos e mares para os navegantes


Surgiu o Sol, para a Terra iluminar
Desabrochou a flor, para nos alegrar
Por lei imutável fez que as águas brotassem
do solo. E, para saciar a sede, caminhassem

dos píncaros da montanha, ao mais fundo vale
Por rios caudalosos, outros menos densos
Pôs relva nos prados, fez bosques e selvas


Deu vida ao homem e milhares de animais
De sua criação, surgiram maravilhas
E em gradativa evolução, mostram os anais


II


E o infinito de onde veio? Como surgiu?
Um sopro do criador criou a luz
Fez a terra girar sobre eixo invisível
Colocou nuvens nos céus e ventanias


Para transportar a água pela atmosfera
Pensou em tudo, com amor e perfeição
Afinal Ele é o Criador eterno, divino
Não podia deixar à força do destino


A conclusão de sua obra preciosa
Os fenômenos da sábia natureza
E na imensidão dos astros, a grandeza


O mar, a terra, o céu, o movimento
A luz, são forças de Deus, o paraíso
O projeto sábio, o conhecimento !


Porangaba, 07/11/2012
Armando A. C. Garcia
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Esta Criatura o Homem


Esta Criatura o Homem


Este Ser de carne e osso circunscrito

Tem na comunicação, sonora ou visual

A capacidade de comunicar ao infinito

De um ponto a outro, por fala ou sinal

Agarrado ao tempo da imortalidade

Tem alma e pensamento unificado

Em oposição ao corpo, sensibilidade

De discernir a virtude do pecado.

SãoPaulo, 15/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Leia - O Homem ! – publicado no meu blog:brisadapoesia em agosto 2011 e na usinadeletras

nodia 18/03/2009 -

O HOMEM !

Esse ser enigmático, pragmático
Irreverente, superficial, herói
Cheio de contradições, problemático

Com reflexos de sabedoria e bondade
Ora temperados de raiva e mau humor
Entrechocam-se, entre a vida e a eternidade

Introspectivo, absorto, pensador
Cientista, inventor, cicerone
Poeta, dramaturgo, escritor

Entre a guerra, e a paz faz amor
È filho, pai, esposo, namorado
É patrão, empregado, ou servidor

Músico, musicista, ou aprendiz
Artista, palhaço, ou professor
Com justiça e amor vive feliz

Um selvagem, homo inteligente
Mercenário, guerreiro, vencedor
Problemático, firme, perseverante

Discreto, audaz, aventureiro
Diplomático, fiel, ou confidente
Delicado, egoísta e cozinheiro

É administrador, advogado
Médico, sacerdote ou pastor
Arquiteto, político e soldado

O homem é esse ser matemático
De permanentes lutas e perigos
Com desempenho veloz e prático

Homem, ente mortal à imagem de Deus
Que descendo ao conflito do Reino escuro;
- Pode estancar a Fé e vedar Jesus

Daquele que clamo Deus; eu só espero
Chegar ao cume, valoroso e firme
E que faça este meu verso bem sincero

Instruindo Fé, levando a esperança
Ao povo humilde, a tal gente, dê alento
- Assim teremos Fé e bem-aventurança !

São Paulo, 18/03/2009
Armando A. C. Garcia


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A Varina


A Varina !

À sombra, duma sombrinha
Para a cútis não queimar
No mercado da sardinha
Que logo iria apregoar

Tendo por lida, a entrega
De sardinha e carapau
A linda e meiga varina
Sobe ladeira e degrau

Da baixada da Ribeira
Vai apregoando seu peixe
Até São Bento e Alegria;
Olhá-la, não há quem deixe

Passa alegre, sorridente
Com tão finura leveza
Até parece pra a gente
Que sua canastra não pesa

Aos olhos leva alegria
A cada hora que passa
Como um toque de magia
Parece um anjo da graça

É livre como a esperança
Num mundo que é todo seu
Misto de mulher e criança
Que o trabalho enalteceu

Fruto de muito labor
A sua lida constante,
Do viço tem o frescor
E o brilho do diamante !

São Paulo, 17/07/2013
Armando A. C. Garcia

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Entre Iguais


Entre Iguais ...


Somos iguais, somente na vida e na morte
Depois, cada qual, com sua sina e sorte
Vivemos no mesmo mundo em paralelo
Uns à sombra da desgraça e do atropelo

Outros, repletos de tesouros e ambição
Percorrem um caminho, indiferentes à razão
À prudência e ao direito natural
Do fundamento da causa da lei moral.

Mas um dia, e esse dia, chega para todos
São chamados para conhecer o real valor
E o livro da escrituração contábil for

Aberto. Apresentará déficit a rodos
Bem maior que os créditos a seu favor
Aí, bate o desespero, a aflição e a dor !


Porangaba, 16/02/2013
Armando A. C. Garcia

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O vazio em sua vida


O vazio em sua vida


Não deixe que o vazio em sua vida
Produza ansiedade e solidão
Busque n’estrela guia a esperança
Um norte que indique à semelhança
Caminho sem sonhos, credível, são.
Sem utopias, na Lei sugerida

Valores que não conhecem limites
Escondem dentro de nós algo maior
E cuja dimensão se fragmenta
Quando o ser humano não aguenta
A ansiedade e a solidão a seu redor
Invadindo a alma e o coração

Quando sentires estes sentimentos
Volve teu olhar ao Criador
É hora de tu repensares melhor
Hora de abolir o malfeitor
E acolher Jesus, o Redentor
Preencher o vazio, é o momento !

São Paulo, 05/03/2013
Armando A. C. Garcia

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A paragens ignotas


A paragens ignotas


O pensamento conduz-me a paragens ignotas
De lugares e bandeiras que jamais vi
Nessas viagens as nuvens são minhas rotas
O esplendor, a magnificência que senti


Na vasta amplidão da quimera sideral
O piloto era eu, a nau, o pensamento
Passei sobre a França, Espanha e Portugal
Sempre desfraldando as velas ao vento,


Na sonambúlica viagem, fui o herói
Imortal dessa façanha tão inédita
Onde senti uma paz grandiosa e divina


Mundos novos, misteriosos e outros sóis
Abundância de amor e harmonia credita
Vemos aí, que a alma sendo grande é pequenina

São Paulo, 31/12/2012
Armando A. C. Garcia -

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Buscarei ! (soneto)


Buscarei !

Buscarei nos mais amplos horizontes
Esquecer infaustas atribulações
Descerei aos vales, subirei os montes
Mesmo que sejam de enormes dimensões

Explorarei por todos os continentes
A razão deste infortúnio, desta desdita,
Palmilharei pelas areias mais quentes
Na busca incansável, pela paz bendita.

Buscarei, como encontrá-la um dia
Sem receio de distância ou caminhos
Será então para mim a suprema alegria

Muito mais, se nesse momento, nesse dia
Encontrar um amor que não tenha espinhos
E traga consigo, a felicidade que queria.

Prangaba, 24/11/2012
Armando A. C. Garcia
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Nunca deixei de amá-la


Nunca deixei de amá-la !

Essa mulher me abandonou,
Nunca deixei de amá-la,
Mesmo quando me trocou
Por não saber conquistá-la

Que cara sou eu, afinal...
Que não consigo esquecê-la
Confesso, era especial
Tanto, que não pude tê-la.

Porque padecer assim
Tormentos e tanta dor
Quando a levaram de mim,
Não levaram meu amor !

Deixou sulcos definidos
Imensa melancolia,
Juramentos não cumpridos
Nas promessas se escondia

Jamais serão esquecidos
Quer de noite, quer de dia
Estão na mente retidos
Esta chama, não esfria.

Estranho comportamento
Esmagou os lampejos meus
Não a esqueço um momento
Como se fora, anjo dos céus !

Vêm lágrimas aos olhos,
Ao pensar no seu carinho.
Enrodilhado em abrolhos
Sem ela, vivo sozinho !

Porangaba, 24/11/2012
Armando A. C. Garcia
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Quanta Luz !


Quanta luz !


Quanta luz, quanta glória

Espargem os céus na terra

É de Deus esta vitória

E tudo que ela encerra


Senhor meu Deus, a teus pés

Abrirei meu coração

E tudo, nele que Tu vês

É obra da redenção


Vacilei desamparado

Neste mundo de aflição

Agora, estou a Teu lado

Sinto o mundo em minha mão


Meu sonho *megalômano

Maior que minha conquista

Fez de mim, tal um cigano

Da humanidade, egoísta


Estendo os braços na cruz

Onde ergueram no calvário

O Teu filho; O Bom Jesus

Julgado, tal mercenário


Misericórdia Senhor,

Para esta humanidade

Que não ama com fervor

O Arquiteto Criador


Eu quero ser aprendiz

Fruir de Tua amizade

Viver na vida Feliz

Afastado da vaidade !

*Mania de grandeza

São Paulo, 18/02/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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É diferente - I e II


É diferente - I e II

I

É diferente nosso gênio e opinião
Como ridicula é tua presunção
Qu’estabelece como verdade a mentira
E esta, é tua verdade, que ninguém tira

É diferente a nossa reputação
Diferente o amor de nosso coração
Nossa diferença é tamanha e tanta
Quão grande o muro que se levanta

Como diferente nosso rumo de amar
Nossa maneira de sorrir, de beijar
Diferente ainda, o mundo que nos cerca
És diferente, desigual, do que se merca

Diferente na aparência de teu visual
Em tudo e na intensidade emocional
Tamanhas são as diferenças entre nós
Que acabamos ficando longe e a sós

Por sermos tão diferentes, o desconhecido
Será o fim de nosso louco amor perdido
Sem um sorriso fugaz ou um lamento
Ponho ponto final no relacionamento.

II

É tão diferente aquilo que a gente sente
Quando gosta de alguém sinceramente,
É contundente, é real, é decisivo
É o amor castiço, vero, primitivo

Diferente é do sensual, voluptuoso.
Aquele amor franco, cordial, afetuoso
O coração que ama é qual sacrário
Não pode ser apenas um relicário

Onde se guardam somente as lembranças
Deve guardar, antes de tudo esperanças
De um futuro promissor, até morrer.
Quando já velhos e cansados de viver,

Quando as noites ficam escuras, tenebrosas
Com o breu da solidão, tão pavorosa
Que nos cerceia ao avançarmos na idade
O oposto do que foi nossa mocidade

É diferente o conceito do pensamento
Que à alma e matéria, dá discernimento
Diferente é ser diverso, é ser desigual
E o é, a onda de emoção cerebral

É diferente o critério da razão
O sentimento de amor no coração
Ao do ódio, que só causa animosidade
Como o é, a verdade da falsidade

Diferente o moderado do radical
Como é, o concreto do imaterial
Também, diferente o amor à ilusão
A hostilidade à racial integração

É diferente o legal ao ilegal
Como é dessemelhante o bem do mal
É diferente que eu não possa te dizer
Da gratidão por você me estar a ler.

Porangaba, 25/04/2013
Armando A. C. Garcia

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Expressões da alma


Expressões da alma


Na vida somos apenas
Semente que proliferou
Nas dimensões mais pequenas
Fruto que outro gerou

E no mundão desta vida
Somos a expressão da alma
Que nas reações sentidas
Só a alegria as acalma

E se num vôo altaneiro
Se perder seu pensamento
Seja o guia, o timoneiro
Para achar o aproamento

Se de âncora necessitar
Para fundear seu navio
Pára e pense até cansar
Aí, apagou-se o pavio

No mundo não viva absorto
Extasiado no caminho
O que hoje é seu conforto
Pode amanhã ser espinho !

São Paulo, 15/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Louvei a Deus


Louvei a Deus

Pedi a Deus que me desse
Um minuto de atenção
Para que assim eu pudesse
Abrir-lhe o meu coração

Deus consentiu no pedido
Louvei-o cheio de amor
E pelo tempo perdido,
Supliquei da imensa dor

As trevas, a escuridão
Rasguei, com seu esplendor
Agora é só mansidão
Paz, harmonia e amor

Outra janela se abriu
Para um mundo melhor
Foi roseira que floriu
No jardim do Criador !

Horizontes sem fronteiras
Neste universo sem fim
Desfraldando as bandeiras
Anjos tocando o clarim.

Louvo-te, com alma em brasa
E com fervor no coração
Senhor! Honra a minha casa
No mundo, toda nação

Que haja equilíbrio e paz
Mais amor, ponderação
Que o povo seja capaz
De viver sem confusão.

São Paulo, 15/07/2013
Armando A. C. Garcia

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Quando eu cri !


Quando eu cri !

Caminhando a meu lado
Eu, não te via Jesus
Um herege do pecado
Por fim, encontrou a luz !

No emaranhado da vida
Estava perdido sem ti,
A felicidade foi sentida
Quando em ti, eu cri !

Novo caminho trilhou
Meu coração tão sofrido
Depois que Te encontrou
Amor e paz ele ganhou

Transbordando de ternura
Nesta nova trajetória
Terei dias de ventura
De esperança e de glória

Uma nova realidade
O amor de Jesus criou
Com honra e dignidade
Minha vida rotulou

Tua luz, no firmamento
Ilumina a humanidade
E no sombrio momento
A mesma luz, nos invade.

São Paulo, 11/01/2013
Armando A. C. Garcia

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Eis o que faz de nós este Governo !


Eis o que faz de nós este Governo !

Amofina nossa própria opinião
Solapa aos poucos nossa liberdade
Levando seu ideal, como missão
Num enigma de intriga e falsidade

Castra a democracia, impondo ditadura
Cassa direitos, ferindo a constituição
E sem eles, a segurança é imatura
De expor a verdade, não haverá permissão

Sem medir conseqüências do vil destino
Prepara a jornada cheio de confiança
Iludido na revolução em desatino
Que o proletariado no clamor alcança

Ele, que na Rússia onde nasceu foi extirpado
Por razões que o mundo inteiro bem conhece
Sem pensar numa traição o malfadado
Está para estas paragens em decisão

A liberdade de imprensa sofrerá censura
A propriedade privada alvo de invasores
Tem um cheiro de ranço e de impostura
O decreto que extingue tais valores

A constituição nunca é defendida
Por aqueles que juraram ao promulgá-la
Sem orgulho patriótico em sua vida
Nos momentos agonizantes de salvá-la !

São Paulo, 12/01/2010
Armando A. C. Garcia

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Projetei a felicidade


Projetei a felicidade


Projetei a felicidade

Sem esquadro, sem prancheta.

E sem saber na verdade

Como ela se projeta !


Projetei a felicidade

Pros dias de minha vida

Ó! Quanta contrariedade

Quanta intempérie sofrida


Quantas vezes a ventura

Parecia estar a meu lado

Com tamanha envergadura

Que me deixava encantado


A felicidade era um sonho.

O presente, sem esperança

Novo degrau que transponho

Sem merecer a confiança


No ciclo da natureza

Há um momento fugaz

De felicidade e riqueza

Que passa, deixando atrás


Os momentos de ventura

De um abraço caloroso

Vez que o sonho pouco dura

E menos, ao desditoso !


Oportunidades na vida

De um futuro brilhante

Aspiração pretendida

E um cargo importante


Desiderato dirás !

Na sorte de cada um

Mesmo correndo atrás,

Não alcancei nenhum !


São Paulo, 27/02/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Revanche


Revanche


A vingança assinala o atraso moral
No qual a humanidade, ainda se debate
É taça cheia de veneno a transbordar
Por caminhos escusos a dissimular
No homem que a nutre, o embate
Na covardia, pior que animal

É um indicador de retrocesso espiritual
Onde as ciladas odiosas são perpetradas
Em emboscadas, quase nunca às claras
Num golpe *pletórico, sua arma dispara
Atingindo-o mortalmente, a alma brada
Mancha de sangue a harmonia universal.

* que ferve;estuoso
Porangaba, 10/04/2013
Armando A. C. Garcia
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Volta amor


Volta amor ... 



Volta amor aos braços meus 
Partiste, sem um adeus 
Nas fantasias dum desejo 
Decretas-te o meu despejo 

Teus beijos foram pra mim 
A alquimia, o início e fim 
Vem derramar tua candura 
Abraçar-me com ternura 

Vem amor, o dia é curto 
Meu refúgio é teu *surto 
Densas saudades amor 
Bruma instalada é dor 

Quem te chama, não desiste 
Desde o dia que partiste , 
Partiste o meu coração 
Sem desfrutar tua mão 

Tua ausência foi tensão 
Intenso desejo, ambição 
Loucura de amor espúrio 
D‘alguém que presta perjúrio 

Vestiste a jura de sombras 
E ornaste com **alfombras 
As vontades e destinos 
De sonhos tão libertinos 

Não sei porque presumo 
Do capítulo tal resumo 
Volta aos meus braços amor 
Teu beijo é um esplendor 

Não desprezes outra chance 
Talvez um dia me canse 
O triste anseio em mim morra 
E sem querer, tire a desforra ! 

                                        *ambição,cobiça **tapete espesso 
São Paulo, 03/06/2013 
Armando A. C. Garcia 

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Amor oculto ! (soneto)


Oculto Amor !

Muito embora de ti, me encontre ausente
De qualquer forma, tu és o pilar da ponte
Deste tédio, difuso e permanente
Em que arquivo a saudade no horizonte

Nos esconsos meandros da lembrança
Tua imagem está sempre e ao mesmo tempo
Alimentando nesta vida minha esperança
De superar meu anterior contratempo

Vejo-te, ainda, apesar dos longos anos
Com aquele cabelo, em rabo de cavalo
Sorriso franco, altivo de lusitanos

Como era bela a moça que eu amei
Podou-me, como se poda uma flor no talo
Mesmo assim, a amo e a perdoei !

São Paulo, 27/11/2012
Armando A. C. Garcia

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E o ancião chora


E... o ancião chora


Caminhava taciturno o bom velhinho
Do aprisco das ovelhas pra seu lar
Quando ouviu um murmúrio bem baixinho
Dum casal, mais além a se arrular

Recordou da juventude o seu viço
De seu tempo varonil que passou
Hoje, só restou a lembrança disso
O tempo já tudo, tudo aniquilou

No silêncio continuou a caminhada
Pensando em velhos tempos de outrora
Em que era outro, homem que é agora

Quedou-se mudo no meio da estrada
Ponderando como a vida é compilada
E olhando as estrelas, o ancião chora !

São Paulo, 02/08/2013
Armando A. C. Garcia

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A Princesa Negra - Fábula


A Princesa Negra - Fábula

A cobiça descontrolada do ouro
Na ávida cupidez de alto lucro
Vê no povo africano o tesouro
Escravizando-o qual cavalo xucro

Negros e negras caçados em emboscados
E aos porões dos navios arrastados
Pra serem no Brasil negociados
E como moeda de troca são trocados

Famílias inteiras foram escravizadas
Até reis, rainhas e princesas, o foram
Pra longe dos seus e dos antepassados,
Com vil crueza, eles foram separados

E foi numa dessas cruéis tiranias
Que veio uma linda princesa negra
Dentre os escravizados nas etnias
Do longínquo continente Africano

Era alta, linda, qual tulipa negra
Tinha o perfume do jacinto e igual cor
De sua etnia a flor; não fugia à regra
Corpo, como modelado por escultor

Porém, a linda princesa era resoluta
E nela o grito de liberdade eclodiu
E a força do grito, transformou em luta
Luta que, com ela a escravidão aboliu

Negra princesa, que no recôncavo Baiano
Se destacou na luta contra a escravidão
De seu povo e contra o povo lusitano
Dezenas de naus queimadas, perseguição

Que teve ação de sua astúcia febril
Na batalha fabulosa de Itaparica
Por ocasião da independência do Brasil
A linda era felina igual jaguatirica

Por isso enfrentou a esquadra portuguesa
Auxiliada por mulheres de sua etnia
Mais de quarenta navios foi sua presa
E assim, com tochas, queimou a tirania !

Porangaba, 01/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Quem


Quem...



Quem no mundo já sofreu *empáfias duras
Empáfias que seu lindo sonho escureceu
Quem no mundo de amor nunca sofreu
é porque apagou suas conjecturas

Quebrando a efígie de seu próprio sonho
De priscos tempos, que o tempo emoldura
Na **aziaga dinâmica, quando risonho
Pensava trazer em si outra figura

O tempo passa, as empáfias, também
E sem termo a negativa universal
Essa natureza que de todos é mãe

é como um oceano cheio de sal
Neste imenso universo que alguém
Rege com sabedoria milenar, sideral !



Porangaba, 25/10/2012
Armando A. C. Garcia

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*orgulho vão; soberba
**azarento; infeliz


onipotência


Onipotência



Não vivas o que supões acontecer
Viver o presente é o fenômeno e o fim
É a luz que brilha ao amanhecer
Viver o futuro, é como bala de festim

É viver, ou sofrer por antecipação
É desalento prematuro e profundo
É arrancar esperanças do coração
Romper com o que de bem há neste mundo

É a sombra da lembrança *estiolada
Estrela cadente a despencar dos céus
É o adeus à saudade perpassada


Aonde acorrem rios de sentimentos
Dos bens tempos, tempos que eram teus
O azul da imensidade, sem sofrimentos!



Porangaba, 24/10/2012
Armando A. C. Garcia

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*debilitada; fraca

A Pérola (Infantil)


A Pérola !... (Infantil)

Caminhava pela praia
Um plebeu, pescador
Quando surgiu a princesa
Tão linda como uma flor !

O destino quis que ao vê-lo
Gostasse dele a princesa
E levou-o ao castelo
Pra apresentar à realeza

Nada tinha o pescador
Para princesa presentear
Pescou a pérola mais linda
Que havia no fundo do mar

Seu presente de noivado
Estava ali garantido
Deixou o rei encantado
E aceitou o pedido

Na véspera do casamento
Novamente foi pescar
E pra seu maior contento
Pescou a pérola, que era par

Presenteou a rainha
Que muito agradeceu,
Perguntou donde provinha
Ele disse, que era do céu!

As pérolas eram tão belas
Parecia que tinham luz
Geradas duns cravos velhos
Que pregaram as mãos de Jesus !

São Paulo, 04/11/2012
Armando A. C. Garcia

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Voltei


Voltei ...


Voltei, como volta a primavera,
Como volta a luz de cada dia
Voltei, para dizer-te o que queria
Pois, falar de amor, não é quimera.

Dizer que amar-te-ei, por toda a vida
Seja na tristeza, ou na alegria,
Voltei, para falar o que queria
Que não te pude falar na partida.

Voltei, com o coração cheio de amor
Cheio de esperança, sorriso em flor
Como a primavera que é capaz

De florir os prados e serranias
Voltei, para amar-te todos os dias
Fazer-te feliz e amar-te em paz !

Porangaba, 31/01/2013
Armando A. C. Garcia

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Ninguém ama contrafeita


Ninguém ama contrafeita


Ninguém ama contrafeita
No amor a porta é estrita
Sempre a impor ao padecente
A dor que é decorrente

Da recusa, ao que ama
Pois não logra ver a trama
Que envolve o não querer
Do amor que viu nascer

Em seu peito acalentou
E a recusa o afastou
Dizendo que não interessa
Pois já o tirou da cabeça

Quando já não sente mais
O fascínio dos mortais
A atração chegou ao fim
Gelado, qual manequim !

São Paulo, 08/05/2013
Armando A. C. Garcia

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O fundo do abismo


O fundo do abismo

Ao atingir o fundo do abismo
Esperava escutar o som peculiar
Da reverberação do ocultismo
Que emergiria daquele lugar

Na descida para a escuridão
Deformando a luz a cada instante
Rangendo na descida a imensidão
Parecia, duma vida alucinante

O abismo está mais próximo, às vezes
Daquilo que pensamos, certamente
Poderá ser em breve a queda livre
Sem chão que a acompanhe. É evidente

A sensação de quem cai, despencando
De grande altura, inopinadamente
Sem tempo pra pensar, vai arriscando
Alcançando o fundo rapidamente !

São Paulo, 11/09/2013
Armando A. C. Garcia

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Tropel de ternura


Tropel de ternura


Tropel de ternura cheio de carência
Sigo perdido na madrugada fria
Caminhando por entre cardos e silvas
Persigo meu fado na sombra sombria
E por tudo que hei sofrido, as madressilvas
Decidiram ornar minha imprevidência

Alcatifaram risonhas, novos rumos
Minha asa, minha casa, meu amigo
A nuvem negra, a maré brava se afastou
Meu sonho arrependido, foi um castigo
Que pra bem longe de ti me apartou
O tropel de carência... é folha de resumos !

Porangaba, 27/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Fingidas Juras


Fingidas Juras


Relembrar das tuas fingidas juras
É aumentar inda mais a minha dor,
Tormento atroz, em minhas conjecturas
Tu, alheia aos males. Puro desamor !

Consome as entranhas o mal definido
Coração solitário, a morrer sem ti,
Sangue fervendo nas veias *abstido
Ao célere ritmo d’asas do colibri.

E, perdido sem uma réstia de esperança
Sem uma luz que rasgue as trevas deste breu
Sinto que a sombra da tristeza avança

E eu, longe de ti, tu, que eras o meu céu
Perdido, perdi do mundo a confiança
Ao perder o amor que julgava ser meu !
*reprimido

São Paulo, 22/02/2013
Armando A. C. Garcia

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Foi-se um ano


Foi-se um ano...

Foi-se um ano, outro voltou
Calam-se as flores do jardim
A vida continuou
Parecendo não ter fim !


Ano Novo, vida nova
A vida, é sempre igual
Ela continua a trova
Fantasiando o carnaval


Ano Novo, vida nova
A vida é mesmo assim
Apesar de cara nova,
...Continua sem ter fim


Nem mesmo as flores do jardim
Sofreram a mutação
Ano Novo é sempre assim
Esperança, desilusão


Mediram o tempo por anos
Anos que não têm fim
De sábios, eram decanos
Desconhecem princípio e fim !


São Paulo, 01/01/2013
Armando A. C. Garcia -

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Fado - Conheci do teu ciúme


Fado - Conheci do teu ciúme


Quis Deus para meu castigo
Conhecer do teu ciúme
Mulher, não sei se consigo
Aguentar o tal queixume

Sabendo que gosto de ti,
Porque tanto me persegues
Tu vais daqui, para ali
E respostas, não consegues

Já basta pra meu castigo
Esconder o teu passado
E compartilhar contigo
A desgraça do teu fado

Hoje, estou arrependido
Trazer-te para meu lado
Mais me valia ter sido
Pra bem longe degredado

A gente perde o juízo
Nos lábios de uma mulher
Basta ela dar um sorriso
Pra pensar que ela nos quer

Mulher, pouca compaixão
Tu tens do tempo passado,
Tem de ti comiseração
Se queres ficar a meu lado !

Porangaba, 28/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Vítimas do ócio (soneto)


... Vítimas do ócio (soneto)


Tu, que dormes à sombra da inércia
Do ócio, da preguiça e da ilusão
Teu pobre coração está na solércia
Desperta, desse despojo em vão


O ócio, gera teu escuro pensamento
Com enigmas profundos e tenebrosos
Procura por claro entendimento
Os anos correm, lentos vagarosos


A ignorância no homem é transitória
A evolução é a luz no desatino
E, combater o ócio é uma glória


Liberto do escravizado destino
Aquele que foi vítima na história
Finalmente, volta-se ao Divino !


Porangaba, 15/11/2012
Armando A. C. Garcia
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Prosaica comparação


Prosaica comparação



Oculta o sofrimento à natureza
Do negro pesar triste e profundo
Arrancado à felicidade do mundo
Na estrada palmilhada de tristeza

Oculta que tua alma entristecida
No desalento que aniquila a alma
E nesse abatimento, tenha calma
Aguarda no além contrapartida

Abstraindo desse termo o abstrato
À unicidade d’alma está ligada
Leitor, não fique pois estupefato

Com a doutrina da reencarnação
Circunstância que ora foi projetada
Nesta mais prosaica comparação !

Porangaba, 23/06/2013
Armando A. C. Garcia


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Meu Portugal


Meu Portugal


Meu Portugal pequenino
Gigante por natureza
Tiveste tu, por destino
Levar ao mundo a proeza

De descobrir novos mundos
Façanha de alto valor
Naturalmente oriundo
Dum povo navegador

Intrépido e destemido
Audacioso e valente
Que não se dá por vencido
Nem no bote da serpente

Pequeninas caravelas
Na imensidade do mar
Desfraldaram suas velas
Começaram a navegar

Embaladas pela espuma
Ou pela procela do mar
Não tinham rota alguma
No caminho a explorar

Cruzaram ondas sem fim
A graça de Deus, deu poder
E, este pequeno jardim,
Começou a florescer

Foste a glória de um povo
E, ainda hoje, tu o és
O mundo se agita de novo
Quando vê um português.

Porangaba, 31/03/2012
Armando A. C. Garcia

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Homenagem a São Paulo (replay)


Homenagem a São Paulo (replay)


A ti não chegaram às caravelas,
Mas de ti, partiram bandeirantes.
Como centro financeiro abres velas
Singrando o Brasil e America do Sul

És uma das mais globalizadas
Cidades no cenário mundial
Tua pujança, e luta das arcadas
São destemor e audácia sem igual

Teu povo, miscigenação de raças
Esculpindo ao mundo novas gentes
Longas ruas, jardins e praças
Repletas de arranha céus imponentes

No emaranhado, contrastas briosa
Com favelas que ninguém ousa falar
Por São Paulo ser grande e majestosa
És a locomotiva que roda sem parar

Berço do trabalho e da cultura
Acolhes o migrante e o estrangeiro
Dás esperança aquele que te procura
E teu povo, é um povo hospitaleiro

Tua marcha triunfal o Anchieta
Do além, certamente consagrou
Não foste traçada em prancheta
A força do destino te edificou

És o gigante, deste imenso país
Teu progresso está no imenso sucesso
E neste dia vinte e cinco de janeiro
Milhões de beijos ao teu povo hospitaleiro

Porangaba, 24/01/2012
Armando A. C. Garcia

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... Um pobre ornamento. (soneto)


... Um pobre ornamento. (soneto)

 

 

Hoje, do varão, é um pobre ornamento

Quimera do passado onde a natureza

Quebrou preconceitos e pensamento

Em vã filosofia da sordideza ...

 

Triunfou na adversidade a tolerância

De ideias astutas, de ideias tortas

Como a fúria do mar, cheia de ânsia

Sem pejo, porque a alma já está morta !

 

Ardis que a vil maldade disseminou

No berço execrando da decadência

O ser humano aos princípios declinou

 

Em prol das fantasias de indecência,  

E o homem volúvel, não se afastou

Da triste e malfadada degenerecência !

 

São Paulo, 01/07/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia  

 

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Homenagem a Anderson Silva


Homenagema Anderson Silva

Norosto, um paroxismo de pavor

Seucoração que triunfava na arena

Naqueledia, rendeu-se à imensa dor

Daquebra da tíbia e da fíbula; triste cena

AndersonSilva o possante lutador

Nacena dramática daquele dia escuro

Sofreuacidental derrota. Cujo valor

Ovencedor, o sabe de valor impuro !

SãoPaulo, 25/01/2014 (data da criação)

ArmandoA. C. Garcia

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O Deus da Redenção


O Deus da Redenção

Senti uma emoção tão forte
Quando te abri meu coração
Que eu descobri noutro norte
Seres o Deus, da Redenção

A Teus pés rendi meu pranto
De felicidade tamanha
E é neles que hoje acalanto
Escalar toda montanha

Como Moisés no Sinai
Esperando as tábuas da lei
De Ti espero ó Pai
Ouvir enfim, salvar-te-ei.

Afastando a iniqüidade
Do perigo me salvaste
Tu, és o Deus da verdade
O caminho me apontaste

Meu louvor e gratidão
Aqui expresso ao mundo
Me prostro em adoração
Num sentimento profundo

A minha glória Senhor
No Teu altar buscarei
Serei tal um lavrador
Tua palavra semearei

Tu, a aurora da existência
Eu, sombra que feneceu,
Mas que de tua experiência
Um gole de água bebeu !

Porangaba, 27/08/2013
Armando A. C. Garcia

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Será que !


Será que !

Será que, o abstrato transcende as aparências
Ou estas sobrepõem-se ao contemplativo
Dos elementos que compõem as preferências
Que a mente, produz à nossa insistência

Será, que a obstinação de nossos pensamentos
A caminhos insólitos nos conduzem
Será! Que a concepção não tem entendimentos
Para analisar as fantasias que seduzem ?

Será, que as essências hibridas aninhadas
No âmago de nossos corações. Lá vão,
Deixando as vis solidões disfarçadas

No abstrata interseção dos desejos
Sonhos que nas ondas do mar se vão
De modo frenético, aos primeiros lampejos.

São Paulo, 22/01/2013

Armando A. C. Garcia

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Se aspiras a felicidade (soneto)


Se aspiras a felicidade (soneto)


Se aspiras a felicidade e a alegria
Todos os esforços, nunca serão em vão
Nem serão de tênue e curta duração
Se eliminares do coração a tirania

Suporta a adversidade com tolerância
Vencerás os ardis, pacientemente
Aqueles, que asfixiam veementemente
Quando o sofrimento foge à paciência.

A frívola e louca exultação da vaidade
É o ópio, amnésia, do ardente desejo
De toda a presunção e futilidade

Sê corajoso para enfrentar a desdita.
O amor é a arma com que pelejo
Para que as inquietações, sejam benditas !

Porangaba, 04/12/2012
Armando A. C. Garcia

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Amor sem fim ! (soneto)


Amor sem fim ! (soneto)

Se era eu, dos teus olhos a alegria
Tua ventura, enfim, a natureza
O farol que teu coração sentia
Hoje, não me amares, causa estranheza

Tu, que razões a tal nunca apontaste
Detraíste o amor em teu falsete
Colocaste-me na cabeça duas hastes
Matando nosso amor com teu *doblete

Vês o que és, não o que não foste comigo
Todo mundo conhece nossa história
Só Deus, para dar-te todo castigo

Porque é lá, que se paga toda a usura
De ferir um amor puro, que na glória
Te amou na vida, até à sepultura !

* Pedaço de vidro, que imita pedra preciosa

Porangaba, 18/11/2012
Armando A. C. Garcia

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Infinita tristeza !


Infinita tristeza !


Uma tristeza infinita
Pousa no meu coração
Minha alma está aflita
Eu, perdido sem razão

Uma turbação profunda
Turba minha fronte calva
Em farrapos moribunda
Minha sorte, ninguém salva

Entra em mim, e fica presa
Essa tal de desventura
Triste, triste, natureza
Que me deu tão vil negrura


Estes sinais definidos
Por entre a gente avançam
Deixam sulcos tão compridos
Que nem as idéias descansam

Porque tanto sofrimento
Tormentos que não têm fim
Só perdas e detrimento,
Porque padecer assim !

São Paulo, 02/07/2013
Armando A. C. Garcia

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Puro fingimento


Puro fingimento

Somos puro fingimento
Fingimos o julgamento
Fingimos a punição
Assim prendemos ladrão

Vai hoje para a cadeia
Dela, ele já não receia ...
Sabe que quem o prendeu
Vai soltá-lo sem escarcéu

Dia das mães ou dos pais
De Natal e dos *haicais
Tudo é motivo de sobra
Pra dar liberdade à cobra

Esta saí, não volta mais
Fica escrito nos anais
Se acaso um dia voltar
Sua pena irá pagar !...

Entretanto a tal da pena
É pena que não tem pena
Porque não tem que penar
E se o cabra a puxar

Diminui pelo atalho
A cada dia de trabalho
Permuta três de prisão
É trabalho de ladrão

Tem de ser dignificado.
Cá fora, é outro mercado
Tem salário espremido
Sendo ainda reduzido

Tributo previdenciário
Imposto de renda originário
No trabalho.Isso é legal ?
Pra ladrão, não tem Fiscal !

Pra quem derrama suor
Cumprindo o seu labor
São tantos os pagamentos
Pra eles não há fingimentos

O infeliz tem de pagar
Custe o quanto custar
Pra tal não tem argumento
Reforçar o orçamento

O qual, energúmenos
Desperdiçam de somenos
Em gastança esbanjatória
Que nos anais da história

Nunca apurado o fica
Ladrão, que nem cobra pica !
Nosso governo a acoitar
Pra mais poder roubar

Tem ladrão em toda esfera
Já os vimos na justiça
Na Câmera e no Senado
Tem ladrão por todo lado

Energúmenos somos nós
Pagamos, não temos voz
Pra por fim a bandalheira
Parece até brincadeira

Chego a pensar em verdade
Talvez a deslealdade
Seja a melhor solução
Já que sem fim, corrupção!

*Pequeno poema japonês, de forma fixa, constituído por dezessete sílabas distribuídas em três versos (5-7-5), sem rima.

Porangaba, 01/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Canto a Ti


Canto a Ti

Canto a Ti, todo louvor
Que emana de meu coração
Um canto cheio de amor
De esperança, de razão

Senhor, escuta a oração
Que cheia de fé te enlevo
Esta, é minha gratidão
Pelo tanto que te devo

Neste desvelo ardente
Vibrando de emoção
Minha alma está contente
Por sentir Tua afeição

E em tuas mãos a entrego
Pra superar tribulações
Sendo Tu, o meu sossego
Vencerei as aflições

Senhor graças te rendo
Pelas bênçãos recebidas
Nesta aleluia aprendo
Que as dores, não são perdidas

Curaste minhas mazelas
Com o bálsamo de teu amor
Colocaste sentinelas
Pra livrar-me do pior

Senhor, Deus das estrelas
Dos mares, dos anjos dos céus
Tu, tiraste as remelas
Que tapavam os olhos meus !

Porangaba, 26/08/2013
Armando A. C. Garcia

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O último novilúnio


O último novilúnio

Mal o sol debandava em retirada
A lua despontava em novilúnio
No silêncio só uma aragem soprava.
No seu peito profundo infortúnio

No pobre casebre de pau a pique
Onde há mais de cinqüenta anos vivia
Sua companheira teve um chilique
E entrega a alma, a quem o mundo cria

O intenso golpe da separação
Mutilou-lha a esperança de vida
Só angústia em seu pobre coração
Solidão, a cada dia mais sentida

E no lúgubre casebre miserando
Onde de dia entrava a luz do sol
E à noite o luar, o iluminando
É hoje negrume, sem o arrebol

A doce e amada esposa que partiu
Era a intensa luz do sol, era a lua.
A dor lancinante que ele sentiu
Mesmo que viver possa, continua

Não esquece a afeição tão meiga e doce
Dum amor que foi puro contentamento,
Alegria, e mesmo que assim não fosse
Foi um raio de sol no firmamento!

Porangaba, 15/08/2013
Armando A. C. Garcia

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Vileza


Vileza


Seu coração trespassado
Pela dor que lhe causou
Saber que tinha a seu lado
Quem sua honra injuriou

Ninguém possa por paixão,
Condoer-se da fraqueza
É culpada e sem razão
Cometeu toda vileza

Tão grande foi a crueza
Que seu coração sangrou
Na mais profunda tristeza
- Para a morte se lançou !

A rodopiar no infinito
Sua alma condenou
E num suspiro *contrito
Aos pés de Jesus, orou.

O amor leva à loucura
E leva a vida pra morte
Numa reflexão escura
Desvia o rumo do norte

A vergonha encerra dor
Gela sangue e coração
E o sofrimento é maior
Diante da desilusão !

