Larissa Rocha

Volta pra mim



Volta pra mim, amor... Sinto tanta saudade!
Talvez não passe de um sonho intangível 
Mas não quero viver nessa realidade
Sem ti, viver já se tornou impossível!

Se ainda resta algo do nosso amor
Volta... Não consigo te esquecer.
Ainda te amo... Volta, por favor!
Tu bem sabes que não quero te perder

Tenho ainda algumas coisas para te falar
Do nosso amor eu nunca desisti,
Essa distancia não pode acabar
Com o amor que sinto por ti

Eu não me acostumo com a tua ausência
Por isso ainda te espero e te procuro
Simplesmente tu és já minha essência 
Só quero fazer parte do teu futuro

Ainda te quero de qualquer jeito
As coisas não precisam ser assim
Sei que nada mais será perfeito
Não importa como, apenas volta pra mim!

Morrer


Tenho no corpo jovem

a beleza que Afrodite me deu

mas pra quê servem encantos

se minha alma já morreu?



juventude, força, vitalidade...

para mim de nada valerão!

já que neste peito necrosado

há muito não bate um coração.



deixarei a dor da existência

suavemente...num só suspiro

pois sem ti a vida é um vazio

e eu não vivo, só respiro.



oh! e minha pobre mãe!

por me ver padecer tão nova

que desgosto ela teria, tão cedo,

em mandar cavar minha cova!

17 de maio


Verei cair a noite saudosa

E pelo anjo que suspiro tremendo

Meu olhar se enche de pranto

E de amor vou padecendo.



Deito-me nessa solidão

Que a noite escura afoga e dor

Fecho os olhos e em silêncio

Te mando minhas juras de amor.



Em minhas noites sonho muito

As ternuras do meu amante e amigo

Sonho que sou tua querida

Sonho teus amores, meu bem, eu sonho contigo!



Penso delirante em beijar-te os lábios

Oh! Deixa-me repousar em teu peito

Sentir o aroma inebriante de teus cabelos...

A febre ardente me consome no leito!



Bem sabes que pálida aos teus pés vivo

És do céu a estrela mais brilhante

Levanto a ela meus olhos em pranto

Suspiro...és também a mais distante!



Assim na  solidão amo-te à distancia

E sonho, meu bem... ai como sonho!

Quando te procuro só encontro saudade

É o que me deixa com olhar tristonho.



E adoro-te tão apaixonadamente

Que ao fim da noite só tenho um desejo

Anjo de meus saudosos sonhos,

Trocaria minha vida por teu beijo!



Com o porvir da aurora, ao amanhecer

A manhã clara me lembra os olhos teus

Respiro os suaves aromas

Que emanam dos lábios seus.

Quando eu te vejo



 

Quando eu te vejo, reparo logo em teus olhos…

Olhar escuro sensual, profundo como tua alma.

Em seguida, teus dentes perfeitos num lindo sorriso,

O som do teu riso me envolve e me acalma.

 

Quanto eu te vejo, passo bem perto de ti…

O suficiente para sentir teu cheiro, e inspiro

O frescor do teu perfume inebriante,

Poderia ter esse perfume todo o ar que respiro…

 

E o jeito que tu caminhas triunfante

Revela teu porte de semideus,

Reparo em teu jeito de andar elegante.

 

Te ver é como ter uma visão do paraíso

És o mais belo dos sonhos meus,

E quando eu te vejo, perco o que me resta de juízo.


Adoração





Amo tua face pálida

Quando em sonho descansas

Amo teus lábios silenciosos

Tocando-me dos cabelos as tranças



Amo teu corpo inerte

Em sono profundo e demente.

No seio gélido nem um suspiro

E o coração que repousa inocente

                                 

Se soubesse a dor em meu peito

Agora dorme no amor dos anjos

Envolto no calor do leito.



Retrato de um amor que não deu fruto

Adoração! À luz fraca das velas

E do silêncio do luto.



A falta que tu fazes


Vê, meu amor que o tempo,

Ele passa e te rouba de mim,

Que tua ausência tem arrebentado

As cordas da minha lira,

Tudo em mim perece

Pela falta que tu fazes.

E vida já não tenho

Senão a que tenho em ti.

E morrer já não posso

A menos que seja por ti!



Ariel e Caliban



Um deles é o sopro de ar freso em perturbada mente,

O outro transforma em cinzas meu coração ardente

Um é o meu porto seguro, tranquilo e bondoso,

O outro é a inconstância de um mar revoltoso.