*pesaroso, - não confundir com constrito
Porangaba, 30/05/2013
Armando A. C. Garcia

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As lágrimas que pranteei


As lágrimas que pranteei

Não queiras dividir comigo
As lágrimas que pranteei
Nem ao maior inimigo,
Como praga, lhas rogarei

Até as estrelas do céu
Que ficam lá no infinito
Ouviram o pranto meu
Só tu, não ouviste meu grito

Dever-me-ias ofertar
Uma vida de carinho
Ou invés de enveredar
Em busca de outro ninho

Impossível acreditar
Que de tal fosses capaz,
Em teu coração abrigar
O amor desse rapaz...

Cada qual diz o que sente
Saudades a gente as tem
Quando o coração consente
Sua alma, diz amém !

Nenhum grito de revolta
Se ouviu do meu coração
Apenas a mágoa solta
Perdida na desilusão

O coração nunca mente
Quando ama de verdade,
A alma não fica ausente
A saudade, é a culpada !

São Paulo, 27/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Muralhas de Escuridão


Muralhas de escuridão


Muralhas de escuridão
Na mente das criaturas
Levam outras, e sem razão
Ao caminho das sepulturas

Fruto de desentendimento
Imposto nas agruras do fado
Desespero e sofrimento
Para ambos os dois lados

Ausência de raciocínio
De educação e amor
E carência do domínio
Contra o seu obsessor

Quando infortúnio e desgraça
Batem à porta de alguém
- Se sem fumo, e cachaça
Deixam a ira aquém !

São Paulo, 12/10/2013
Armando A. C. Garcia

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m

Esperança no futuro


Esperança no futuro


No auge do *paroxismo da inocente culpa
Que estrangulava seus íntimos segredos
Pediu encarecidamente sua **exculpa
Pelos dias que trilhou caminhos ledos

Penetrou o mistério das lousas pedras
Onde se esconde pelo rutilante brilho
Um filão de ouro naquelas rochas negras,
Tornando em homem rico o maltrapilho

Brilhou finalmente a sua bela estrela
Num clarão eterno de felicidade
Que a luz consoladora, teve piedade

Acendendo claridade ao dia escuro
Dando esperança ao fraco de que o futuro
Regido por Deus, nos afasta da procela !

•Auge;apogeu
** desculpa
São Paulo, 27/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Vergonha Nacional


Vergonha Nacional

Abjeção, degradação da moral
Daqueles que nosso povo representam
Sem respaldo à lei civil e penal
Com nefasta decisão o inocentam

É uma grande vergonha sem igual
Interminável fila de interrogações
Sua conduta está longe do ideal
Merecendo nossas reprovações

A inconstitucionalidade é clara
Afronta o artigo quinze, inciso terceiro
Ora, pois. A Câmara se declara
Com poderes superiores ao do timoneiro

É o fruto amargo da incompreensão
Purificador da tragédia, peculato
Deixando cair a máscara da isenção
Com desrespeito à lei, produto de seu ato.

É a catástase da tragédia grega
Onde o acontecimento se esclarece
Próprio da arena onde se refrega
O que na improbidade se enaltece

Pensando estar acima do bem e do mal
Fazendo sempre o que lhes apetece
Relegando a segundo plano o nacional.
Uma laranja ruim, outra apodrece.

São Paulo, 30/08/2013
Armando A. C. Garcia

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Expressão de delírios


Expressão de delírios


Quando aspiro o perfume inebriante
Que teus delicados seios exalam
Fico alegre, efusivo, irradiante
Pelos delírios que de ti propalam

Albergam um deleite incompreensível
Quando meu quarto envolto na penumbra
Do ato inconseqüente, indescritível
Almejas o vigor que te deslumbra

Deixo-te sorver na fonte do prazer
Nesse mundo que é todo fantasia
Até você saciar-se de beber

E ao atingir a satisfação plena
Do gosto que o líquido inebria
Gravarás na mente aquela cena !

Porangaba, 24-05-2013
Armando A. C. Garcia

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Que sina


Que sina,

Que sina, que triste sina
Deus criou para os dois
Ela, sua concubina
Ele, o baião de dois

Ele, perdeu todas esperanças
Com elas, sua ilusão
Como já não são crianças
Melhor a separação

Tanta ventura sonhada
Virou pranto e desgosto
Que sina desventurada,
Marca de dor, em seu rosto

Amar, viver e ser feliz
Abandonar o vazio
Seria meta, diretriz
Bem longe do desvario

Todo amor tem o seu preço
Como o tem a sua dor
Sua sina, de insucesso
Vontades do Criador

Mudar-lhe a sorte impossível
Deambulam pensamentos
Ambos choram. É incrível...
-Suportar esses momentos.

Porangaba, 28/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Sem limite


Sem limite

Como incrustada em onírica raiz
Que nutre o coração e o faz feliz
A saudade não tem limite nem hora
Apodera-se de nós, muito embora

Estejamos da vida descontentes,
Os sonhos germinam qual sementes
E estiolam qual fruto que maturou
Ao sol estival e ninguém retirou

E dos galhos da árvore fez seu leito
Alinhavando no horizonte seu crepúsculo
Qual ave, que migrando teve o peito

Trespassado por flecha tão certeira
Que caiu inerte, sem um músculo
Que pudesse amparar sua caveira !

São Paulo, 01/07/2013
Armando A. C. Garcia

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Da mãe natureza


Damãe natureza

Parecesempre tudo igual, reconheço

Mashá substancial mutação em apreço

Etodos os fenômenos da mãe natureza

Têmde Deus o prodígio, e sua justeza

Depólo a pólo, da eólica fúria do vento

Àfúria insana do oceano em movimento

Forçaimensa que de glórias preconizam

Osfeitos Teus, que de amor enraízam

Doalbor da manhã, até ao sol poente

Davoz do trovão à escuridão da noite

Entreo céu brilhante e a horrenda tormenta

Daandorinha sem teto, à estrela cadente

Doleão indomável, ao flagelo do açoite

Tudo,tem a mão de Tua ferramenta.

SãoPaulo, 13/01/2014
Armando A. C. Garcia

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A compra da refinaria Pasadena


A compra da refinaria Pasadena


Quarenta e dois milhões e meio de dólares

Foi o preço pelo qual a Astra a comprou

No ano seguinte os Belgas venderam metade

Por trezentos e sessenta milhões de dólares.

Sabe quem! generosamente, a comprou...

Com cláusula obrigando à compra da outra metade?


Se não sabe, eu te direi, foi a nossa Petrobras

Obrigada a adquirir a outra metade por mais do dobro

Do que ela pagou no primeiro pagamento.

A empresa que andava pra frente, andou pra trás

É da inteligência desse pessoal que eu cobro

Explicações para esse péssimo investimento.


Afinal, se a petrolífera não processa o óleo

Produzido no Brasil, qual o motivo da compra ?

Negócio irregular é o que se pode entender

Ninguém faz uma empresa falida dar petróleo

A não ser a Petrobras, isto nos assombra !...

Agora, vender a sucata... milhões vai perder


A ministra chefe da Casa Civil, por ironia

Então presidente do Conselho Administrativo

Da Petrobras era Dilma Rousseff, presidente

Diz não saber o que assinou, porque o faria...

Quem assina, o que não lê, não é defensivo

E muito menos, criterioso e prudente !


Agora, sobra essa conta, para nós pagarmos,

Duma administração caótica e desordenada.

De cento e oitenta milhões de dólares foi a proposta

Para compra da sucata... só resta entregarmos

Se afinal, não vale nada, como foi valorizada

No ato da compra. Negociata, eis a resposta !


O mais irritante neste episódio, é o baixo lance

De diretores afastados, dependurando-se

Imediatamente em outro cargo semelhante

Chego a crer que honorabilidade não tem alcance.

Prejudicando o erário, os conchavos ajeitando-se

No meio político, terá um cargo importante !


Porangaba, 22/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Natal - 2013


Natal - 2013

Senhor! Eu O espero novamente neste Natal.

Neste Natal, oremos pela Paz
Que haja paz em todos corações
Que haja paz em todas as Nações
Neste Natal, oremos pela Paz.

A exaltação, os ânimos domina
Que seja aplacada, pelo amor
Que em vez do grito, seja a flor
O pendão a desfraldar, rotina.

O denso véu que cobre consciências
Dos nossos governantes. Desperta !
Pra que não hajam, mais divergências
E sim, realidade, pura e certa

Seja o progresso moral a meta.
Extirpa a ganância do vil metal
Que o amor, e a paz neste planeta
Sejam sempre o lema principal

Enche de brandura os corações
Sejam os irados benevolentes
Leva a eles a verdade e as razões
Pra que sejam mais condescendentes

Neste Natal, Senhor, esparge a paz
Em todos os lares deste planeta
Leva um pouco de ventura vivaz
Ao morador da casa, e ao da sarjeta

Aurora de paz, nas taperas sem pão
A chaga de pobreza é imoral
Senhor, desperta o rude coração
Daqueles que são a chaga Nacional !

São Paulo, 31/10/2013 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
Feliz Natal e Alvissareiros
sucessos de Próspero Ano Novo - 2014
Leia - coletânea com 22 poesias de Natal
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Tremenda Injustiça


Tremenda Injustiça


Senhores Deputados, Senhores Senadores
Ouçam do nosso povo os seus clamores
Chega de violência e impunidade
A ditadura, já nos dá saudade


Sendo democrata, devo admitir
Que este governo só faz consentir
Nos atos cruéis, tremenda injustiça
Que não pune a valer, quem pisa na liça.


Superior a cem anos, chega a ser a pena
Que a justiça absurdamente condena
E essa mesma justiça, dá liberdade
Antes de cumprir um décimo da metade !


Cansado o povo, não aguenta mais
O governo mouco, não ouve seus ais
O criminoso, em tudo é atendido
Parece até, que o povo é preterido.


Um rastro de sangue, amargura e dor
Trajetória infame, cruel desamor
Sofrimento atroz, violenta tortura
Impõem às vítimas a sepultura


A pena de morte, é por eles praticada
Sua integridade, não pode ser violada.
Somos reféns em nosso próprio lar
Na rua ou em casa, em qualquer lugar


Têm poder de fogo, pronto a matar.
A pobre justiça, sem força a capengar
Deixa nosso povo à mercê do bandido
Que apesar do seu crime, não é punido!


A Lei das Execuções Penais, precisa mudar
A sentença condena. Ela, manda soltar...
Afinal o veredicto, não tem valor
Deveria ser irrevogável, como do *exator


A decisão aplicada a quem transgride,
Não deveria malsinar o que decide.
Vemos a justiça deixar impune
Descumprir seu dever, é azedume.


Jamais, poderia conceder perdão
Sem cumprir totalmente a punição
Isto é prisma de governo decadente
Que não sabe governar a sua gente


Ou então, tem receio que a lei recaia
Sobre si. Já que hoje na tocaia
Vale tudo pra eles e nada acontece
Na pobreza, que honra abstrata tece.


No mesmo patamar, eu sinto dor
Deste povo ordeiro, trabalhador
Sem a proteção devida do estado
Vira presa fácil do celerado


Que, certo do reino da impunidade
Além de roubar, mata sem piedade
A vítima é prostrada e amordaçada
Em sua própria casa, ou na calçada


Nossa justiça, não está do seu lado.
Ampara o ladrão, o vil do safado
Que rouba e mata, sem arrependimento
Comete crime atroz, sem constrangimento


Em pouco tempo ganha a liberdade
Assim, pode roubar e matar à vontade
O próprio governo ainda lhe dá propina
Auxílio reclusão de acerca de duas quina


Pra quê, trabalhar, pra quê, cogitar
Se do ato fatídico, ele pode alcançar
Em poucos segundos, um mês a laborar
E a lei, conscientemente o está a afagar


No entra e sai, da caminhada percorrida
Na senda do crime está sempre envolvida
Sua vida. Devassada de crueldade
De cativeiro em cativeiro, só maldade.


Latrocínios, estupros e roubos sem par
Estrugem sua capivara de arrepiar
Houvesse um castigo verdadeiro
Apenas um, constaria no roteiro.


Mas; nesse prende e solta da justiça
Ninguém cumpre sua pena inteiriça
Não sei se culpar o sistema que o solta
Por saber, que logo ele, está de volta


Ou se culpo o Juiz que o solta sem aplicar
Uma medida de segurança impar
Capaz de torná-lo menos feroz
Fazê-lo ao menos, semelhante a nós.


Da menor idade


Tremenda aberração essa tal de idade
Boa parte da desajustada mocidade
Tem capacidade para votar. Se matar...
É infrator. Seu crime não vai pagar.


Pode traficar, estuprar e roubar
Sua conduta, a lei não a vai parar.
Se adolescência é a idade das ilusões
Sabe que não vai enfrentar os grilhões


Porque a lei o protege em demasia
Assim, tudo pra ele é fantasia
As atrocidades, não constarão
Do prontuário ao atingir a maior idade.


Têm carta branca para todos os ilícitos
**Brumosamente eles são explícitos
Por isso os facínoras nada temem
A desgraça atinge as vítimas que gemem


Vão semeando o pânico e o terror
E quando atingem a idade maior
'stão Diplomados na criminalidade
Desta forma fazem seu affaire sem piedade


Verdadeiros monstros, sanguinários
Matando de crianças até octogenários
Armados até os dentes, tal terroristas
Armam ciladas às escuras, ou às vistas.


Bizarro comportamento de conduta
Estranho modo de vida, sem labuta.
Que dirão do seu trabalho à família
O discurso de uma púnica homilia.


Nada os detém, face à tal impunidade
Reinante no seio da justiça. Ilogicidade
Por isso. Célere, agride e transgride,
Com brusca rudeza, impõe sua lide.


O povo, não aguenta mais a situação
Ouvimos no rádio, vemos na televisão
Protestos de famílias que são atingidas
Que faz o Congresso!... pra salvar suas vidas?!


Mantêm o silêncio, com medo, talvez
Que a lei que surgir, apeie seus pés
Mas esta situação, terá de acabar
Deste jeito que está, não pode ficar.


Acordem Senhores, faça-se a justiça
A que hoje temos, é singela premissa
E sem os excessos da tal trabalhista
Que aceita o pedido constante da lista


Não tenha receio de falar a verdade
Aberta a cortina, surge claridade
O pensamento transporta a semente
Que cairá em terra fértil, certamente.


Ouçam a voz do povo * Cobrador de impostos
Ela é a voz de Deus. ** vagamente


Porangaba, 30/03/2013
Armando A. C. Garcia


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Amor onírico


Amor onírico


Nos meus sonhos cor de rosa
Sempre sonhava contigo
Tu, a linda mariposa
Prometendo casar comigo


Os tempos foram passando
Tu, te afastando de mim
Os sonhos continuando
A mentir, com o teu sim !


E nessa onírica ilusão
Cegamente confiava
Nesse amor de perdição
Que fingindo me amava


A mente cria ilusões,
Que o coração aninha
São as chamadas paixões
De quem na neve caminha


Não lamento minha sorte,
Nem jogo pragas à vida
Porque sei que nem a morte
Cicatrizará a ferida !


São Paulo, 21/08/2014
Armando A. C. Garcia


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Viver sem amor,


Viver sem amor,

Chora o coração magoado
Sem amor, fé e alegria
Na amargura do fado
Chora noite, noite e dia

Não sei qual é o castigo
Pior que a vida me deu
Se, o de sonhar contigo
Ou, do amor que se perdeu

Sem um adeus passageiro
Partiste sem despedida,
Percorri o mundo inteiro
Buscando-te nesta vida

A vida nos desuniu,
Quando o amor, era criança
Se o mundo, assim nos puniu
Parece morta a esperança

Nem toda esta agonia
Tirou-me a esperança vã
De que um dia podia
Tornar a espera louçã

O silêncio na penumbra,
Cobriu a lua e o luar
O seu amor me deslumbra
E não me deixa enxergar

Outra mulher a meus olhos
Desilusões do passado
Que carreguei aos molhos
Num coração magoado

Naufrágio em mar profundo
Vaticínio de um abismo,
Meu único amor do mundo
Que com ele, ainda cismo !

São Paulo, 09/10/2013
Armando A. C. Garcia

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A voz da alma


A voz da alma

No prado o verde luzente
Onde a flor exala o perfume
No riacho transparente,
De peixes, vejo o cardume

Correntezas de harmonia
Na natureza em flor
São ornamento e magia
Da casa do Criador !

Vamo-nos distanciando
Do jardim que Deus nos deu
Os campos, vamos trocando
Pra morar em arranha-céu

Deixamos a paz, e a graça
A tranqüilidade, o encanto
Por cidades, onde escassa

A vegetação, é desencanto
Na floresta de concreto
Onde viver, custa tanto !

São Paulo, 12/01/2013
Armando A. C. Garcia

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Aos desesperançados


Aos desesperançados

Aos desesperançados e flagelados
Se pudesse, eu diria que na terra
Os bens maiores a serem conquistados
São a luz e a paz que ela encerra

O infortúnio, pudesse desvendar
Para mostrar os enigmas profundos
Que envolve a luz espiritual no lar
No fadário imortal de novos mundos

A vós que padeceis escravizados
Libertai-vos do ódio e do rancor
Pra que um dia sejais abençoados

Por nosso Pai Supremo, o Criador.
Na redenção das almas, o pecado
É a falta espiritual de puro amor

Porangaba, 31/07/2013
Armando A. C. Garcia

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Homenagens ao dia da Mãe


Homenagens ao dia da Mãe

MÃE !

Mãe, é palavra Divina
No seio da humanidade
Na vida traz a alegria
Na morte deixa a saudade !

São Paulo, 07 de maio de 2009
Armando A. C. Garcia


Mãe I


Ama-a, cheia de defeitos ou de bondade
Ama-a tal qual é, porque ela é tua mãe
Não lhe meças os erros se é que ela os tem
Tampouco a enobreças se for cheia de bondade.

Ama-a, porque ela deu um pouco de si mesma
E dessa dádiva, brotou um rebento. És tu!
Que ela, jamais, deixou secar enquanto que tu...
Tornas-te indigno de ser filho dela mesma.

Ama-a, como um filho deve amar sem preconceitos
Porque o amor de uma mãe não pode ser ultrajado
E aquele que o fizer, será eternamente condenado.
Será um réprobo, um monstro, sem mais direitos.

Cobre de beijos, sua pele já sulcada de rugas
E em cada fio de cabelo argenteado
Deposita um beijo e perdoa seu pecado
Assim como ela em criança perdoava tuas fugas.

Mas se assim não for, redobra então teus carinhos
Para que um dia, quando morrer, leve na lembrança,
A certeza de que na terra deixou uma esperança!...
A quem mais tarde, será a luz de seus caminhos.

São Paulo, 04/04/1964
Armando A. C. Garcia


Mãe II

A palavra pequenina
Que maior carinho tem
É a palavra Divina
Que tem a expressão de Mãe !

Mãe é palavra sagrada
Cheia de amor e amizade
Mãe... é a expressão mais amada
Sinônimo de Felicidade.

São Paulo, 21/04/2004
Armando A. C. Garcia


Mãe III

Presta a justa homenagem
À mãe, rainha do lar
Que reflita sua imagem
Como santa no altar

Lembra-te dos seus carinhos
E dos desvelos sem fim
Orientando teus caminhos
Qual lâmpada de Aladim !

E nesta data festiva
Enche de paz e alegria
E leva a tua rogativa
Aos pés da virgem Maria

Só em ter-te concebido
Carregando-te no ventre
Deves ser agradecido
E louvá-la eternamente

São Paulo, 04/05/2004
Armando A. C. Garcia


MÃE (IV)
I
Carinhos quantos me deste
Ó minha mãe tão querida
Mil afagos, tu soubeste
Colocar em minha vida
II
Velaste noites a fio
Quase sempre, sem dormir
Quer no calor, quer no frio.
- De dia, alegre a sorrir
III
Em teu regaço ó mãe
Aprendi sempre o melhor
Ensinaste-me, também
Quem foi do mundo o Feitor !
IV
Bendita seja a mãe
Que na palavra interpela
Fazendo do filho alguém
Na expressão lúcida e bela
V
Com o tempo fui crescendo
- Sempre tu a orientar-me
E em teus conselhos, aprendo
A do mal, sempre afastar-me
VI
Em minha alma gravaste
Princípios de honestidade
E quantas noites passaste
Velando minha mocidade
VII
Eu, fui crescendo na vida
Tu, prateando os cabelos
Ias ficando envelhecida
Mantendo os mesmos desvelos
VIII
Oh! Se eu pudesse voltar
Aos tempos de minha infância
Teu rosto iria beijar
Com ternura e *jactância
IX
O tempo nada perdoa
Consome até a esperança
- Mas deixa uma coisa boa
Que é, a eterna lembrança !
* orgulho - altivez
São Paulo, 26/04/2008
Armando A. C. Garcia


ÀQUELA QUE VAI SER MÃE ! ...

I
Vai ser mãe não tem receio
A espera é um anseio
É esperança, é alegria
De fecundar sua cria
II
O amor em si, canta e vibra
Ela é força que equilibra
Aurora cheia de brilho
É mulher. Espera um filho
III
Ao seu filho tão amado
Sempre estará a seu lado
Cuidando e dando carinho
Tal como a ave em seu ninho
IV
Será amável dedicada
Alma em sonhos perfumada
Da rosa pétala flor
Magia dum amor maior
V
Como rocha, firme e forte
Enfrentas até a morte
Pela primorosa flor
Fruto de um grande amor!
VI
Vais ser mãe. Bendita sejas
E em minha prece singela
Peço a Deus p'ra que não sejas
A mãe de outra Isabella !

São Paulo, 26/04/2008
Armando A. C. Garcia



ÀS MÃES, QUE DEUS JÁ LÁ TEM !

Às mães, que Deus já lá tem
Que glorificadas sejam
Amor de todos amores. Mãe



Oh! Quanta falta tu fazes
Aos meus anseios de vida
Sem teus conselhos querida
Meus desejos incapazes

De trilhar todo caminho
Só temores atormentando.
A casa, não é mais ninho
Como o foi, no teu passado...[

Ò se pudesses voltar
Ao convívio novamente,
Como iria te amar
Numa ternura envolvente

Mas se assim não pode ser
Eu sei que o Criador
Do Universo, se quiser
Com seu Dom inspirador


Pode levar até ti
Amostra do meu amor
Para saberes que senti
Com tua falta, grande dor!

São Paulo, 28/04/2005
Armando A. C. Garcia
E-mail: [email protected]

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Fez da casa o baluarte


Fez da casa o baluarte

Há um silêncio profundo
Desde a criação do mundo
O homem com sua arte
Fez da casa o baluarte

Nas cavernas a primeira.
De pau a pique e esteira
Foi arquitetando melhor
Até chegar ao promissor

Sua força sempre usou
Nunca nada lhe faltou
Na senda desse progresso
Alcançou o seu sucesso

Com suas mãos e labor
Intelectual, ou servidor
Reformulando conceitos
Sem perenizar defeitos

Na obra do Criador
Foi pedreiro, agricultor
Conquistador e guerreiro,
Alfaiate, sapateiro

Amante da liberdade
Defensor da integridade.
Desde o início foi assim
Lutou por séculos sem fim

Foi escravizado e liberto
Retrocedeu, não foi certo
Dezoito séculos atrás
Da era que hoje estás

Hamurabi, o rei sábio
De sua boca e seu lábio
Com uma visão apurada
À humanidade devotada

Criou as lei de justiça
Que até hoje, a cobiça
Não as deixa aplicar
No contexto de *acoimar

Aquele tempo, vejam só
Nem Josué em Jericó
Mediante poder Divino
Ao Ser, deu maior destino

O tempo foi-se passando
O homem se aprimorando
Quase tudo evoluiu
Vejo, que a lei, regrediu

Esse rei era tão sábio
Criou com seu alfarrábio
Duzentos e oitenta artigos
Pra punir os inimigos

Da paz e da harmonia
Pra manter a calmaria
De seu reino, de seu povo,
Jogando os ruins no covo

Hoje, tal não acontece
Sofre o povo, se aborrece
O inimigo dá risada
Goza da lei, dá porrada

O povo é crucificado
Morto na rua, no prado
Mata, as vezes que quiser
Nada vai lhe acontecer

Essa lei, que hoje aí está
É mais digna de satã
Que do seu adversário
Mesmo que seja falsário

É situação desonrosa
No bom sentido da prosa
Tropeços, sobre tropeços
Inflação, altos preços

Gente que luta e labuta
Que não vive mais na gruta
Mas que tem de se esconder
Sem lei, para a defender

Construiu prédios e casas,
Voou, como tendo asas
Foi à lua, vai a marte
Vai enfim, a toda parte

Percorrendo o infinito
É tudo muito esquisito
Se não tem dentro de si
Vero amor, só frenesi

Com muita dificuldade.
Muita força de vontade
Vai superando os agrores
Esperando dias melhores

Enquanto estes não chegam
Os bons a Deus se achegam
Como pobres inocentes,
E até parecem doentes

Que o mal não sabem extirpar
Deixando-o campear
No seio da sociedade
Ferem nossa liberdade

Até quando minha gente
Teremos na nossa frente
Um governo desastroso
Que não prende o criminoso

E ainda lhe dá perdão
Saídas com permissão
E o pobre, o que labuta
Vive, igual a prostituta.
* castigar; punir

São Paulo, 25/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Algumas das leis do Código de Hamurabi:

- Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então aquele que enganou deverá ser condenado à morte.
- Se uma pessoa roubar a propriedade de um templo ou corte, ele será condenado à morte e também aquele que receber o produto do roubo deverá ser igualmente condenado à morte.
- Se uma pessoa roubar o filho menor de outra, o ladrão deverá ser condenado à morte.
- Se uma pessoa arrombar uma casa, deverá ser condenado à morte na parte da frente do local do arrombamento e ser enterrado.
- Se uma pessoa deixar entrar água, e esta alagar as plantações do vizinho, ele deverá pagar 10 gur de cereais por cada 10 gan de terra.
- Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com ela, esta mulher não será considerada esposa deste homem.
- Se um homem adotar uma criança e der seu nome a ela como filho, criando-o, este filho quando crescer não poderá ser reclamado por outra
pessoa.

A alma do poeta !



A alma do poeta !

A alma do poeta amargurada
De tão exangue está desfalecida
Não pode suportar esta parada
Se, por tão grande chaga, foi ferida

Só Tu, ó Deus! só Tu, de imenso amor
Podes amenizar a dor não consentida
E aplacar das têmporas o suor
Frio das lágrimas da despedida

Ouve Senhor, o clamor do meu peito
Mitiga a dor que consome o coração
Meu sonho de vida, já foi desfeito

Ampara os últimos dias com afeição
Sê Tu, para mim o amor perfeito
Já que na vida, só tive enganação !

São Paulo, 13/07/2013
Armando A. C. Garcia

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Vestido de amor


Vestido de amor...

Vestido de amor, não pude-me calar.
Nos retalhos da vida guardei o medo
Tu, que eras a rainha de meu segredo
Havia chegado a hora de revelar

Puídas pelo tempo mossas diferenças
Desgastadas pelo tempo de sedução
Tu, que sempre me olhavas sem emoção
Agora posso dizer,-te, não me esqueças

Porque à noite quero balouçar teus sonhos
As agras, torná-las hei de felicidade
Dar-te-ei ternos desejos, para ti bisonhos

Intensos e cobiçosos pra qualquer mulher
Sentir-se amada, com jactanciosidade.
Eu, serei para ti o amor que vez crescer !

Porangaba, 22/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Acepipes principescos


 

Acepipes principescos

 

 

D’acepipes principescos

No menu do Maranhão

Banhos de sol e refrescos

Tonelada e meia de camarão

 

Como se tal não bastasse

Oitenta quilos de lagosta

E, pra que nada faltasse

Um milhão. Eis a resposta

 

Patinhas de carangueijo

Só, setecentos e cinquenta quilos

Não sei explicar de queijo

Mas de peixe, dois mil quilos

 

D’carne, cinco toneladas

Do guaraná marca Jesus

Dois mil e quinhentos litros

Cinquenta caixas de bombons

 

Bons canapés de salmão

E coqueteis de mariscos

Empanadas de camarão

E caviar. Eis os petiscos.

 

Regados a vinhos importados

Franceses ou portugueses

Italianos,aprimorados

Comos champanhes Franceses

 

Como prato principal,

No menu: filé mignon

Ao molho de gorgonzola,

E, também à provençal

 

Pato ao molho laranja

Carne de carneiro e cabrito,

Tem risoto de lagosta

Caldeirada de camarão,

 

Um bacalhau com natas,

E um risoto de peru.

Comporiam as magnatas

Receitas desse menu.

 

Afronta ao assalariado

Deste povo miserável

Onde a compra no mercado

Mal dá pro indispensável

 

Arroz, feijão e farinha

O ovo e o macarrão

Pão e café, na cozinha,

Um dia tem, outro não .!

 

Ver este tal de absurdo

País em desenvolvimento

Nosso governante, é surdo

Ou tem, cabeça de jumento

 

No grão estilo de vida

O governante se esquece

Que sua atitude é medida

Por aquele que desmerece

 

Nosso povo mal nutrido

Sem pão, e sem moradia

É do governo esquecido

A quem dá tanta regalia

 

Cala por medo, ou vergonha

Sem um grito de rebeldia

E numa esperança visonha,

Sem poder, dá mordomia !

 

Desperta meu povo querido

É hora de dizer basta

Teu civismo adormecido

Há meio século se arrasta !

 

Porangaba, 10/01/2014

Armando A. C. Garcia

 

 

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As marginais e ou o marginal


As marginais e/ou o marginal

As marginais e/ou o marginal
Palco de convulsão e vandalismo
Espetáculo degradante e brutal
Sem um pingo de amor e de civismo

O rancoroso desintegrado da posse
Em agressiva vingança intolerante
Promove barricadas, como se fosse
O dono das marginais, naquele instante

Atravessa ônibus, saqueia os veículos,
Dos reféns d’ato, com a passagem obstruída
O desespero toma conta. São ridículos
Os meios de protestar e sua investida

O cidadão que sustenta toda máquina
Fica à mercê d’ intolerância irracional
O governo em suas atitudes de messalina
Não coíbe a baderna, no radical

Poderia do alto do helicóptero afastar
Com balas de borracha os meliantes,
Bem como pôr a cavalaria a enfretar
E a Rocan, para prendê-los em flagrantes

Suas atitudes fracas, geram forças brutas
Nosso governo, tem os meios, e não os usa
Se o maestro, não sabe usar a batuta
A afinação da orquestra fica confusa

Nessa semelhança, o meliante abusa
Sabendo que a punição não o alcança
Enquanto a população fica reclusa
O crime, a cada dia que passa, avança

Até quando... teremos esta intolerância
Os ladrões recebem todas as benesses,
No quadro dos mensaleiros, a impotência.
E, vê-los-emos em breve, em novas messes !

Estes, denominam-se presos políticos
Aberração ao vernáculo lusitano
Língua pátria, qu’em todos sensos criticos
Apelidá-lo desse termo, é puro engano!

Mas como nós, de engano em engano
Temos sido, constantemente enganados
Na frágil consciência do político insano
No encontro desses vis, entre os humanos

Suas mentes fantasiosas persuadem
Maquiando seu intento, ao eleitor
No disfarce maquiavélico invadem
... Se desprovido de boa-fé, o confessor !

Estes, são os ladrões do alto escalão,
Aqueles, os sem casa, os pés rapado
Aos que tudo falta, por vezes até o pão
Mas o crime, é igualmente tipificado

Surgem, entretanto sérias divergências
Os primeiros, são considerados excrecências
Os segundo serão sempre excelências
Mesmo no palco de tantas pestilências !

Porangaba, 23/11/2013
Armando A. C. Garcia

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Trova em chamas !


Trova em chamas !

Pouco entendo dessa chama
Chama, que se chama amor
É perdição de quem ama
Do desprezado, é dor

Porangaba, 27/04/2013
Armando A. C. Garcia

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As mãos do fado


As mãos do fado

Unir meus dias aos teus
Meu primeiro pensamento
Mas por vontade de Deus
Não tive o merecimento

Pensando que t’esqueceria
Vi os anos se passarem
Lutei, o quanto podia
Pra’s saudades, isolarem

Quanto lutei, só eu sei
Minha prece não ouvida.
-Eu juro, que confiei
Ser uma causa perdida

Minha sorte, foi mesquinha
Foi cruel e desumana
Fazer-te minha rainha,
Tal idéia, foi insana

A dor que rala, dispara
Desilusão tão sofrida,
Que as mãos do fado separa
Em derradeira despedida.

Porque desventura tanta
Quem ama deva sofrer
Nem mesmo, a virgem santa
Se condói d’seu padecer.

Não sucumbe tua imagem
Em minha imaginação
Ela, já fez hospedagem
Dentro do meu coração !

São Paulo, 24/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Correnteza em desalinho


Correnteza em desalinho

Oh! Saudade ! Oh! Ansiedade
Na correnteza em desalinho.
Na pipa; provando o vinho
Oh! Lembrança da mocidade

Minha terra de ar puro e sol
Lembrei-me de ti, como mãe,
A terra onde gera, o é também
Terra, onde trina o rouxinol

O alecrim e rosmaninho
Nascem e crescem sozinhos
Oh! que saudades do caminho
Que levava às minhas vinhas

Quando subia nas muralhas
Sentia-me qual dono do mundo
E num sentimento profundo
Das ameias via a batalha

Batalha de sonhos perdidos
Neste mundo, pura ilusão
Meus sonhos foram preteridos
Deles, restou a dor da paixão

Quando batem as saudades
Não há defensivo possível
Há desejos, há densidades
A avolumar o inconcebível

Lembrei de ti, segunda mãe
Terra querida e venerada
Onde nasci, cresci também
Hoje, pela distância separada

Destino, ou vontade de Deus
De ti, fui pra sempre afastado
Espero que um dia lá dos céus
Eu possa estar mais a teu lado!

Quando digo que tu me intentas
A pensar em ti, tanto e quanto
Porque será que não me isentas
Desta saudade que eu pranto ?

Porangaba, 26/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Intercede Jesus !


Intercede Jesus !

Intercede por nós ó Bom Jesus
Em todos os atos de nossas vidas
Para quando, sob o madeiro da cruz
Possamos redimir nossas feridas

Dá-nos a compreensão e a luz
A subserviência da humildade
A sublimação que a Ti nos conduz
E a benevolência da caridade

Dá-nos Senhor o Teu merecimento
Para que possamos ver a Tua luz
Guia nossas vidas e, comportamento.
Nossa angústia e sofrimento reduz !

Em Ti, depositamos a esperança
De um dia poder alcançar o céu
Está em Ti, o caminho de bonança
Que nos levará ao clarão da luz !

São Paulo, 10/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Trotskistas Brasileños


Trotskistas Brasileños

Que País é este que tolera
Atos de selvajaria e os acoita
A lei esconde-se atrás da moita
Então... o criminoso impera

Incendeia ônibus e caminhões
A imprensa os televisiona,
A polícia, sem restrições
Vira assistente da intentona

Parece que temos um Governo
De apedeutas visionários
Candidatos ao inferno
P’los anseios comunitários

Onde o poder, pelo poder
É a prioridade absoluta
Seu apreço é combater
Levando o povo à luta

Decretos totalitários
Dão direito ao invasor
Os pobres dos proprietários
Perderam o seu valor

Rendem tributo à droga
Tiram os símbolos de Deus
Da igreja e sinagoga
Desacreditando os céus.

Demonstrando complacência
E conivência com o crime
Deixam os seus comandados
Jogarem no mesmo time

São trotskistas formados
Na academia do PT
Com estudos avançados
Pra tomar tudo, de você !

Consentimento calado
Do comando da nação
No pior, mais delicado
Espectro da confusão

A propriedade privada,
A lei, não respeita mais
Hoje, é página virada
O invasor, manda nas tais

Queimam ônibus, caminhões
Nas ruas e na estrada
E o que acontece aos vilões
Absolutamente... nada !

Sem ninguém que os impeça
A impunidade é total
Tapam o rosto e a cabeça
Ninguém os prende, afinal

Pensa bem com teus botões
Se algo, não está errado
No auge das confusões
A policia, quieta ao lado.

Ninguém impede a façanha
Deixam botar fogo na lenha
A safadeza é tamanha
Que nem a lei, deles desdenha

São trotskistas preparados
Instruídos pra badernar
Em todo país e estados
Pro tal regime implantar

Eu avisei, minha gente
Que esse pessoal de Cuba,
Não vinha curar doente
Só, participar da suruba

Meu povo, bom e pacato
Não se fie em altruísmo
Nada no mundo, é tão ingrato
Como esse tal de comunismo

Não se engane minha gente
Dão bote igual à serpente
A picada mal se sente,
O veneno é abrangente

Não fiques de pés balançando
Sentado, na tua cadeira
Levanta, mostra quem és
Que tens a força guerreira !

São Paulo, 29/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Anomalia !


Anomalia !


Se um dia, essa estrela se apagar
Como será a vida aqui na terra
Sem o calor dos raios a brilhar
Será o fim da planície e da serra

Transformar-se-á em noite, o dia
Congelar-se-ão os rios e mares
E a terra tornar-se-á tão fria
Que as trevas congelarão os ares

Nem as chamas da floresta a crepitar
Poderão de novo o mundo aquecer
Nenhuma força nos poderá salvar
- A única solução plausível é morrer

São Paulo, 12/10/2013
Armando A. C. Garcia

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O grito de Alerta!


O grito de Alerta !

A antítese no preço da passagem
Não foi somente ela, o estopim
O povo cansado da libertinagem
Saiu às ruas para pedir um fim

Um fim, à corrupção e ao crime
Ao que erra, mais rigor na punição,
Punição ao menor, que não o anime
Nem ao roubo, nem à malversação

Nosso povo abomina tais abusos
Justaposição a tão vis afrontes
Que se antepõem aos costumes e usos
À moral, à paz, a novos horizontes

Aumento no preço do arroz e do pão
Do café, do açúcar e do feijão
Tudo aumenta e diz qu’não há inflação
O povo está cansado de submissão

De fronte às ironias e lacunas
Na guinada do ângulo obtuso
Qual a onda do mar frente às dunas
Em face ao descaso e ao abuso

Porquanto, logo após a eleição
Ignoram compromisso assumido.
Nas campanhas, beijam a tua mão
Depois, o nada é sempre repetido

O povo cansado deste marasmo
Extrema atonia, indiferença
Foi às ruas gritar contra o sarcasmo
Clamar em prol de sua independência.

Não serão tolas balas de borracha
Da nobre tropa de choque em ação
Nem o tropel dos cavalos no racha
Que irão calar o grito da nação !