 

Como na Tempestade de Shakespeare, eles são

Assim tão diferentes, mas dividem meu coração

Meu espírito é consumido por uma dúvida vã

E meu coração dividido entre Ariel e Caliban! 

Vinho


Quando você se aproxima

com esse seu cheiro

inebriante de vinho

que me vicia

sem sequer haver provado

e vem me entorpecer,

me tentar com teu néctar

divino.





Esse néctar que é vermelho

como o sangue que por acaso

ainda corre em minhas veias

prova do pouco de vida que me resta

e a noite sombria não tirou.

então chega mais perto,insaciável

cheiro letal de vinho

tinto.





Cálice da morte,paixão fatal

mancha-me de vermelho...

mas este vermelho não é teu vinho

é meu próprio sangue!

não...não erga essa taça assim

o olhar insano,rindo da minha ferida,

duro golpe do

destino.

Desilusão


Se esta mágoa sem fim

é por tanto te amar,

tenho ainda mais odio de mim

por não saber te desprezar.



odeio os versos meus

por só cantarem teus primores

não sei te dizer adeus

embora me cause tantas dores.



tento me convencer

de que não te adoro mais

sinto logo o peito doer

sei que não sou capaz...



do amor que não vivi

só me resta saudade

derramei só por ti

cada gota de minha mocidade.



ando a chamar-te, amor

mas teu coração não escuta

o único remédio para esta dor

é um cálice de cicuta!

Despedida




I

Se um dia, de mim te lembrares,

Faz de conta que morri

E quando te entregares

Aos lábios de outra paixão

Lembra-te dos versos que escrevi

Que falavam desta emoção.





II

Pensa em mim como saudosa lembrança

Que tens do teu passado

Passado cheio de esperança,

De desejos vãos,

De um sonho renegado

Que morreu em minhas mãos!



 

III

Não passarei de lembrança vaga

Que em teu coração virou dor 

Até que um velho poema traga

Recordação para teus dias

E lembra-te do sonho de amor

Que no vazio tecias.

Soneto do querer



Por esse teu amor, anjo meu,

Quero viver e morrer,

Nessa entrega me perder,

Para me encontrar num abraço teu.

 

Neste teu corpo quente

Quero de paixão suspirar,

Ao teu lado dormir e acordar,

Viver assim eternamente…

 

Quero ainda que não haja despedida

Nem nesta, nem na outra vida,

Quero provar que te amo.

 

Depois de tanto querer,

O que não quero é te fazer sofrer

Pois em minhas noites é teu nome que chamo!

Beleza inatingível


Quem me dera que num verso meu

Pudesse transmitir toda tua beleza

Que trouxesse a luz do teu sorriso

Num gesto de gentileza.



Um verso apenas que coubesse

Todo esse meu amor por ti

Para que possa finalmente saber

Que cada palavra tua me faz sorrir



Mas é de uma beleza inatingível,

Tal verso tão célebre

Seria, de fato, impossível.



Pois toda poesia que se cantou

Não pode de maneira alguma

Ser mais bela do que quem a inspirou.

 

Tens no peito de mármore


Tens no peito de mármore

indiferente, cruel e gélido coração

que vive a me fazer prisioneira

e vibra enquanto morro de paixão!



Ando há muito sofrendo dessa saudade

tanto que à noite m'escapa um grito de dor

é por esse teu maldito coração

cego...não vê quem te tens tanto amor?!



só contigo em minhas noites fui ditosa

onde andas, meu bem? que só me resta saudade

amei-te muito e só recebi desprezo

por isso sofro tamanha infelicidade.



minha vida desfolhei nesse delírio,

gelou-se em teu coração meu último canto

como pequenas pétalas de amargura

eram meus versos pra'quele que amei tanto!









A mulher que ama



Como é bela uma mulher que ama!

Tem toda sorte quem pode colher

Nos campos primaveris, os amores

Que desabrocham num seio de mulher!

 

Uma mulher quando falar de amor

É a estrela mais brilhante dos céus,

Tem a voz mais bela que o som das harpas

De um coro de mil anjos de deus;

 

E é tão bonita uma mulher

Que carrega com honra este fado,

Preferia morrer de amor mil vezes

A nunca na vida ter amado!