Porangaba, 19/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Sumptuosidade da vida


Sumptuosidade da vida


Inegável a sumptuosidade da vida
Ela manifesta-se em toda a natureza
Do canto da ave, ao murmúrio do rio
A vida transborda neste mundo sadio
Em tudo, nós vemos imensa grandeza
E tem a mão de Deus a dar-nos guarida

Das cascatas sutis, aos rios frondosos
A infindável beleza das matas e selvas
Do brilho da lua, aos raios do sol
Do cair do dia, ao novo arrebol
E do azul dos céus, ao verde das relvas
D’ invernos rigorosos a verões luminosos

Tudo isto é vida, neste imenso jardim
Da simples crisálida surge a borboleta
Há em tudo um enigma e a força de Deus
Da imensidão do mar à vastidão dos céus
Que entre céu e terra existe no planeta
Do poderoso elefante ao pequeno pingüim

A poderosa mão do Divino Criador
Dá-nos acima de tudo, perspectiva
A esperança consoladora na aflição
A fé, a confiança de vencer, a ação
Liberdade de escolher uma nova vida
Sempre presente. Dá-nos pão e amor !

Porangaba, 01/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Incoerência do Amor



Incoerência do Amor !


Da poesia, tem o encanto e a graça
Nesta existência tão dúbia e confusa
Tem magia fascinação e congraça
Corações que às vezes o cupido usa
Ao extremo de sua natureza humana


Na atração de almas que a seta engana
E em louco intento se perdem no fado
Mesmo que vivam juntas, lado a lado
Inútil a chama quando já não se fundem
Se ao prazer e à doçura não se rendem


Está exausta, enfim a ilusão do amor
Na taça da utopia... só dissabor
Embalde derramam lágrimas sinceras
Os olhos das ilusões adulteras
Triste clamor no deserto, apenas


Dor e fel. No amor não tem mecenas
Para proteger, para resguardar
Qualquer ninho de amor a se apagar
Pra mantê-lo, leva rosas em profusão
Lenimento, que acalma o coração !

São Paulo, 26/10/2013
Armando A. C. Garcia

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A chave do cofre !...


A chave do cofre !...

Não se derramam lágrimas sem sentido

Quando o coração sente, a alma chora

A dor, dor pungente, não vai embora

Fica albergada ao pé do ouvido

Não se pranteiam lágrimas ao desalinho.

Uma janela aberta para o mundo

É a razão do sentimento profundo

Daquele que trilha o reto caminho

A esperança é alívio da saudade

Ninguém perde a coragem sem razão

Após o dia, surge a escuridão

Mas logo após... o dia, a claridade

A excelsa preeminência é a vida

O sentimento é lavra do Ser humano

É o recato, é a timidez ao profano,

Incompleto à eterna despedida

O sustentáculo da vida é o amor

Sutil flama que em nós se derrama

No vigor potente, que o sangue inflama

Como na singeleza pura duma flor !

Mil desatinos de insaciável desejo

Que a mente alimenta e o coração sofre

São para a alma, como a chave do cofre

Que alberga a mágoa que ora antevejo

O juízo universal, no amor consiste

Se é tudo que no mundo acreditamos

Porque então, muitas vezes odiamos

E não no dever, que na lei de Deus existe!

São Paulo, 08/04/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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A transcedência


A transcendência


Difícil compreender a transcendência
Do Criador em relação à criatura
A forma imprecisa por excelência
Ao crivo de nossa mente *tatura

De natureza simples, rudimentar
Onde o subconsciente ainda é latente
Incapaz de aquilatar e apurar
As particularidades à sua frente

Conquanto assinalem um progresso
Nossas idéias falsas ou exatas
Não têm pura consciência ao acesso

Do banco de dados espiritual
Lampejo de luz, faculdade inata
Que só foi dado ao plano celestial !

· Que apalpa

Porangaba, 21/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Senhor ! Clamo Tua ajuda


Senhor ! Clamo Tua ajuda

Se meu pecado é tão grande
Que chega a jorrar pus
Que Teu perdão o abrande
Pelo martírio da cruz

Reina em Ti o poder
Entre o céu e a terra
Só Tu podes nos valer
Pela força qu’ele encerra

Senhor ! Clamo Tua ajuda
Não deixes desamparado !
Por favor, o curso muda
Ao destino malfadado

Se acho minha cruz pesada
Que direi do teu madeiro.
Minha, em plana caminhada
Tua, subindo o outeiro !...

Perdoa o meu destempero
E falta de compreensão
Se nenhum sofrimento quero
Como remir a imperfeição !

Celeiro cheio de grãos
Precisa ar permanente,
A nossa alma, irmãos
De prece, constantemente !

São Paulo, 26/03/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Essa besta !...


Essa besta !...


Cultua-se o diabo,
Cultua-se essa besta
Mas, cultuar o diabo
É gostar do que não presta

O povo está ousado
Crendo nessa criatura
Vem de anjo disfarçado
Prometendo-vos fartura

Mas assim, que vos cativa
Fantoche, virais dele
E com a vida à deriva
Ireis saborear o fel

Vossa alma desvirtua
Deprava a vossa moral
Sua chave, uma gazua,
Abre o coração pró mal

Mentiroso, trapaceiro
Um perfeito vigarista
Hipócrita, embusteiro
No seu palco, é artista !

Até Jesus, o Nazareno,
Já foi, tentado por ele
Sua trapaça tem veneno
Mais amargo que o fel !

Porangaba, 30/03/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Agora assisto à morte


Agora assisto à morte

Ante atitudes tais... o desconsolo

Fúria tenaz, agora assisto à morte

Provocada abusando da sorte

Um jovem, um criminoso, um tolo

Suas idéias, sem ideal, pólo a pólo

Assombram, inconscientes difusas

Por anarquicamente confusas

Aos fenômenos derradeiros, deste solo

Com um rojão crucial, o inquieto.

Como se o câmera, fora seu desafeto.

Prostou ao chão, a vítima infeliz.

Talvez o Tribunal de Areópago

Fosse mais justo, severo que Cartago,

Capaz de punir desafeto sem cariz !

Porangaba, 15 de fevereiro de 2014
Armando A. C. Garcia

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Paixão imortal !


Paixão imortal !


Tu, foste sempre o meu maior encanto
Uma graça de amor que amo tanto
E ao longo dos anos inda sustento
O lindo encanto em meu pensamento.

Tu, a paixão imortal que perdura
E vai além da própria sepultura
Tivesses tu, o mesmo encanto
Ter-nos-ia coberto o mesmo manto.

E não estaria carpindo o meu pranto
Mas feliz, longe deste desencanto
Que tirou de mim o contentamento

Trazendo a angústia e, em aumento
A ansiedade e a atribulação,
Destino que deste ao meu coração !

Porangaba, 31/01/2013
Armando A. C. Garcia

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Mistérios a desvendar


Mistérios a desvendar



A Deus, eu peço perdão

Das faltas que cometi

E que tenha compaixão

Se no mundo me perdi


No fervor da mocidade

Pensamos que o mundo é nosso

Jactância, promiscuidade

Nem rezamos um pai-nosso


Chegada a maturidade

A caminho da velhice

Vemos quão sem validade

Foi a nossa meninice

O tempo passa ligeiro

Como a água vai pro mar

E ele é tão lisonjeiro

Qu’espera a vida terminar


Cada qual, tem seu destino

E caminho a percorrer

O homem crê no Divino

Mas não aceita morrer


Na vida que Deus nos dá

Há mistérios a desvendar

Mas só a sorte dirá...

Se os pudemos decifrar !


São Paulo, 23/01/2014

Armando A. C. Garcia


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Tua Benção Sublime e Santa


Tua Benção Sublime e Santa


Envolve-nos no Teu manto suave e brando

Cheio de encantos e poderes sacrossantos

Tua benção, sublime e santa; aguardando,

Não nos deixes na dor, enxugando o pranto !


De Teu eterno mistério, lá no infinito

Contempla o sofrimento e a aflição

Aos irmãos desvalidos, Teu amor bendito,

Estende Teu olhar, dá-lhes consolação.


Senhor Deus ! Criador do imenso Universo

Onipotente, onipresente, ubíquo

Afasta de nós tudo que seja adverso

O malicioso, o dissimulado, o oblíquo


Dá-nos Tua paz e a semente do Teu amor

Que diante de Ti, se prostre nosso coração

Nossa alma Te louve com imenso fervor

Repleta de harmonia e satisfação !


Num verdadeiro sentimento de ternura

Na caminhada acúlea da existência

Teu perfume nos balsamiza de ventura

Superando os obstáculos com paciência.


Porangaba, 19/04/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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A uma Rainha


A uma Rainha


Cheia de encanto, magia e graça
Passava por mim toda a manhã.
Perfumando o caminho onde passa
Na pureza, de sua fisionomia louçã

Pros meus botões e à mãe natureza,
Dizia ...um dia ela vai ser minha.
Errei redondamente, que tristeza...
Perdi o amor, da linda rainha !

Se alguém perguntar qual foi o erro
De tê-la perdido, eu digo: não sei.
- Perdi-me na saudade, do desterro

Vivo errante da saudade que amei,
No manto da nostalgia, eu enterro
A pungente dor, que tanto pranteie !

São Paulo, 27/10/2013
Armando A. C. Garcia

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IPTU - 2014 - São Paulo


IPTU - 2014 - São Paulo

IPTU escorchante
Que o PT quer impor
De escalada galopante
Este governo, é o pior

Falam em trinta por cento
Comercial, quarenta e cinco
Isso é falta de bom senso
Para um telhado de zinco

Os senhores vereadores
A quem pagamos salário,
Não defendem os pavores
Do povo, já no calvário

Afinal, não nos atendem
Como seria o curial
Ao invés disso defendem
O erário municipal

De que nos serve afinal
O bando de engravatados
De caráter abissal
Que só nos deixa frustrados

O publicano Municipal
Quer abarrotar os cofres
Pouco importa, passe mal
O povo, com estes chofres

Se perder sua casinha
Por falta de pagamento
À Prefeitura a aninha
Sem qualquer arrependimento

Tem gente que já não dorme
Tamanha sua depressão.
Em exagero, tão disforme
O aumento é campeão

Se confirmado o exagero
Tem gente, que não vai comer.
Bate forte, o desespero
De sua casa, perder.

Para o alcaide Petista,
Pouco importa nossa gente
Ele manda fazer a lista
O povo, que aguente...

É programa planejado
Para o povo enfraquecer
Deixá-lo aniquilado
Pro comunismo crescer

Essa gente que aí está
Não tem fé, nem coração
Está mais para satã
Que pro rei da criação

É o governo do PT,
O que, tanto prometia,
Bom, que agora o povo vê,
Que só mentira dizia.

Nunca, se elevou em tanto
O percentual de imposto
Nosso povo é um santo
Se aceitar o exposto

Tira da boca a comida
De muito pobre coitado
Será uma vida sofrida
Nas costas do eleitorado

É essa a consideração
Por quem sufragou seu voto
Nessa mísera agremiação
Que agora, arranca o escroto

Ó povo que vai pras ruas
Faz falta o teu refrego
Tens a força duma grua
Não fiques nesse sossego

Não esperes complacência
De quem não tem comiseração
O aumento é congruência
Da Câmara, sem oposição

Entre edis e capitão
Já tudo foi acertado
Causa nojo e aversão
O ajuste pactuado !

São Paulo, 12/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Caçador veterano


Caçador veterano



Seu Eufrásio, caçador veterano

Toquinho, seu fiel cão perdigueiro

Nas caçadas ele, sempre o primeiro

A açular a caça no monte ou plano


Por isso toquinho entre os demais cães

Era o preferido do velho caçador

Ao qual dedicava carinho e amor

E dava sempre pedaços de seus pães


Mas o tempo, desassociou a amizade

Aos poucos Seu Eufrásio já não via

O toquinho como o que melhor agia

E passa a tratá-lo com crueldade


Deixando de colocar sua ração

De trocar a água do recipiente

E um dia, já tão indiferente

Deixou o fiel na rua, sem razão


Toquinho, pelas ruas do bairro vagou

Como cão errante que não tem dono

Até que no umbral da porta veio o sono

No dia seguinte o pesadelo continuou


Seu Eufrásio impassível, nem ligou

Ao ver o sofrimento de toquinho

Sequer o alojou ou deu carinho

O que foi seu fiel amigo, afastou!


Certo dia, Seu Eufrásio foi caçar

Lembrou-se de procurar o toquinho

Levou-lhe pão e pedaço de toucinho

E voltou seu cão a acariciar


Convidou-o para nova caçada

Toquinho sua raiva não demonstrou

Seu Eufrásio, numa perdiz atirou

E quando já pensava comê-la assada


Toquinho sem pressa a localizou

E ali mesmo, ele se banqueteou

Pela primeira vez, ele não voltou

Foi aí, que Seu Eufrásio se tocou


Dias se passaram, e como cão vadio

Pelas ruas, abandonado à sua sorte

Toquinho passou privações de morte

Certo dia, Seu Eufrásio, sentiu vazio


No seu peito, saudades de toquinho

Cruzou parques, ruas e avenidas

Com o coração e a alma feridas

Não suportava ter ficado sozinho


Caminhou dias e dias procurando

Aquele que tratou com tanto desprezo

Certo dia levantou cedo, ficou surpreso

Toquinho vinha dormir à sua porta


Seu Eufrásio ao ver toquinho dormindo

Abriu de par em par a sua porta

Porém, toquinho, como coisa morta

Não entrou. Seu Eufrásio, então sorrindo


Foi-se acercando, com amor e carinho

Aos poucos reconquistando confiança

Foi aí, que sentiu quanta importância

É manter a amizade com toquinho !


São Paulo, 13/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Esperando o teu amor,


Esperando o teu amor,


Esperando o teu amor,
Foram-se os dias de mim
Foi-se a força e o vigor
Tudo na vida por fim

Como a águia de rapina
Que voa na imensidão
É tão triste a sua sina,
Como o foi, sua ilusão

Voa alto o pensamento,
Com ele a imaginação
Tudo na vida é momento
Aproveite a ocasião

O tempo, não se duplica
Nem se guarda no vazio
Nem a soma se aplica
Ao que o perdeu, de vadio

Esperando o teu amor
O tempo me consumiu
Sou um corpo, sem valor
Nuvem que ninguém viu

Que a drástica incerteza
O tempo não perdoou
Perdoa a rude franqueza
Ninguém, como eu te amou !

Porangaba, 12/06/2013
Armando A. C. Garcia

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O vil engano


O vil engano


Em taças de ouro, o vil engano bebe

Do tempo mágico da vida encantado

A carruagem, dos prazeres a todos serve

Um homem de bem, em bruto é transformado


Quem se deleita na posse do prazer

Percorre uma estrada, só de descaminho

O princípio é fim, cruel a padecer

Arrostando ao temor de um fero espinho


Quem lança mão dos deleites, manifesta

Sua intenção de seguir o que não presta

Volúvel de um homem sem firmeza


Capaz de cair no abjeto laço infame

Da torpeza, da impudicícia, do vexame

Ao afastar-se voluntariamente da pureza !


Porangaba, 05/04/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Até quando


Até quando...

Quando se mata e não se prende
Nunca, nunca se repreende
O que errou na lei de Deus
Por Justiça! "Clamam os céus"

Choram lágrimas os olhos meus
Por ver os crentes, Ateus !
Que tapam os olhos da Justiça
Fazendo dela uma treliça

Até quando a impunidade
Vai imperar na sociedade
Preciso é ter coragem
Enfrentar a bandidagem

Que está por toda a parte
Para nós, é um desastre
Sabê-la no próprio governo
Isto, virou um inferno...

Nos palácios, quem diria
Que ali se encontraria
A mais descarada vileza
Roubam milhões da pobreza

E, nada, nada acontece
Será que o povo merece
Essa, a pergunta que faço
Às vicissitudes que traço.

São Paulo, 11/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Singelas Trovas


Singelas Trovas 

Tem folhas de laranjeiras
Voando no meu pomar
Moças lindas e solteiras
Nenhuma que me queira amar
-----------------------------------
Pálida rosa amarela
No pé, a erva daninha
Sugou toda seiva dela
Levando o caos à pobrezinha
-----------------------------------
A duas quadras da rua
Onde mora o meu amor
O meu coração flutua
Feito disco voador
----------------------------------
Já caminhei pela rua
Carregando imensa dor
Somente as pedras da rua
Ouviram o meu clamor
-----------------------------------
Teu ninho de encantamentos
Que um dia me seduziu
Hoje, é ninho de espinhos
Que meu coração feriu
-----------------------------------
No pungir de meus desejos
E o coração a palpitar
A boca espera teus beijos,
Beijos que tu, não queres dar
-----------------------------------
Só sente tédio na vida
A mente desocupada,
Ao que labuta, a fadiga,
Não deixa pensar em nada
-------------------------------------
Os pensamentos do homem
Perdidos em conjeturas
A sua alma consomem
Em dias de amargura !
-----------------------------------
São Paulo, 26/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Dói-me ver-te


Dói-me ver-te


Dói-me ver-te com a alma entalhada
Entre as efêmeras teias da mentira
A natureza espiritual estraçalhada
Tal sombra perdida, que não se retira

Conquanto a dardejares impropérios
Blasfemando imprecações duvidosas
- Não te trarão alívio, ou refrigério
Enquanto tuas obras não forem virtuosas

Dói-me ver-te no ancoradouro do destino
Qual barco sem forças de singrar o mar
Que fica atracado no cais e sem tino

E que de lá não sai, nunca, nunca mais.
Esquecendo que seu destino é navegar.
Não quero mais ver-te, ancorada no cais !

Porangaba, 14/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Caminhos do desalento


Caminhos do desalento


As profundezas da depressão sem trégua.
Se ultrapassadas perturbam a razão
Com teu amor, estarei liberto delas
E da solidão afastada a mais de légua

Regatei a plenitude de meu ser
Senti a sensação de felicidade
Longas as possibilidades de viver
Sem retornar a sentir necessidade

De calmantes pra controlar a ansiedade
Com teu amor,voltarei a ser o eu
Que sempre fui, na pura serenidade
Num sentimento de afeto que é só teu

Porangaba, 28/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Coração liberto


Coração liberto



Coração liberto, ganhaste a alforria

Descansa enfim da sombria jornada

Os despojos mortais de quem já morria

Deixa-os para trás da porta encerrada.


O desânimo de outrora mudou a atitude

Os sonhos e anseios que a mente criou

Finalmente ganharam ampla plenitude

O triste caminho, o traçado mudou


Na luta pelas prioridades da vida

O peso do fardo, na mão se dispõe

No vasto corredor que se transpõe,


A lôbrega jornada é desconhecida

Em busca da liberdade e felicidade

Na mão exaurível, d'suprema entidade !


Porangaba, 02/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Pobre Ana,


Pobre Ana,

Pobre Ana, a coitadinha
Jogada nos lupanares
Tenra idade a pobrezinha
Deixada nesses lugares

Não teve infância a coitada
No duro jogo da vida
Desde cedo, molestada
E, desde cedo perdida

Expor seu corpo ao léu
Brincar de marido e mulher
Coberta; as estrelas do céu
Pedia a Deus, pra morrer !

Pobre Ana, a coitada
Triste sina, Deus lhe deu
Tão cedo foi enganada
Mil agruras padeceu

No jogo sujo do amor
Tão cedo ela foi lançada
No desabrochar, sem pudor
Foi logo aos lobos jogada.

Com a pobre Ana, o destino
Foi impiedoso e cruel
Neste mundo libertino
Ela saboreou o fel !

Caiu na alcova dos leões
Jogada pelo destino
Ao sabor das ingratidões
Do mundo torpe, ladino

Mas Ana, não desistia
De mudar a sua vida
Se o seu corpo vendia,
Não era uma decaída

Sair da absurdidade
Da lúbrica cama do abismo
E da promiscuidade
De todo o ostracismo

Tinha sonhos de mudança
Dum carinho apetecido
Sonhos de nova esperança
Do amor que havia perdido

Estendendo a mão à fé
Num programa de televisão
O Pastor disse: a quem crê
- Deus lhe dá o seu perdão

A pobre Ana, a coitada
Nesse lampejo de fé
Sem se fazer de rogada
Foi na igreja da Fé

Lá procurou por ajuda
Contou seu modo de vida
O pastor; que deus nos acuda
Vamos tirá-la dessa vida

Procurou nos seus obreiros
Qual poderia empregá-la
Surgiram logo os primeiros
Que souberam resgatá-la.

São Paulo, 23/07/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Por teu amor lutei (soneto)


Por teu amor... lutei


De tanto que eu quis amar-te, me separei
E a vida inteira, por teu amor... lutei
Transcorreu a existência e não te achei
No lugar, que para ti eu reservei

Na pauta dos desenganos, quantos tive
Quantas amarguras tenho sofrido
Falta uma estrela nos céus que cative
O olhar que de alto lugar tenho contido

Tem no ar o pensamento a vagar
Como vaga o meu sonho por encanto
Sem asas que sustenham este tormento

O tempo muda a vontade de esperar
Não esperança que ainda acalanto
Mesmo vivendo atrelado ao desalento

Porangaba, 25/04/2013
Armando A. C. Garcia

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Sobre sua cabeça


Sobre sua cabeça


As ignomínias caíram sobre sua cabeça
Tenebroso abismo, sem nada que o impeça
No mundo insano cheio de ceticismo
Onde a dúvida gerou intenso misticismo

Entre os escombros do despotismo ao seu redor
A descrença, ergueu-se soberana intangível
No labéu da pecha, ainda há o rumor
A questionar por sua vez o inconcebível

Os negrores da alma de nebulosas cores
Tingindo de escuridão a santa ignorância
E sem inclinação de proferir louvores

São incapazes de transpor ao topo azul
A alma hirsuta, a uma melhor instância,
Atravessando o mundo do norte ao sul !

Porangaba, 15/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Ao Sol da Verdade


Ao Sol da Verdade


Dissolutos de sonhos e de quimeras

Que viveis alucinados em aparências

Mais tarde sofrereis duras consequências

Lá, as sombras da razão à vossa espera


No denso abismo de pompas e chalaça

Sem pejo, jogastes a santa redenção.

Da adversidade, soltaste o grilhão

Pelas coisas vãs do mundo, a desgraça!


Crédulos mortais, de sujos negros fados

Despertai ao sol da verdade e razão

Da cega ambição, buscando consolação

Na face amena do ser mais elevado


Afastai penúria cruel de vãos desejos

Caminhai em sentido avesso, oposto,

O monstro da iniquidade em retrocesso

Velo-eis perder o comando de seu posto


É hora de sepultar no denso abismo

As coisas vãs que a sociedade adora

E clamar por piedade mundo afora

Afastando da alma o ocultismo


Deus é a consolação da humanidade

Vos inspire no sagrado lema, ternura

E num lampejo de amor, a brandura

E vendo um peito a gemer, a caridade!


São Paulo, 05/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Conversa de amor


Conversa de amor


Numa conversa de amor
Ouvi o casal dizer
Amar-te-ei até à morte
No tempo que Deus quiser

Serei tua, tu serás meu
Seremos um casal feliz
- Serás minha, eu serei teu,
- O outro, em seguida diz.

Os anos foram passando
As promessas corroeram
O amor foi desgastando
E suas juras, morreram...

Aos poucos aquele casal
Que se dizia apaixonado
Com juras e coisa e tal
Do amor foi afastado

Tornando-se rotineira
A vida de cada um
Refletem que foi asneira
A sua vida em comum

Resolvem então separar-se
Sem brigas ou confusão
Seu amor foi um disfarce
Mazelas do coração !

São Paulo, 11/09/2013
Armando A. C. Garcia

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Soberana Majestade


Soberana Majestade


A Soberana Majestade és Tu, ó Pai
O Supremo Rei da terra e dos céus
O que cuida de todos os filhos seus
O Redentor da alma nobre, que caí

Tu, és o clímax, o Alfa e o Omega
A sede da sapiência e do amor
O tesouro, guardião da inteligência
és Tu, a preeminência da entrega !

São Paulo, 01/09/2013
Armando A. C. Garcia

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O marco do caminho


O marco do caminho


O pão, é o alimento do corpo
A prece, o alimento da alma
A fé, é o marco do caminho
A esperança, o marco da caridade !

São Paulo, 06/03/2014

Armando A. C. Garcia

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Última Esperança


Última Esperança !


A tarde dava os últimos suspiros
Naquele dia só havia amealhado
Alguns pobres vinténs, tão minguados...
Nem dariam para alimentar vampiros

Certamente, naquela noite fria
Iria passar fome avassaladora
Tão voraz, danosa, desfibradora
Da parede estomacal, se vazia

Que fazer, se é vontade de Deus
Remir suas penas em expiação
Mas, volveu uma suplica aos céus

Quando ainda, mal tinha terminado
Achou no caminho uma criatura
Que lhe deu o dinheiro desejado !

Porangaba, 25/05/2013
Armando A. C. Garcia

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Berço do amor !


Berçodo amor !

Tu,és o berço do amor e da paz

Clarãoque todas luzes iluminam

Afonte,onde a alma é capaz

D’alcançaras virtudes que ensinam

Adesvendar tesouros do infinito

Inesgotável,fascinação de luz

Ambientejubiloso, bendito

Aondea alma, sente a mão de Jesus

Páramocelestial do firmamento

Esplêndidobanquete onde as harpas

Soamsonoras notas ao barlavento

Nojardim de flores, como complemento

Correao lado, um rio cheio de carpas

Nãosendo esse da alma o alimento

Porangaba,18/01/2014
Armando A. C. Garcia

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Deste Jeito !


... Deste Jeito !

Deste jeito, não tem jeito
O rumo desta Nação
Fica o povo insatisfeito
Ver crime sem punição

Tem ladrão por toda a parte
No governo e na justiça
Cada um que entra, reparte
O bolo à sua cobiça

A cada dia que passa,
Surge um novo desvio
Dinheiro que vai de graça
Para os porões do navio

O que acontece a quem rouba
Nada, além de ficar rico
Nem na cadeia apodrece
Se o roubo... é sem maçarico !

São milhões e mais milhões
Constantemente roubados
E, com esses figurões,
Compactua o Estado

Pela omissão ou lerdeza
Em não botar na cadeia
Os que têm a esperteza
De fazer seu pé de meia

Com dinheiro que era nosso
E foi mal administrado
O roubo, quanto mais grosso,
Deixa o governo calado

É um covil de ladrões
Cada qual em seu estado
E, pra esses espertalhões,
Tem sempre, o deixa de lado

O roubo é tão contumaz,
Até parece panacéia
Rouba o político, o capataz
E, ninguém vai pra cadeia.

Viram todos Excelências
Quando não, senhores doutores
Vejam só as excrescências,
São tratados com louvores !

Se nosso povo com fome
Roubar no supermercado
Vai pra cadeia e tem nome
De furto qualificado !

Quem rouba para comer
Do mercado; já sai preso
Quem rouba, sem ninguém ver
Milhões ao estado, fica ileso !

São Paulo, 09/10/2013
Armando A. C. Garcia

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Incertezas II


Incertezas II


Como um barco soçobrando no mar
Na mesma intensidade de incertezas
São dúvidas, cicatrizes de torpezas
Dor horrível, que sempre dói ao amar

Pus em suas mãos, a minha fantasia
Acomodei a vida naquele sonho
Naquela incerteza, o sonho foi medonho
Caí, como um pato, na sua pontaria

Escuros enganos na alcova da vida
Enxurrada que desvanece no rio
Anseio, cobiça, esperança ferida

Se incerto é o fim, me dá arrepio
Qual barco soçobrando na dúvida
A incerteza, me cobre no vazio !

Porangaba, 29/07/2013
Armando A. C. Garcia

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MIRANDA, Voltei, para reverte


MIRANDA,Voltei, para reverte

Minha terra, minha terra
Quantas saudades eu tive
Por tudo que ela encerra,
Pelo tempo que cá estive

Miranda, tu és o ouro,
O Douro, corre a teus pés
Miranda, és um tesouro
Orgulho do Mirandês

Quem me dera ó Miranda
Voltar a morar aqui
No destino, ninguém manda
Premissa que conclui.

Reverte agora, novamente
É imensa satisfação
O que meu coração sente
É alegria e emoção

Encontro-te remoçada
Mais linda e evoluída

Ao retornar, choro a partida
Minha Miranda, querida !

Querido torrão natal
Vim matar minha saudade
Foi em teu solo, afinal
Que passei a mocidade !

Miranda do Douro, 30/06/2014 - Portugal
Armando A. C. Garcia

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Quatro elementos da natureza


Quatro elementos da natureza



Água, Terra, Fogo e Ar

Juntos, o planeta regem

Para nada nos faltar

Na união, nos protegem


Essenciais à vida humana

Deus cedeu à natureza

Como deu caça à Diana

Deu-nos eles, por singeleza


Na motivação da vida

Seu conjunto de fatores

Integrantes na medida

Sutil de grandes valores


A água pura cristalina

Emana até da rocha dura

Tem por condão e rotina

Rasgar da terra a secura


Esta, ao ser irrigada

Nos dá alimento sadio

Quando ela é trabalhada

Mesmo em solo bravio


O fogo é chama que aquece

Por vezes destruidor

Mas se fogo, não houvesse

Não haveria vapor !


O ar, contém o oxigênio

Indispensável à vida

Como a varinha do gênio

Dá motivação à vida


Na evapotranspiração

Pelo efeito do calor

Sua transmudação

Num ciclo repetidor


Em nuvem condensa

O hidrológico vapor

E em chuva imensa

Rega o chão do lavrador


Gera brisas e furacões

Tudo destrói com violência

Leva barracos, mansões

E também a pestilência


Cada qual na sua função

Tem de Deus comportamento

Falta ao homem a unção

Para ter entendimento !


Porangaba, 01/06/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Acre deleite


Acre deleite



Aquela a quem amei de coração

Levou de mim a esperança e a virtude.

Na parva alucinação da juventude

Parti para bem longe, após seu não


Amei-a cheio de amor, o quanto pude

Aquela chama até hoje me consome

É labareda ardente, o seu nome,

Porque o destino comigo, é tão rude


Porque o puro amor, tanto se engana

Na chama vivaz, que engana e erra

A alma e a razão, sentido insana


Perdi-me, ao provar do seu amor

Hoje, vejo o nada que ele encerra

E o acre deleite que traz o amor !



São Paulo, 20/01/2014

Armando A. C. Garcia


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Pai ! (replay)


Pai ! (replay)



PAI, chama de vida

Presente a toda hora

No carinho, educação

Deste sempre acolhida

Ao impulso que aflora

Do meu pobre coração


És o grande timoneiro

Significado de vida

Com tua sabedoria

Moldaste, qual usineiro

Sem deixar de dar guarida

À minha triste *agnosia


Aos poucos foste moldando

Mostrando o bom caminho

No exemplo de tua conduta

Aprendi o valor, quando

Vi em grande desalinho

Minha vida dissoluta


Que entre o certo e errado

Há grande diferenciação

Um, caminho verdadeiro

O outro, leva ao pecado

Um pulsa na exatidão

Outro, exala mau cheiro


Corrigir, defeitos, falhas

Tudo de ti aprendi

Conhecimento, bondade

E, enfrentar as batalhas

Que, de nenhuma fugi

Nem estendi a toalha


Longo o aprendizado

Foi-me de grande valia

Aprendi a ser honrado

Probo, integro, respeitado

A **cravelha que me guia

Tangendo cordas do fado


PAI, de ti foi plagiado

Nos passos de teu caminho,

Teu exemplo incrustado

Na minha alma gravado

Por teu amor e carinho

A teu filho dedicado.


Neste dia congraçado

Aos pais deste universo

Quero deixar um recado

Nas letras deste meu verso

Que seja um dia louvado

E o Pai, parabenizado.


Com abraço de ternura

E um beijo de afeição

Que expresse o carinho

Cheio amor e ventura

E sele a saudação

Com cheiro de rosmaninho!



São Paulo, 13/08/2011

Armando A. C. Garcia


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leia; SER PAI


*ignorância


**peça para retesar as cordas (de instrumentos de corda)

No cepo da mentira


No cepo da mentira


De fatais desditas me foi a sorte

O torno das paixões sofreu um corte

O tempo mede as fúrias do ciúme

O fogo da paixão, fez dele seu lume


Feliz de quem ama e é amado

Sem ver e’engano o sonho transformado

Seu coração em paz de amor respira

Afastado que foi do cepo da mentira


Por longos anos sofri a desventura

De sua torpeza vil e perjura

Sem temor me prostrou no infame laço.


Quem ama de verdade não suspeita

Que a fera da traição já o espreita

Com a infida mão em seu abraço !


Porangaba, 18/05/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Esses Senhores Senadores


Esses Senhores Senadores
Vossa negatividade subliminar
Há de na história ser projetada
Como nefando fato a repudiar
Pela infausta medida arquitetada

O voto sufragado por nós; o povo
Não foi honrado por alguns senadores
Não votando a favor, urdiram um covo
Na redução da idade penal dos menores

A sociedade, por eles mal representada
Tem de sofrer a agrura tenebrosa
Do ódio e carnificina praticada
Por menores, que de facínoras, a lei glosa

Esses Senhores Senadores deram apoio
À criminalidade desenfreada
Que assola cidade, campo ou arroio
No voto defenderam a ofensa praticada

Ofensa, porque menor, mesmo matando
Ou roubando, pratica ato infracional
Sem redução da idade penal. Castigo brando
A cada dia, aumenta o crime irracional

Praticado pelos ditos menores incapazes
De pagarem por seus crimes hediondos
Entretanto, com seus votos sequazes
Voltam a eleger essa elite, antepondo
Sua ira, à mansidão de nosso povo !

São Paulo, 14/05/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Contrariedades


Contrariedades



De ver tanta depravação nos costumes

Já me acostumei à anormalidade

Chegando até a pensar que esses *gumes

São apenas, uma questão de contrariedade


Com raras exceções, a crítica ignoram

Merecem um **epigrama mais à altura

Sem pejo, a boa fé do povo exploram

Mesmo que seu método, nos leve à sepultura!


Implacável a austera intransigência

Que em nome do direito e da verdade

Fingem praticar com toda coerência


Qu’na verdade, fazem com degenerência

E nós do povo crentes na sinceridade

Quietos, como sem um pingo de decência !


•Perpicácia;agudeza


** Poesia sátira


Porangaba, 02/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Perdido, em busca de mim


Perdido, em busca de mim


Nesta vida eu tenho andado

Perdido, em busca de mim

Não me tenho encontrado

Nem do princípio ao fim,


Nesta minha intemperança

Vi Jesus, pelo caminho,

Mas não dei muita importância

Ao que diz seu pergaminho


Sagrados ensinamentos

O Bom Jesus nos legou

Guardar os mandamentos...

Coisas que o vento levou !


Procurei ser justo e fiel

Ambos, difícil concluir

São remédio, igual ao fel

Rejeitar, ou engolir


Neste maciço mistério

Conforto meu pensamento

Desculpem meu vitupério,

Se vos dá algum alento !


São Paulo, 20/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Colonização de Marte


Colonização de Marte...


Há que considerar os tempos mudando
Remígios do condor rasgam os céus
O homem. Noutro planeta está criando
Um novo mundo, como se fora Deus

Mas, inconsideradamente, é um menino
Imprudente, precipitado, num lugar perdido
Não há percurso sem caminho. Destino
Não acende estrelas com a mão, ungido.

Só a Ele, cabe o puro gesto, caminho
Na força do céu, na montanha e mar
Para qualquer lado é taça de vinho

Que a mágoa da vida nos faz tomar
Grito liberto, cheiro de rosmaninho
Distância e saudade do verbo amar !

Porangaba, 25/05/2013
Armando A. C. Garcia

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A GASOLINA ! ...


A GASOLINA ! ...

Dizem a Petrobrás no sufoco
Precisa aumentar o combustível
Perguntem-lhe quem recebeu o troco
Nas negociatas do impossível

Precisa-se apurar a fundo
O motivo para tais desmandos
É escabroso, vil e imundo
O que corre debaixo dos panos

Somos quase auto-suficientes
Na produção d’barris de petróleo
E porque preços tão diferentes
Dos demais que produzem o óleo?

Só na Noruega é mais elevado
Nos demais produtores é inferior
Cotejar, onde o óleo é importado
É tarefa política de inversor

Colocar no ranking de preços
País que consome e não produz
O relatório, não merece apreços
É ladrão que assalta de capuz

Dentre os produtores mundiais
Brasil está em segundo lugar
Onde é mais caro que nos demais
Pra mal administrada esbanjar

Ninguém põe um freio nessa gente
Que pensa estar acima de tudo
Porém, seu pensamento é aparente
Como a fantasia no entrudo

O povo está cansado de comer
Pão, banana, farinha e ovo
Um levante, prestes acontecer
A indisciplina, já está no covo

A televisão todo dia notícia
A insatisfação popular na rua
E, a fraca força que policia
Como se viu, foi ontem encurralada

Um novo aumento da gasolina
É elo de aumento na produção
E a carestia só contamina
Volta ao passado da inflação

Aumentá-la, para quê? Pergunto !...
A resposta está nas negociatas
Compra da Pasadena, um presunto!...
Suzano Petroquímica, outra sucata !

Assim nosso dinheiro se dilui
Depois, dizem crise na Petrobrás
Claro, se o dinheiro não flui
No desmando, o caixa anda pra trás

São Paulo, 16/05/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Até clarear o dia


Atéclarear o dia

Mágoatamanha eu possa suavizar

Nobrando afeto de tua cabeceira

Felizmomento, perdure a noite inteira

Atéclarear o dia, quero-te amar

Depoisda crueldade, do imenso abismo

Dashórridas mazelas, dos dias de tristeza

Daescassa sorte, quis a natureza

Quecontigo amor, como que por onirismo

Suavizasseminhas penas e infortúnio

Libertando-medeste pélago imenso

Pondo um pontofinal no mau vaticínio

Mudandoa natureza dura, impiedosa

Nessedoce mel, oásis de amor suspenso

Tuaimensa estima. Mulher maravilhosa !


Porangaba,17/01/2014
Armando A. C. Garcia

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Céu de estrelas


Céu de estrelas



O céu de estrelas coalhado

Mal o luar chegava ao chão

Clareava o manto sagrado

Escurecia, meu coração


Meu olhar, jamais se cansa

Daquela noite observar ! ...

Vou saciar minha esperança

No sonho que hei de sonhar.


Verte em mim a nostalgia

Daquela noite sem luar

O astro rei, naquele dia

Não aqueceu meu trovar


Como vento que entristece

O confuso e frágil vazio

Mais triste, inda parece

O meu amor doentio


Minh’alma chora vazia

Meus olhos tristes, sem luz

Depois da noite, aquele dia

Teu amor, foi minha cruz


Se desabafo o queixume

Das desventuras sofridas

Culpa do maldito ciúme

Que não cicatriza feridas


O meu sonho se desfez

Como a marola do mar

E eu... te perdi de vez

Pra nunca mais... te encontrar !


São Paulo, 26/01/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Encantadora Mulher !


Encantadora Mulher !


Tinha um magnetismo sedutor
Força vital de enlevar ao amor
Encantadora, suave formosura
Linda e de angelical candura

Tinha odor de substancial fragrância
Ponto fundamental à substância.
O coração puro, virginal, santo,
Para dormir, ninado em seu manto

Tinha tudo, que um homem almeja
Dotada de beleza e muito encanto
Mulher, de na rua fazer inveja.

Eu, correria a natureza inteira
À procura d’outra, de igual encanto
Que inda estivesse livre e solteira !

Porangaba, 24/06/2013
Armando A. C. Garcia

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Igual ao cego, não vê !...


Igual ao cego, não vê !...