Quadras para Ele II


Teus olhos são como dois sóis

são ainda mais brilhantes

teu olhos carinhosos, calmos e claros

que me arrancam suspiros delirantes.





teu peito carrega divinas volúpias

mais caloroso não há no mundo inteiro

e nem mais macio, suave de linho branco

quem dera toda noite fazê-lo meu travesseiro.





teus lábios são como a primavera

onde flores e aromas se abrem a mil

quando surge ali teu lindo sorriso

um belo presente de tua boca gentil.

Natimorto



Tenho pena dos meus poemas

Que morrem no primeiro verso

Eles contariam meus dilemas

Mas se perdem em outro universo

 

Eles morrem antes da criação

E se vão deste mundo

Quando eu perco a inspiração

Abandono o verso moribundo

 

Ai de mim! Que mal me roubou

O verso e a prosa?

Que minha vida sem poesia

É como espinhos sem rosa!

Foi então que o encontro


Foi então que o encontro

Subitamente virou desentendimento

Deixou na boca o gosto amargo

De tristeza e desalento.



E o que antes eram suspiros de deleite

Hoje são soluços de saudade,

Chegou ao fim nossa ilusão...

Despertamos para dura realidade.



“Não será sempre assim”, ele dissera,

Mas com a distância entre nós

Também, pudera!



Tudo acabou como dissabor

Só não acabou ainda

Oh não, o nosso amor!







Sentimental



Teu amor é para mim

Muito mais que uma ilusão

É algo que enche meu coração

De uma alegria sem fim.

 

É como viver num sonho

Onde se faz a melhor viagem,

É inspirar nessa tua doce imagem

Estes versos que componho.

Quando eu morrer


Quero que meu corpo arda em chama

como a paixão que ,em vida,ardeu em meu peito

quero ao menos uma lágrima daquele que me ama

e não façam do cemitério meu derradeiro leito.





Quero palavras de um amigo poeta,

que november rain possa soar

como alento para emoção mais discreta

e que maiores prantos se façam calar.





E o que sobrar (as cinzas)

que estas se espalhem

em meio as arvores mais lindas.





E para as coisas que não se escolhem,

que sejam sinceras e dignas

então chegarei as estrelas que me acolhem.

Eu sei



Eu sei, tudo que dissestes é verdade
Por mais que doa, e dói... Eu sei,
Era hora de encarar nossa dura realidade
Mas também é verdade tudo que te falei.

Tuas palavras continuam em minha mente
Passam como um filme na minha cabeça
E eu assistia a tudo passivamente...
Nada fará com que eu esqueça.

Aquilo doeu, e tua ausência ainda dói
É um vazio que nunca será preenchido,
A saudade lentamente me destrói,
Faz-me desejar nunca ter te conhecido!

Mas então não saberia o que sei agora
Que amar às vezes é deixar partir,
Tua maior prova de amor foi ir embora
Eu sei, amor... E tudo isso por causa de ti!

Aniversário



Queria te escrever os versos
Mais alegres para este dia
Sinto muito, mas não dá, 
Perdi as palavras, perdi a poesia.
Queria palavras apaixonadas
Queria versos profundos e belos
Deus sabe que tentei!
Mas assim não pude fazê-los
Perdi o estímulo para escrever
E só para não perder o hábito
Por mais tolo que seja
Escrevo-te um poema, em teu aniversário!
 

Quadras para Ele


Vem meu anjo,que eu te adoro

quero junto de ti sonhar meu amor,

descansa em meus braços

vivamos uma noite de puro fervor!





quero pela primeira vez te olhar nos olhos

e ao te abraçar sentir palpitar teu coração

quero beber o néctar do amor em teus lábios,

tremer e suspirara de paixão.





meu amor é meu martírio,meu bem

amo tua face teu sorriso

sinto meu coração preso em culpa

mas apesar de tudo eu te preciso.

Aos ombros Dele



Nunca me canso de olhar admirada
As curvas tênues dos ombros dele,
O tom claro da sua pele,
Visão que me deixa hipnotizada 

É então que os desejos me consomem
Quando ele despe a camisa, e com o peito desnudo
Sou capaz de entregar-me em tudo
Aos músculos fortes dos ombros desse homem.

E o desejo tanto  que quase não resisto
À tentação de beijar essa fina película
Seguir com os lábios a linha da clavícula
Até o esterno, onde repousa uma medalha do cristo!

Soneto dos olhos dele


São de um verde tão puro teus olhos

que quando os fito não há verso nem prosa

para descrever o brilho desse teu olhar

pairando sobre minha face cor-de-rosa.



Olhos tão lindos, tão castos estes que tens

olhos tão verde d'esmeralda

cor da esperança! Dizem uns,

mas eu vejo a cor da minha vida malfadada



És o dono dos olhos mais belos

que já baixaram à terra

assim contenta-me apenas vê-los



Tão belos! mas tão distantes de mim...

forma divina, de encanto tão cheia

vê se não me castiga assim!



Abandono



A sensação é de ter acordado de um longo sono

O corpo todo dormente, alma dolorida,

Os olhos inchados... Marcas do abandono

Na boca ainda o forte sabor da despedida!


Levanto trôpega e tateio ao meu redor

Tento em vão me acostumar com tua ausência,

Com a ideia de que poderia ser pior,

E com o fato de que estou à beira da demência.


Talvez tudo isso tenha sido um sonho confuso

Daqueles que se acorda pedindo socorro

Com um sentimento impreciso e obtuso.


Mas o sonho acabou, e minha vida foi-se também

Junto com nosso sonho antigo eu morro

Levando esse amor, desta vida para além.


Quando ao pensar sozinha




Quando ao pensar, sozinha...

uma lágrima a face me inunda

é a falta que me fazes, alma minha,

é ver minha vida desgraçada e moribunda.





Quando ao pensar, sozinha...

um suspiro o peito me treme

é que longe de mim teu Amor caminha

é que meu coração apenas chora e geme.





Quando ao pensar, sozinha...

nenhuma esperança nos olhos vive

é a lembrança dos amores que nunca tive.





Anjo, se trago este olhar perdido,

esta tristeza sem sentido

é que nosso Amor nunca passou de ilusão.

Confisão


A poetisa:

- Vejo sentado na relva: pobre mancebo

O sol poente ilumina seu cabelo

Que fazes aí moço tão belo?

E tão triste... Mal de amor, percebo.



 

O rapaz:

- Adivinhaste de que sofro, ó poeta

Por acaso já sentiste o mesmo?

Amar perdidamente e a esmo,

No pensamento, sem emoção concreta?



 

A poetisa:

- Se o sei! Isto mais que ninguém!

Amando não se evita dor

Porém amor é mais amor

Quando o outro te quer bem.



 

O rapaz:

- Lembro-me do pedaço de paraíso

Que é a minha amada

Da estrela pequena e pálida

Que brilha em seu sorriso.



 

A poetisa:

- Andas louco de amor por ela

Diga lá, essa doce ilusão

Que te faz suspirar de paixão,

Tua amada... É bela?



 

O rapaz:

- Se é bela?! Ela é a própria beleza

Nela mesma, é a doçura, o encanto,

É a visão do céu vestida de branco

É o brilho da lua em toda sua pureza



 

A poetisa:

- Deixe-me saber afinal

Quem é a moça angelical

Que aparece em corpo nu...



 

O rapaz:

- Minha poetisa, farei uma confissão:

 A dona do meu coração,

A donzela que eu adoro... és tú!



Eu te tenho


Eu conheço teus segredos

Enxergo o mais íntimo de ti

Tuas histórias eu já li

Sei todos os teus medos

 

Pensas que te conheço pouco?

Eu vejo teu coração partido

Sei qual teu livro preferido

Sei mil formas de te deixar louco

 

Eu decifro tuas poesias…

Agora que conheço teu passado

Posso ver teu outro lado,

Eu te tenho… E tu nem sabias.

Às vezes me aborrece falar de amor






Às vezes me aborrece falar de amor

O problema é que eu amo

Demasiado e inconsequentemente,

Tanto que mesmo magoada

Posso cantá-lo alegre a toda gente.





Falar de amor não é um desejo meu

É simplesmente

Minha maneira de encontrá-lo.

Quanto menos amor tenho eu,

Vê que tolice... Mais dele falo!



Não é um mero capricho

Nem ser poeta minha vaidade,

Tampouco ser lembrada é minha ambição

Falar de amor, isso faz qualquer um.

Mas não o fará com tanta emoção.



Falar de amor é o que tenho

Única coisa que sei fazer

Poderia fazê-lo a noite inteira...

Sina que minh’alma recebeu

Este é meu martírio:

Falar de um amor que nunca foi meu!





http://amordopoeta.blogspot.com.br











Um minuto



Hoje durante um minuto olhei para ele,
Fazia tanto tempo que não o via...
Muito tempo, não encontrava aqueles olhos
Relembrei o jeito que ele falava e sorria

Lembrei-me quando ele passava por mim de manhã
E me mandava aquele sorriso sempre educado
Então depois levava ao chão o olhar tímido
Toda vez que passava ao meu lado.