O homem se engana e erra

Quando pensa que na terra

A natureza, é tudo,

E, todo o resto, é conteúdo


Que nada, além do infinito

Exista como inaudito

Além do clarão da lua

Ou do sol que flutua


O homem se engana e erra

Se em coisas vãs nesta terra

Somente pensa e crê

-Igual ao cego, não vê !


Sem nenhuma expectativa

Vive no mundo à deriva

Sem esperança e sem fé

Pobre agnóstico, não crê !


Minhas dúvidas, chego a ter

Que alguém possa não crer

Que o universo foi criado

Por um Ser tão sublimado


Só quando o cálice acre

Lhe tolher a paz como um lacre

E sentindo o peso do mal

Pede comiseração final


Despido de sentimentos

Ao peso dos sofrimentos

Começa a pensar como gente

Porque afinal, foi diferente

Sua existência deslavada

Submersa e afundada

Em pensamentos pueris

Só dignos de imbecis


E à excelsa preeminência

Vai rogar pela clemência

De infaustos dias passados

Em pensamentos infundados


P’la primeira vez a chama

Luminar de Deus inflama

Dentro de seu coração

E pede ao mundo... perdão !


Porangaba, 17/05/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Distantes da realidade


Distantes da realidade

Sonhos, sonhados em vão
Os sonhos que já sonhei
Foram minha perdição
Já que nunca os alcancei

Dizem que a vida é um sonho
Por isso nunca acordei.
Se é um sonho, é medonho
Tormentos mil, eu passei

Foram sonhos, foram sonhos
Os que sempre alimentei
Em vez de serem risonhos
De tristeza, os que passei

Foram dias de amargura
Que nos sonhos não divisei,
Dias de mágoa e agrura
Sem transigir suportei

Sonhos, sonhados em vão
Distantes da realidade
Machucaram o coração
Ao final, deixam saudade

Se por vontade de Deus
Que este destino traçou
Choraram os olhos meus
A minha lágrima secou

Hoje, tudo isso acabou
Até os sonhos findaram
Tal a lágrima que secou
Só, esperanças restaram

Porangaba, 30/05/2013
Armando A. C. Garcia

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A sociedade afogada no desespero


A sociedade afogada no desespero



A sociedade afogada no desespero

Da frenética fúria fatal e criminosa

Maldade que destrói a paz e a família

Não sabe se dorme, ou se fica de vigília

Neste mundo de furor infernal, sem prosa

Onde o menor mata, e o matador sai a zero !


Nossas vidas, levar à mão de Deus, não receia

Mas sua morte, sabemos que ele não deseja

Quando o furor da ira arqueja; à Polícia

Exige um colete, não quer virar notícia

E a imprensa televisionada presente esteja

Pois se assim não for, sua refém incendeia


A ousadia no crime é tamanha e tanta

Que estamos à mercê de suas vontades.

Não tem outra força, com mais valia e raça,

Ao crime organizado, ninguém põe mordaça

Com desculpa aos policiais e todos meus confrades

A impunidade é tanta, que nossa ira levanta


Questionar direitos e obrigações políticas

Mãe dos males, letais à nossa sociedade

Sem brios, sem vigor, votam ao desfavor

Não é esta a razão de minhas críticas

Mas sim a consternação que a alma invade

Ao saber que o crime, tem o Senado a seu favor


Sua obrigação moral e ética é nos defender

Para tal foram eleitos e nós os sustentamos

Com o suor de tantos impostos que pagamos

Ao decorrer do dia, ao decorrer dos anos,

Não podem voltar as costas a tantos desenganos.

O fiasco da copa mostrará, a quem puder ver!



Não há segurança em nosso país, e o mundo sabe.

E, sendo a vida, o maior bem do ser humano

Sem garantia, ninguém quererá se arriscar

Não será com as mãos no vácuo que irá acabar,

A fúria infernal, a impunidade, o desengano.

- Só a alteração das leis, fará que isso acabe.


Qualquer, que nas manchetes, seus olhos ponha

Riscos supérfluos, não quererá correr

E certamente da copa se ausentará,

Em seu país, na calma aos jogos assistirá

Sem ter o perigo iminente de morrer.

Zelar pela vida, é ter honra e não vergonha !


Terra fecunda, é da nossa natureza

Cheia de brilho e de esplendor provida

Sem igual, sem par, os efeitos previdentes

Dando vida à fauna e à flora existentes.

Só carecemos, de governos que dêem guarida

À paz, e à tranqüilidade, sem vileza !


O crime em espiral de imensidade tamanha

Cresce a cada dia em nossa linda nação,

Combatido de forma breve, imperfeita

Escondendo as acúleas garras desta feita,

Não impondo a justiça a devida sanção

Campeia a impunidade, sem dominar a sanha !


Porangaba, 22 de fevereiro de 2014

Armando A. C. Garcia


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No pendor de minha vida


No pendor de minha vida


No pendor de minha vida

Penhorei em ti meus sonhos

Mas tu, em contrapartida

Os transformastes bisonhos


Triunfas na adversidade

Na inconstância volúvel

Cheia de ardis e maldade

E pensamento dissolúvel


Não cabe o sentimento

No coração que albergas

Só o frio esquecimento.


Trespassas todo tormento,

E mesmo que a taça ergas

Contemplas o sofrimento!


Porangaba, 29/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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A Concupiscência


A concupiscência



A *concupiscência é o antônimo da pureza

É a principal causa dos males humanos

Fruto do desejo intenso com certeza

Por bens, gozos materiais ou sexuais


Na **preceituação, retórica-poética

A ostentação por desejos diletantes

Evidenciam procedimentos sem ética

Obra das veleidades inconstantes


Nos olhos há cobiça, na mente ilusão

Seus caminhos cruzam o intangível

Na distante presença das estrelas


Desvairadamente o seu coração

Não se coaduna com o plausível

- Despedaça-se na ambição, sem cautela !


*desejo intenso de bens ou gozos materiais

**ordenamento;.determinação


Porangaba, 02/08/2014

Armando A. C. Garcia



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Sonho que flutua


Sonho que flutua


Como nas nuvens de um sonho que flutua

E numa selva de enganos se confundem

Nesse labirinto, onde a mente vai à lua

Procuro-te em pensamentos que se fundem


De olhos fechados em vão insisto achar-te

No zunido do vento, no murmúrio das fontes

No balanço das ondas e, em toda a parte

Até no arco-íris, além do horizonte


Mas não te encontro. Caminho e fecho a porta

Ao meu desejo, que o sonho vai reabrir

E imediatamente a ti me transporta


Nas voltas e viravoltas como num bailado

Sempre te espero, mas tu, não queres vir

Para mim ter-te em sonho, parece o meu fado !


Porangaba, 01 /03/ 2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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A Nova Ordem Mundial


A Nova Ordem Mundial

Urdidas na trama da hipocrisia
Com infâmia dose de covardia
Forjam convicções em sua mente
Construídas que foram adredemente

Geram resultados inconseqüentes
Pois seus esboços são inconscientes
Projetados à sombra da maldade
Nublando a lucidez da verdade

Derivando à nova ordem mundial
Por trás d’idéia pseudo intelectual
Uma conspiração instrumental
Pra eles, o sentimento nada vale

Pisoteados, como pétalas de flores
Sem nada que suavize nossas dores
Esmagarão o respeito à criação
Igualitária a uma semi-escravidão

Desse governo, sombra disfarçada
Face à natureza elitista e secreta
Princípios dessa ordem estilizada
Global de informação do planeta

Abismo da informação não divulgada
Mecanismo do império dominante
Para o domínio mundial planejada
Sigilo, na nova ordem é constante

Conspiração contra o mundo atual
Querem imbuir-se de qualidades divinas
Endeusando-se em atribuições do mal
Deixando nosso mundo em ruínas

Porque será essa retaliação
Será que são mais humanos que os humanos.
- Produto de mentes insanas, sem coração
Vendilhões de suas almas, qual ciganos !

São Paulo, 16/09/2013
Armando A. C. Garcia
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Recônditos da alma


Recônditos da alma

Nos *absconsos **recônditos da alma

Quando o pensamento humano se agita

No abstrato de ilusões não tem vivalma

Que lhe traga um consolo na desdita

Oh! Sombra perdida, entre quimeras

Quando o peito arde de aflição

Nem o resplendor das lindas primaveras

Têm o condão de levá-la à ***acessão

No abstrato abismo da *4 catatonia

Quando a bruma da noite o céu embaça

Chega a madrugada, irrompe o dia

A sombra perdida, é sonho que não passa

É como o *tegumento, a mesma cria

Somente a morte lhe renderá graça !

*segredos *2 escondidos, íntimos *3 subida; acesso

*4 esquizofrenia em períodos de negativismo *5 o que cobre o corpo dohomem

SãoPaulo, 19/02/2014 (data da criação)

ArmandoA. C. Garcia

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No Tabernáculo da Fé




No tabernáculo da Fé


Verte a agonia do peito
Da rigidez da amargura
Meu Deus, volve perfeito
À Tua paz e ternura


Tenho a alma consumida
Sem esperança ou timoneiro
Na via, escabrosa da vida
Sou solitário caminheiro !


Na sementeira Divina
Sua a migalha do nada
Meu coração ilumina
Com Tua luz condensada


Para extinguir as tristezas
Seja a alma consolada
Dá-lhe a força e grandeza
De enfrentar a caminhada


Que a sombra e sofrimento
Sejam pra sempre afastadas
Meu coração sem alento,
Quer ver as dores resgatadas


O Teu poder é sublime
De varrer a amargura
Senhor! Minha alma redime
Dá-me as sobras da ventura!


São Paulo, 10/04/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Do nada que somos...


Do nada que somos...


Do nada que somos, somos tudo afinal
Obra majestosa da criação divina
Com capacidade para sentir a moral
Onde sentimento, emoção e afeto culmina

Na afeição ao semelhante, na existência
Desta vida acre-doce que Deus nos deu
Impelida à eterna mansão da essência
Onde reina o amor, a paz e a sapiência

Nos infinitos planos da extensão extrema
Onde a alma um dia repousará feliz
Na nobre casa, *asserção, dispensa teorema
Porque a verdade de Deus, ninguém contradiz

*afirmação
São Paulo, 17/02/2014
Armando A. C. Garcia

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O Silêncio


O Silêncio

Palavras que nada dizem
No silêncio se consomem
Mágoas cítricas predizem
Os túrgidos frutos do homem

Calar, supremo valor
Num mar de ondas sem rumo
Quem cala, tem bom alvor,
Os vitupérios, são fumo !

Lodos se arrastam, responde...
-Bem ao fundo do armário
Ond’o anonimato esconde
As penas do seu calvário

Em vez de usar mordaça
Pra puder ficar calado
Age como cão sem raça
No seu latir enjaulado

A cacimba pantanosa
Fétida água recolhe
A cisterna, mais airosa
Só a límpida acolhe

Ao fosso do teu silêncio
Recolhe orgulhosa ira
Não te chamas Inocêncio
Nem te faças de caipira !

São Paulo, 25 /02/ 2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Deus é o amor


Deus é o amor



A imensidade de Deus, é o amor

Clarão de luzes, na alma e sentidos

Uns, o chamam, cantando seu louvor

Outros, na prece silenciosa, movidos.


Nessa fonte de amor inesgotável

Nela transborda o galardão divino

O fulgor adquirido inigualável

Faz da oração o voto genuíno


Sua alma, sentidos e coração

Uníssonos no desejo de louvar

Abertos ao imortal artesão !


Buscam na fonte do amor saciar

A sede que retrai a vitalidade

Levando a alma à erraticidade.


Porangaba, 16 de fevereiro de 2014

Armando A. C. Garcia

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Pedido a Nossa Senhora dos Prazeres



Pedido a Nossa Senhora dos Prazeres

Pedi a Nossa Senhora dos Prazeres
O prazer de te encontrar. Encontrei.
Por burrice, esqueci de lhe dizer
Que te amava e que sempre amei !

Não posso reclamar da sorte,
Nem tampouco do pedido
Mesmo nas agruras da morte,
Vejo que ele foi atendido

Na verdade eu não pedi
Para tu ficares comigo
Na confiança, esqueci
De o pedir. Eis, meu castigo

São as farpas do destino
Cravadas no coração
Dum pedido libertino
Sem pedir a tua mão

Fugiste mais uma vez
Atropelando a esperança
Pela minha insensatez
Desforro, como vingança

Tem compaixão deste amor
Que te amou a vida inteira
Não o deixes por favor
Esperando em geladeira

Parece castigo do céu
Esta minha solidão
Que resiste ao sonho meu
Desta bendita paixão

Lenimento que acalma
Fulgência do teu olhar
Bálsamo de minha alma,
- Não me deixes a esperar !

São Paulo, 26/10/2013
Armando A. C. Garcia

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A adversidade


A adversidade

Esvaneceram-se suas esperanças

Depois de longo tempo a esperar

O delírio da imaginação a flutuar

O fez perder nas eternas lembranças.

A lucidez diante da realidade

Traça-nos indecifráveis caminhos,

Onde além de raros os escaninhos,

Neles, o coração guarda a amizade.

No estrugir da intensa tempestade

Que assola de dor o pobre coração

Pulsando diferente, sem reação,

O deixa perplexo e hesitante

Sentindo imensa dor alucinante

Cai, desfalecido pela contrariedade !

Porangaba, 10/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Ânsia de liberdade – Redenção !



Ânsia de liberdade – Redenção !


Ânsia de liberdade e igualdade

Embala vaporosa nossa nação

Como sonho na vasta imensidade

Clamores irados, incompreensão

Eloquência crepuscular se agita

Menos persuasiva que a arruaça

Queixume hilariante de cobiça

Que mais destrói, o que a palavra traça

Nesse lamento o espírito habita

Já no pranto de cinzas tumulares

Doloroso tormento dessa desdita

Bem sei, não serem queixas singulares

Segurança, educação tão finitas

Nossa Saúde, tormentos seculares !

II

Vosso canto é canto poderoso

Não deixeis cair o sonho em vão

Que a voz se faça ouvir, é forçoso

Alterando as formas, é pura ilusão

Meu sonho comunga-se com o vosso

Porém, sem a cruel libertinagem

Queremos um país com outro esboço

Justiça que envergue outra linhagem

Educação e saúde, primazia

S’gurança que possamos confiar

Que acabe de vez a cobardia

Qu’ possamos finalmente respirar

Volte a reinar a paz e a alegria

Que Deus do céu nos possa abençoar !

Porangaba, 14/02/2014

Armando A. C. Garcia

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Da Árvore de Palavras


Da Árvore de Palavras


Duma árvore de palavras carregada,
O poeta, as colhe e identifica
Sutilmente as imprime e classifica
Entre visões da alma amargurada

Entre verdade, mentira e devaneio
O poeta, como em sonho as descortina
E faz delas a sombra que imagina
Para tirar o que à mente lhe adveio

Vencida esta jornada, doida postiça,
Vinculando as palavras uma a uma
Fala de amor, de dor, e como costuma

Fala de tudo, até critica a justiça
Pois, de falar, o poeta não tem preguiça
Fala tanto, e não resolve coisa alguma !

São Paulo, 28/04/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Imaginar o quanto...


Imaginar o quanto...


Nem podes imaginar o quanto

Do tanto que te amei, enquanto

No caminho, derramei meu pranto,

A almejada avença, no entanto...


- Havia debandado teu encanto

Tu, dispersa, vestias outro manto

Dispersando o amor sacrossanto

Puro e limpo, ainda sem pecado


A solidão e abandono é tanto

Quão eqüidistante é o recanto

A separar o tempo. Entretanto,


À margem, o que resta... é canto

Dum sonho distante sem encanto

Nas memórias de quem amou tanto !


Porangaba, 08/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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O Tal do Coração !


O Tal do Coração !



Coração ! És tu da vida o sustentáculo

Que sem cessar, não medes as fadigas

Teu sustento, mitigas no cenáculo

Excelsa preeminência a que te ligas


Tuas fibras de viço e vigor potente

Fazem o sangue no corpo voltejar

E assim, vigorizas com sangue quente

O físico, por todas as veias ao passar


De ti, o homem recebe o alento

A força, que lhe infunde a coragem

A disposição resoluta do intento

O brio, quando puro o sentimento


É hospede teu, nosso corpo inteiro

De ti, a mor parte do tempo esquecido

Sem reverenciar-te, como hospedeiro.

Me amoldo a ti, não fiques enfurecido,


Como tu, envelheci, que mais tu queres

Deste ancião caduco, rugoso e fraco

Findaram as ilusões, findaram os prazeres

Só nos resta a transferência pro buraco !


Na última estação da vida, fustigado

D’borrascas, contrariedades seguidas

Não esperes qu’inda seja transformado

A máquina, está duplamente enfraquecida !


Porangaba, 08/06/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Na mão de Deus


Na mão de Deus


Na mão de Deus depositei a esperança

E foi nessa âncora de fé e confiança

Que encontrei a paz nesta existência

Unida à força psíquica da consciência


Na imensidade dos mundos perplexo

Nosso espírito os habita genuflexo

Ante o incomensurável poder Divino

Que na essência da alma descortino


Guardarei na Sua mão eternamente

Os mimos de magnitude e esperança

Que ao longo da vida fez semente


Nas lições d’amor do Grande Professor

Que veio ao mundo proceder a mudança

Trazendo a aliança do Redentor !


Porangaba, 20/07/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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A combalida Fé !


A combalida Fé !


A combalida Fé de nossa sociedade
Tão pervertida nos deleites mundanos
Trocou as palavras de sublimidade
Pelas orgias pecaminosas dos profanos,

Trocou os dons espirituais pelo prazer
O ser humano esqueceu que existe Deus.
 E Este, lá do assento etéreo do poder
Está mostrando Seu poder, aos filhos seus

Restringindo a chuva nos mananciais,
Enquanto São Paulo, sofre inundações
Não chove junto aos açudes principais
E a seca, causar-vos-á exasperações

Se ao poder de Deus não vos subjugais
As agitadas ondas de imprecações
Atingir-vos-ão nas conjunções carnais
Do desvario delírio de vossas diversões

Haverá tempo de angústia e ponderação
Para avaliação da soberba de cada um
Como as pragas lançadas ao Egito. Serão
vossos sofrimentos, de exaltação comum !

São Paulo, 06/05/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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A dor da solidão


A dor da solidão



Tive a dor da solidão por companheira

Ante a tua ausência súbita, inesperada

Mudaste o curso de minha cachoeira

Para turvar a água cristalina; Que cilada !


Deixaste-me de mãos atadas, com a dor

É detalhe que não importa na caminhada

No paradigma entre o ódio e o amor

Sem pressa, na vida longa, angustiada.


Como posso olvidar a mor verdade

Sem pesar toda a essência fulminante

Aquela que doeu atrás, na mocidade


E até hoje faz parte desta história

Tão profundo o amor que ainda debate

E inflama esta pobre oratória !


Porangaba, 31/08/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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As penas da vida


As penas da vida

Penas que flutuam no ar,
Das minhas são o inverso
Aquelas pairam no ar
Já estas, têm peso inverso.

As penas do meu penar
Pesam no pensamento
São como as ondas do mar,
Em constante agitamento.

Quem me dera não ter penas
E, nem ter porque penar
Tivesse, somente, apenas
Um coração para amar

Porque as penas mais pesadas
Nós temos que carregar
As das aves, aveludadas
São usadas para voar

Fossem plumas apenas
As penas do meu calvário
Não estaria na arena
Tão triste e solitário

Não transformes minhas penas
Num rosário de penar
Elas, não são tão pequenas
Pra que as possas agrupar

Nos *interstícios das penas
Cheios de melancolia
Vivem as memórias apenas
**Magma da dor dos meus dias

Vento que sopras as plumas
Das penas das avezinhas.
Perdidas, como as brumas
Leva tu... também as minhas!

Este abstrato penar
Transcende a realidade
É como as areias do mar
Qu’a espuma, os pés vem beijar

* fenda; intervalo
**lava

São Paulo, 11/08/2014
(data da criação)
Armando A. C. Garcia
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Tua força !


Tua força !...

Juntei, Tua força à minha
Com ela, cantei louvores
A Ti, ó Rei destas vinhas
Rei, de todos os Senhores

Sem saber donde provinha
Esta minha vocação;
A Tua força, na minha
Tocou o meu coração

Corri o mundo ligeiro
Levando Tua canção.
Teu amor é o primeiro,
Dentro do meu coração

Meu louvor é permanente
Não tem dízimo, nem cobrança
Só é preciso ser consciente
Ter fé, e ter esperança

Que tem fé e confiança
Na palavra do Senhor
Enche a alma de bonança
E o coração de amor !

Sai distribuindo carinho
Pela humanidade afora
Ensinando que o caminho
Está, na nova aurora

Não cobrar o ensinamento
Da palavra do Senhor
Este, é o merecimento 
De Jesus, o Salvador!

São Paulo, 13/10/2013
Armando A. C. Garcia 

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Homenagem a São Paulo (replay)


Homenagem a São Paulo (replay)


A ti não chegaram às caravelas,

Mas de ti, partiram bandeirantes.

Como centro financeiro abres velas

Singrando o Brasil e America do Sul


És uma das mais globalizadas

Cidades no cenário mundial

Tua pujança, e luta das arcadas

São destemor e audácia sem igual


Teu povo, miscigenação de raças

Esculpindo ao mundo novas gentes

Longas ruas, jardins e praças

Repletas de arranha céus imponentes


No emaranhado, contrastas briosa

Com favelas que ninguém ousa falar

Por São Paulo ser grande e majestosa

És a locomotiva que roda sem parar


Berço do trabalho e da cultura

Acolhes o migrante e o estrangeiro

Dás esperança aquele que te procura

E teu povo, é um povo hospitaleiro


Tua marcha triunfal o Anchieta

Do além, certamente consagrou

Não foste traçada em prancheta

A força do destino te edificou


És o gigante, deste imenso país

Teu progresso está no imenso sucesso

E neste dia vinte e cinco de janeiro

Milhões de beijos ao teu povo hospitaleiro


Porangaba, 24/01/2012 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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São Paulo - no teu aniversário

Ninguém as calha alarga ou afunda

Dos ribeirões que cortam a Capital

Sem álveo suficiente o bairro inunda

Por onde passa, cada rio piscinal

Os anos transcorrem é sempre igual

Nunca há dinheiro para tal obra

A população sofre um abalo mortal

E a prefeitura, o IPTU lhe cobra

Hoje, neste aniversário de São Paulo

Nada há para o cidadão comemorar

Crescem as inundações, pelo abaúlo

Álveo dos ribeirões sem os alargar.

Queima ônibus o povo insatisfeito

Saqueia um mercado e caminhão

A polícia surge depois do mal feito

E o saqueador fica sem a punição

Que devo eu comemorar como poeta

Senão a constrição do amargor

Quisera eu poder tocar trombeta

Para te homenagear cheio de amor

São Paulo, 24/01/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Só me tiranizas !


Só me tiranizas !



Na alma, sinto um tormento repentino

Que desgasta a alma, até do libertino

Escorre o suor, fruto de grandes fadigas

Ao escutar a rítmica de tuas cantigas


E tu, doce amada, só me tiranizas

Amassando-me como massa de pizzas

Com as tuas excessivas opressões

Como produto de tuas possessões


Tua nefanda loucura está matando

Desfaz-se o alento, o amor vai secando

Não sei que tormento tão inesperado


Que tu, doce amada me disseminaste

Eu vi, duas lágrimas, que por mim choraste

Não vi na verdade, teu coração magoado !


São Paulo, 16/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Liberta meu coração


Liberta meu coração



Liberta meu coração

Das garras da iniquidade

Abre as portas da razão

Da luz e da claridade


Tu, és o Rei da glória

Da providência Divina

Guia minha trajetória

Com Teu farol a ilumina


Liberta meu coração

Da maldade e injustiça

Pois está em Tua mão

A vitória desta liça


Só Tu, ó Rei do universo

Tens o poder e o domínio

De afastar o adverso

Mau-olhado e o fascínio


Liberta meu coração

Dá-lhe entendimento e paz

Está em Ti a coesão

Duma harmonia eficaz


Ó Deus de infinito amor

Em Tuas mãos meu destino

Eu coloco com fervor

E de Jesus, o Palestino


São Paulo, 16/04/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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A paciência


Apaciência

Apaciência é a sublime companheira

Somenteinimigo a turba sem complacência

Enos cria a oportunidade, a experiência

Delhe mostrar a tolerância derradeira

Tu,suportas com o ânimo redobrado,

Opeso da inconstância da volubilidade

Etriunfas contra toda adversidade

Tolerandocom dignidade o enjeitado !

Paciência,és virtude de quem tem controle

Vencesproblemas e derrubas a tenacidade,

Dispensasresistência à reação do que brade

Semequilíbrio, sem controle emocional

Suaúnica arte, consiste em falar mal.

Enquanto,lhe toleras perversa índole !

SãoPaulo, 24/02/2014 (data da criação)

ArmandoA. C. Garcia

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Desejo inconsciente


Desejo inconsciente


Antojou* a vida inteira a figura
Abstrata daquela linda mulher
Emoldurando num quadro a conjectura
Do desejo inconsciente do querer

Sua imaginação estava torturada
Imbele** das falsas visões dum só encanto
Cansado de lutar pela linda fada
Da dor e da saudade fez seu manto !

* representar na imaginação
** fraco

São Paulo, 15/04/2014
Armando A. C. Garcia

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Deus de misericórdia


Deus de misericórdia


Senhor, Deus de misericórdia
Perdoai as faltas que cometemos
Não se esgota a taça da discórdia
Se uma vida santa, não vivemos

Sem amor, a máscara se apouca
A ventura é fugaz, ilusória
É o disfarce desta gente louca
Que *álacre sonha obter a glória

Ó pai! apaga do anímico registro
O horrendo gérmen do infortúnio
E leva a cada alma a crer no Cristo

Só assim, alcançarão a vitória,
Entrementes, a lua em novilúnio
Os espíritos, conseguirão a glória !
• Alegre

Porangaba, 07/02/2014
Armando A. C. Garcia

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Como no mar !



Comono mar !

Vêque no mar, os rios desaparecem

Naágua salgada, as doces desvanecem

Emudecendoo clamor retumbante

Dopequeno rio, ao mais gigante

Eo clamoroso mar, não se levanta

Recebetoda essa água e a acalanta

Noseio gigante de sua natureza,

E asuperfície da terra, não despreza

Amaré da crosta terrestre ele respeita

Seminvadir, como intérprete sagrado

Silencioso,ou mesmo agitado, aceita

Aságuas doces, límpidas, ou barrentas.

Seseu clamor se agiganta esborraçado

É paraacalmar as inúmeras tormentas.

Porangaba,19/01/2014
Armando A. C. Garcia

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Anseios infecundos


Anseios infecundos



Nesta vida, são poucos seus anseios

Ensarilhados não somam uma dezena

Não é fácil alcançar os seus meios

Embora sua aspiração seja pequena


É difícil alcançar o que se quer

Numa luta desigual se precede

A conquista da fama ou da mulher

Mas uma força ímpia o impede


De alcançar os anseios desejados

A conquista, pelo tempo vencida

Vai corroendo seus sonhos esperados


Por derradeiro, subjugado à lida

Continuam na dezena ensarilhados

Os poucos anseios infecundos na vida !


Porangaba, 23/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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P Á S C O A (Replay)


P Á S C O A (Replay)



Para salvar a humanidade do pecado

O filho de Deus, veio à terra feito homem

Na sua trajetória, ressuscitou, alçado

Aos céus, após imolado na cruz. Amém


Foi por ocasião da Páscoa, que ocorreu

O milagre da ressurreição e da vida

Nessa via, o filho de Deus, não morreu

Mas sentiu a esperança e a alma dolorida


Pela humanidade, imolado na cruz

Padeceu Ele um sacrifício ingente.

Foi cordeiro de Deus, seu filho Jesus

Que veio ao mundo na figura de gente


Para indicar o caminho da salvação

Jesus, dando a vida, venceu a morte

Revelando ao mundo sua ressurreição

Num sentido profundo de fé e norte.


Seu gesto de misericórdia e compaixão

Exala perfume que envolve o planeta

Levando a cada criatura compreensão

No feixe de luz que irradia e projeta


Reconfortou multidões, caminho afora

Fez paralíticos voltarem a andar

Depois da grande noite sem aurora

Fez cegos enxergarem e mudos falar


O balsamizante perfume dos espinhos

E dos pregos que o imolaram na cruz

Haverão de suavizar os teus caminhos

A cada pensamento de amor para Jesus !


O reino de Seu Lar em paz resplandece

Luzindo no firmamento estrelas de flores

Bendita seja a tortura que engrandece

E cobre as torpezas, de nós pecadores !


São Paulo, 18/03/2008 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Na culminação do poder !


Na culminação do poder !



Quando chegam à culminação do poder

Esquecem de que foram eleitos pelo povo

Legislam em seu próprio favor e querer

Como se sua fosse, a outorga do povo !


Nossos votos, são subjugados ao crivo

E escravos de sua ambivalência

Projetados aquém da história ao vivo

Como pura antecipação da pestilência


Os noticiários diários nos dão conta

Dos mais horríveis crimes cometidos.

Se preso o meliante, para nossa afronta

A justiça o liberta, estamos perdidos !...


Sem sentido, estranho procedimento

A polícia o prende, a justiça o solta

Dizem o Código Penal ser um instrumento

Ultrapassado. Como a própria escolta


Entretanto, nessa versão, eu não creio,

Que seja pusilanimidade do Código.

Na Lei de Execuções Penais, antevejo

O aniquilamento penal, dito antigo


Hão de se levar em conta as distorções,

Que recentemente nele foram insculpidas

Com benesses pra deixar fora das prisões

Ladrões que atazanam nossas vidas


Concedidas, pelos que, com pundonor

Deveriam proteger nossa sociedade

Ao invés de defender o malfeitor

Deveriam agir com mais seriedade


Até quando esta gente, desprotegida

Sem ninguém, linha dura, que interceda.

Sem cessar o crime, a vida é consumida

P’la inquietação do terror, que não arreda


O psique emocional chegou à exaustão

A nação está descrente do congresso

Não se instituem leis para a punição

Ao contrário, as fazem para o egresso


Acovardam-se com medo dos facínoras,

Ou será, como diz o adágio popular

Que quem cuspe pra cima, lhe cai na cara,

Por este receio, a lei deve ser singular !


Vergonha ! Uma Vergonha Nacional

Não há mais políticos como antigamente

Os que temos, desprotegidos de moral

Só pensam na grana, absolutamente !


Porangaba, 07/06/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Para ti !...


Para ti !...

Reservei para ti,
O amor de minha vida
Mas eu logo percebi,
Que era jogada perdida

Desse afeto estiolado
O fulgor de minha estrela,
Vi apagar no passado
Eu, sumir tal como ela.

Quem me dera a fantasia
Não fosse realidade,
Pois viver nesta utopia
É nebulosa que invade

O meu sonho de ilusão
N‘esplendor da primavera
Quando risonho, então
Eu ficava à sua espera

Perdida no meu passado
Essa quimera de amor
Para o hoje é projetado
O sentimento dessa dor

Nada que traga consolo
À mágoa que em mim ficou
Sou como um filho sem colo
Que em sua mãe não mamou

Eu perdi nesta existência
O amor de minha vida
Que por mera contingência
A um amigo foi servida!

São Paulo, 27/05/2014
Armando A. C. Garcia

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Homem !


HOMEM !

És dependente de tudo
Independente do nada
És da vida um tetra-mudo
Um taxi na bandeirada


Homem ! Tua vida devassa
Aninha sonhos de aventura
Por tua cabeça passa
Só ambição e loucura


Abismo desconhecido
Nesse teu desiderato
Teu coração oprimido
Turba teu senso pacato


Independente do nada
Carregas pesada cruz.
Nessa árdua caminhada
A dependência te conduz

És pseudo independente
Tu, que dependes de tudo
Desde a noite, ao sol nascente
E do alimento ao estudo !

São Paulo, 11/08/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Meu Deus,


Meu Deus,


Não sou digno de bater à tua porta
Só Tu sabes dos gemidos de tristeza
Do grande infortúnio, que ninguém conforta
Não me detenhas, na porta da incerteza

Deixa entrar, no lindo asilo tutelar
De Teu palácio de amor e carinho
Para a alma finalmente descansar
De tão árduo e escabroso caminho

A senda foi penosa, estranha e dura
Cheia de angústias e desencantos cruéis
Sem Tua estrela, a noite era mais escura
E a esperança, semimorta. Bem o sabeis !

A aspereza da angústia e da amargura
Alivia-a Oh! Deus com a gota universal
De Tua tutelar e sublime ventura
Que irradia a Tua amplidão Divinal.

Estende a Tua mão de eterna Aurora
Aqueles que exultam Tua paz e amor
Dá-lhes Senhor Tua luz que resplendora
E estanca o sofrimento de quem chora !

São Paulo, 20/05/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Assim fala o agricultor !


Assim fala o agricultor !


O mundo aclama no palco os cantadores

E no futebol os craques jogadores

Não dão glória ao humilde agricultor

Aquele que planta e vos honra com seu labor


Com o alimento para vossas forças prover.

O mundo só aclama o homem de poder

Aquele que nada faz em prol da humanidade

Mas que passa ovante pela notoriedade


Os que entre a multidão, passam triunfantes

E olham a miséria com desdéns cruciantes.

O homem bom e justo, o povo não aclama

Ao cantor e ao jogador, até lhe dão a cama


Não há glória alguma, ou ato de coragem

Olhando sua vida, é pura libertinagem.

O agricultor labuta do nascer do dia

E até ao anoitecer é a faina de seu dia


O povo, não aclama, quem lhe dá de comer

Somente a futilidade ele sabe acolher,

Seria motivo de festa e muita felicidade

render graças à sabedoria da verdade !


A um trabalho que parece inexpressivo

Mas que é o único fecundo e criativo

Capaz de alimentar no mundo sua grei

Para crescer, no suor que derramei !


Porangaba, 02/05/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Poesia – Alçar vôo



Poesia – Alçar vôo


Minha alma precisa ser livre, livre

Como a águia nos céus do horizonte

Como a clareza da água da fonte

Sem obstáculo algum que de tal a prive


Pra quando chegar a hora de alçar vôo

Singrar por todos oceanos e céus

Abstrair de todos os afetos meus

Como sendo o último café que côo


São Paulo, 21/10/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia –


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Com Tua luz !


Com Tua luz !



Ouve Senhor a minha prece

Põe um fim à desventura

Com Tua luz me aquece

Do frio da noite escura


Ó Senhor lá das alturas

Escuta o meu clamor

Estende às criaturas

O pendão do Teu amor


Ó excelsa preeminência

Onde o brio e o pundonor

São de Tua sapiência !

- Atende nosso clamor


Sabes d’nossa imperfeição,

O nosso íntimo conheces

Por favor, tem compaixão

Atendendo nossas preces


Tu, És a celeste esperança

Dos pobres em aflição

És a tábua de bonança

De quem busca a salvação


Não desampares Senhor !

Os desvalidos da vida

Eles, buscam no Teu amor

Um alento à paz perdida


No momento sublime

Da Tua benção, Senhor !

A nossa alma redime

À sementeira do amor!


Porangaba, 18/04/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Amor perdido


Amor perdido

Não penso mais no teu amor perdido

Nem nos dissabores que dele emanaram

Amor, pensar em ti, não faz sentido

Quando os sentimentos de amor secaram,

Hoje, amargo a dura e triste saudade

Suspira minha alma aliviada

Ao penhor de tua antiga amizade

Que, pensei ser eterna namorada

Dilui meu coração na formosura

Sempre na esperança de ter o teu carinho

Fatigado, nunca encontrei a ternura

Mudei o rumo, troquei o caminho,

Foi um sonho lívido, sonho mirrado

Finalmente, a trégua... Estou sozinho !

Porangaba, 12/01/2014

Armando A. C. Garcia

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Precisa mudança !...


Precisa mudança !...



Não pode haver ordem e paz, sem segurança

A impunidade acarreta conseqüências

A cada dia mais drásticas. O povo não descansa,

Precisa mudança, que traga ordem e confiança


Confiança n’justiça, e severa punição

Não fique no variável moto, entra e sai,

O temor precisa atingir o crime e o ladrão

A sociedade, precisa que o governo seja pai


Como tal, defendida, não sujeita à inconstância

Volúvel da marginalização que a afronta

Dizimando chefes de família e, com arrogância

Debocham da justiça, qu’não os amedronta


Por ser impotente, fraca e benevolente,

Sabem que matando, logo serão soltos

Na abissal pilha de crimes, justiça clemente

Por isso, os ânimos do povo estão revoltos


Em face de situações difíceis, sem coragem

De nossos governantes agirem com firmeza

Para mudar de vez essa anomalia de imagem

Abstrusa, de que o crime, gera a riqueza


Sistemas e opiniões, exigem mudança

A evolução é o caminho firme e seguro

Para levar ao nosso povo a segurança

Contra a obra do mal e, livrá-lo do apuro


Como feras na selva densa, atacam o povo

Dizimando-o, mais e mais a cada dia

Pois certos estão que irão pra rua de novo

Já que a justiça sem força, ainda é tardia !


Sem temer ofensa, cheios de ódio espreitam

A oportunidade no cidadão, que sem suspeita

Tomado de surpresa, o assaltam e desrespeitam

Quando a vida, não lhe é tirada na empreita.


Nossa justiça o que faz? Gera impunidade

O criminoso , de tal privilégio ciente

Sem temor, mais e mais nos tolhe a liberdade,

A situação se inverte, tomam o lugar da gente


Passamos a ser prisioneiros da liberdade

Até quando? Despertai autoridades !

- As eleições estão à porta, comunidade ...

Abri os olhos, para não ficar nas saudades


Basta ! acorda ! é tempo! Tempo de mudança

Pessoal, vamos exigir, sem mais tardança

A mudança e que ela pese na balança

A similitude, e haja com perseverança !


Porangaba, 24/05/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Anseios mirrados


Anseios mirrados


Os teus anseios mirrados

Secaram minha esperança

Meus olhos apaixonados

Vertem lágrimas da lembrança


O condão de prodígios

Que teu amor despertou

Extinguiu os vestígios

Que meu coração ofertou


Orgulhosa e pujante

A soberba, te apraz

No teu mundo tão distante

De tudo, tu és capaz


Tristeza, não te comove

Teu fronte, sacode as ondas.

-Que teu coração não prove

Da amargura que escondas


Pisas na face e no peito

De quem cruza teu caminho

É o desengano perfeito

A quem espera carinho


Teus beijos de amor, somente

Satisfazem os desejos

De teu amor decadente

Que beija a todos sem pejos


Na ebulição do amor

Tens mestria em fingimento

Camaleão muda de cor,

Tu, mudas de pensamento!


São Paulo, 15/01/2014

Armando A. C. Garcia


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Por do Sol/ Alvorecer



Por do Sol/ Alvorecer


Se o por do Sol é bonito

É mais lindo o alvorecer

Aquele, representa declínio

Este, a vida a florescer


Põe-se o sol, a noite cai

Em noites de lua cheia,

O luar rasga a escuridão

E abóbada do céu permeia,


Com estrelas cintilantes

No céu majestoso,a brilhar.