E nunca escrevi para ele, que pecado!
Mas sempre que ele passava
Eu me perguntava se ele percebia
Que o meu coração frágil disparava.

E hoje, durante um minuto olhei para ele
De um jeito quase obsessivo, mas ele não percebeu
Sua boca se contorcia num sorriso divertido
Eu vi o seu sorriso, mas ele não viu o meu.

Tua voz



Tua voz envolve meu corpo com um abraço

E quase posso sentir tua respiração quente

Falando ao meu ouvido, tua boca bem rente,

É impossível sair deste laço…

 

Tua voz pronuncia o nome meu

Saboreando cada sílaba… bem devagar

É como se ela estivesse a proclamar

Algo que sempre foi teu…

 

Tua voz rompe o silêncio da minha mente

E logo me vejo enlouquecida,

Por tua voz confortada e aquecida,

Não me esqueço dela por mais que eu tente.

Os versos que te beijam



Eis o que mais me entristece: 
Amo-te tanto e nunca te beijei!
Ainda guardo em meus lábios 
Todos os beijos que não te dei

Por isso ainda te mando versos
Como quem manda beijos
Para que eles te alcancem suaves
E deixem claros meus desejos

Minhas palavras viajam muito
Só para beijar-te a boca
Este é meu único intuito.

São palavras sem muita importância,
Mas aceita estes versos meus
Que te beijam à distância!

Teu nome






Teu nome é para mim como uma prece

Chamo-o com uma adoração louca

Quando digo, sinto o que me parece

Uma carícia ao sair da minha boca



Posto que tu és como Deus

Teu nome não se fala em vão

Apenas sussurrado entre os lábios teus,

Um segredo guardado em meu coração.



À noite um suspiro tremulou no peito meu

Quando o disse em meu sonho – isto só eu sei.

Não me olhes assim... que culpa tenho eu?

Culpado é quem te deu esse nome de rei!



Teu nome que já foi meu mantra sagrado,

Mantive-o em segredo por amor

É o sinônimo de um sonho despedaçado...

Hoje só de ouvi-lo sinto uma pontada de dor!




Infinito



"Alguns infinitos são maiores que outros". (Green)


Se teu olhar é suficiente para me deixar extasiada,
Vem amor, não façamos promessa alguma
Olhe bem fundo nos meus olhos... não diga nada
Deixe apenas eu unir minha boca a tua.

Os infinitos são sempre tão ambiciosos...
Não caia nessa tentação, nessa vaidade,
Só me ofereça esses lábios fervorosos,
Que um beijo apaixonado dura uma eternidade!

Façamos do hoje, o nosso sempre, querido
E ao menos por hoje eu posso te amar,
Desestruturando o conceito do infinito
Posso ser tua pelo instante que isso durar...



O primeiro encontro




Se meus olhos cegos de paixão

Encontrarem com os teus

Nesse dia... Ai meu deus!

O que eles dirão?



Quando eu finalmente encontrar

Teus olhos verdes-claros

De beleza e brilho raros

Ficarei pálida como o luar.



No acelerar do coração

Quando as mãos se unirem

E se as palavras sumirem?

O que faremos então?



No calor da tua tez

Deslizo os dedos vacilantes

Até teus lábios delirantes

Suspirarem de languidez!



Da palavra já esquecida

Ficará claro o desejo...

Dar-te-ei só um beijo,

O melhor de tua vida!

O céu


Me perco em devaneios

enquanto isso o céu noturno

cintila docemente de um jeito

que vejo minha alma nesse escuro



E novamente me vêm os pensamentos

que mistérios cercam minha mente e o céu sobre mim?

ele que brilha inocentemente

mas envolto em segredos sem fim



pergunto às estrelas se me entendem

mas elas não respondem

Ou será se nada sentem?



seria esse teu mistério constante...

seriam os mistérios do céu

tão profundos quanto os da minha mente?

O pássaro


costumava ouvir cantar um pássaro

de melodia que embora dolorosa,

pousava triunfante em meu papel.

mas lhe arrancaram uma fibra nervosa

agora já de voz rouca

não mais em minha boca

vem derramar seu mel.



voz cansada, canção fraca...adoeceu talvez

eu o vi padecer dia após dia

até que de minha folha voou

hoje raramente me lembro de sua melodia.

o que aconteceu, amigo?

o que houve contigo?

acaso a fonte onde bebias secou?