Vem o crepúsculo matutino

E a lua, parte a chorar !

Com sua luz radiante

O Sol é vida, alegria

Traz em si, o renascer

Graça, vigor, *acrosofia


Novo dia, nova esperança

Sol é luz, é movimento

Elemento de pujança

Dentro do próprio elemento

No crepúsculo vespertino

A lua, volta a brilhar

Na permutação cíclica

Dia após dia, sem parar


Este mecanismo complexo

Comumente, chamado de vida

Para uns, o luar é reflexo

Da luz do dia refletida !

* A sabedoria divina


Porangaba, 11/10/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Em ti,


Em ti,


Em ti, depositei minha confiança

Por ti, sofri grandes humilhações

Eras tu, minha única esperança

De unir nossos pobres corações


Enquanto eu esperava, o sol se punha

Caindo a mansidão da negra noite

Na lentidão o tempo se antepunha

À dor de transpor tremendo açoite,


Embora a dor me fira incessante

Com escaras no peito repetidas

Cismando esse momento importante,

Pensamentos duvidosos em nossas vidas


Separaram pra sempre nosso amor

Eu, nunca esquecerei essa tristeza

Que penaliza meu foco interior

Onde se esconde a dor dessa vileza


Tu, vacilando em raios cor de rosa

Teu peito exita, mas por mim falece

A essência do amor... foi pura prosa

No correr dos dias, cedo me esquece !


E em outros estímulos se envolve

Teu peito de amor, que era só meu,

Teu olhar flutua, a mente resolve

E como em imenso sonho se perdeu


Tua viva paixão, foi chama qu’se apaga

Bastou voltejante rio passar perto

- Tua inconsciente moral, como fraga

Um dia, virará areia do deserto !


Porangaba, 31/05/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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A Fé


A Fé

Não deixes murchar a Fé
Porque pode fenecer
Deixando a alma à mercê,
Certamente, irás sofrer

Louva a Deus, no infinito
No mundo da redenção
Ora, serás bendito
Terás paz no coração

Se a Fé remove montanhas
Removerá teu sofrer
Extirpando das entranhas
O que te faz padecer

Ela, é a essência Divina
É a luz do renascer
A semente da doutrina,
Não a deixes perecer

Já na Sagrada Escritura
Deus revela seu poder,
De que a Fé configura
Pro cristão o renascer

A Fé alimenta a alma
Fortalece o coração,
É o remédio que acalma
Sem nos deixar ilusão.

É ela que dá esperança
De uma vida melhor
E, no fiel da balança
Ele pesa com rigor !

Consulta teu coração
Nos dias da tua vida
Se a Fé é redenção
Não a deixes esquecida

É nos mistérios da vida
Que concentramos a Fé
Erudita ou distraída
É coisa de quem a crê .

É o lenitivo na dor,
O consolo na desdita
O amparo ao sofredor
De Deus, a benção bendita !

Seria irracional
A humanidade sem Fé
Sendo a alma imortal
Alimentar-se-ia do quê?

O pão, alimenta a matéria
A alma, da Fé e da razão
O sangue, corre na artéria
E a Fé, na devoção

Porangaba, 03/10/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

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A Ingratidão !


A Ingratidão !


Certo dia um velho ancião
Foi jogado na rua, como um cão
Por seu filho. Oh! Vida ingrata.
-Apenas com duas algibeiras
Uma carregada de pão e a outra
Com vinte moedas de prata

A algibeira das moedas,
O velho devolveu ao filho
Já na condição de andarilho,
Disse-lhe; Guarda estas moedas.
- Para quando teu filho te despedir
Anexá-las, as que ele te der.

E assim partiu carregando
Apenas a algibeira de pão.
Andando, andando já cansado
Sentou-se à beira de um riacho
E ao saborear o pão sentiu
Um paladar diferente.

Como a fome e o cansaço
Eram grandes, comeu;
E o pedaço de pão que comeu
Seria o último de sua vida.
Pois logo sentindo fortes ânsias,
Ali entregava a alma ao criador !

São Paulo, 05/06/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Desejos !...


Desejos! ...


Desejos, quantos já tive
Nesta vida indesejada
Se de desejos se vive
Essa foi minha estrada

Nascemos predestinados
Uns pro bem, outro pro mal
Uns patrões, outros criados
Neste mundo desigual

Não se trata de desejos
O que a vida nos reserva
O ser bom, ou malfazejo
O espírito o conserva

O viver é um desejo
Inato do ser humano
Ninguém resiste ao ensejo
De na vida ser o decano

Reclamando, ou não da vida
O desejo é mais forte
Adiando a partida
Vencendo a própria morte

O desejo é uma esperança
Esta, não morre jamais
É uma eterna criança
Na vida dos animais

Desejos, quem os não teve
Pergunto, quem os não tem
Se o desejo se manteve
É a aurora do Bem !

São Paulo, 19/03/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Tolerância.


Tolerância.



Aprender a tolerar quem nos ofende

É ensinamento inato de Jesus

A tolerância não se compra, nem se vende

É tegumento das almas já sem pus


Demonstrando ao ofensor que tua calma

Vence sua ira e a prostra por terra.

Toda a maldade que existe na alma

É digna de dó, pelo que ela encerra


A tolerância do ser, é o amadurecimento

Sem ela a racionalidade é medíocre

Leva a descomedido comportamento.


Fruir da tolerância é ter amor na alma

É reconhecer que os erros do ofensor

São louros de vitória, que dão a calma !


São Paulo, 25/02/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Uma réstia de saudade ! ...


Uma réstia de saudade ! ...


Perdido nos teus encantos

Perdi o meu coração

Agora choro aos prantos

A minha desilusão !


Uma réstia de saudade

Em meu coração reside,

Que Deus tenha piedade

Da paixão que me agride


Já sepultei ilusões

Utopias, coisas vãs

Já fiz sofrer corações

Amarguras de titãs


Se meu amor se perdeu

Logo mais, outros aspira

Só um amor me prendeu

Hoje. Noutro amor respira


No fundamental da vida

Dinheiro tem seu valor

Quando a grana é perdida,

Perde-se junto o amor


Nesta singularidade

Que envolve o coração

Uma réstia de saudade

Na grande desilusão !


Porangaba, 31/05/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Cego na ambição ! ...


Cego na ambição ! ...


Cego na ambição, o mundo caminha

Sustendo o homo em pura decadência

Deus deu-lhe ciência, ele a descaminha

Como agnóstico, duvida a existência


De um Ser Superior que tudo governa

E moto contínuo manifesta-se descrente

Pleno vigor, vivo, de potente perna

Plena saúde, sem uma febre ardente


Julga-se o sustentáculo da vida

E que toda excelsa preeminência

Esta na pura natureza contida,

E, ela sim, encerra toda a ciência.


Sistemas, opiniões, têm mudança

Ao longo das quatro épocas da vida

Na quarta idade, quando a fraqueza avança

Teme as ofensas, já na eterna despedida


Quando era moço forte, em nada cria

Não tinha chagas, nem tinha amargura

Agora velho, caduco, chega a agonia

Muda a opinião, medo da sepultura !


O vil egoísmo, império do fanatismo

Do niilismo, da descrença absoluta

Garbo fingido, a alma, leva ao abismo

E seu hóspede, a uma vida dissoluta !


Porangaba, 30/03/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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A força do nada ...


A força do nada ...


Da força do nada
O encanto da vida
Flor decepada
Na areia perdida


Confronto, retoque
Detalhe projetado
Status, enfoque
Caminho apertado


O peso da vida
Na selva de pedra
Ninguém o duvida
O oásis não medra


O trevo da sorte
Sinal de esperança
Na vida ou na morte
O Ser não descansa


Estrada espraiada
Estrela da vida
Prenúncio do nada
Na vida sofrida !


Salvador-BA- 18/09/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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Dei asas ao pensamento


Dei asas ao pensamento


Dei asas ao pensamento

Dei-lhe humor, dei-lhe alegria

E pra maior contentamento

Dei-lhe tudo, que podia !

Dei-lhe liberdade e vida

Sem mistério, sem temor

Dei-lhe a mensagem florida

De quem busca grande amor

Dei-lhe um mundo de alegria

Com a luz do sol a brilhar

Dei-lhe tudo que existia

No mundo pra agraciar

Dei-lhe sorrisos, dei-lhe fé

Dei-lhe a verdade e razão

A confiança de quem crê

Tudo que eu tinha à mão !

Dei-lhe razões pra voltar

Sem marcas ou exigências

Dei-lhe o mar pra navegar

Estrelas, como referências

Ele gravou todas imagens

Dos lugares onde passou,

Como excelsas reportagens,

Até o zimbório filmou .

São Paulo, 05/07/2015
Armando A. C. Garcia


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Perdida a Fé


Perdida a fé




Perdida a fé, a esperança e a razão

Já sem graça, a doçura da expressão

Seu semblante comove à piedade

Ao vê-la exaurir-se, na flor da idade


Recolhendo em sua alma o sofrimento

Com ânimo esforçado, e ao mal atento

Subjugando a adversidade à intolerância

Nas ardentes dores mitiga a constância


Na luta pela vida o corpo mal resiste

Pálida, só nas mãos da rígida ciência,

Então ela, lembra-se de pedir clemência


Renovando a perdida fé, que na alma existe,

Elevou uma prece ao Deus omnipotente,

Ouvindo-a, curou-a complacentemente !


Porangaba, 23 /02/ 2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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A Inveja !


A Inveja !


Cobiçar o que é de outrem, gera inveja

Sentimento nefasto que se arrasta

Na humanidade, e nem mesmo a igreja

E suas leis, conseguiram dar-lhe o basta !


Essa fúria cega envenena a alma,

Pela frustração da incompetência

De quem não usa a prudência e a calma

Para ter na vida a mesma ambivalência


Destrói nas ondas o amor e a amizade

Com ódios, repugna o que prospera

E na alma fomenta sua maldade


Pois só, iniquidade em si impera

Pela inveja e cobiça à sociedade

Que cresce ao lado com celeridade.


São Paulo, 02-02-2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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O Canto da Sereia !...


O Canto da Sereia !...


Sonhos que alimentei e vi morrer
Os sonhos que sonhei na minha infância
E hoje, os alimento, sem saber
Quão grande foi a sua importância

Mais doces que a brisa e a lua cheia
Tão belos, tão puros, por vezes vulcão
Na imaginação, ao canto da sereia
Inquietos, à mente causam confusão.

São Paulo, 13/07/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Sentimento quântico


Sentimento quântico

Perdido o sentimento quântico
Do amor outrora romântico
Onde a falsa luz e a fantasia
Fechava os olhos e, nada via

Descuidado, o pobre coração
Igualmente, os olhos sem visão
Não notavam o que acontecia
Nem tampouco, minha alma o sentia

Aquela face inocente, esvaece
- Voltar aos ditosos dias pudesse
De seus abraços bem apertados

Talvez mudasse meu triste fado.
Quem sabe, o que eu sofro calado
De pensar outrora... entristece !

São Paulo, 25/03/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Lavo minha saudade


Lavo minha saudade


Eu lavo minha saudade
Nas fímbrias do velho Fresno
Desde a minha mocidade
E, por toda a vida, o mesmo

Sempre que a vil solidão
Invada minha saudade
Tuas águas lavarão
A minha infelicidade

Em forma de nostalgia.
Com a musa predileta
Buscarei tua energia
Como fazia o asceta.

Minhas forças recarrego
No ar puro dos pinhais
Por isso, tanto me apego
Às tradições regionais.

Jamais o meu coração
Se afastou deste lugar
Curto mágoa e solidão
Só tu, me fazes sonhar

Minha sombra ali passeia
Projetada no luar
E, minha alma anseia
Mais formosa te encontrar

Volto de novo à vida
Bem longe desse lugar
Se triste foi a partida
Mais triste, é não voltar !

Porangaba, 21/07/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Perdido na solidão


Perdido na solidão


Quando andava pelo mundo,
Perdido na solidão
Um sentimento profundo,
Tocou o meu coração

Foi então que compreendi
A magnitude de Deus
Vi que em sonhos me perdi
Como fazem os ateus.

Ainda a lágrima suspira
Lá, no infinito vazio
Entre a verdade e a mentira
Num tremendo desafio,

Mas se em vós eu confiei
No presente e no futuro
Minhas mágoas... já penei
Não quero mais correr apuro

Dum polo a outro impelido
Mil lamúrias derramei
Meu coração esvaído
Teve paz, quando Te amei!

São Paulo, 23/07/2014
Armando A. C. Garcia

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Fonte do amor !...


Fonte do amor !...



Nesta ausência da verdade

Na cinza que o fogo deixa

Onde a queima da vontade

É o suspiro da queixa


Última réstia do sol

Última réstia de esperança

Sonho flutua ao arrebol

O enigma à semelhança


A memória se povoa

De perspectivas sem fim

Tua imagem sobrevoa

As sombras do meu jardim


Nas voltas que o contornas

Dissipas o ensombrado

As flores, antes soturnas

Voltaram ao seu passado


Fundem-se as emoções

Num gradual sentimento

Que une dois corações

Ao sagrado sacramento


Nessa fonte de desejo

Onde nasce o grande amor

Se beijar-te é um ensejo

Abraçar-te é esplendor !


Porangaba, 09/08/2014

Armando A. C. Garcia


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Homenagens ao dia da Mãe



Homenagens ao dia da Mãe

MÃE !



Mãe, é palavra Divina

No seio da humanidade

Na vida traz a alegria

Na morte deixa a saudade !


São Paulo, 07 de maio de 2009

Armando A. C. Garcia

Mãe I



Ama-a, cheia de defeitos ou de bondade

Ama-a tal qual é, porque ela é tua mãe

Não lhe meças os erros se é que ela os tem

Tampouco a enobreças se for cheia de bondade.


Ama-a, porque ela deu um pouco de si mesma

E dessa dádiva, brotou um rebento. És tu!

Que ela, jamais, deixou secar enquanto que tu...

Tornas-te indigno de ser filho dela mesma.


Ama-a, como um filho deve amar sem preconceitos

Porque o amor de uma mãe não pode ser ultrajado

E aquele que o fizer, será eternamente condenado.

Será um réprobo, um monstro, sem mais direitos.


Cobre de beijos, sua pele já sulcada de rugas

E em cada fio de cabelo argenteado

Deposita um beijo e perdoa seu pecado

Assim como ela em criança perdoava tuas fugas.


Mas se assim não for, redobra então teus carinhos

Para que um dia, quando morrer, leve na lembrança,

A certeza de que na terra deixou uma esperança!...

A quem mais tarde, será a luz de seus caminhos.


São Paulo, 04/04/1964

Armando A. C. Garcia

Mãe II


A palavra pequenina

Que maior carinho tem

É a palavra Divina

Que tem a expressão de Mãe !


Mãe é palavra sagrada

Cheia de amor e amizade

Mãe... é a expressão mais amada

Sinônimo de Felicidade.


São Paulo, 21/04/2004

Armando A. C. Garcia

Mãe III


Presta a justa homenagem

À mãe, rainha do lar

Que reflita sua imagem

Como santa no altar


Lembra-te dos seus carinhos

E dos desvelos sem fim

Orientando teus caminhos

Qual lâmpada de Aladim !


E nesta data festiva

Enche de paz e alegria

E leva a tua rogativa

Aos pés da virgem Maria


Só em ter-te concebido

Carregando-te no ventre

Deves ser agradecido

E louvá-la eternamente


São Paulo, 04/05/2004

Armando A. C. Garcia

MÃE (IV)

I

Carinhos quantos me deste

Ó minha mãe tão querida

Mil afagos, tu soubeste

Colocar em minha vida

II

Velaste noites a fio

Quase sempre, sem dormir

Quer no calor, quer no frio.

- De dia, alegre a sorrir

III

Em teu regaço ó mãe

Aprendi sempre o melhor

Ensinaste-me, também

Quem foi do mundo o Feitor !

IV

Bendita seja a mãe

Que na palavra interpela

Fazendo do filho alguém

Na expressão lúcida e bela

V

Com o tempo fui crescendo

- Sempre tu a orientar-me

E em teus conselhos, aprendo

A do mal, sempre afastar-me

VI

Em minha alma gravaste

Princípios de honestidade

E quantas noites passaste

Velando minha mocidade

VII

Eu, fui crescendo na vida

Tu, prateando os cabelos

Ias ficando envelhecida

Mantendo os mesmos desvelos

VIII

Oh! Se eu pudesse voltar

Aos tempos de minha infância

Teu rosto iria beijar

Com ternura e *jactância

IX

O tempo nada perdoa

Consome até a esperança

- Mas deixa uma coisa boa

Que é, a eterna lembrança !

* orgulho - altivez

São Paulo, 26/04/2008

Armando A. C. Garcia



O VALOR QUE A MÃE TEM



Senhor, Deus do Universo

Deste à vida o verso

Deste o verso, a mim, também

Para mostrar ao mundo

O valor que a Mãe tem


Até Jesus, o Salvador

Teu filho amado, Senhor

Foi gerado pela Mãe

Para mostrar o valor

E o exemplo de Belém


Nem todos devotam amor

Do preito que são devedores

Disperso o pendor na idade

Filhos esquecem da Mãe

Cometendo iniqüidade


Afastam-se como apogeu

Daquela que o protegeu

Não lembram quando criança

Os desvelos que lhe deu

Dimensão de desesperança


Outros com serenidade

Amam a Mãe de verdade

São filhos probos, corretos

Trazem Deus no coração

Filhos do Grande Arquiteto.


São Paulo, 04/05/2011

Armando A. C. Garcia



ÀQUELA QUE VAI SER MÃE ! ...


I

Vai ser mãe não tem receio

A espera é um anseio

É esperança, é alegria

De fecundar sua cria

II

O amor em si, canta e vibra

Ela é força que equilibra

Aurora cheia de brilho

É mulher. Espera um filho

III

Ao seu filho tão amado

Sempre estará a seu lado

Cuidando e dando carinho

Tal como a ave em seu ninho

IV

Será amável dedicada

Alma em sonhos perfumada

Da rosa pétala flor

Magia dum amor maior

V

Como rocha, firme e forte

Enfrentas até a morte

Pela primorosa flor

Fruto de um grande amor!

VI

Vais ser mãe. Bendita sejas

E em minha prece singela

Peço a Deus p’ra que não sejas

A mãe de outra Isabella !


São Paulo, 26/04/2008

Armando A. C. Garcia



ÀS MÃES, QUE DEUS JÁ LÁ TEM !


Às mães, que Deus já lá tem

Que glorificadas sejam

Amor de todos amores. Mãe


Oh! Quanta falta tu fazes

Aos meus anseios de vida

Sem teus conselhos querida

Meus desejos incapazes


De trilhar todo caminho

Só temores atormentando.

A casa, não é mais ninho

Como o foi, no teu passado...[


Ò se pudesses voltar

Ao convívio novamente,

Como iria te amar

Numa ternura envolvente


Mas se assim não pode ser

Eu sei que o Criador

Do Universo, se quiser

Com seu Dom inspirador


Pode levar até ti

Amostra do meu amor

Para saberes que senti

Com tua falta, grande dor!


São Paulo, 28/04/2005

Armando A. C. Garcia

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Murmura a cachoeira


Murmura a cachoeira

Murmura a cachoeira

Ao som das águas em queda

Do alto da cabeceira,

Em sinfonia se enreda

Cobre-se o horizonte

Co’a bruma da cachoeira

E o arvoredo defronte,

A absorve inteira

É linda e estimulante

A queda d’água pura

Espetáculo exuberante

Emanando paz e ternura

É de singular beleza

Contemplar sua caída

Encanto da natureza

Apoteose da vida

Que nossas almas invade

Com delicada candura

Perde-se a ansiedade

Ante a paz serena e pura

Quietude gratificante

A beleza do lugar

Paz serena dominante

É Deus, a abençoar !

Porangaba,07/09/2014 (data da criação)

ArmandoA. C. Garcia

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Não o deixes Senhor perder a fé

Porque ela, é o fruto da quem crê

Não o deixes perder a esperança,

Porque ela, é o fruto da bonança.


Se cansado ou esmorecido, na fé

Sua escalada; encontra-se no sopé,

Não o deixes esmorecer, homem da Cruz

Consola e sustenta com Tua luz.


Ajuda-o na escalada da montanha,

Que, sua pequena fé, seja tamanha

Capaz de atingir o ápice, o apogeu

Que no duro percurso, leve ao céu !


A fé é a essência, o cerne da vida

Sem ela toda a esperança é perdida

A fé é o alicerce da fidelidade

Que leva a alma à eternidade !


Não limites a tua fé à mostarda

Deus a quer maior, na vanguarda

Capaz de mostrar ao mundo herege

Que a tua vida, em Deus se rege !


Deus não quer que tua fé seja pigméia

Que tenha vibração d'enxame na colmeia

Capaz de fazer-se ouvir até por moucos

E os que não te ouçam, sejam poucos !


São Paulo, 19/11/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia –


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Se o poeta rasga os versos


Se o poeta rasga os versos



Se o poeta rasga os versos

Sem coragem de mostrá-los

Seus pensamentos dispersos,

Não têm força para amá-los


Se o poeta rasga os versos

Não acreditou no que dizia

Ou eles são tão perversos

Que turvam a luz do dia


Se o poeta rasga os versos

Seus sonhos, ele viu morrer

Pois eles são o universo

De quem gosta de escrever


Se o poeta rasga os versos

Algo neles quis esconder,

Ou ele é ruim de converso

Ou como eu, perde o dizer


Se o poeta rasga os versos

Por certo já decaiu

E em funda tristeza imerso

Do que falava, mentiu


Se o poeta rasga os versos

Ao lusque fusque da aurora

Seu âmago está disperso

De sua musa inspiradora


São Paulo, 21/09/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Frágeis habitações


Frágeis habitações

De pedaços de madeira, as frágeis habitações
Numa massa irregular de pequenas dimensões
E nas nebulosas vielas sem arruamentos
Apinha-se o ser humano, em busca de aposentos

No local alastra-se um lençol de lama e barro
Entre um casebre e outro, não passa um carro
Triste cidade ! Mundo de favelas irregulares
Para o que busca novos horizontes, agregares !

Assim vivem, qual tribo de nômades andantes
Na dimensão do nada, caminham flutuantes
Na correnteza infausta do infortúnio e medo
Os sonhos tão distantes, da alma são segredo

No mórbido ambiente, o denso ar prolixo
Tem cheiro nauseabundo ascoso e fixo
Tudo ali é esquálido, sórdido, desalinhado
Na sujeição submissa ao porte do coitado

Toda a fiação elétrica, sofre *gatos após gatos
Nas pútridas águas a céu aberto, proliferam ratos
De todas imundícies, dos excrementos fecais
Restos de comida, barro e argila dos aluviais

À noite, no escuro, o silêncio é tenebroso
A soturnidade cheia de mistério escabroso
Paira nas sombras dos becos sujos, imundos
Na calada da noite, gritos de alerta profundos

As frágeis habitações de pedaços de madeira
Inesperadamente viraram enorme fogueira
Em questão de minutos foi dizimada a favela
Uns dizem curto circuito, outros luz de vela

A degeneração da política pública
Não atende o miserável, não ouve a súplica
Tendo levado ao caos inúmeras famílias
Ao inverso das faustosas mansões de Brasília

Assim, o hipossuficiente denegrido à sorte
Busca outro local no absurdo de sofrer
Cata umas madeiras para edificar seu barraco
A matéria vacila, mas o espírito não é fraco

A desigualdade leva a desagregação
Ao social panorama trágico da nação
Tomou conta a violenta criminalidade
Numa espiral de violência sem igual !

Num clima de guerra vive hoje o cidadão
Sai de casa para trabalhar, ganhar o pão
Mas não sabe se volta vivo, eis a questão
Porque a violência, impera no seio da nação !

São Paulo, 24/04/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
*desvio de energia; furto
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O Rei da Glória


O Rei da Glória


Tu, és o Rei da Glória
A Suprema Majestade
Onde triunfa a vitória
E se projeta a verdade

O caminho da ascensão
Na subida transitória
Do mundo da perdição
Ao da excelsa glória


És a luz, consolação
Que ajuda e dá esperança
Discreto amor, redenção
Libertação que avança


O cultor das dores alheias
Dulcificador do pranto
Tu, o fazes às mãos cheias
Socorrendo com Teu manto


Balsamizas as feridas
Punges da alma a aflição
E às vidas doloridas,
Levas a consolação


De quem sofre, és esperança
Transcende de Ti o amor
Expande-se a confiança
A Teus pés. Ó Criador !


São Paulo, 21/08/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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Sulcos pelo chão


Sulcos pelo chão


Ver-te-ei, ainda, certamente

Carpindo os momento de amargura

Se na vida, o ser não é prudente

Acaba colhendo da semeadura


Por isso, não sejas negligente

Age com dignidade e amor

Não deixes tua cruz aumentar

Tem fé e esperança no Criador


Se afeito às mágoas e sofrimento

Envolvido no ceticismo e dor

Tua vida, é verdadeiro tormento

O qual deves afastar pelo amor


Abduz de vez todo desalento

Sai da rua sombria d’amargura

Lá reside o desencantamento

E toda ilusão cria desventura


Se fraco ou exausto de lutar

Não ergas tu, um altar profano

E se um dia cansado de chorar

Lembra-te que um dia não faz ano


Mas, trezentos e sessenta e cinco, sim

Neles, procura a felicidade

O amor, com o cheiro de jasmim

E do passado, sentirás saudade !



São Paulo, 02/09/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Seu último suspiro


Seu último suspiro


Na sua palavra trouxe a luz ao mundo
Rasgando a escuridão da mente humana
Seu último suspiro, foi profundo
De clemência da humanidade insana

A palavra triunfante, o destino
Cortou cedo demais na sua vida
O verbo inflamado do peregrino
Que deixava toda elite constrangida !

Medonho fragor no último momento
Quando cessou o dia e a noite veio
No calvário de torrentes sem lamento
Expirou d’vez, voltou pra donde proveio

Sob o cavo obliterante o dia se fechou
Na terra, o terror separou os horizontes
O ruído das torrentes silenciou
Um soluço abafado, cobria os montes

Ó Deus! porque tal dano consentiste
Teu filho subjugado à paixão mundana.
Triunfou da adversidade, se morte existe
Para hoje, Ele ouvir o cântico de hosana !

São Paulo, 06/06/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Detalhes


Detalhes


Corria em ti o rio da juventude
Tu, eras a moça mais linda que já vi
Confesso esperava de ti outra atitude,
Desencantado, para bem longe parti

Inigualável amor por certo achaste
Tenho certeza de estares arrependida
Voltar atrás no pensamento voltaste
Mas impossível mudar o curso da vida

Certamente confundistes os pensamentos
Na quimera ilusão da mocidade
Trespassados os levianos momentos

Fruto insano de tua temeridade
Hoje, nebulosa de sentimentos
Haja vista a íntima infelicidade

São Paulo, 21/10/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

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Resquícios de lembranças



Resquícios de lembranças


Num lampejo de saudade teu encanto

Irrompe, como cachoeira em livre queda

No turbilhão da correnteza. Onde o canto

da sinfonia das águas, nele se envereda,

No resquício de lembranças, adormecidas

Que fluem de sonhos de amor, de mansinho

Em meio às esperanças, já perdidas

Nas pedras cheias de lama do caminho

Vivo, da triste saudade, sem clemência,

No desejo, que o tempo refaça os anseios

Refazendo o desengano na coerência

Da relação harmônica de meus devaneios

Vaguei na ambivalência mística da idéia

Contemplativa, absorção do pensamento

E como aranha me envolvo nessa teia

Qu’a aridez do tempo, forjou sem um lamento

Como folhas que a ventania não soprou

Estão em mim os resquícios das lembranças

Preciso expurgar da alma o que sobrou

Praretornar a ter da vida confiança !

Porangaba,23/08/2014 (data da criação)

ArmandoA. C. Garcia

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Na mão de Deus


Na mão de Deus


Na mão de Deus, deposito minha vida
Na esperança que me seja concedida
No derradeiro momento da partida
A remição à minh’alma arrependida

Que a luz espiritual de imortal ventura
Me leve a Teu lado, ao palácio da alvura
À Tua mão direita, de coração liberto,
Remido, faça jus à salvação decerto

Em Ti, busco o claro entendimento
A razão da imortalidade e do elemento
Qu’após morte, leva à Santíssima Trindade
Mistério da fé Cristã, da Divindade

Na mão de Deus, em Tua luz resplandecente
Quero que descanse minha alma eternamente
Que nela fecunde o amor e a caridade
O conhecimento da razão e da verdade !

Porangaba, 03/10/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

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Politica mente falando


Politica/mente falando

Pedi ao Deus poderoso

Coisa de muita valia

Tirar o político maldoso

Deixar só a serventia.

Tire esse ninho de cobras

Que age como urubu

Pro povo, deixam as sobras

Enchem o bolso de tutu

Por isso, que educação

Anda de mal a pior,

Saúde, na proporção

O paciente morre de dor

Que dizer da segurança,

O povo, não tem nenhuma,

Se democracia é esperança

Não há expectativa alguma

Afinal do que nos serve

Essa política maldosa,

Nem quando a chaleira ferve

Tiram os espinhos da rosa!

Conforme sua conveniência

Mudam a lei constantemente,

Mas tem uma, em decadência,

A que protege o adolescente

E o povo já sem paciência

Não aguenta a impunidade

Dos que matam sem clemência

Com alvará da autoridade

E esses políticos manhosos

De novo estão na TV

Promessas falsas aos idosos,

Aos jovens, tiram brevê.

Jogado à própria sorte

Vive este povo ordeiro,

Do trabalho ao transporte

Em cidade sem banheiro

É triste ver nosso povo

Sem amparo, nem guarida

Arroz seco, mais um ovo,

Pra eles, lauta comida !

Não se engane minha gente

Com os marqueteiros, agora

Quem muito fala... só mente,

Joguem essa turma fora !

Vamos limpar as mazelas

Desse labéu infamante

Que pinta com aquarelas

A gestão do governante

Vamos mostrar que o povo

Cansou da corrupção,

Brasileiro, não é bobo

E ama sua nação !

Porangaba, 19/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Cinzas do passado !


Cinzas do passado !


No silêncio da saudade

Acredite, ouço sua voz

Quando o luar, a terra invade

Diviso sua sombra, na foz !


E, quando triste passeio

Taciturno, melancólico

Vou espairecer no seio

Do meu recanto bucólico


Certas noites te procuro,

Fitando as estrelas do céu

Sob o manto azul-escuro

Está, teu destino e o meu


O céu não quis nos unir

No passado e no futuro

São saudades a carpir

Neste orbe, obscuro


Nesta mata de enganos

Em que sonhos flutuam

Nos recônditos *arcanos

Que na alma perpetuam


Longo mar, longa distância

Tua imagem carinhosa

Não teve a mesma coerência

Que fez de ti, a mais ditosa


Jamais tirei da lembrança

A moldura do teu rosto

Mas o fiel da balança

Pendeu-se no contraposto


Neste longo corredor

Que a vida nos aflora

A paixão é uma dor

Que nem a morte a devora


*segredo; mistério


Porangaba, 26/07/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Escola Bendita !


Escola bendita !

Eu percorri mil caminhos

Em busca da paz e do amor

Sabe aonde os encontrei

Na palavra do Senhor

É este o caminho correto

De quem busca a felicidade

Não seja um analfabeto,

Na procura da verdade !

E nessa escola bendita

Encontrarás alegria

Ao que estuda e confia

Mundo novo descortina

Sê fiel, ama e perdoa

Fé em Deus e confiança

Mesmo que a alma te doa

Não percas a esperança

Tem afeição e carinho

Consola no sofrimento

Semeia luz no caminho

Terás certo o pagamento.


São Paulo, 05/09/2014 (data da criação)

ArmandoA. C. Garcia

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O paciente e o médico


O paciente e o médico

Senhor doutor me atenda
Obsequie este favor
Já pus duas vacas à venda
Para pagar ao senhor

Minha mulher está morrendo
Com fortes dores de parto
Só o senhor atendendo,
Poderá reverter este fato,

No horizonte, já raia o sol
Ouve-se o canto do sabiá
Acorde porque o arrebol
Firme, no céu, já está

Só tu podes, o sabes bem
Separar a vida da morte
Salva a criança e a mãe
Pagar-te-ei a boa sorte.

O compadre Manuel,
Seu compromisso tomou
No preço justo e aceitável
Paga as vacas que apartou .

Por isso senhor doutor
Pegue lá sua carroça
Corra a todo vapor
Para a minha pobre roça

A pobre da minha mulher,
Consumida pela dor,
Em ti está o poder
De aliviá-la do pior

Cada qual em sua arte
Conhece e traça o caminho
Faz doutor a tua parte
Cheio de amor e carinho

O filho e a mãe me apresente
Sem danos, nem contusões
Dar-lhe-ei como presente
O melhor dos meus leitões.

São Paulo, 06/10/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

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O Legado do Pai !


O Legado do Pai !

Sentei-me neste banquinho
Esperando por vocês
Cada qual por seu caminho
Não chega nenhum dos três

Nem Paulo, nem Eduardo,
E nem mesmo o Francisco
Vêm visitar este fardo
Que já, do fim está *prisco

O tempo passa e não chega
Nenhum dos filhos queridos
Cada um em si carrega
Dois pesos descomedidos

O dinheiro e a ambição
Tomam conta de suas vidas
Nunca lhes faltou o pão
Pra essa corrida enlouquecida

Eu, contínuo esperando
Já no limite da vida
Vocês ficam tateando
Na loucura ensandecida

Perderam de vez a razão
Esquecendo de vosso pai
Um velho e fraco ancião
Que neste banco se esvai

Foi muito amor e carinho
Que na infância vos deu
Três doutores. Esse o caminho,
Que para vós escolheu.

Hoje, aqui abandonado
Sentado espero a morte
Como já não sou lembrado
Vos desejo melhor sorte !

E neste breve legado
Vos deixo meu sentimento
Deste pobre desprezado
Relegado ao esquecimento

A morte já bate à porta
Despeço-me de vocês,
A caligrafia está torta,
Tal como a vida dos três.

Salvador, 16/09/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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*antigo; vetusto

Exceções


Exceções


De exceção, em exceções
O mundo, muda conceitos
Passa a aceitar excreções
Sem apontar-lhe defeitos

Pressionado pela mídia
E, p’la Justiça, também
Vê forçada sua apatia,
Ante a força, diz amém !

Conceito estereotipado
Que o mundo, finge aceitar
Como sendo consumado
O que não pode repudiar

Mas que, no íntimo repele
Com toda sua ironia,
Não questões, da cor da pele,
Mas de outra anomalia

Ao que age de modo estranho
Estrambólico, heteroclítico
Como em dias de antanho
No período neolítico.

O mundo é subjugado
Às excêntricas exceções
Ficar mudo, é obrigado
Para não sofrer sanções

Excreções inaceitáveis
Na palavra sacrossanta
Para os céus abomináveis
Satanás, as alevanta.

São Paulo, 09/11/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O exemplo da Indonésia


O exemplo da Indonésia


A Indonésia acaba de dar
Um exemplo ao seu país,
E ao mundo para acatar
Quem da lei é aprendiz !

A condenação do Marco,
Serve de exemplo aos demais
Se libertado é parco
O castigo que lhe dais

Quem dera aqui no Brasil
Ter leis mais eficientes,
Nós, temos pra lá de mil
Que soltos, são reincidentes

Tudo em razão da brandura
Destas leis que pouco punem
As penas não estão à altura
Dos crimes que nos desunem

Famílias ficando sem pai,
Outras, perdendo irmãos
E... o meliante se esvai
Na alforria ou abolição.

Não chamem de hipocrisia
Esse tal fuzilamento
É de honra e primazia
D’quem da lei tem o conceito

É um exemplo de castigo
Para o criminoso pensar
Que o povo não é inimigo
Para assaltar e o matar .

Post-Scriptum:

Dêem aos da Petrobrás

A mesma delação premiada

Que a Indonésia foi capaz

De dar ao da asa cocada !


São Paulo, 17/01/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

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Homenagem ao dia do Índio (replay)


Homenagem ao dia do Índio (replay)

Sua identidade perdida,

Suas terras circunscritas

Sem encanto, sua vida

Ao tempo dos Jesuítas.

Sendo o índio guerreiro

Domesticado qual gato

Como um galo no poleiro

É sombra do seu retrato

Numa extensão de elite

Montavam as suas ocas

Quando a caça no limite

Mudavam todas as tocas

Felizes, aqueles nativos,

Cuja terra era só sua

Homens brancos, atrevidos

Na verdade, nua e crua

Tomaram conta das terras

Afastando-os para longe.

Dizimados nessas guerras

Os índios aceitam o monge

Aos poucos catequizados

Da cultura, separados

E, assim, foram dizimados

Cada vez mais empurrados

De seus cantos e encantos

Perdendo a caça e a pesca

A floresta tem seus mantos

Com fontes de água fresca

Dia após dia empurrados

Cada vez para mais longe

Mesmo já catequizados

Passam a duvidar do monge

Esse choque cultural

Prejudicou todas as tribos

Desde a vinda do Cabral

Fizeram do índio um chibo

Os poucos que ainda restam

Perderam a organização

Da raça não manifestam

O senso duma nação

Do jeito que Deus criou

Na santa mãe natureza

Dela o homem te desviou

Devolva-te à singeleza

Nesta homenagem singela

Meu preito e admiração

À nação mais pura e bela

Vítima da espoliação !