Foi só por ti


Foi só por ti que derramei

Lágrima quente em noite fria

Mágoa em forma de versos, sofri tanto

Por um amor que só eu sentia.





 Jogaste o tempo todo com meu coração

Tal e qual a tua vontade

E é porque o amor não prende

Que te deixo ir e abraço a saudade



 

Mas saiba... Foi por ti apenas

Que amorosa lira eu escrevia,

Tudo por tuas carícias pequenas.



 

Então vai... Não há mais volta

Não te prenderei como queria

Em vez disso meu amor te solta!



Paixão condenada


Anjo,a paixão que tenho por ti

bate-me o peito e sem permissão

invade,castiga meu coração

e apenas pureza em tu'alma senti.





Então perdoa esse sentimento

meu,devasso e insensato...meu bem,

minha desgraça amigo,vai além

tenho que suportar meu sofrimento.





Mas se acaso nossos olhos um dia

encontrarem-se,lembre-se (imploro)

reconheça os olhos que nunca via.





Luta contra esse tempo que corre,

me diga "Prazer em vê-la,adeus"

paixão que bate,entra,mata,morre.

Poema instantêneo



Um poema

Num instante

Que dura um olhar

Uma boca

Hesitante

Que anseia por beijar

Uma aflição

Constante

De amar ou não amar!

Nos braços Dele




É nos braços dele

Que a pele vira fogo

A respiração fica ofegante

E o coração perde o compasso.

É nos braços dele que a boca

Nos seus beijos se torna fruto

Na sua pele se torna flor

E os afetos são mais doces.

É nos braços dele

Que as estrelas são mais belas

Os aromas mais suaves

E o inverno é mais quente.

É nos braços dele que recito

Os versos mais amorosos

Só para vê-lo sorrir

E suspirar lendo Byron.

É nos braços dele que meu amor faz morada.



A louca



Desde o dia que te vi partir
Ando feito louca na rua
Vivo quase sem existir
E tudo isso é culpa tua!

Enlouqueci ainda na flor da idade
Sei que não foi tua intenção me magoar
Mas me diz como manter a sanidade 
Se não posso mais te amar?

Ando com a alma atormentada
E ainda escuto tua voz na minha cabeça
Não me deixes aqui abandonada
Se não queres que eu enlouqueça

Passo o dia encolhida pelos cantos
E ouço dizer: “pobrezinha, enlouqueceu!”
Quando os outros me veem aos prantos
Entre soluços a chamar o nome teu

Lagrimas inundam os olhos meus
Quando sozinha na escuridão
Lembro-me do teu último “adeus”
Aquele que me fez perder a razão!

Não importa



Não importa quanto tempo leve
Quantas vidas eu tenha que viver
De quantos sonhos tenha que abrir mão...
Faria o que fosse preciso fazer

Não importa quantos versos eu escreva
Nunca bastaria pra te falar do meu amor.
Mesmo se eu sofrer, mesmo se chorar,
Pra estar contigo, farei o que preciso for.

Saiba que também a distância não importa
No meu pensamento posso te alcançar
E toda vez que estiveres triste,
Terás meu abraço pra te acalmar!

Eu te amo






Ouso chamar teu nome com carinho

E pronuncio baixinho

Eu te amo! 



A noite é testemunha silenciosa

De minha confissão medrosa

Eu te amo!



Sonhando em tocar teu coração

Sussurro como uma oração

Eu te amo!



São três palavras proibidas

Que mudariam nossas vidas

Eu te amo!



Sei que o mesmo não deves sentir

Por favor, perdoe-me por repetir

Eu te amo!



Imagino se nesse instante

Respondes-me com um distante

Eu te amo.



Quadras para Ele IV


Meu amado tem o sorriso casto

e a face de neve que só toquei em sonho

ele é o anjo que veio e foi embora

deixando-me aqui com olhar tristonho.



ah! e tantas vezes pensei em roubar-lhe um beijo

mas não ousei sequer tomar-lhe pela mão

pude apenas ao vê-lo tremer enamorada

e admirá-lo suspirando de paixão.



Anjo, foste meu desejo mais divino

todo este amor cândido e puro que te votei

chegou ao fim...minha insana ilusão!

agora sofro por que tanto te amei...



Meu coração



Meu coração é como um quarto abafado
Onde há muito tempo ninguém entra
O mesmo velho perfume impregnado
Onde a dor sempre se concentra 

Mas de repente alguém abre uma janela
Deixa a brisa fresca renovar o ar
Deixa entrar a luz de uma manhã bela
Então pude novamente respirar

Alguém que trouxe de volta a esperança
Levou embora o a triste lembrança
Esse alguém talvez seja Ele...