São Paulo, 19/04/2012

Armando A. C. Garcia

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CICLO DA ÁGUA (Replay) Dia Mundial da Água 22/03


CICLO DA ÁGUA (Replay)


Todos em ti deixam sua sujeira
Mas tu, qual Fênix que renasce das cinzas
Voltas renovada, purificada
Cristalina a cada novo ciclo de vida

Podes ser sólida, líquida ou gasosa,
Tua sublimação de sólida a vaporosa
É movimento constante, na esfera.
Estás nos oceanos, continentes e atmosfera

Porém está na evapotranspiração
Tua maior afirmação de transmudação
Passas à atmosfera pelo efeito do calor
A cada ciclo hidrológico repetidor

Te condensas em nuvens de vapor
Para a milhares de quilômetros dar vigor
A plantas, florestas, cardos e roseiras
Alimentas rios, mares, oceanos e geleiras

Penetras no solo, alimentas as nascentes
Cursos d’água em todos continentes
Deságuam nos lagos e outros no mar
Ou criam aqüíferos singular

Ninguém obstrui o teu curso, és poderosa
Escoas esbravejando na tarde chuvosa
Em direção aos rios, lagos e oceanos
És inconstante, levas vida de ciganos

Brotas de fissuras nas rochas duras
Irrompes de entre nuvens magnéticas
Que cospem línguas de fogo para a terra
E o fogo apagas, esfrias a guerra

Tua força e dom é sobrenatural
Mitigas a sede de planta, do animal
És o prenúncio da vida renascida
O poder o equilíbrio e a medida

Força suprema da natureza viva
Que de ti nasce e se procria ativa
És potência, vigor, força e energia
És dilúvio, enchente e calmaria

Esperança do agricultor, seiva da vida
Fertilidade e abundância de comida
Nos organismos, matéria predominante
Âncora que a vida leva adiante

Nas madrugadas em forma de orvalho
Ou então caindo em lentos flocos de neve
Qual manta branca na linha do horizonte
Cobrindo vegetação, árvores e montes

Teu ciclo hidrológico se inicia nos mares
Com a evaporação marítima sobes aos ares
E os ventos te transportam aos continentes
Em ciclos contínuos e permanentes

P’ra no caminho subterrâneo te infiltrares
Nos poros das formações sedimentares
Num processo contínuo e lento
Como quando nuvem, ao sabor do vento

Crias vendavais, e inundações
Transbordas nos rios, lagos e lençóis
Só o mar acalma tuas agitações
Por vezes encapelas ondas, dimensões

O processo de mutação pelo calor
Que do globo passas à atmosfera
Para renovar com viço e amor
A natureza que sempre te espera

De teu potencial surgiu a roda d´água,
A máquina a vapor, a usina hidrelétrica
O caminho fluvial, a caixa d’ água
Com participação em toda cibernética

São Paulo, 22 de março de 2006

Armando A. C. Garcia

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Nectário floral


Nectário floral

O nectário floral nutre o beija-flor
E faz a abelha zumbir em seu redor
E desse celeiro, ninho de amor
Da candura inocente de cada flor

Surge a doce substância chamada mel
Da angélica fragrância, do néctar da flor,
E pela constância do tenaz labor
Dessas obreiras, no seu trabalho fiel

Do esplendor imorredouro, a cada dia
Vão granjeando o sustento no farnel
Para suprir as necessidades com seu mel
Extraído até, da perfumada orquídea,

Para em noites caliginosas e frias
Alimentarem o enxame da colmeia.
Expira-se ao pôr do sol a sua ceia
E dormem sem aflições nem agonias

Seu corporativismo é da melhor idéia
Organizado por tarefas de trabalho
A colmeia é um tesouro, tal bisalho
Que guarda o mel, cor d’ouro, sempre cheia

Sobre a fonte do esplendor e do afinco
Benção de amor que só é concedida
A quem sua, a camisa e o consolida
Com seu labor no persistente afinco

Qual harpa eólica, zumbem à distância
No imaginário da amplidão sem-fim
Desde o primeiro raio de sol até ao fim
Quando o pôr do sol perde a culminância

Pra no dia seguinte, da angélica fragrância
Sugarem novamente o néctar da flor
P’lo ideal sempre tenaz e de vigor
Aumentar o farnel com abundância,

Granjeado às custas de seu trabalho
Laborioso, organizado e sincero
Que um dia o homem, assim espero
As possa imitar, sem tolho, ou atrapalho !

Porangaba, 20-11-2014
Armando A. C. Garcia

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Eu vejo...


Eu vejo...

Eu vejo a luz das estrelas

Brilhar em meu pensamento,

E entre as coisas mais belas

Surge o verso que sustento

Eu vejo no horizonte

Um raio cheio de luz

E como a água da fonte,
A figura de Jesus !

Eu vejo luzes clareadas

Salpicando pelo chão,

À tarde, às seis badaladas

Na hora da oração.

As fronteiras da decência

O homem as ultrapassou

E o Bom Deus, por clemência

Nenhuma praga lhe mandou

A tempera, da temperança

Forjada no real valor

É servil na liderança,

No mundo do Criador !

São Paulo 15/05/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Síntese da história secular de Miranda do Douro


Síntese da história secular de
Miranda do Douro



Os encantos de minha terra, cantei em verso
Antes de vê-la, pelos atrativos modificada
Miranda do Douro, minha cidade-berço
Ao ver-te, minha alma, ficou emocionada

Na parte mais antiga e histórica
Guardas relíquias de inestimável apreço
Tua Sé, faz inveja pela sumptuosidade
As muralhas, mostram nobreza, teu adereço

Vou contar-vos um pouco de sua história
Na reconquista cristã, da península Ibérica
Em oitocentos e cinquenta e sete, tropas com glória
Do rei Afonso d’Astúrias chegam ao Douro

No ano de mil e noventa e três, os limites
Orientais de Galiza, já incluíam Miranda,
Cujo condado portucalense, acredite
Era governado sucessivamente na ciranda

Pelo conde Dom Henrique, a condessa Teresa,
E o filho do casal, Dom Afonso Henriques.
À época Miranda, tinha castelo, como defesa
Para protegê-la contra todos os despiques

Assim, ante a tomada do condado Portucal
Por Dom Afonso Henriques ao reino de Leão
A quem deviam vassalagem. Pôs um ponto final
Reafirmou-se independente, proclamou-se Rei

Para manter os limites com o reino de Leão
E, pra que a localização estratégica, não mele
Mandou restaurar o castelo, face à *abjunção
Dos Reinos de Leão e de Castela, contra ele

Continuo falando, de sua importância secular
Em mil, duzentos e oitenta e seis, Dom Dinis
Elevou-a à categoria de Vila para aumentar
Ainda mais os privilégios, e assim o quis,

Na condição de nunca sair da coroa Portuguesa
Tornando-a, assim, a mais progressiva vila
E importante de Trás os Montes, na defesa
Porque o jovem país, independente, inda vacila.

Após, já sob o reinado de Dom Manuel I,
A vila, em razão da paz com os castelhanos,
Teve grande prosperidade, saiu do rotineiro
Tornando-se um grande centro entre irmanos.

Em maio de mil quinhentos e quarenta e cinco,
Por bula do papa, passou a ser a primeira diocese
De Trás-os-Montes. E aos dez de julho, com afinco
É elevada à categoria de cidade por Dom João III.

Ocasião em que Miranda passou a ser a Capital
De Trás-os-Montes, com sede e residência de bispado
Autoridades militares e civis, com adicional
Do séquito necessário acompanhado.

Após, no ano de mil, seiscentos e quarenta
Teve início a guerra da restauração
Cuja luta, seis anos após, se pacienta,
E é libertada do cerco imposto na ação,

Liderada pelo Governador da Província.
Na guerra da sucessão Espanhola
A guarnição foi aprisionada não por **acracia
Aos oito de julho de mil setecentos e dez

Quando o sargento-mor, por seiscentos dobrões
Perpetrou a traição de entregá-la aos espanhóis.
No ano seguinte, as tropas do conde de Atalaia
Recuperam a cidade e os aprisionam depois

Mais tarde, no contexto da guerra dos sete anos
Novo cerco imposto a Miranda por tropas espanholas
Mil e quinhentas arrobas de pólvora causaram danos
De nada valendo a denodada resistência, nem a bitola

Das muralhas do seu castelo, que em parte ruiu
Em razão da tremenda explosão que o devastou
Embora nunca tenha sido apontado quem traiu
Os historiadores falam no Governador Militar

Na catástrofe pereceram quatrocentas pessoas
Levando a cidade à quase ruína demográfica
No ano seguinte, recuperada, voltou às boas
Assinando a paz em mil setecentos e sessenta e três

Assim, face ao lamentável fato acontecido
Decorridos dois anos; o vigésimo terceiro bispo
Abandona a cidade, trocando-a por Bragança
Deixando Miranda, na situação do Cristo !

Meio século mais tarde, na Guerra Peninsular
Miranda mais uma vez estaria de prontidão
Alvo das tropas napoleônicas a avançar
O que lhe causaria mais uma agravação.

Somente, no século vinte, a cidade voltaria
A retomar a pujança, alento, viço e vigor
Com a construção das barragens, ***acéquias
De Picote e Miranda, a cidade, é um primor.

Se um dia perdido, sem caminho quiser
Belezas mil, ver, apreciar e desfrutar
Vai a Miranda, e seus encantos confere
E seu centro histórico, poderás admirar

A cidade que viveu momentos apoteóticos
Sofreu duros revezes em seu destino
Na antiga entrada, um arco em forma gótica
Circundada por dois torreões,formam o trino

Hoje, é feliz, como quem por lá passeia
Sua gente tem muito orgulho e altivez
Seja a residente da cidade, ou da aldeia
Mormente, por ser um cidadão Mirandês !

*separação
** ausência de governo
***represa de águas

São Paulo, 03/09/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Absconso segredo


Absconso segredo


Naquele absconso segredo
Escondia seu amor
Seu peito arfava de medo
As entranhas de calor

De repente, ela se amarra,
Nessa centrípeta força
E, perplexa esbarra
Com o cio de uma corça

Incógnitas e nebulosas
As misteriosas razões
Se lhe pareciam jocosas
Causam-lhe transformações,

Está sôfrega, ansiosa
Por conhecer o sensorial
E nessa ânsia furiosa
Vira a *hetera nacional.

    * mulher dissoluta; cortesã

São Paulo, 04/11/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia  -  

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Amor que o vento levou...


Amor que o vento levou...

Não tem nada que amenize
O amor que o vento levou
É uma constante crise
Que nem o fogo queimou

Só quem perdeu um amor
Pode então avaliar
A imensidão dessa dor
Que não para de abalar

Oh! Que destino malvado
A vida nos apresenta
Carpir a dor deste fado
Nenhum cristão agüenta

É ferida que não cicatriza
A perdição de um amor
É chaga que martiriza
De manhã, ao sol se pôr !

Esta cruz de expiação
Deixa a alma descontente
E o pobre do coração
A carrega, tristemente

Soluça a ilusão perdida
Negro e profundo pesar
A felicidade é interrompida
Dando lugar ao penar

Vão-se sonhos e esperança
Nas asas da desventura
Porém a alma não cansa
De pensar na criatura

É um laço que manieta
Ao que o fogo não queimou
É a ilusão completa
Do nada, que lhe sobrou !

Essas cinzas que restaram
São escombros do passado
São saudades que ficaram
De um sonho sepultado !

São Paulo, 04/09/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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O ido e o porvir


O ido e o porvir

 

 

A dor, a angústia e o sofrimento

Ajustam-se em continência á degenerescência

Dos órgãos vitais e do comportamento

Do indivíduo e de toda sua essência

 

Consequentemente, a plenitude da vida está

Em viver em harmonia e contentamento  

Ser feliz, e como primeiro mandamento

A Lei de Deus e todo seu cumprimento

 

A Felicidade consiste no amor,

Amar o semelhante como a si mesmo

Dá alma surgirá o esplendor,

Manancial de toda paz e amor !

 

Que trará o atendimento superior

Ao indivíduo, outrora pecador

Que passa a crer na palavra do Redentor !

 

São Paulo, 13/06/2016 - 04:00h (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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QUADRAS SOLTAS (Dezoito)


QUADRAS SOLTAS (Dezoito)

Fingindo que não me ama
Ela diz que não me quer
Mas quando vamos pra cama
Eu sou homem, ela é mulher !
---------------------------------
Deixei a vida me levar
Fui ao encontro da morte
Foi o que me fez pensar
Que pobre, nunca tem sorte !
---------------------------------
Projetei felicidade
Prós dias de minha vida
Ó! quanta contrariedade,
Quanta lágrima sentida
----------------------------------
É suplicando que peço
Que voltes ao meu coração
Já levei muitos tropeços.
Este, não quero levar não !
----------------------------------
Eu peço a Deus que não morra
O amor que tenho por ti
Pois se ele morrer, sei agora
Que eu, também, morro por ti
-----------------------------------
Na soma dos desiguais
Uma justiça capenga
Nas hostes dos tribunais
Não somos, mesmo iguais !
-----------------------------------
Muito riso, pouco siso
Chamado de carnaval
Há, é falta de juízo
Depravação animal !
----------------------------------
Tem coisas que a gente sente
Tem coisas que a gente vê
As da alma e do instinto
São coisas para quem crê
-----------------------------------
Espero que a árvore das letras
Não seque no meu jardim
Quero falar outras tretas
Que tenham princípio e fim !
-----------------------------------
O meu drama, é o teu drama
Pouco dinheiro, muita luta
Vivemos na mesma trama
Semelhante a prostituta !
----------------------------------
Como estava sem tempo
Não via o tempo passar
Agora, falta-me tempo
Pra outro tempo encontrar
----------------------------------
Pensei fazer uma trova
Sem saber o que diria
O meu joelho se dobra
Aos pés da virgem Maria
----------------------------------
A Virgem, Nossa Senhora,
Foi a mãe que mais sofreu
Mesmo sem ser pecadora
Seu filho na cruz morreu
----------------------------------
Louvado seja o que crê
Na palavra do Senhor
Cristão é o que tem Fé,
E ora a Deus com fervor
----------------------------------
Mal desponta a madrugada
O sabiá vem me saudar
Tomo banho, faço a barba
Ele, não pára de trinar

É nesta selva de pedra
Que ouço o sabiá cantar
Parece que a fauna não medra
Mas não pára de aumentar
--------------------------------
A biodiversidade
Até parece impossível
Mas creiam, nesta cidade
Aumentando, é incrível !
--------------------------------
Não queiras dar, certamente
Conselhos à minha vida
Se a tua, constantemente
Vive errante e destruída
-------------------------------

São Paulo, 10/06/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

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Terras secas



Terras secas mortas pela sede
Sem água, as plantas fenecem
Nem as ervas daninhas crescem.
Roguemos, que a seca arrede

Onde não chove, vem a miséria
Vem a fome, a calamidade,
O flagelo, adversidade
Proliferando a bactéria


Oh! Deus, compadece-te de nós
Manda São Pedro abrir torneiras
Pois a São Paulo está às beiras
De uma sequidão atroz.


São Paulo, 17/10/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

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A raposa e o galinheiro (infantil)


A raposa e o galinheiro (infantil)

Naquele bucólico lugar

Morava uma ladina raposa

E mal despontava o luar

Ia pegar a *penosa

O dono do galinheiro

Sofria duros ataques

Nem seu cachorro **alveiro

Evitava tantos saques

Assim, via dizimado

Dia a dia o galinheiro

Até que seu empregado

Resolveu por um paradeiro

Engendrou cobrir-se de plumas,

Pra ficar igual galinha

À noite esperou a chegada

Dessa tal de libertina,

Adentrar ao galinheiro

E fingindo-se galinha

Esperou, lá no poleiro

A pegadora de galinha

Quando ela ali entrou

Deu-lhe tremenda paulada

Que ganindo se queixou,

Ficou de perna quebrada

Desse dia em diante

Nunca mais ali voltou,

Dando paz ao sitiante

Que seu empregado ajudou !

*galinha

**de cor branca

São Paulo, 11/06/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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A terra onde nasci. - Miranda do Douro


A terra onde nasci.

Miranda do Douro

A terra onde nasci, tem céu azul-celeste

Com estrelas dependuradas no zimbório

E tem na rigidez duma terra agreste,

A imaginação dum templo evocatório.

Hoje, tem gente nova que desconheço

Com heterogeneidade de padrões

Mas todos eles, merecem o meu apreço

Mesmo que sejam diferentes as deflexões

Minha Miranda, foste a última atalaia

Fazes divisa natural com a Espanha

Defendeste nosso país na azagaia

- Demonstrando o vigor de tal façanha.

O rio Douro, serpenteia tua terra

Terras do querido e amado Portugal

O teu castelo e Sé; superou a guerra

Hoje, orgulho do patrimônio nacional.

As belezas naturais que tu encerras,

Transformam meu amor em saudade.

- Onde vivo, tem imensidão de terras

Mas nenhuma, se iguala à tua majestade !

São Paulo, 12/07/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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... Sem igual !


... Sem Igual !


Do canto da ave mais canora

Ao brilho do sol refulgente

É a vida pacata dessa gente

Aqui, tudo ainda é como outrora


Lugar aprazível, sem igual

Recanto prazeroso do mundo

B’leza d’encanto imenso e profundo

Maravilha na paz convival


Mais que, possa a mente perquirir

Para abeirar-se da tranquilidade,

O encanto desta comunidade

É como flor que rebenta ao florir,


E, à natureza se manifesta

Com o brilho do amor que abriga.

É uma flor, em contraste à urtiga

Na força criadora da floresta.


Descrever inigualável recanto

É preciso invejável talento

Como eu, não possuo cem por cento

Apenas retrato aqui, a cor do manto


Tu, podes conhecer esse lugar

Porangaba, a Cidade Sinfonia.

Em tupi-guarani, Bela vista

Com certeza, vais-te apaixonar!


Porangaba, 23/11/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia –


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MULHER !...


MULHER !...
(Replay)


Tu és um misto de ternura
A imagem que emoldura
A alma e o coração

Tu és a anônima obreira
Mãe, mulher e companheira
Que levanta ao sol nascer

Numa luta de coragem
Tu és a prima imagem
És o esteio do lar

Todos buscam teu abrigo
Pois todos contam contigo
Para a palavra final

És a rainha do lar
E nunca deixas faltar
O equilíbrio e a razão

Labutas em desigual
Tua razão principal
Em tudo está presente

Dás duro o dia inteiro
Em casa e no canteiro
A realidade confundes

Tens a tarefa dobrada
Nunca te dizes cansada
Nem negas o teu amor

Mulher que fala e faz
Dá conta e é capaz
De ser mãe e companheira

Na tristeza ou na alegria
No amor ou na folia
O corpo exausto! Só..

Mulher, mãe ou namorada
És eterna apaixonada
A amante insana, a viver!

Mulher de vários talentos
Não ouças os meus lamentos
Neste dia a ti consagrado

És espelho da candura
Refletes a formosura
Dizes ao mundo quem és !

São Paulo, 07 de março de 2005 (data dacriação)
Armando A. C. Garcia

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HOMENAGEM AO DIA DA MULHER - Aceitem minhas desculpas por não produzir um textonovo, na verdade não o faço, porque para mim ele é perfeito. Sem narcisismo.Abraços poéticos no vosso dia. Armando A. C.Garcia

Astronomicamente... desiguais !


Astronomicamente... desiguais !


Astronomicamente desiguais

Salários percebidos por políticos

Ao grupo social, no analítico

A proporção é vilã aos demais


E, no coeficiente majorativo

O deles, não se cansam de aumentar

Ao povo dão migalhas sem falar

Que o aumento deles é superlativo


As avaliações dos representantes

Trazem o ranço putrefato do petróleo

Dos sofismas virulentos, sem óleo

Rangendo na máquina *estuantes


Vinte bilhões que a máquina corroeu

É espantoso minha estimada gente

Que a **cleptocracia siga em frente

E impune, quem mais nos empobreceu


Solução de minguada transparência

Sem recuperação das verbas desviadas

Nas complexas e multifacetadas

Artes de ***concussão e influência


Apoderaram-se de vinte bilhões

É dinheiro de que nem temos noção

O rombo que abalou toda nação

Derrubou na Bolsa o valor das ações


Em consequência grandes acionistas

Dos Estados Unidos, acionam na justiça

A Petrobrás, a responsável da liça

Em razão do golpe dos oportunistas


O escândalo do grande desvio de dinheiro

Levará acionistas estrangeiros a pleitearem

Altas indenizações, as quais se equiparem

À perda sofrida nas ações do petroleiro


Destarte, o valor da Petrobrás com o rombo

Desvalorizou pra a metade seu valor

Face às indenizações, será ainda pior

Se ela aguentar o arrimo do tombo


Roubo não se justifica, nem se explica

A não incriminação desses patifes

Demonstra que fazem parte doutra grife

Que tudo pode e que, nada os implica


Delação premiada! como ficam os delitos?

Proponho aos ladrões que confessem os crimes

Se somos iguais conforme a lei e regime

Confessado o crime... resolve-se os atritos !


Roubo não se justifica, nem se explica

Delação, atitude de Judas premiada

Não deixa de ser lorota de vil piada

D’gente sem honra, por herança abdica !


Dizê-la como uma das ignomínias maiores

da humanidade, apouca-lhe a dimensão

Foi um câncer que corroeu toda a nação

À exceção de nossos governadores


São Paulo, 09/01/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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* que ferve em cachão

** a corrupção nas altas esferas que põe em xeque a democracia

*** extorsão ou peculato exercido por servidor público

Afago


Afago

O afago carinhoso

Que a mulher dá ao esposo

Não é um abraço perdido

É carinho concedido

Num peito aberto ao amor

Com o perfume da flor

A doce mistura de mel,

De amor insuperável.

As mãos cheias de ternura

Não se cansa a criatura

Na mansa fusão de almas.

Como pluma, tu acalmas.

Se o afago é manso, puro

É um afeto pro futuro

Desse enlevo de carinho

Que do imo, sai mansinho.

A mãe, a seu filho afaga

O pai, segue a mesma saga

Acarinha, ameiga, amima

Afeição, em amor se firma,

O afago é luz que anima

Dá à alma, clara estima

E quando o afago é sincero

É amor... sem exagero!

Post-Scriptum:

Afago é meigo carinho

De ternura e afeição

É a flor do caminho

Que perfuma o coração

SãoPaulo, 26/01/2015

ArmandoA. C. Garcia

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Não há alegria maior !...


Não há alegria maior !...

Não há alegria maior

Do que a mãe que tem um filho

É uma ventura tão grande

Que transcende o emocional

A mãe com todo o desvelo

Cuida dele a vida inteira

Se adoece, é um pesadelo

Roga a Deus e à padroeira

Sem limite a pertinência,

Nos fortes braços acolhe

A dor com ambivalência

E no coração a recolhe !

Preocupada e vigilante

Em situação delicada

Sua luta é constante

Nunca se mostra cansada

Sua vida, é iluminada

Pelo dom de criadora

De ser mãe e dedicada

Nesta divina aurora !

São Paulo, 03/04/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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NATAL 2014



Senhor, NATAL 2014

Eu O espero novamente neste Natal.

Onde a esperança é quase morta,

Leva um gesto de carinho

O Natal está à porta

Que Deus guie o teu caminho


Encontrarás certamente

Corações em aflição

Num gesto beneficente

Leva-lhes consolação


Quem socorre a desventura

Planta no firmamento

Com as sobras da fartura

Aura de aprimoramento


Caridade é sacrossanta

É ela a maior virtude

E quem em si a planta

Seu fruto, mansuetude


Como excelsa recompensa

Ao gesto de caridade

Luminosidade imensa

De amor na eternidade


Dissiparás a amargura

A lágrima, o sofrimento

E num gesto de ternura

Suprirás o alimento.


Estende a mão, abre a porta

Ao teu nobre coração

A caridade transporta

À Sublime Mansão !


São Paulo, 22-10-2014 (data da criação) Feliz Natal -2014 e


Alvissareiros sucessos de Próspero Ano Novo – 2015

É o que desejamos a toda humanidade

Armando A. C. Garcia


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Aécio


Aécio

Seja inteligente

Não seja néscio

Faça como eu

Vote no Aécio

SãoPaulo - 24/10/2014 (data da criação)

ArmandoA. C. Garcia

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Ao Onipotente


Ao Onipotente


Senhor, a Tua dor doeu em mim
Os cravos que te infligiram eu senti
Não me deixes morrer assim
Perdoa-me se algum dia te menti

Até quando conciliar-me eu procuro
Na mansuetude de teus ensinamentos
Não consigo alcançar essa virtude
E só tropeço em vãos pensamentos

Algum dia vislumbrarei, certamente
O caminho correto da redenção
E só nele trilharei eternamente
Imbuído de Tua paz no coração !

São Paulo, 21/10/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

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...de um poeta


...de um poeta

O poeta revela ao mundo

Sem mundo e sua ilusão,

E nesse contexto profundo

Abre-lhe o seu coração.

O poeta não tem segredos

É espontâneo e altivo

Sua alma não tem medos

É loquaz, interativo

Tem uma visão apurada

Das coisas circunstanciais

Tem a mente equilibrada

Fonte das matriciais;

A simbiose do poeta

Simboliza amor e paz,

Se das letras, é um profeta

De espírito, é perspicaz !

São Paulo, 24/06/2013

Armando A. C. Garcia

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O Melro ! (Infanto juvenil)


O Melro ! (Infanto-juvenil)


Melro que pias sozinho

A morte de tua mãe

Nesse piar tão baixinho

Externas tua dor, também

Teu sentimento profundo

Revela amor pela mãe.

- A criatura no mundo

Igual ao teu, já não tem.

Quisera Deus que assim fosse

O amor do ser humano

Hoje imbuído na posse,

Só vê o lado profano.

O melro piando dolente

Demonstra com sua dor

Ao pai omnipotente

Quão grande era seu amor,

Põe-se o sol, vem o luar

À noite, já mal se ouvia

Mas continuava a cantar

Num choro de agonia

Veio um anjo e lhe falou

Melro, não fiques triste

A tua mãe descansou

Estava doente, tu não viste

O melro, quase expirando

Ao anjo se reportou:

Passei a vida voando,

Minha mãe, nada falou !

São Paulo, 12/07/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Corredor do tempo


Corredor do tempo

No longo corredor do tempo vejo os dias

Passarem obliquamente dissimulados

Como se o nada da vida, que é o tudo

Tivessem sido pelo tempo estiolados

Na noção do presente, do passado e futuro

No mesmo interstício, das partes desse todo

Sopra o vento da maldade e do apuro

Da coragem, do valor e do denodo

O estertor d’angustiosa ânsia dá anseio.

Somente nas horas, o dia é projetado

Da vida, o tempo futuro é o esteio

Não volve de novo o tempo passado

O tempo bebe rápido a luz dos dias

Logo chega a soturna noite negra

Quando a sombra se projeta no luar

No imutável curso que segue sua regra

Na rígida e irretratável caminhada

No corredor, sem janelas que o detenham

Irretroativo na contagem acumulada

O tempo, dá-nos os dias que convenham

Porangaba,24/08/2014 (data da criação)

ArmandoA. C. Garcia

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A fúria que o mar agita


A fúria que o mar agita

Mesmo que tal não pareça

A sina de minha cruz,

O sofrimento começa

Quando me afastei da luz

Os males, que cisma fomenta

Sem proveito e em demasia

São raiva que alimenta

O estertor duma agonia

A fúria que o mar agita

Tem vigor omnipotente,

Ninguém na vida cogita

Quand’o sangue ferve quente.

O Ser; em dor se derrama

Quando o fruto, é desengano

É qual faísca sem chama,

No notável corpo humano.

Nem o gestor das idades

Tragador dos pensamentos

Das vidas e das cidades

D’esculturas e monumentos,

Tem o dom da equidade,

Pra trazer a felicidade

A alegria e a bondade,

Nem que seja... por piedade !

Porangaba,15/08/2015(data da criação)

Armando A. C. Garcia

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O Cata-vento


O Cata-vento

Põe rumo em teu coração
Não sejas tal cata-vento
Que muda a todo momento
Seu rumo e direção

A tua grande firmeza
Está na fé e no amor
E, nos momentos de dor
Deus, dá força, com certeza

Ninguém dela está isento
Até Jesus o Salvador
No mundo sentiu a dor
E a suportou, sem lamento

Abolir da consciência
Pecado e devassidão
É, já uma abnegação
Começo de abstinência

Usa a tua liberdade
Não te apegues a ilusão
Tu, sabes que a salvação
É a maior felicidade

Não olvides que a existência
Será ventura no porvir
Nisso, tu tens de convir
E aceitar, sem divergência

Nunca te esqueças irmão
Que pro repouso angelical
A balança decimal
Não pode pender pro mal !

São Paulo, 30/11/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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...A ponte!


...A ponte !


Quando nosso peito dá lugar à dor
Afastando-se da ventura e da alegria
Passa a sofrer a aflição maior
Da desgraça que arrocha dia a dia

Sentindo o amargo prazer de viver
Tão grande o acerbo que o consome
Já, com a alma cansada de sofrer
De martírios, aflições e tanta fome

Quer desistir de tudo que o faz sofrer,
Num mar de angústias, seu pensamento,
Navega nas intempéries do carecer
D’amor, do carinho e até, do alimento

Ingrata esperança que lhe orna a fronte
Derramando amarguras no coração
Vos sois, entre a incerteza e a dor, a ponte
No meu martírio, carrasco da agressão !


São Paulo, 19/01/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Política/mente


Política/mente



Neste mundo de enganos e desenganos

Nesta ausência permanente da verdade

Promete-se tudo, palavra de ciganos

Nas mal delineadas teses de aceitabilidade


No longo corredor, deslavada/mente

Mentem com promessas, nunca a ser cumpridas

Na senda de mentiras, covarde/mente

Enganam o eleitor, com melhora em suas vidas


Nessa trilha do poder, nacional/mente

Dardejam entre si chispas inflamadas

No presente e no futuro, certa/mente

Continuarão mentindo, em busca da Alvorada


São Paulo, 27/09/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia –


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P Á S C O A (replay)


P Á S C O A (replay)




Para salvar a humanidade do pecado
O filho de Deus, veio à terra feito homem
Na sua trajetória, ressuscitou, alçado
Aos céus, após imolado na cruz. Amém


Foi por ocasião da Páscoa, que ocorreu
O milagre da ressurreição e da vida
Nessa via, o filho de Deus, não morreu
Mas sentiu a esperança e a alma dolorida


Pela humanidade, imolado na cruz
Padeceu Ele um sacrifício ingente.
Foi cordeiro de Deus, seu filho Jesus
Que veio ao mundo na figura de gente


Para indicar o caminho da salvação
Jesus, dando a vida, venceu a morte
Revelando ao mundo sua ressurreição
Num sentido profundo de fé e norte.


Seu gesto de misericórdia e compaixão
Exala perfume que envolve o planeta
Levando a cada criatura compreensão
No feixe de luz que irradia e projeta


Reconfortou multidões, caminho afora
Fez paralíticos voltarem a andar
Depois da grande noite sem aurora
Fez cegos enxergarem e mudos falar


O balsamizante perfume dos espinhos
E dos pregos que o imolaram na cruz
Haverão de suavizar os teus caminhos
A cada pensamento de amor para Jesus !


O reino de Seu Lar em paz resplandece
Luzindo no firmamento estrelas de flores
Bendita seja a tortura que engrandece
E cobre as torpezas, de nós pecadores !


São Paulo, 18/03/2008 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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A fada que quis ser gente ! (Infantil)


Esta estória é de uma fada

Que se quis passar por gente

De ser fada, estava cansada

Ser alguém, era atraente

Vestiu então roupas de moça,

Seus louros cabelos penteou

Só achou emprego na roça

No fim do dia... se queixou

Quando eu era uma fada

Só via encanto e beleza

De poderes era dotada

Dava ordens à natureza

Agora que virei gente,

Só trabalho, criatura

Foi ilusão aparente

Esta minha aventura

Quando fada, só contente

Com alegria constante,

Eu quero, é novamente

Ser fada, de ora avante !

São Paulo, 07/07/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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A chave dos sonhos


A chave dos sonhos

Tarde da noite caminhava sozinho

Em lindo e majestoso jardim de sonhos

Sem atropelar as rosas ou o cravinho

Pensando em coisas sublimes, suponho

E lá, a chave dos sonhos, procurava
Infelizmente, eu não a encontrei

Talvez na memória derrotada se achava,

Este, o único lugar que não procurei !

Alguém, por favor, onde está a chave ?

Preciso encontrá-la para ser feliz,

Quem sabe, ela esteja numa clave

De uma alegre canção de amor,

Ou na delicada e suave matiz

De uma tela que retrata o alvor.

São Paulo, 15/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Nas ondas...


Nas ondas ...

Neste mar a que chamamos de vida
Em condições adversas à calmaria
Navegamos nas ondas das intempéries
Para nos vislumbrarmos *paupéries
Ao deparar não passar de alegoria
A altanaria conquista da subida !

São Paulo, 13/01/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
*miséria; penúria
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Mergulhado na saudade


Mergulhado na saudade


Aplacar a sua angústia

Da mente e do coração.

Sentir a sua empatia

Não augura, a seu irmão

Sofre a dor da solidão

Mergulhado na saudade

Nessa sombra da paixão

Que tenebrosa o invade

O corpo lasso, fatigado

Apagou sua esperança,

Hoje está desencantado

Resta-lhe só a lembrança.

Olvidar com sapiência

Bom alívio lhe daria

Perdoar é uma glória

Pra quem tem sabedoria

Sem alento e alegria

O que carrega no peito

É pura melancolia

Falar de amor. É suspeito

Os mistérios que abrigam

Os sentimentos de afeto,

Os seus brios o castigam

Nesse silêncio secreto !

Porangaba,31-10-2014

ArmandoA. C. Garcia

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Do amor, ao amor


Do amor, ao amor



Desenganos tive tantos

No curso em desalinho

O peito cheio de prantos,

Por este errante caminho


Sempre buscando o amor

Neste mundo de aventura

Caçando um sonho melhor

Para uma vida futura.


Que a brisa doce do amor

Toque no meu coração

Para que eu sinta o sabor

Adrenalina e a emoção


Pra sentir como é bonito

O pulsar do teu coração

Junto ao meu, o favorito

Que compartilha a paixão


Que brilhe um mundo melhor

Na estrada do meu caminho

Que seja só resplendor

O amor em nosso ninho


Já chega de sofrimento

De dor e de amargura

Seja agora, só alento

Mundo de pura ventura


E nesse comportamento

Raie a aurora, em novo dia

E no amor que acalento

Que sejas minha, eu queria !


Mas se assim não puder ser

Oh! Que tremenda ilusão

Melhor seria morrer

Que sofrer o sonho em vão


Com minhas forças, lutarei

Pra te manter a meu lado

E um dia, fazer-te-ei

O amor do meu pecado !


Coração cheio de ardor

Tem paixão a vida inteira

Intensa fonte de amor

Pondo lenha na fogueira


São chamas que não se apagam

Ainda que bem distantes

E pelo espaço divagam

Como eternos diamantes !


Porangaba, 07-02-2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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O Rochedo


O Rochedo

Bate o mar enfurecido no rochedo

Em espuma se transforma sua ira

O seu poder feroz nos causa medo,

Mas calma à tempestuosidade, afluíra

Eis que o mar serenou e na calmaria

Impávido lá permanece o duro rochedo,

Como que se desafiador à oceânia

Assoladora na imensidão do medo

Senhor dos mundos interplanetários

VÓS, que lá dos espaços siderais

Comandais rios, mares e catedrais

Olhai os que têm a síndrome do medo

E fazei seus corações ficar iguais

À fortaleza dura do rochedo !

Porangaba, 07/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Como precioso diamante ... Brasil !


Como precioso diamante

...Brasil !

 

Como precioso diamante

De um valor incalculável

É-nos desviado a jusante

Na filosofia *inoculável

 

A propagar-se por contágio

Em nosso meio cultural

Estranha forma de pedágio

Desta política nacional !

 

Não é novidade pra ninguém

Tão grande falta de estrutura

Motivo de estarmos aquém

De uma extremada cultura

 

O governo emite títulos

Na taxa de onze por cento ao ano

Para emprestar por capítulos

A seis por cento. Cinco, é dano

 

Na frágil contabilidade

De empréstimos às empreiteiras,

E em tamanha liberalidade

Faz a limpa em nossas carteiras

 

Pra fazer obras, sabe aonde?

Em Cuba, Panamá, Uruguai

Argentina,Equador, Bolívia

Venezuela,Peru, uai ....

 

Moçambique, e Nicaraguá

E nosso dinheiro, assim se esvai

Sem saber se ele tem retorno

E aperda na captação. Não cai.

 

Na teia de **peitas ou suborno

Dessas empresas geniais

Qu’deviam dar emprego no entorno

Mantendo no país os capitais

Ao invés disso, vão financiar

No exterior, com nosso capital

Onde perdemos cinco por cento

Entre captação e empréstimo

 

Sem saber se o nosso dinheiro

Voltará um dia pro Brasil

Bolívia deu o golpe pioneiro

E mesmo assim, lhe fomos dúctil     

 

De Cuba, nem preciso falar

Por ser fruta da mesma uva

Sem retorno, por lá vai ficar

No ninho da formiga saúva

 

Os financiamentos são feitos

Pelo BNDS às empreiteiras

Pra fazerem obras noutros leitos

De camarilhas estrangeiras

 

Considerando a vulnerabilidade

Dos financiamentos concedidos

No calote não têm responsabilidade

Visam apenas lucros auferidos

 

No país que desmandos consente,

Falta grana, que vai pro estrangeiro,

Na saúde e segurança, ausente

Na educação... um nevoeiro !

 

E desse desmando gritante

Será que um dia volta o dinheiro

Mui precioso e tão importante

Como a água, o é ao bombeiro

 

O dinheiro que o BNDS empresta

Deveria só ser para obras aqui

Fazê-las noutro país, não presta

Porque a conta, recai donde flui

 

Não tenho o condão de pitonisa

Mas o bilhão e seiscentos a Cuba

Eu digo, sem sombra de guisa

Será calote, que o governo entuba !

 

Descubra...de calote em calote       

Quem pagará a conta ao final,

Tu e eu, já sofremos o bote

No intolerável imposto abissal

 

Estarrecedor a mente se constata

A triste situação do país,

Está assando a nossa batata

...Pudemos tapar o nariz .

 

Coloquei gasolina, e pude ver

Alíquota d’imposto debitado

Quarenta e sete e noventa e três

Pagamos na nota, a cada vez

 

Que abastecemos o veículo,

Essa alíquota nos é cobrada

Mesmo que seja um triciclo,

Também ele, não tem escapada!

 

A minha alma caiu aos pés

Ao olhar a nota explicativa

Quarenta e sete e noventa e três

Pra pagar conta executiva

 

E viva o Brasil de arapucas

Que o povo, as contas pagará

Mas se ele entrar em sinucas

Logo, logo as amargará

 

O mesmo não acontecerá

Com os ilustres do Lava-Jato

Quem de nós viver, então verá,

Eles são espertos que nem rato !

 

A exemplo, temos o mensalão

Quase todo mundo já na rua

Penso que compensa ser ladrão

Neste País da falcatrua !

*difundida;transmitida

**dádivafeita com o intento de subornar

São Paulo, 09/03/2015

Armando A. C. Garcia

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O amor é chama ... (soneto duplo)


O amor é chama ... (soneto duplo)

O amor é chama que arde no peito

Sentimento que aquece permanente

Vida de contentamento a quem o sente

É viver num paraíso perfeito.

É fogo que não se apaga sutilmente

Esperança de carinho toda a vida,

É ter a confiança consentida

É dar a lealdade a quem consente.

Amor é o fruto deiscente que se abre

No esplendor da fausta primavera

Que por vezes toca noutra alma severa.

É ficar preso sob a mira de um sabre,

Ou viver para servir a quem se ama,

Na cinza permanente dessa chama !

Porangaba, 08/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O amor é fogo ...

O amor é fogo que arde sem queimar

É algo imaterial qu'a gente sente e não vê

É o despertar pra vida da alma e da fé

É um querer, impossível de deixar

É um contentamento de alegria

Sentimento impar de felicidade

É troca sincera de lealdade

É querer o que se quer, sem astenia

É morrer pelo amor se precisar

É servir-lhe de guia na cegueira

É ter com quem dividir à sua beira

É contentar-se, mesmo descontente

Se a vida dói, fingir que não o sente,

E não deixar a chama se apagar !

Porangaba, 09/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Alétheia


Alétheia

Em busca da verdade, levantei bandeiras

Busquei e revirei até o impossível

Percorri a pé todas as fronteiras

Na árdua busca do incognoscível

Espinhoso caminho que trilhei

Nas matas, florestas e serranias

Mas nada do incognoscível achei;

E as verdades, viraram fantasias

Esgotei esperanças no elementar desejo

O vento do sentir não me conduziu

Ao paralelo do eventual cotejo,

E a árdua busca do conhecimento

Da verdade que tanto almejei saber

Perdeu-se; num insólito momento !