Alguém que trouxe de volta a poesia
E me mostrou como aproveitar o dia 
Esse alguém só pode ser Ele!


Quadras para Ele III


Nos teu lábios, ó meu amor

floresce mais casta e apaixonada flor

um perfume inebriante de pétalas de rosa

quem me dera a ventura de tua boca formosa!



se teus lábios riem dessa minha paixão

acho-os assim mais belos...que devoção!

e quando muita vez tristes me parecem

repousa-os então em meus cabelos que tudo esquecem.



trago na fronte quente um único desejo,

minha face pálida anseia por teu beijo

mas não deixes esses lábios teus

um dia me dizerem o eterno adeus.



por teus lábios, amor, esses versos componho

ó lábios tão puros de meu sonho

lábios sedentos de beijos ardentes

deixa que neles eu derrame suspiros dementes...















Minha crença



“Eu sou teu deus”, ele me disse certa vez,
Com um ar mais arrogante que bendito
E a verdade é que eu o adoro,
Ele é meu deus e é o único no qual acredito.

E foi assim que passei a crer nesse deus
Forte e onipotente, cálido e sensual,
Rogo-lhe para levar-me ao paraíso
Divino com gosto de pecado original

Sagrada seja a luz daqueles olhos!
Ele é meu maior pecado, e única salvação
Minha perdição é em seus beijos e abraços
E amá-lo tanto é minha vocação. 

Obituário




Causa da morte: Melancolia profunda

Devido a um grave trauma de amor

Congelando todo sangue que o coração inunda

Levando embora tudo, exceto a dor!



Assim quero escrito em meu papel de morte:

Que por amor fui tirada da vida

Até me foi negada a sorte

De um beijo de despedida.



Preparem os documentos de antemão

Pois faz tempo que só o corpo me restou

Primeiro foi-se a calma, o riso e então,

Por fim a alma me abandonou...



Quando te vi, tive como certeza,

Desde aquele dia enlouqueci

E não pude mais enxergar com clareza...

Data da morte: dia em que te conheci !

Querer e precisar



O que quero e o que preciso 
Quase nunca coincidem
Às vezes o coração fica indeciso
E duas vontades colidem

Preciso do que me faz bem, 
É assim que tudo acontece
Mas estou sempre a querer algo além 
Daquilo que a vida me oferece.




O ramo de flores


Lembras-te ainda aquele dia...

Em que tu trouxeste para mim

Um lindo ramo de crisântemos

Unidos por uma fita de cetim?



E eram tão coloridos e alegres...

Os cor-de-rosa eram teus lábios perfumados

Os brancos eram tua pele macia

E os amarelos, teus cabelos dourados.



Eu era leiga nos assuntos do coração

Tão jovem e apaixonada por ti

Aceitei-os de bom grado,

Naquele tempo não percebi



O quanto o ramo se parecia

Com aquele amor maldito

O buquê não passava de flores mortas

Todas juntas num arranjo bonito.

Persistência



Luto contra o tempo aliado à distância
Pois o tempo sem ti passa impiedoso
E para tornar tudo mais doloroso
Ainda há tua habitual inconstância

E porque teu amor me é essencial
Prefiro acreditar que tudo vai dar certo 
Que um dia vou te ter por perto
Luto porque te amo de um jeito visceral

Esta luta incansável simplesmente me assusta
Tuas palavras me deixam hesitante
E não acho a luta nem um pouco justa

Luto contra o risco iminente de te perder
Tenho medo de que me esqueças
Pois sei que nunca vou te esquecer.

Meu maior martírio



Meu maior martírio é não saber
Quando ou se tu voltarás um dia
É isso que enche minhas noites
De uma insuportável agonia

A angústia que castiga meu peito
É quando a noite chega, mas tu não.
É quando dá a nossa hora
E ela só traz frio e solidão

Perdoa, mas não consigo conter o choro.
As constelações, mal posso esperar para vê-las
Pois meu único consolo é ver
O brilho dos teus olhos na luz das estrelas
.

Lacrimosa




Se for pra ser assim, que seja o melhor pra ti,

Deve ser... Tu escolheste desse jeito

Quanto a mim? Morro em silêncio

Minha boca sufoca os gritos do meu peito.



Luto contra meu instinto natural

Não quero voltar a ver-te (a quem tento enganar?)