Porangaba, 05/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Brasil ! restou a esperança ...


Brasil ! restou a esperança ...

A esperança foi o que nos restou

Da malfadada caixa de Pandora.

O dinheiro, o PT o espalhou

Por outros países afora

Sem retorno certamente

Nunca, nunca, ele voltará

E nosso povo inconsciente

Só em sonho o anteverá

Às vãs promessas, quebradas

Lhes deram ouvidos então,

Agora já delineadas

No bolso do cidadão

Esses medíocres, eleitos

Às escâncaras roubaram

E querem, noutros pleitos

Saquear o que deixaram

Os roubos, segundo eles,

Miragens do Promotor

São doações, daqueles,

Ao partido trabalhador.

Foram repasses legais

Contabilizados em ata,

Disponível aos nacionais

Em troca de negociatas...

Os valores no estrangeiro

...Não passam de alegoria

São migalhas do dinheiro

Que no bolso não cabia !

As promessas não cumpridas

Aguardam novos repasses,

No mandato, serão esquecidas

Antes que ele se completasse

Saíram palavras de esperança

De suas bocas mentirosas

O povo ávido de bonança

Não viu que eram ardilosas

Ainda não está cumprida

A missão do Lava Jato

Tem gente comprometida

Na ratonaria de fato

Resoluta e decidida

A missão do Promotor

Espero que seja cumprida

Sua tarefa de valor

Já chega de ratonaria

Doações que engendraram

Desvendar a anomalia,

Deveres que à lei pautaram

Vamos afastar de vez

A corja de enganadores

Que têm a desfaçatez

De dar razão aos menores

Deixando-os na impunidade

Mesmo matando alguém

Espero que na ambiguidade

Matem deles, a sua mãe !

Palavras de desabafo

Mas com sentido profundo

Pois só sentido o *agrafo

Dar-se-ão conta do mundo

Nosso povo está cansado

De ver tanta impunidade

O Congresso é cobrado,

Rubros, na contrariedade

Ao menor que rouba e mata

Dão alforria pra tal

A sociedade pacata

Não aguenta tanto mal

Que levem pra suas casas

Essa maléfica escória

À qual, pra tal, eles dão asas

Sem dar mão à palmatória

Noventa por cento do povo

Está querendo a mudança

Menor a votar, não é novo

Pra pagar, ele é criança

Contradições, incoerências

Que só os rubros mantêm

Pesem em suas consciências

As mortes que daí provêm

A luxúria dos eleitos

É paga com nosso salário

Como nunca estão satisfeitos

Limpam a caixa do erário !

Chega de humilhação

Chega de despautério

Lava Jato tem razão

De desvendar o mistério !

Brasil ! restou a esperança ...

De ver os culpados punidos

Menor que mata, não é criança

Políticos que roubam, são bandidos

*grampo usado em cirurgias na sutura de incisões

São Paulo, 04/07/2015
Armando A. C. Garcia


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Nidificando ,,, (soneto)


Nidificando... (soneto)

Na copa das árvores,nota-se movimento

Num constante vai evem da passarada

Afluênciacircunscrita ao advento

De novos canários,de nova ninhada

Pássaros preto; pintassilgos,João de barro,

Sábias, acorrendo aalimentar a prol

A passarada, nessevai e vem bizarro

Agita as árvores, donascer ao por do sol.

Com seus trinados,de lindas melodias

Enchem de encanto epaz o meu pomar

Comem meus figos,peras, que alegria

Vê-los beliscar asfrutas sem parar,

De manhã, à tarde,em todo o dia

Lá procuram, com oque se alimentar

São Paulo,12/07/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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O estupro coletivo


O estupro coletivo

A façanha cruel, que irrita a todos

É o preço da justiça praticada

Nem mesmo os temidos visigodos

Cometeriam tamanha *esborneada

Vergonha ! vergonha mundial

Brutalidade, selvajaria impar

Humilhação ao sentimento nacional

Que no instinto humano há de selar !

Acorda ! Legislador brasileiro

É hora de modificar a Lei Penal

Se existisse punição verdadeira

Certamente, afastaríamos esse mal.

Se não houver o braço forte da Lei

Pesando sobre as cabeças humanas

A sucessão de crimes medonhos pela grei

Ninguém obstará do mal essas chamas

Que continuarão a vilipendiar

Matar, roubar e também estuprar

Porque a lei é estelionatária

Vez que, a cem anos chega a condenar

Quando sabe a pena máxima de trinta anos

Dos quais, nem a metade chega a cumprir;

Porquê tantos enganos e desenganos?

Que punem, na verdade sem punir

Desta façanha cruel, minha gente

Não espere grande punição, vez que não há

No rigor da fraca lei quem a intente

Será punição, que a todos contradirá !

*orgia

São Paulo 28/05/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O termo amor !


O termo amor !

Etimologicamente, a palavra amor,

Significa afeição que envolve paixão

Sentimento lírico, sedutor

Difícil descrever na exatidão

Ligação afetiva entre casais

Sentimento d'adoração, devoção,

Desejos carnais ou imateriais

De natureza sexual ou de paixão

De índole espiritual ou material

De caráter religioso ou pecaminoso

De amor à arte, ou ao que é social

O amor platônico, ou o verdadeiro

O amor fraternal, e o amor primeiro

O amor a Deus, e o incondicional.

Porangaba, 27/02/2016
Armando A. C. Garcia

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Íntimos versos


Íntimos versos



Desse teu amor, que tanto em mim persiste

Num sentir inexorável a teus pés

Eu já nem sei na verdade porque existe,

Se de eras esperanças é meu *arnês.


Teia do destino, de sonhos albergados

A balouçarem incrédulos sentimentos

Em pensamentos adredemente cogitados

Nas vãs promessas dos **abjuramentos,


Que ainda dormem vestidas com o arnês

Nas sombras infiéis do desatino e da lua

Co’as lembranças das pedras da tua rua


Que carrego na desdita em segredo,

Não porque de ti amor, eu tenha medo

Não quero jogar-me de novo a teus pés !


*antiga armadura de guerreiro

** perjurar


São Paulo, 30-01-2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Amor... eterno amor,


Amor... eterno amor,

Amor... eterno amor, vives em mim

És o doce veneno que segue meus passos

Não queiras tu, saber dos meus fracassos

Na perversa estrada donde eu vim.

Supremo amor, estrela que me guia

Deusa olente, com perfume de mulher

Sublimidade de formosura a transcender

A nobre generosidade de sua fidalguia

Musa, que a natureza fez mulher

Espargindo encantos de primavera

No ansioso anseio que minh'alma gera,

No qual é aprisionada pelo amor

De teus encantos, cheios de esplendor

Aos quais me amarro, enquanto Deus quiser !

São Paulo, 26/02/2016
Armando A. C. Garcia

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DEUS


DEUS

Já caminhei pela terra
Já caminhei pelo mar
Subi montes, desci serra
Nunca pude te encontrar

Caminhei no Sol ardente
E até, na fria Lua
Fui do Norte ao Poente
Casa em casa, rua em rua

Caminhei anos sem fim
E não te pude encontrar
- Caminhando lado a mim
Foi difícil te achar

Sempre Tu me orientavas
Não ouvia teus conselhos
Pensamentos, sem palavras
Achava coisa de velhos

Finalmente reconheço
Nos caminhos percorridos
Se pedras são um tropeço
São caminhos definidos

Hoje, sei onde encontrar-te
Já que caminho contigo
Estás na poesia e na arte,
TU, és meu melhor amigo.

São Paulo, 04/07/2011
Armando A. C. Garcia

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Irrealidade do real


Na irrealidade do real

A vida ficou mais cara

O que fazer afinal

Se a inflação já dispara

Aumento na gasolina

Na conta d´água e luz

Aumenta a carnificina

- Só o salário reduz.

Estrangulada a economia

Vivemos em sobressaltos

E nesta triste agonia

Sofremos com os assaltos

Do meliante gatuno,

Aos que a lei, nos impõe

Nenhum deles é oportuno

E a nosso querer, se antepõe

Dos obscuros segredos

Às traves que delimitam

O contorno destes medos

Que a saúde debilitam

Angústias inamovíveis

Na existência duvidosa

De convergências possíveis

E ao destino perigosa

Não há razões mais claras

Pra temer a recessão

Deu sinal a *almenara

De estarmos na escuridão

Crescendo o sobressalto

Na real, irrealidade

Que tecem no Planalto

E denotam ambiguidade

Ressuscitada a inflação

É mapa que se apresenta

É grande a desilusão

No quadro da Presidenta

Acentuando a irrealidade

Do nítido, ao mais intenso

No mar da calamidade,

Temor do naufrago é imenso...

A voracidade aos bolsos

Deixando-os logo vazios

E sem que haja reembolso

Chega a dar-nos calafrios!

Preço da carne, impossível

Ao bolso do trabalhador

Pecaminoso, inadmissível

Num plantel que é o maior

Se me ouvísseis neste instante

Iríeis buscar o dinheiro

Que a razão se levante

E o retorne do estrangeiro

Eu sei que é utopia

Maneira de discorrer

Ponto de analogia,

Se seu destino é morrer !

Nenhum Governo se sustenta

Ao peso da iniquidade

Sempre a melhor ferramenta

É prover necessidade.

· São Paulo, 04/07/2015
Armando A. C. Garcia


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A sonda da alma


A sonda da alma

A sonda da alma é o instinto

O núcleo espontâneo, o coração

O pressentimento, é um labirinto

Ante o presságio da intuição

O tempo, é um mistério no futuro

Aonde o sol respira aliviado.

A lua, é um descanso no escuro

A dor, um sofrimento amargurado

O amor, é um sentimento de desejo

O beijo, instrumento de sedução

A beleza, uma qualidade de cotejo

A vida, é a base de um fundamento.

Período da existência em execução,

E por derradeiro... sem movimento !

São Paulo, 16/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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CICLO DA ÁGUA (Replay) Dia Mundial da Água 22-03


CICLO DA ÁGUA (Replay)

Dia Mundial da Água 22-03

Todos em ti deixam sua sujeira

Mas tu, qual Fênix que renasce das cinzas

Voltas renovada, purificada

Cristalina a cada novo ciclo de vida

Podes ser sólida, líquida ou gasosa,

Tua sublimação de sólida a vaporosa

É movimento constante, na esfera.

Estás nos oceanos, continentes e atmosfera

Porém está na evapotranspiração

Tua maior afirmação de transmudação

Passas à atmosfera pelo efeito do calor

A cada ciclo hidrológico repetidor

Te condensas em nuvens de vapor

Para a milhares de quilômetros dar vigor

A plantas, florestas, cardos e roseiras

Alimentas rios, mares, oceanos e geleiras

Penetras no solo, alimentas as nascentes

Cursos d'água em todos continentes

Deságuam nos lagos e outros no mar

Ou criam aqüíferos singular

Ninguém obstrui o teu curso, és poderosa

Escoas esbravejando na tarde chuvosa

Em direção aos rios, lagos e oceanos

És inconstante, levas vida de ciganos

Brotas de fissuras nas rochas duras

Irrompes de entre nuvens magnéticas

Que cospem línguas de fogo para a terra

E o fogo apagas, esfrias a guerra

Tua força e dom é sobrenatural

Mitigas a sede de planta, do animal

És o prenúncio da vida renascida

O poder o equilíbrio e a medida

Força suprema da natureza viva

Que de ti nasce e se procria ativa

És potência, vigor, força e energia

És dilúvio, enchente e calmaria

Esperança do agricultor, seiva da vida

Fertilidade e abundância de comida

Nos organismos, matéria predominante

Âncora que a vida leva adiante

Nas madrugadas em forma de orvalho

Ou então caindo em lentos flocos de neve

Qual manta branca na linha do horizonte

Cobrindo vegetação, árvores e montes

Teu ciclo hidrológico se inicia nos mares

Com a evaporação marítima sobes aos ares

E os ventos te transportam aos continentes

Em ciclos contínuos e permanentes

P'ra no caminho subterrâneo te infiltrares

Nos poros das formações sedimentares

Num processo contínuo e lento

Como quando nuvem, ao sabor do vento

Crias vendavais, e inundações

Transbordas nos rios, lagos e lençóis

Só o mar acalma tuas agitações

Por vezes encapelas ondas, dimensões

O processo de mutação pelo calor

Que do globo passas à atmosfera

Para renovar com viço e amor

A natureza que sempre te espera

De teu potencial surgiu a roda dáágua,

A máquina a vapor, a usina hidrelétrica

O caminho fluvial, a caixa d' água

Com participação em toda cibernética

São Paulo, 22 de março de 2006

Armando A. C. Garcia

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Você sabe o que é leniência?


Você sabe oque é leniência?
Então leia

Você sabe o que é *leniência?
A que corrói nossa paciência,
E nosso governo bonzinho
Quer dar cheio de carinho

Às empreiteiras, coitadas...
Pelas poucas retiradas
Do erário da nação
Que quase falem a União

É tanta e tanta a *leniência
Que a gente perde a paciência
Com o governo da acessão
Querendo ajudar o ladrão,

Que deixou a Petrobrás
...A remar, só para trás
Após bilhões de reais
Tirar dos cofres nacionais

Agora, o governo tem pena
E com leniência as condena...
Com empréstimos, a juro baixo
Como se estivesse debaixo

Das empresas contratadas,
E do roubo desculpadas
Vez que as quer socorrer
Para as vilãs, não perder !...

Não sei qual a intenção
De socorrer o ladrão
Que ao invés de afastá-lo
Faz ... é acariciá-lo.

Neste jogo incompreensível
Tudo ou nada imprevisível,
Misterioso enigmático
De político matemático

É conturbada a paciência
Com a tal de leniência
Que significa brandura
Assim, se muda a figura

Daquele que sendo ladrão
Passa a ser um cidadão
Honesto, probo, correto
De baixo do mesmo teto.

E o pobre trabalhador
Encharcado de suor
Não tem água para o banho
E produz, a pouco ganho

Dele, o governo não lembra,
Mas ele sim, pode quebrar.
As empresas denunciadas
Não devem ser amparadas,

Às custas da sociedade
Isso é uma disparidade
E um dispêndio também
A um filho, de ninguém !

Se ás nossas custas, socorridas
Com leniências concedidas
Como de um pai para o filho.
- Malandro, aperta o gatilho!

São Paulo, 04/03/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
*brandura; suavidade; doçura; mansidão
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O cão, o velho e o menino


O cão, o velho e o menino



Eram três abandonados

Vivendo desamparados

Pelas ruas da cidade

Um velho, um menor de idade


E um cão; escorraçado

Nenhum dos três em seu fado

Foi abençoado, da sorte

Vez que jogados sem norte


Quis o destino, que um dia

Unissem sua estadia.

Se a semelhança tem vez

O mesmo sonho é dos três


Terem um pedaço de pão

Sempre a cada refeição,

E em cada dia que passa

Nessa tamanha desgraça


O velho, um pobre ancião

Já foi alguém, hoje não

A família o abandonou

Quando o dinheiro acabou


O menino igualmente

Mesmo sendo inteligente

Sofreu a mesma maldade

Foi jogado sem piedade


Na rua da desventura

De sofrimento e agrura

Sem ao menos aprender

Na escola a saber ler


O velho por sua vez

Ensina-lhe português

Dá-lhe lições de moral

Para nunca fazer o mal


O cão, sem ser criatura

Sofreu da mesma agrura

Além de enxotado pra rua

Ainda lhe sentaram a pua


Unidos em comunhão

Da imposta *abjunção

Ao velho pela despesa

Ao jovem pela natureza


De gastar sem produzir.

Ao cão o mesmo carpir

Que o destino lhe impôs,

Diz o velho, tal qual nós


O menino foi crescendo

Nas lições foi aprendendo

A ser alguém nesta vida

A orientação foi seguida


O velho levou-o à escola

Sem uniforme ou sacola

Apenas um pedaço de pão

Para aprender a lição


Por ser aluno aplicado

Ao diretor foi chamado

Inteirou-se da situação

Mandou servir refeição


A ele, ao velho e ao cão

E pela sua educação

De ser aluno exemplar

Passou a escola abrigar


Estes três desamparados

Pelo destino agrupados

O menino estudioso

Na orientação do idoso


Foi galgando posição

Sempre a melhor lição

Era a sua com certeza

E não vos cause estranheza


Que um dia será doutor

Diplomado com louvor

Graças à boa conduta

Que o ancião não reluta


Nas lições que sempre dá

E sem ele, ao deus-dará

Que seria deste menino

Sem família e sem destino !


•Separação


Porangaba, 08-02-2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Borboletas no jasmim !


Borboletas no jasmim !



Cirandam as borboletas no jardim,

Nos dependurados cachos de jasmim,

Tua alma escondida a assistir

O adejar apaixonado, a perquirir.


O mundo, é cheio de beleza natura

Tornando a terra azul, lá da altura,

Nas coisas singelas a formosura

À noite escura... a lua, empresta alvura !


- Janelas abertas aos corações

Levando ao alto as suas orações

Numa prece, em que o brilho da alma


Ascende, do planeta azul, ao céu

No sorriso das flores, está o véu

Que após a tempestade, te acalma.



São Paulo, 25/02/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Sem ti deixei meu querido Portugal


Sem ti deixei meu querido Portugal



Sem ti deixei meu querido Portugal

Com minha alma cheia de tristeza

Percorri caminhos dignos de chacal

Carregando em segredo tua vileza


Aprendi como viver ao desalento

Meu espelho abandonei com tua imagem

Quando a teu lado caminhei desatento

Ladeando teus passos que não interagem


Meu caminho, era atravessar contigo

Este mundo deserto de carinho e amor

Mas vi, para punição de meu castigo

Que meu reino, era o império da dor!


Pela ambição e grandeza do poder

Veio a cobiça por montes de tesouros

Que agita e abala qualquer mulher

Quando fita e se encanta pelo ouro


Hoje, como um sonho em vão, já se desfez

A ilusão que habitava em seu coração

E um tormento doloroso, teve vez

E assim pagou por sua infame traição !


Porangaba 24-01-2015

Armando A. C. Garcia


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Fomentação do mal


Fomentação do mal

As grandes fortunas investem pesado

Nas bandeiras escarlate que se agitam

Prescindem da apostasia do legado

No apoio àqueles que mais gritam,

Subvertendo com esse entendimento

As ideologias diferentes de sua situação;

E com esse abjeto comportamento

Alimentam a torpeza da dominação

Abandonam a fé, triunfa o mal

O homem passa a ser escravo da facção

E é tratado como produto estatal

Sufocando a liberdade e a reação

É o declínio geral do ser humano

Subvertem os princípios legais

Aviltam a fé, apóiam o profano

Não há amor, são insentimentais.

Porque assim agem as grandes fortunas

Ironicamente contrarias à sua formação,

Do capital, amealhado em oportunas

Torpezas mil de sua negociação

E é sempre o capital o gerador

do mal. Vejam o caso do bin Laden;

Das empreiteiras brasileiras, e o pior,

É que esse capital... produz o semên !

Porangaba, 07/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Volta amor ...


Volta amor ...


Volta amor aos braços meus

Partiste, sem um adeus

Nas fantasias dum desejo

Decretas-te o meu despejo

Teus beijos foram pra mim

A alquimia, o início e fim

Vem derramar tua candura

Abraçar-me com ternura

Vem amor, o dia é curto

Meu refúgio é teu *surto

Densas saudades amor

Bruma instalada é dor

Quem te chama, não desiste

Desde o dia que partiste ,

Partiste o meu coração

Sem desfrutar tua mão

Tua ausência foi tensão

Intenso desejo, ambição

Loucura de amor espúrio

D‘alguém que presta perjúrio

Vestiste a jura de sombras

E ornaste com **alfombras

As vontades e destinos

De sonhos tão libertinos

Não sei porque presumo

Do capítulo tal resumo

Volta aos meus braços amor

Teu beijo é um esplendor

Não desprezes outra chance

Talvez um dia me canse

O triste anseio em mim morra

E sem querer tire a desforra !

*ambição,cobiça

** tapete espesso

São Paulo, 03/06/2013

Armando A. C. Garcia

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No fio da trama


No fio da trama


Minh’alma no silêncio das lembranças

No fio da trama, ferida a sangrar

Verte lágrimas de vãs esperanças,

Do vento que levou a ilusão de amar

Naquela trama, sob pretexto fútil

Mostrou o desejo, de não querer me amar

Abandou o amor, que não é mais útil

E buscou outro, pra com ele, se casar !

O amor que a grande desventura alquebrou

Verte na sua fronte a intensa tristeza,

Desfeitas as juras, o amor terminou

Jamais se refez dos anseios da surpresa

No tempo, adormecidas as saudades

Inesperadamente como as lavas do vulcão

Irrompem expelindo chamas e vontades

Dos resquícios que transpõem o coração

Na saudade que vagueia sem clemência

Quais folhas secas caídas no caminho

Batidas pelo vento da ambivalência

Da *hidrofobia, ao terno amor e carinho

*raiva

Porangaba,24-01-2015 (data da criação)

ArmandoA. C. Garcia

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O que ouço !...


O que ouço !...

Ah! Será o vento alísio a soprar,

Isto que ouço, aqui neste morro

Ou será a seriema a cantar,

Ou o surdo ronco do cachorro

Quem sabe os sinos da cidade

Talvez o cântico do uirapuru,

O grito de alguma divindade

Ou o ranger das toras de bambu

O que será que eu ouço, compadre !

- O tanger dos sinos da cidade

Na chamada à missa pelo padre,

O suave cântico do uirapuru

O ranger das varas de bambu...

Ou é, o grito duma divindade?

São Paulo, 22/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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MULHER !... (replay)


MULHER !... (replay)


Tu és um misto de ternura
A imagem que emoldura
A alma e o coração

Tu és a anônima obreira
Mãe, mulher e companheira
Que levanta ao sol nascer

Numa luta de coragem
Tu és a prima imagem
És o esteio do lar

Todos buscam teu abrigo
Pois todos contam contigo
Para a palavra final

És a rainha do lar
E nunca deixas faltar
O equilíbrio e a razão

Labutas em desigual
Tua razão principal
Em tudo está presente

Dás duro o dia inteiro
Em casa e no canteiro
A realidade confundes

Tens a tarefa dobrada
Nunca te dizes cansada
Nem negas o teu amor

Mulher que fala e faz
Dá conta e é capaz
De ser mãe e companheira

Na tristeza ou na alegria
No amor ou na folia
O corpo exausto! Só..

Mulher, mãe ou namorada
És eterna apaixonada
A amante insana, a viver!

Mulher de vários talentos
Não ouças os meus lamentos
Neste dia a ti consagrado

És espelho da candura
Refletes a formosura
Dizes ao mundo quem és !

São Paulo, 07 de março de 2005 (data da criação)
Armando A.. C. Garcia

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TROVAS


TROVAS

Não lamento a minha sorte

Se por mim foi escolhida

Nem digo adeus à morte

Quando chegar a partida

-------------------------------

Pus-me a pensar sobre a vida.

Olvidei-me de viver

Com a mente distraída

A vida passou sem ver

---------------------------------

O que será que me leva

A tanto te amar assim,

Que minha alma carrega

O fardo desse estopim

-------------------------------

A idéia dos idiotas

Vem nas asas das gaivotas

A idéia dos poetas

Vem na cauda dos cometas

--------------------------------

Se fui louco em te amar

Fui feliz nessa loucura;

Mas o mais louco... é calar

O amor a essa loucura

--------------------------------

O que a natureza apronta

A cada quatro anos invade,

Hoje, um dia a mais da conta

Que não conta na idade

Porangaba, 29/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Do primeiro amor... (soneto duplo)


Do primeiro amor... (soneto duplo)

Do primeiro amor, ninguém esquece

É sentimento que a vida inteira cresce

Na alma que ama, o coração floresce

Sentimento intenso que não perece

É esse amor eterno, verdadeiro

Que a alma alimenta no braseiro

Mantendo na memória do primeiro

Condição dum digno cavalheiro

E este sentimento é tão profundo

Que em qualquer lugar deste mundo

O primeiro amor é o mais fecundo

Feliz daquele que recebe a benção

Sacramental da eterna união,

Sentimental desejo do coração !

II

Todavia, por certos contratempos

Outros, tão divergentes da vontade

Não que seja por meros passatempos

Perde-se o amor primeiro, vem saudade

Esta infinda, trazendo a nostalgia,

Preso à memória o desejo aceso,

Querendo o primeiro amor a cada dia

Como se pudesse voltar ao que é defeso

Tristeza, dor e sofrimentos mil

Ao sentir no peito amor intenso

Sem puder ser ao grande amor servil

É o amor que a alma não esquece,

Nem o coração o deixa suspenso

Passa a vida inteira, e não arrefece !

Porangaba, 13/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Eterno Anseio !


Eternoanseio !

Quandoteu peito a saudade chamuscar

Nasimbiose substância do clamor

Vemcompartilhar a emoção, amor

Qu’eminstante algum te deixarei faltar

Ecomo uma pluma a flutuar no ar

Osteus lábios sentirão todo ardor

Queferve em meu peito interior

Nadimensão de tanto te desejar

Eternamente,num eterno anseio

Semprea te cobiçar, e nem sei porquê

Nosdementes desejos, vejo só você

Euquero, que esse sonho, altivo e forte

Decididamente,marque minha sorte

E dê-meteu amor, que a tudo sobreveio !

São Paulo, 24/02/2015 (data dacriação)

Armando A. C. Garcia

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O Regresso


O Regresso

Voltou cheio de esperanças pra levá-la

Pedindo a Deus sabedoria para acolhê-la,

As coisas mudam, os sentimentos não

...Vencerá os obstáculos do coração

Vagueiam como nuvens os sentimentos

Como elas, vagueiam seus pensamentos

Em cima, milhares de estrelas cintilantes

Esperam pelo amanhecer rutilantes,

Assim, ele a esperou a vida inteira

O regresso foi o fato culminante

De tê-la finalmente à sua beira

Puder então, enfim sobremaneira

Satisfazer a paixão ambivalente

P'la qual tanto esperou a vida inteira !

Porangaba, 28/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Sonetos de amor !


Sonetos de amor !

De mil e uma saudades que senti,

A tua, foi a última que restou

No meu peito, aninhada a consenti,

Em razão do amor, que não secou

E agora, que a dor da mágoa passou

Imagino teu amor em pensamento

Desvarios que meus versos levou

Neste claro e inútil tormento

A pena a que o amor se reduziu

De meus erros, derradeiro castigo

Mostrou o que o destino consentiu

À vista da dor e do sofrimento

Onde o futuro, certamente contigo

Dar-me-ia eterno contentamento

II

Fado de nossas vidas desigual

Ao que projetam as aspirações

É tão clara esta verdade, este mal

Que diverge da vontade e ações

Estas, nem sempre com a harmonia

Que liga nossa vontade à conjetura

Mesmo querendo mudá-la, não podia

Em razão do que dita a desventura

Vontades tão diferentes a natura

Nos impõe, no curso de nossa vida

Está claro, que esse mal não tem cura

E que melhor remédio, não mereço

Senão chorar a marga despedida

Por tão vil engano, paguei o preço !

Porangaba, 18/07/2015(data da criação)
Armando A. C.Garcia

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A jararaca


A jararaca

A jararaca serpenteando, foi atingida

Na cabeça triangular cheia de presas

Do cenário, finalmente foi varrida

E nem se diga que foi pega de surpresa,

Como a cauda dos cometas, cambaleando

Silenciosamente chegou ao fundo do abismo

E no escuro, ela fica tateando

E de nada lhe valeu o seu sofismo.

As grandes luzes do silêncio acenderam,

A jararaca é de fato encurralada

Nem seu veneno nem presas lhe valeram,

Para escapar do cajado da paulada

Porque nela choveu forte dos que puderam,

Acertar na sua cabeça a cajatada !

São Paulo, 17/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Desalento/Depressão


Desalento/Depressão


Num vôo alucinado

Quase toquei nas estrelas,

Meu cérebro estava cansado

Fez-me ver coisas... sem vê-las !

Tangenciando a loucura

Nesse tal procedimento,

Preciso, ter compostura

Nesse louco pensamento.

Essa tal de depressão

Depreca comportamentos,

É tão grande a confusão,

Que atinge os pensamentos.

A faculdade cognitiva

Do intelecto humano

Parece absorvida

Por esse sonho insano

Os tímidos pensamentos,

Renova-os por otimistas

Senão cais no abatimento

Régulo* dos pessimistas

Nesse estado de espírito

Levanta tua moral

Permite que o perispírito,

Te torne mais racional.

Essas voltas e revoltas

Que dás à noite na cama,

Deixa sem peias, às soltas

- Os motivos de teu drama.

Estranho comportamento,

Síndrome de insegurança,

Que atinge o sentimento

E invalida a esperança !

Evita transtornos à mente,

Afastando os negativos

Pensamentos, que a gente

Cultiva no digressivo.

Seja você novamente

Longe das conjecturas,

Fique alegre e contente

Afaste-se das amarguras

Não dei-a ouvidos em vão

A estranhas suposições

Consulte o seu coração

Por justas opiniões

Não deixe que se perturbe

Tua mente em agitações,

Vê a confusão da urbe

Com tantas imprecauções

Falta de ordem ou método

Gera tumulto na mente

Passar a ver tudo, no todo

Duma maneira diferente

Como se ficasse vazia

A mente já perturbada

De repente, essa agonia

Vem deixá-la atrapalhada.

Quem pensa em demasia

Sempre no mesmo assunto

Entra na fase sombria

Dessa tal... de depressão !

*pequeno rei; reizinho

Porangaba, 14/06/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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A voz do fado !


A voz do fado !

Escutei a voz do fado

Num beco da Mouraria

Entrei meio desconfiado

Ela, cantava à porfia

Sua voz, tão meiga e doce

Deixou-me apaixonado

Nunca pensei que ela fosse

A mulher deste meu fado

Voltei no dia seguinte

Para ouvi-la cantar

E, do seguinte, ao seguinte,

Com o coração a arfar

Um dia, ela notando

Esta minha assiduidade

Ela falou, já chorando

Que perderá a liberdade

O sentimento de amor

Que de meu peito brotava

Atingiu aquela flor,

Que só pra mim ela olhava !

E, daquele dia em diante

Abri o meu coração

Àquela pedra, brilhante

Ainda sem lapidação !

São Paulo, 17/06/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Alétheia


Alétheia

Em busca da verdade, levantei bandeiras

Busquei e revirei até o impossível

Percorri a pé todas as fronteiras

Na árdua busca do incognoscível

Espinhoso caminho que trilhei

Nas matas, florestas e serranias

Mas nada do incognoscível achei;

E as verdades, viraram fantasias

Esgotei esperanças no elementar desejo

O vento do sentir não me conduziu

Ao paralelo do eventual cotejo,

E a árdua busca do conhecimento

Da verdade que tanto almejei saber

Perdeu-se; num insólito momento !

Porangaba, 05/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Caminhos ...


Caminhos...

Percorrer o caminho da esperança

Ao encontro da luz e da razão

Em busca da fé e da bonança

A seiva que leva amor ao coração

Caminhos percorridos em oração

Conduzem aos páramos celestiais

Da vida, são as sendas racionais

Afastam o ser humano da perdição

Caminhos, seguem em várias direções

Diametralmente opostos entre si

Uns conduzem a efêmeras emoções

Outros, à luz da glória para ti,

Há os tortuosos e os corretos

Cabe a ti escolher qual a seguir

Há os perfumados e os infectos

A escolha só a ti cabe decidir !

São Paulo, 02/07/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Certo dia o Capitão


Certo dia o Capitão

Certo dia o Capitão

que comandava o navio

Sentindo a solidão

Da rota fez um desvio

Foi aportar numa ilha

Deserta? qual ilusão !

Morava nela uma filha,

Naufraga doutro Capitão

Era jovem, esbelta, linda,

De uma exótica beleza,

Que igual, não vira ainda

Apesar, da nua singeleza

O Capitão, encantado

Rendeu-lhe consideração,

E ofereceu-lhe adequado

O traje, do sacristão

Com todo respeito e lisura

Levou-a à embarcação

E ofereceu à criatura

Sua cama, seu colchão

A moça, ali se banhou

Nos aposentos privados

E, também se perfumou

Deixando todos cativados

Quando ao espelho se mirou

Ela nem acreditava,

Pois quando ali naufragou

De menina, não passava !

Agora, mulher adulta

Expandindo horizontes

Meio ingênua, meio inculta

Rústica, como flores dos montes

Sentindo-se apaixonado,

O Capitão não relutou,

Ante o amor almejado

A naufraga, ali esposou !

Pra felicidade geral,

Sua prol foi aumentando

Num clima angelical

E o capitão no comando.

Seu navio, virou lar

Ante a esposa que encontrou

Continuaram a navegar,

Até que a velhice chegou.

São Paulo 07/08/2004 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Infortúnio (soneto)


Infortúnio  (soneto)

 

 

Pedaços de lembranças, o que restou                 

Da vida inteira cheia de infortúnio

E este, que ainda não acabou

Como elemento hipotético umbiúnio

 

Tropeços, nebulosos pensamentos

A constranger a lágrima dos vencidos

Alegoria , ficção, metáfora dos ventos

De mais de mil projetos retraídos

 

Acumulados em fascículos ou volumes

A transbordar na esperança do amanhã,

No silêncio recôndito dos queixumes

 

Com saudade interior, dentro do peito

Na  expectativa de uma vida louçã

Que até agora, inda não teve jeito !

 

Porangaba, 09/07/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

                                                            

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O amor é chama... (soneto duplo)


O amor é chama ...(soneto duplo)

O amor é chama que arde no peito

Sentimento que aquece permanente

Vida de contentamento a quem o sente

É viver num paraíso perfeito.

É fogo que não se apaga sutilmente

Esperança de carinho toda a vida,

É ter a confiança consentida

É dar a lealdade a quem consente.

Amor é o fruto deiscente que se abre

No esplendor da fausta primavera

Que por vezes toca noutra alma severa.

É ficar preso sob a mira de um sabre,

Ou viver para servir a quem se ama,

Na cinza permanente dessa chama !

Porangaba, 08/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O amor é fogo ...

O amor é fogo que arde sem queimar

É algo imaterial qu'a gente sente e não vê

É o despertar pra vida da alma e da fé

É um querer, impossível de deixar

É um contentamento de alegria

Sentimento impar de felicidade

É troca sincera de lealdade

É querer o que se quer, sem astenia

É morrer pelo amor se precisar

É servir-lhe de guia na cegueira

É ter com quem dividir à sua beira

É contentar-se, mesmo descontente

Se a vida dói, fingir que não o sente,

E não deixar a chama se apagar !

Porangaba, 09/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O SER, livre !


O SER, livre !

*Ser livre, não é aquele persistente ao risco

Soçobrando das ondas do sangue e da morte

Ser livre, é aquele que caminha para o **aprisco

Em raios noturnos sem perigo da sorte

É não ter de tentar escapar das pedras

É viver como criança cheia de esperança

Ser livre, é puder ver que o crime não medra

E que o amor entre os homens avança

Ser livre , é rejeitar a barbárie e a tirania

É ver os encantos da vida renovados

Tratar o semelhante com fidalguia

Ser livre, é ter sede de vida e de amor

Ressuscitar das cinzas o coração queimado

E voar nas nuvens, como um condor !

São Paulo, 16/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
*a pessoa

** fig. casa
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Erros de quem ama ! (soneto)


Erros de quem ama ! (soneto)

Perdidas todas suas esperanças

Fundadas em supostas conjeturas

Vede quão perigosas e inseguras,

Ao dar ao amor, eterna confiança

De erros, quem ama, não está ausente

Nem de sofrimentos d’áspera contenda

Só quem, ao seu coração não atenda,

Os sonhos, que sua alma consente,

E se lágrimas, os olhos consentissem

Ao sentir o arrependimento profundo

Mais de mil, seriam as que se viessem

Vertendo o lamento, o sentido pranto

Num caráter decisivo, rotundo

D’amor,que sem saber amava tanto !

Porangaba, 17/07/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Meu Destino !


Meu destino !

Quando eu era pequenino

Não sabia que o destino

Traça nossa caminhada

E nos impõe a jornada

Fui crescendo e podes crer

Mesmo sem o meu querer

O leme mudava o curso

Indo em outro percurso

Daquele que havia traçado

E na prancheta planejado,

Singrando rumos diferentes

Até em outros continentes

Trajetórias interrompidas

Por vezes desapercebidas,

Qual apedeuta oriundo

Do outro lado do mundo

Assim, eu vi o destino

Na proa, em desatino

Mudar o curso da vida

Sem timoneiro, sem guia

Meu destino vim cumprir

E nada poderá impedir

A vontade deste fado

Quer seja, leve ou pesado!

SãoPaulo, 31-01-2015

ArmandoA. C. Garcia

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Amor ; (soneto)


Amor; (soneto)

 

se é que esta palavra tem sentido
após intensa vivência amorosa,
como forma de sublimar o indefinido
de um momento pleno, cor de rosa

projeção impar da síntese perfeita
no apogeu magnético do amor
quando a palavra amor, se estreita,
dando lugar à rival, chamada dor !

sonhos projetados esvoaçando no ar.
no voo dum pensamento intermitente
alçado à lúbrica ceia, vagamente

nos *paroxismos que o desejo faz criar
no **hipocondríaco cérebro sedente
do amor, que ame, verdadeiramente !

                     *exaltação máxima de uma sensação
                             **tristeza profunda; melancolia

São Paulo, 10/06/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O reflexo !...


O reflexo !...

Via espelhado nas águas o reflexo

D'silhueta da mulher em que pensava

Como se p'lo poder da mente; perplexo

Descreu da imagem que se projetava

Naquela água límpida translúcida

E o que via, ele não acreditava.

Idéias perdidas na memória da vida

Que na alma e na mente gravava

Pensou ser projeção de sentimentos

Alucinação cognitiva da mente

Assim, permaneceu estático momentos

Quando ao voltar-se prá realidade

Olhando ao redor. Viu finalmente

Aquela que projetava em si o amor !

Porangaba, 28/02/2016
Armando A. C. Garcia

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O Epicurismo


O Epicurismo

O homem precisa ater-se aos prazeres moderados

Pra ausentar o sofrimento e libertar-se do medo

E atingir estado corporal e espiritual ledo,

Afastando-se dos desejos exacerbados !

Epicuro no século IV a.C. assim o exigia,

Filósofo grego que pregava tal pensamento

Com ausência da morte pelo sofrimento

Chamando essa tranquilidade de ataraxia.

Entrar num estado de alma calmo e sereno

Para evitar a dor e as perturbações

Colocando em harmonia as libertações

Afastado dos luxos, dos exageros, dos excessos

Desfrutando da paz que a natureza oferece,

A quem a limitação dos desejos arrefece !

Porangaba, 08/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O Marinheiro !


O Marinheiro !


Sentado ao soalheiro
No umbral de sua porta,

Estava um velho marinheiro

Pensando na amada morta

Foi revivendo o passado

As aflições no mar bravio

Quando caiu da amurada

Não morreu... foi por um fio.

Agora em terra firme

Vive triste amofinado

Mais inseguro e infirme,

Do que no mar agitado

São verdadeiros artistas

São excelentes figuras

São do mar especialistas

Que navegam sem agruras

Navegar foi sua vida,
O mar é sua paixão

Um porto, onde a partida

Alegra seu coração

Nas peripécias do mar

Ele, o velho marinheiro,

É qual raposa a caçar

À noite no galinheiro

Seu coração livre e solto

É como as ondas do mar
Mesmo quando está revolto,

Sabe que vão serenar

Singra os mares de lés a lés

Enfrentando a procela,

No mais elevado convés,

- Mesmo se o mar se encapela

E nessa hora de procela
Que faz as ondas vibrar,
Promete acender uma vela,
Quando em terra ele pisar

Enfrenta ondas perigosas

Do imenso mar d’água salgada

Rotas incertas, duvidosas

Até à próxima arribada !

Pensava o velho marinheiro

Longa e paulatinamente,

Nos mistérios do cruzeiro

E em seu amor, certamente !

São Paulo, 13/07/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Argumentando !


Argumentando !



Ao deus-dará, eu andei

Neste mundo de aventura

Nunca, nunca encontrei

A felicidade e ventura


Banindo os sentimentos

No caminho percorrido

Poucos foram os momentos

Que não me senti ferido


Difícil vencer o medo

Se nas sombras, escondido

Alma sem luz, é penedo

Rio sem água, é perdido


O que vem à sua mente

Até o gênio se assombra

No deserto ao sol quente

Sem árvore, não há sombra


Na tela, tinta sem cores

Com ares de alucinação

Espelham feitos maiores

Que levam pra fora do chão


Envolto nos meus pedaços

Na boca, teu beijo amargo

Carrego sem embaraços,

O que à vida dou de encargo !


São Paulo, 01-02-2015

Armando A. C. Garcia


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Do outro lado da cruz


Do outro lado da cruz



Do outro lado da cruz

Gemia a mãe de Jesus

Numa dor alucinante

Como se, no mesmo instante

A lança qu’filho perfura

Atingisse sua figura.

Tamanha era a aflição

Do seu pobre coração !



A dor, pra si transfigura

Assim, a frágil criatura

Sofre os escárnios também

Infligidos ao filho. E a mãe,

Sente na carne as agruras

Do corpo tinto de púrpura

Exangue, débil, exausto

Do filho em holocausto !


São Paulo, 22-02-2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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Estrelas cadentes


Estrelas cadentes

São como estrelas cadentes

Mudando de direção

No amor nunca contentes

Quem sofre é o coração

Esta nova geração

Desprovida de sentimentos

Pela volúvel paixão

Infringe os dez mandamentos

Em decorrência da sorte

Que o destinou nos moldou

Ninguém vê, além da morte

O que ela nos reservou

Sua vã filosofia

Ao bem de Deus, pouco atenta

Insensata em demasia

Pouco amor ela acalenta

Gente sem força, sem brio,

Só pega os frutos maduros

- Pois plantá-los dá fastio

À geração de imaturos

Ao sábio sentimento

São surdos, se lhe convém

Dependendo do momento

Eles, não conhecem ninguém !

SãoPaulo, 03-02-2015 (data da criação)

ArmandoA. C. Garcia

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Estrada da saudade


Astronomicamente... desiguais !


Astronomicamente desiguais

Salários percebidos por políticos

Ao grupo social, no analítico

A proporção é vilã aos demais


E, no coeficiente majorativo

O deles, não se cansam de aumentar

Ao povo dão migalhas sem falar

Que o aumento deles é superlativo


As avaliações dos representantes

Trazem o ranço putrefato do petróleo

Dos sofismas virulentos, sem óleo

Rangendo na máquina *estuantes


Vinte bilhões que a máquina corroeu

É espantoso minha estimada gente

Que a **cleptocracia siga em frente

E impune, quem mais nos empobreceu


Solução de minguada transparência

Sem recuperação das verbas desviadas

Nas complexas e multifacetadas

Artes de ***concussão e influência


Apoderaram-se de vinte bilhões

É dinheiro de que nem temos noção

O rombo que abalou toda nação

Derrubou na Bolsa o valor das ações


Em consequência grandes acionistas

Dos Estados Unidos, acionam na justiça

A Petrobrás, a responsável da liça

Em razão do golpe dos oportunistas


O escândalo do grande desvio de dinheiro

Levará acionistas estrangeiros a pleitearem

Altas indenizações, as quais se equiparem

À perda sofrida nas ações do petroleiro


Destarte, o valor da Petrobrás com o rombo

Desvalorizou pra a metade seu valor

Face às indenizações, será ainda pior

Se ela aguentar o arrimo do tombo


Roubo não se justifica, nem se explica

A não incriminação desses patifes

Demonstra que fazem parte doutra grife

Que tudo pode e que, nada os implica


Delação premiada! como ficam os delitos?

Proponho aos ladrões que confessem os crimes

Se somos iguais conforme a lei e regime

Confessado o crime... resolve-se os atritos !


Roubo não se justifica, nem se explica

Delação, atitude de Judas premiada

Não deixa de ser lorota de vil piada

D’gente sem honra, por herança abdica !


Dizê-la como uma das ignomínias maiores

da humanidade, apouca-lhe a dimensão

Foi um câncer que corroeu toda a nação

À exceção de nossos governadores


São Paulo, 09/01/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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* que ferve em cachão

** a corrupção nas altas esferas que põe em xeque a democracia

*** extorsão ou peculato exercido por servidor público

O Rochedo


O Rochedo

Bate o mar enfurecido no rochedo

Em espuma se transforma sua ira

O seu poder feroz nos causa medo,

Mas calma à tempestuosidade, afluíra

Eis que o mar serenou e na calmaria

Impávido lá permanece o duro rochedo,

Como que se desafiador à oceânia

Assoladora na imensidão do medo

Senhor dos mundos interplanetários

VÓS, que lá dos espaços siderais

Comandais rios, mares e catedrais

Olhai os que têm a síndrome do medo

E fazei seus corações ficar iguais

À fortaleza dura do rochedo !

Porangaba, 07/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Amargos encantos


Amargos encantos


A mais pungente mágoa
Aquela que mais nos dói
Cujo calor é uma frágua,
É de um amor, que se foi.

É uma mágoa de prantos
De soluços e suspiros
São os amargos encantos
Já forjados em Oniros,

Que sufocam a ventura
Dizimando a esperança.
São os dias de amargura
Frustrando a confiança

Corações escravizados
Na dor mais rude e cruel
Aflitos e flagelados,
Seu cálice, continha fel !

Embora a dor nos açoite
A vida é bela e formosa
Mas, se o dia vira noite...
Seja ela, cor de rosa !

São Paulo, 14/01/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Em Defesa de Jesus !


Em Defesa de Jesus !

Até hoje, o Bom Jesus

É maltratado e ofendido

Pior que a morte na cruz

É dizê-lo gay, pelo assumido.

Imputar-lhe tal desonra

Só néscio, pode fazê-lo,

ELE, que pautou pela honra,

A retidão e o desvelo.

É querer justificar

Sua conduta imoral,

Contrária a acasalar

Macho e fêmea animal.

Demasiado obscuro

Este seu procedimento,

Somente um ser imaturo

Teria tal comportamento,

Se todos compartilhassem

Da conduta libertina,

Talvez os seres acabassem,

- Sem a criação Divina !

Sem direito a defesa

Foi julgado à revelia

Se encarnado, com certeza

ELE próprio, defender-se-ia.

Que me diz disso, senhor Gay

Que crucificou sem sentença,

Pior que aquele tempo, tua lei.

-Receberás a recompensa.

Porangaba,06/06/2015

ArmandoA. C. Garcia

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Olá,JusBrasileiro

Jesus,hoje, seria gay. E você o desprezaria

Por:Leonardo Sakamoto É possível perceber uma diminuição no apoio popular à efetivação de determinados direitos por con...

CamilaVaz - 04 de Junho de 2015

------------------------------------------------------

Esta noite acordei exatamente à zero hora e não pude dormir por não ter-me manifestado em defesa do amado Jesus, após ler o artigo titulado acima.Levantei e escrevi a defesa que você acaba de ler. Em seguida fui para postá-la no JUSBRASILEIRO, onde indevidamente, por Camila Vaz havia sido postado, o artigo de Leonardo Sakamoto. Felizmente, foi tarde de mais, pois o artigo acabara de ser removido do site do JUSBRASILEIRO, não irei reproduzi-lo, mas se você tiver coragem pode acessar o blog desse tal Leonardo Sakamoto.

Abandonado !


Abandonado!

 

Meu coração só tem lágrimas
Que vertem sem fluir
Tantas foram as manhãs
Sem olhar o teu sorrir

Diante de minha tristeza
Ao abandono esquecido
Nem tu, tiveste a nobreza,
De salvar este perdido.

Nos soluços, consumido
Pelo infortúnio no amor
Meu coração dolorido
Fenece do dissabor

Chora o passado e o presente
Dia e noite, noite e dia
De teu amor estar ausente
São suspiros de agonia !

De que vale o sofrimento
Se nada tem que iguale,
Aninhar meu pensamento
À quentura do teu xale !

São Paulo, 23/02/2015 (data dacriação)
Armando A. C. Garcia

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O escultor do amor !...


O escultor do amor !...

Eu quero esculpir nestas letras

Um lindo poema de amor

E com tintas azuis ou pretas

Demonstrar todo esplendor.

Muito já se tem falado

Sobre o amor e amizade

O primeiro é eternizado

O segundo é felicidade,

Sentimento de afeição

E de carinho também,

Ternura no coração

Quando se quer bem alguém.

É um apego tão profundo

De entusiasmo e prazer

Que quero crer neste mundo

Outro igual, não deva haver

São Paulo, 02/04/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Como precioso diamante ... Brasil !


Comoprecioso diamante

...Brasil !

Comoprecioso diamante

Deum valor incalculável

É-nosdesviado a jusante

Nafilosofia *inoculável

Apropagar-se por contágio

Emnosso meio cultural

Estranhaforma de pedágio

Destapolítica nacional !

Nãoé novidade pra ninguém

Tãogrande falta de estrutura

Motivode estarmos aquém

Deuma extremada cultura

Ogoverno emite títulos

Nataxa de onze por cento ao ano

Paraemprestar por capítulos

Aseis por cento. Cinco, é dano

Nafrágil contabilidade

Deempréstimos às empreiteiras,

E emtamanha liberalidade

Faza limpa em nossas carteiras

Prafazer obras, sabe aonde?

EmCuba, Panamá, Uruguai

Argentina,Equador, Bolívia

Venezuela,Peru, uai ....

Moçambique,e Nicaraguá

Enosso dinheiro, assim se esvai

Semsaber se ele tem retorno

E aperda na captação. Não cai.

Nateia de **peitas ou suborno

Dessasempresas geniais

Qu’deviamdar emprego no entorno

Mantendono país os capitais

Aoinvés disso, vão financiar

Noexterior, com nosso capital

Ondeperdemos cinco por cento

Entrecaptação e empréstimo

Semsaber se o nosso dinheiro

Voltaráum dia pro Brasil

Bolíviadeu o golpe pioneiro

Emesmo assim, lhe fomos dúctil

DeCuba, nem preciso falar

Porser fruta da mesma uva

Semretorno, por lá vai ficar

Noninho da formiga saúva

Osfinanciamentos são feitos

PeloBNDS às empreiteiras

Prafazerem obras noutros leitos

Decamarilhas estrangeiras

Considerandoa vulnerabilidade

Dosfinanciamentos concedidos

Nocalote não têm responsabilidade

Visamapenas lucros auferidos

Nopaís que desmandos consente,

Faltagrana, que vai pro estrangeiro,

Nasaúde e segurança, ausente

Naeducação... um nevoeiro !

Edesse desmando gritante

Seráque um dia volta o dinheiro

Muiprecioso e tão importante

Comoa água, o é ao bombeiro

Odinheiro que o BNDS empresta

Deveriasó ser para obras aqui

Fazê-lasnoutro país, não presta

Porquea conta, recai donde flui

Mãotenho o condão de pitonisa

Maso bilhão e seiscentos a Cuba

Eudigo, sem sombra de guisa

Serácalote, que o governo entuba !

Descubra...de calote em calote

Quempagará a conta ao final,

Tue eu, já sofremos o bote

Nointolerável imposto abissal

Estarrecedoramentese constata

Atriste situação do país,

Estáassando a nossa batata

...Pudemos tapar o nariz .

Coloqueigasolina, e pude ver

Alíquotad’imposto debitado

Quarentae sete e noventa e três

Pagamosna nota, a cada vez

Queabastecemos o veículo,

Essaalíquota nos é cobrada

Mesmoque seja um triciclo,

Tambémele, não tem escapada!

Aminha alma caiu aos pés

Aoolhar a nota explicativa

Quarentae sete e noventa e três

Prapagar conta executiva

Eviva o Brasil de arapucas

Queo povo, as contas pagará

Masse ele entrar em sinucas

Logo,logo as amargará

Omesmo não acontecerá

Comos ilustres do Lava-Jato

Quemde nós viver, então verá,

Elessão espertos que nem rato !

Aexemplo, temos o mensalão

Quasetodo mundo já na rua

Pensoque compensa ser ladrão

NestePaís da falcatrua !

*difundida;transmitida

**dádivafeita com o intento de subornar

São Paulo, 09/03/2015

Armando A. C. Garcia

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Nidificando... (soneto)


Nidificando... (soneto)

Na copa das árvores, nota-se movimento

Num constante vai e vem da passarada

Afluência circunscrita ao advento

De novos canários, de nova ninhada

Pássaros preto; pintassilgos, João de barro,

Sábias, acorrendo a alimentar a prol

A passarada, nesse vai e vem bizarro

Agita as árvores, do nascer ao por do sol.

Com seus trinados, de lindas melodias

Enchem de encanto e paz o meu pomar

Comem meus figos, peras, que alegria

Vê-los beliscar as frutas sem parar,

De manhã, à tarde, em todo o dia

Lá procuram, com o que se alimentar

São Paulo, 12/07/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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Em busca do oceano


Em busca do oceano


Se a vida é um sopro, um sonho sem fim
Um rio onde passa a água que corre
Em busca do oceano, e neste ínterim,
Entre escarpas de trilhas pedregosas

Suas fortes correntes vão lapidando
As pedras do caminho que impedem
Um trajeto manso, porém caudaloso,
No curso que a vida lhe ordenou

Não é tão contrário à vida o seu curso
Posto que finda-se no imenso oceano,
Sua meta, é o final de seu percurso.
A vida esconde-se no recôndito *arcano

O indomável dito rio pedregoso
Que corre entre fraguedos apertados
Chega perto da foz, já afadigoso
Pois da viagem de sopros, está cansado !

*mistério

São Paulo, 25-01-2015
Armando A. C. Garcia

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Relíquias !


Relíquias !



Relíquia do meu coração

Outro, que por mim já pulsou

Nestes versos de paixão

Relembro o amor que passou


Tu que me deste emoção

E à vida o sentimento

Nas nuvens da redenção

Em cada feliz momento


De amor, sonho e ilusão

Teu encanto me vestia

Hoje, refém da escravidão

Do sonho que me iludia


Dos febris encantamentos

Desfeitos, transfigurados

Tristes são os meus lamentos

Quimeras dos velhos fados


São relíquias do passado

Na sombra duma saudade

De quando estava a teu lado

Almejando a felicidade !



São Paulo, 09-02-2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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O povo que produz !...


O povo que produz !...

O povo que produz, é aquele que paga a conta

Do Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida

Do MST; que as terras produtivas afronta

Aos quais, o governo em troca de apoio dá guarida.

Assim, todos eles têm sua vantagem auferida

Os da Bolsa Família, embora seja pouco, é muito

Pois ali, encontram mensalmente acolhida

A despesa do arroz e do feijão, nesse intuito,

Não precisam mais de trabalhar com afinco.

Os de Minha Casa Minha Vida, no mesmo patamar

Vão deixando para trás o barracão de zinco

Sem precisar mais, tanto co'a vida se preocupar.

Os privilegiados MST, os finalmente contemplados

Recebem assim, de um, a quatro alqueires de terra

Na média, de cinquenta a cem mil o alqueire, legados;

Qualquer um de nós, pode-se abrigar aos sem terra.

Vez que o quinhão, além de apetitoso é agradável

A grande maioria, é trabalhador, não é agricultor

Mas candidato a um lote de valor considerável,

Assim, qualquer um, é candidato promissor

A seguir a estrela do PT, ante o pecaminoso teor

De projetar sua vida no ostracismo sem medo

De enfrentar a luta árdua, vez que sem suor,

Alcançou seu objetivo, sem ter de madrugar tão cedo

São Paulo, 01/04/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Não tive tempo de te amar


Não tive tempo de te amar

Eu vejo que não tive tempo,

Não tive tempo, de te amar

Agora, passo meu tempo,

Do tanto que tenho, a chorar !

Sobra-me tempo agora

Do tempo que eu não tinha,

Que eu faço com ele agora,

Se agora tu, não és minha !

Os dias eram pequenos

Quando tempo, eu não tinha

Agora eles são um veneno

Quando chega a tardinha

Na lentidão se arrastam

Segundos, minutos, horas

As pingas já não me bastam

Pra saudade ir embora ...

O tempo que era curto

Agora, encompridou

Igual repentino surto

Minha alma aniquilou

E como passar o tempo

Na marasma lentidão

Até parece contratempo

Ou falha na abstração !

São Paulo, 18/06/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Neste mundo de vaidades !


Neste mundo de vaidades !


Neste mundo de vaidades,
Onde todos andam perdidos,
Exaltam-se mediocridades,
Apoucam-se os comedidos

Desordens da natureza
Inconformes à razão
Sublimando a vileza,
Deslustrando ocidadão.

Entre tais fatuidades,
O mundo os enaltece,
Nutrem d’efemeridades
Os que lhe dão abenesse,

A vida tem suas regras,
Que a outras se antepõem
Umas claras, outras negras
Que na vida se interpõem.

Das infernais, a vaidade,
A mais nefasta e medonha,
É de tamanha acuidade,
Que ao homem, dá vergonha !

Porangaba, 18/07/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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Desalento/Depressão


Desalento/Depressão


Num vôo alucinado

Quase toquei nas estrelas,

Meu cérebro estava cansado

Fez-me ver coisas... sem vê-las !

Tangenciando a loucura

Nesse tal procedimento,

Preciso, ter compostura

Nesse louco pensamento.

Essa tal de depressão

Depreca comportamentos,

É tão grande a confusão,

Que atinge os pensamentos.

A faculdade cognitiva

Do intelecto humano

Parece absorvida

Por esse sonho insano

Os tímidos pensamentos,

Renova-os por otimistas

Senão cais no abatimento

Régulo* dos pessimistas

Nesse estado de espírito

Levanta tua moral

Permite que o perispírito,

Te torne mais racional.

Essas voltas e revoltas

Que dás à noite na cama,

Deixa sem peias, às soltas

- Os motivos de teu drama.

Estranho comportamento,

Síndrome de insegurança,

Que atinge o sentimento

E invalida a esperança !

Evita transtornos à mente,

Afastando os negativos

Pensamentos, que a gente

Cultiva no digressivo.

Seja você novamente

Longe das conjecturas,

Fique alegre e contente

Afaste-se das amarguras

Não dei-a ouvidos em vão

A estranhas suposições

Consulte o seu coração

Por justas opiniões

Não deixe que se perturbe

Tua mente em agitações,

Vê a confusão da urbe

Com tantas imprecauções

Falta de ordem ou método

Gera tumulto na mente

Passar a ver tudo, no todo

Duma maneira diferente

Como se ficasse vazia

A mente já perturbada

De repente, essa agonia

Vem deixá-la atrapalhada.

Quem pensa em demasia

Sempre no mesmo assunto

Entra na fase sombria

Dessa tal... de depressão !

*pequeno rei; reizinho

Porangaba, 14/06/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Amor cigano ! (soneto duplo)


Amor cigano ! (soneto duplo)


Momentâneo relâmpago de ventura
Entre teus braços, leda formosura
Juraste-me amor eterno, criatura !
- Foi só, naquele momento de ternura

Nesse encanto jucundo. Sem cautela,
Deixei enlear meu coração, oh! Bela
Sem perceber que caía na esparrela
De peito descoberto, em ti, donzela !

Por furtivo carinho, tão profundo
Rendi-me enfim a esse amor, fecundo
Que parecia o maior amor do mundo

Em face de teus mimos, ledo engano,
Passei a vida errante, qual cigano
Tentando esquecer, dia a dia, ano a ano !

II

Na vida, é paixão que o amor fomenta
Propensões da natureza; a tormenta
Punição cruel, que o instinto invade
Com a punição atroz da ansiedade

Monstro impassível de sôfrego interesse
Monstro sedento de férreo jugo, esse,
Que o ciúme ostenta de antigos ódios,
Com vícios, desses horrendos episódios

Vícios que o inferno abre e aferrolha
Nas vivas paixões em que se fomenta
Sem piedade ou clemência de quem olha .

Ao grande tribunal, prestará um dia
Justas contas, de oito a oitenta
Isento de ajustes e acrobacia !

Porangaba, 31/07/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Os Indigentes ! (soneto)


Os Indigentes  ! (soneto)

 
Por habitação o albergue das calçadas
Mal se distinguem dum monte de entulho
Iguais caveiras, nas ruas estiradas;
No frio inverno que ronda o mês de julho.

Homens sem lei, cidadãos sem patrono
Que têm por teto o céu, por base a terra,
Do governo, têm apenas o abandono,
Por ser uma parcela que não berra  !

No silêncio mais profundo, como um sono,
Vivem na mísera condição de excluídos
São a própria síntese dos sem lei, sem dono

Nosso governo, emerge com eles no mesmo sono
No palácio da sorte, são confundidos
Como sendo eles, filhos de outro trono !

Porangaba, 25/06/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

                                                            
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Sem saber o que escrever (soneto)


Sem saber o que escrever (soneto)
 
 
Longe das musas, sem saber o que escrever       
Sinto-me, tal como um peixe fora d’água
Penso e não sei, o que devo, ou não dizer
Só não piso na lama, se ponho o pé na tábua
 
Entre várias idéias e inclinações
Não sei se busco a de ideal firmeza
Na mudança, que muda as opiniões
Defeito comum em minha natureza
 
No invariável movimento, não descansa           
A inconstância prima deste vil desejo
Não há no mundo maior insegurança
 
De que sem ter o que dizer, querer escrever
Por isso, ante vós penitencio este bocejo
Estejam certos, não tinha nada pra dizer !
 
 
Porangaba, 25/06/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
                                                             
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Idealidade (soneto)


Idealidade (soneto)

Sou igual fantasma na solidão
Carregando os destroços na carcaça
Ao alheamento de toda multidão
Que não vê, nem sente esta desgraça.

Na *manumissão desta trajetória,
Vejo verter do amor na humanidade;
O ócio, cortando a carne na vitória
A mentira, o sentido da verdade !

Sofro co’a frialdade do amor
Que hoje mora nos pobres corações
Que não sentem mais o salutar calor

Neste mundo repleto de ilusões
Incapaz de girar em volta seu fulcro
E levar o homem a novas emoções !

*libertar; resgatar:

São Paulo, 06/07/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O estupro coletivo


O estupro coletivo

A façanha cruel, que irrita a todos

É o preço da justiça praticada

Nem mesmo os temidos visigodos

Cometeriam tamanha *esborneada

Vergonha ! vergonha mundial

Brutalidade, selvajaria impar

Humilhação ao sentimento nacional

Que no instinto humano há de selar !

Acorda ! Legislador brasileiro

É hora de modificar a Lei Penal

Se existisse punição verdadeira

Certamente, afastaríamos esse mal.

Se não houver o braço forte da Lei

Pesando sobre as cabeças humanas

A sucessão de crimes medonhos pela grei

Ninguém obstará do mal essas chamas

Que continuarão a vilipendiar

Matar, roubar e também estuprar

Porque a lei é estelionatária

Vez que, a cem anos chega a condenar

Quando sabe a pena máxima de trinta anos

Dos quais, nem a metade chega a cumprir;

Porquê tantos enganos e desenganos?

Que punem, na verdade sem punir

Desta façanha cruel, minha gente

Não espere grande punição, vez que não há

No rigor da fraca lei quem a intente

Será punição, que a todos contradirá !

*orgia

São Paulo 28/05/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Teu Sentimento profundo


Teu Sentimento profundo


Teu Sentimento profundo

Tira alma do lugar

Não acha lugar no mundo

Onde ela possa morar

Nem a casa, nem a rua

Comportam o desamor

Nem o sol, e nem a lua

Amenizam essa dor

O sono não te repara

Nessa estranha agitação

Nenhum amor se declara

Trazendo paz ao coração !

Deixa a alma a tilintar

Como taças de cristal

Um dia vai encontrar

Seu amor celestial.

Porangaba, 14/06/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Que mais queres ó vida ! (soneto)


Que mais queres ó vida ! (soneto)


Que mais queres ó vida, deste ancião
Já mui fraco, sem ânimo e rugoso
Outrora enérgico, impetuoso,
Indomável coragem no coração,

Hoje,sem forças, curte o desengano
Dos dias que fogoso se sentia.
Vejo agora, que d’nada me servia
Indumentária social, ou de cigano

Findou o encantamento que dispunha
Quando jovem, alegre, prazenteiro
Tinha o bolso recheado de dinheiro

Hoje,vazio, como vazia sua alma
Seu ímpeto, seu alento; agora é calma,
Antes,nenhuma, àqueles se antepunha !

Porangaba, 18/07/2015 (data da criação)
ArmandoA. C. Garcia


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Reto retrato de: TU


Reto retrato de: TU

Tu és o amor a quem eu quero tanto

Tu, és a esperança que em mim renasceu

A luz que clareia o meu caminho, enquanto

A alegria de meus dias só cresceu

Quando te encontrei, sorrindo no caminho

Tu, rosa sem espinho, perfumada

És a deusa do amor e do carinho

És a luz que ilumina minha estrada !

Tu, que és a expansão e o limite

O Omega e o alfa, a morte e a vida

A flor exótica, a onda em desafio

Tu. Que foste tudo isto em minha vida

Sou hoje, para ti um nada, um estalactite

Pendido do teto da caverna por um fio !

Porangaba, 10/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Despidos de Moral


Despidos de Moral


No inocente desafio a gênese do mal

Transtorno de personalidade nacional

Desvios de percepção despidos de moral

Na conduta dos individuas no poder

Capazes de reduzirem a personalidade

Dos cidadãos a um sentimento de igualdade

Condição social patológica que ao grupo

É imposta, sem levarem em conta o apupo

Da minoria que pode enxergar este fator

Que a longo prazo pretendem impor

E o indivíduo passa a pensar em "nós", Assim,

de tão coletivizado deixa de pensar em "mim"

Esta mudança está sempre apropriada

A novos conceitos jurídicos, equilibrada

Em novo sistema social a ser concebido

Onde o indivíduo pode dar sua vida por ele

Grupo denominado de ponerogênicos

Cuja melhor denominação; anticívicos

Vez que em plena luz do dia não hesitam

Em reverter a lei a favor, se necessitam

Assim, impondo de maneira lenta e gradual

Vão adequando aos fins do descomunal

A ordem de modo autoritário e irrevogável

Desestabilizando a qualquer custo a nação

Para eles o primordial é personificação

Conclamo aos liberais e conservadores

E a todo aquele que ao país tem amor

A proteger a nação de maléficas instituições

Para não vermos nossos filhos chorar, depois !

Porangaba, 11/02/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Transmutações


Transmutações

Trago a mente aprisionada

Nas tempestades da vida

Minha alma está cansada

De caminhar nesta lida

As tormentas proliferam

A calma não se avizinha

Incoerências, desesperam

As saudades que eu tinha.

Às transmutações da vida,

Ninguém passa indiferente

- É ferida, se removida

Ou chaga, se permanente !

São Paulo, 04/05/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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De alma triste (soneto)


De alma triste (soneto)

De alma triste e coração contrito
Cheio de tédio, de dor consumido
Infelicidade que leva ao infinito
Caminhava na vida desiludido

O octogenário ancião, buscando abrigo
Na ânsia em que a morte o espreitava
Porém, ao pressentir esse castigo
Sorrindo vagamente, a Deus orava

Pedindo que na forma transitória
Deus lhe desse um lugar à sua mesa
Embora, não fosse essa a meritória

E Deus, que o escutava com certeza
Convidou-o ao banquete espiritual,
Dando-lhe um lugar à sua mesa !

São Paulo, 04/07/2011 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Homenagem a São Paulo (replay)


Homenagem a São Paulo (replay)

A ti não chegaram as caravelas,
Mas de ti, partiram bandeirantes.
Como centro financeiro abres velas
Singrando o Brasil e América do Sul

És uma das mais globalizadas
Cidades no cenário mundial
Tua pujança, e luta das arcadas
São destemor e audácia sem igual

Teu povo, miscigenação de raças
Esculpindo ao mundo novas gentes
Longas ruas, jardins e praças
Repleta de arranha-céus imponentes

No emaranhado, contrasta briosa
Com favelas que ninguém ousa falar
Por São Paulo ser grande e majestosa
É a locomotiva que roda sem parar

Berço do trabalho e da cultura
Acolhe o migrante e o estrangeiro
Dás esperança aquele que te procura
E teu povo, é um povo hospitaleiro

Tua marcha triunfal o Anchieta
Do além, certamente consagrou
Não foste traçada em prancheta
A força do destino te edificou

És o gigante, deste imenso país
Teu progresso está no imenso sucesso
E neste dia vinte e cinco de janeiro
Milhões de beijos ao teu povo hospitaleiro

Porangaba, 24/01/2012 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Queimei os sonhos,


Queimei os sonhos,

Queimei os sonhados sonhos
Na minha vida de sonhos

E sem desejo de encontrá-los,

Eu; nem pensei procurá-los

Sonhos de amor, de saudade

Dos tempos da frivolidade

Sonhos d’esperança, perdidos

Num disfarce consentidos,

Sonhos de vida perdida,

Foi uma vida, sem vida

Inverno sem primavera.

Rocambolesca quimera,

As penas, do meu penar

Tu, m’as fizeste aceitar,

As mesmas que escolhestes

No fora, que tu me deste

Teria sido tão diferente,

Não fosse maldita serpente,

Que de ti, me separou,

E para longe me levou

Mágoas, só geram tristeza

E esta, nos deixa a certeza

Que nossa alma está morta

Quando o amor nos fech’a porta

Desamor, pranto profundo

Em qualquer parte do mundo

Sonhos cruéis que no fundo

Fruto de amor infecundo

Inverno sem primavera,

Sonho de falsa quimera

Sem praia e sem flores

Sem ternura e sem amores

Do corpo, o sonho desliga

A falsidade, e a fadiga

E faz a gente pensar,
Em ardentes febres amar

Ó ilusão que não cansa,

Do sonho, fazer mudança

Ao gosto da opinião

Que nutre nossa paixão.

Por defeito a natureza,

Sujeita nossa fraqueza

A variedade do sonho

Nunca real, eu suponho !

Porangaba, 15/08/2015(data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Medo de perder-te (soneto)


Medo de perder-te (soneto)


Na cândida candura de teus olhos

Posso ver a simbiose virginal
Onde incertezas saltam aos molhos
Como gotas d’orvalho matinal

Mal percebes instintos de desejo
És da bela primavera florida,
A flor mais bela, que na vida almejo
És o cândido amor de minha vida.

Mais doce é sentir-te convencida
D’ amor que floreia prados e boninas
Enfim, ao meu amor ver-te vencida

No doce desafio de querer-te.
Tu, que a minha alma já dominas
Vivo cheio de medo de perder-te !

São Paulo, 24/06/2013
Armando A. C. Garcia

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O homem, esse Ser enigmático


O homem, esse Ser enigmático


O homem, esse Ser enigmático
Difícil de compreender, caricato
Por vezes, também carismático
Ao ponto de em casa, ser ingrato

O homem, busca nas realizações
Alcançar um objetivo real
Mas as sucessivas oscilações
Vão tornando sua vida abissal.

O homem, esse Ser inteligente
Na ciência descobre conhecimento
E da história, não fica ausente

Na lógica e na moral seus pensamentos
Traçam normas à conduta humana
E busca na verdade os fundamentos

São Paulo, 20/12/2019 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Transmutações


Transmutações

Trago a mente aprisionada

Nas tempestades da vida

Minha alma está cansada

De caminhar nesta lida

As tormentas proliferam

A calma não se avizinha

Incoerências, desesperam

As esperanças que eu tinha.

Às transmutações da vida,

Ninguém passa indiferente

- É ferida, se removida

Ou chaga, se permanente !

São Paulo, 04/05/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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O tempo corrói o amor


O tempo corrói o amor


O tempo corrói o amor
Desunindo a afeição
Peito vazio onde a dor
Suplanta a ablação.

Lembranças viram saudade
Vagando espaço sem fim
Aonde a terna amizade
Transforma-se em Arlequim

O tempo põe fim ao anseio
Trancando com as aldravas
O sentimento alheio,
Silenciando as palavras.

O tempo deixa nos rastros
Silenciosas pegadas
Tal nau que sustenta os mastros
Pelas águas agitadas

E nessas águas profundas
Vagando silenciosa
Por vezes a nau se afunda
Como a paixão mentirosa !

São Paulo, 14/11/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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A Minha Terra no Inverno


A Minha Terra no Inverno

Caíam bolotas e folhas dos carvalhos
Dos carrascos e, também, das azinheiras.
As rubras azeitonas das oliveiras,
Batidas pelo vento, secas dos orvalhos.

Despencavam dos ouriços as castanhas.
Gemiam os zimbros, bramiam os lobos
Que, em dias de neve, desciam aos povos
Famintos. Abandonavam as montanhas.

A noite, numa escuridão sepulcral,
Entrecortada, pelos raios dos trovões.
Mostrava as copas das árvores, nos clarões,
E, os penedos recortados vertical.

O musgo e a hera, trepando em rochas quedas
E, os galhos secos das figueiras nuas,
Homens andando por veredas e ruas
De velhos muros, repletos de azedas.

Os campos desertos, arroteados
Onde, crescem os carvalhos e sobreiros,
As montanhas, as colinas e outeiros
Têm no sulco a rabiça dos arados.

São Paulo 18/05/1964 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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CICLO DA ÁGUA (Replay) Dia Mundial da Água 22/03


CICLO DA ÁGUA (Replay)

Dia Mundial da Água 22/03

Todos em ti deixam sua sujeira

Mas tu, qual Fênix que renasce das cinzas

Voltas renovada, purificada

Cristalina a cada novo ciclo de vida

Podes ser sólida, líquida ou gasosa,

Tua sublimação de sólida a vaporosa

É movimento constante, na esfera.

Estás nos oceanos, continentes e atmosfera

Porém está na evapotranspiração

Tua maior afirmação de transmudação

Passas à atmosfera pelo efeito do calor

A cada ciclo hidrológico repetidor

Te condensas em nuvens de vapor

Para a milhares de quilômetros dar vigor

A plantas, florestas, cardos e roseiras

Alimentas rios, mares, oceanos e geleiras

Penetras no solo, alimentas as nascentes

Cursos d'água em todos continentes

Deságuam nos lagos e outros no mar

Ou criam aqüíferos singular

Ninguém obstrui o teu curso, és poderosa

Escoas esbravejando na tarde chuvosa

Em direção aos rios, lagos e oceanos

És inconstante, levas vida de ciganos

Brotas de fissuras nas rochas duras

Irrompes de entre nuvens magnéticas

Que cospem línguas de fogo para a terra

E o fogo apagas, esfrias a guerra

Tua força e dom é sobrenatural

Mitigas a sede de planta, do animal

És o prenúncio da vida renascida

O poder o equilíbrio e a medida

Força suprema da natureza viva

Que de ti nasce e se procria ativa

És potência, vigor, força e energia

És dilúvio, enchente e calmaria

Esperança do agricultor, seiva da vida

Fertilidade e abundância de comida

Nos organismos, matéria predominante

Âncora que a vida leva adiante

Nas madrugadas em forma de orvalho

Ou então caindo em lentos flocos de neve

Qual manta branca na linha do horizonte

Cobrindo vegetação, árvores e montes

Teu ciclo hidrológico se inicia nos mares

Com a evaporação marítima sobes aos ares

E os ventos te transportam aos continentes

Em ciclos contínuos e permanentes

P'ra no caminho subterrâneo te infiltrares

Nos poros das formações sedimentares

Num processo contínuo e lento

Como quando nuvem, ao sabor do vento

Crias vendavais, e inundações

Transbordas nos rios, lagos e lençóis

Só o mar acalma tuas agitações

Por vezes encapelas ondas, dimensões

O processo de mutação pelo calor

Que do globo passas à atmosfera

Para renovar com viço e amor

A natureza que sempre te espera

De teu potencial surgiu a roda dáágua,

A máquina a vapor, a usina hidrelétrica

O caminho fluvial, a caixa d' água

Com participação em toda cibernética

São Paulo, 22 de março de 2006

Armando A. C. Garcia

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Forças da Afeição (soneto)


Forças da Afeição

De vis amores tenho a alma consumida
Contingência de dedução de razões
Que exsurgem na mente tão sofrida
Olhando a fria noite, sem opções

De tantos amores o que me resta agora
Senão desilusão, descontentamento
Por ter experimentado, o que foi bom, piora
Ante a solidão, aumenta o meu tormento

Quem não sofre, sem o mal de si ausente
Por mais rara que seja tal ironia
Nunca saberá o que minha alma sente

No sentir noutro amor, noutra esperança
O doce tempo que a saudade faz lembrança
Hoje caduco, débil, cheio de agonia.

São Paulo, 08/05/2005 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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VISÃO DO FUTURO (soneto)


VISÃO DO FUTURO 

Avancei minha janela do tempo, 
Projetei minha visão no futuro ! 
Visualizei não um mero passatempo... 
Mas sim um porvir ainda muito duro ! 

Não foi bom ter ultrapassado a janela 
O preço que se paga pela inobservância 
Às regras imutáveis de nossa estrela 
É um pesadelo na alma, que causa ânsia. 

Significou minha grande decepção 
Ter cruzado as fronteiras invisíveis 
Quisera eu, não tê-las ultrapassado. 

Teria afastado este fantasma do meu lado. 
É no que dá, querer metas impossíveis... 
Carregar medo e uma grande frustração. 

São Paulo, 19/05/2005(data da criação)
Armando A. C. Garcia

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SERÁ ! ... (soneto)


SERÁ ! ...

Pé ante pé, com o coração partido
Fui até ti, para dar à vida outro sentido
Porém, ignoraste, será que pensaste
Está velho... não passa de um traste!...

E sem resposta afirmativa ou negativa
Continuas lado a lado em minha vida
Mal suportas a presença indefinida
Aguardando o despojo da partida

Aquilo que foi amor, forte paixão
Hoje virou vida sem definição
Perdidos os sentimentos de carinho

Segues hoje a trilha de outro caminho
E eu, sofro o amargor do teu desprezo
Até o dia em que feliz parta coeso

São Paulo, 25/04/2005(data da criação)
Armando A. C. Garcia

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