Mas se te vejo aqui na minha frente,

Exaure-se em mim toda a vontade de lutar!



As vozes da ópera cantam sobre algo trágico...

E nossa tragédia está aqui, querido:

Embebedar-se em doce ilusão,

Morrer de amor sem dele ter vivido!



Por quanto tempo viveremos assim?

Sempre que me aproximo, acabo ferida.

Mas aceitaria novamente outra chance

Nem que esta custasse minha própria vida! 

Tudo de mim


Para P.


Eu tento muito fingir que não me importo

E falho ao esconder o sentimento que só cresce…

Esqueço a loucura da paixão e me comporto,

Mas chega a ser ridículo, porque a paixão transparece.

 

Ignoro o fato de que tudo nele é perfeito

Mas fico pendurada em cada palavra que ele diz

Tento até fingir que não notei o delicioso jeito

Que o jeans se pendura nos seus quadris

 

Aquele olhar quente derrete meu coração…

Torço para que ele pare de me olhar assim

Que meu coração bobo não resiste a esta tentação

É com esse olhar que ele consegue tudo de mim!


Maio




Maio já se vai quase todo
Nada é como era no início do mês
Sinto o peito carregado
Por várias emoções de uma só vez

Muita coisa mudou, acho que até eu mudei.
Apesar de temer o futuro
Ainda sonho e sinto como sempre,
A esperança é meu lugar seguro

De repente uma tristeza sem explicação...
É forte o sabor da despedida
Seja lá isso bom ou ruim
Maio foi o mês que mudou minha vida!

Um sonho lindo


Tive certa vez um sonho lindo

Que dele não queria despertar

Estava junto de ti...foi mágico,

Tão real que quase pude te tocar.



E sonhando por entre a noite

Suspiros meus lábios vertem,

Oh raios de luz do sol

Por favor, não me despertem!



Foi tão bom contigo sonhar

Que para o sonho impossível

Quem me dera regressar!



Provar outra vez do que aconteceu

No sonho pálido e tangível

Em que, um dia, fostes meu.

Nos meus olhos



Todo vez que meus olhos encontram tua face
Num breve instante, a tua no meio da multidão,
Vem uma dor, não sei de onde, no meu encalce
E sinto um aperto forte no coração

Esse aperto eu conheço bem, é a saudade
De um romance rápido como um trovão
Que deixou só a vontade
De um amor que foi só minha ilusão

Nos meus olhos eu tento te falar
Aquilo que me falta coragem pra dizer
A paixão que não posso mais esconder

A vontade que eu tenho de te amar...
A dor nos meus olhos, qualquer um pode ver
Apenas tu não podes e me deixas assim a sofrer!

Olhar


'Mas nem negros nem azuis

são teus olhos meu amor...

seriam da cor da mágoa,

se a mágoa tivesse cor.” (Florbela Espanca)

Nos teus olhos não vejo mais carinho

Estão frios e me olham com desdém,

Parece que meu coração ama sozinho

E vive a esperar que ainda me queiras bem

E eu acordo do sonho dolorida,

Eu que te amei como a ninguém!

É o fim da esperança, fim da vida...

Fico a chorar o afeto que não vem

Onde está todo o amor que me prometeste?

Afinal era tudo paixão volátil?

As promessas de felicidade tão vazias...

Agora em ruínas, como o castelo que ergueste

Era feito de areia, matéria frágil...

Quando de esperança o peito me enchias

Não é você


Não é você, meu bem, sou eu...

É só meu o fardo de viver comigo

É muito triste dizer isso

Queria tanto amar, mas não consigo

Não é você... a culpa é toda minha

Você é leve, é livre, é inteiro

Eu que sou vazia, complicada, quebrada

Não mereço você como companheiro

Não posso dar-te mais do que tenho

E já não tenho quase nada em mim

Pouco me resta para oferecer

Só um amor escasso, quase no fim.

E você merece mais, alguém completo,

Alguém dono de si, de alma nua...

Não pertenço nem a mim mesma

Então, como poderei ser tua?


Ballerina



Ela é um anjo na ponta dos pés

Ela é um anjo, de asas fortes e elegantes,

Com movimentos belos e graciosos

Em cima do palco, ela tem olhos brilhantes.

Ela é um anjo que pode dançar

Tem o poder de encantar toda a gente

Com seus saltos e piruetas, está quase a voar

E nada nunca a fez tão contente!


Entrega



Para V.


No teu abraço forte e quente

Se dissipam todos os meus medos,

Minhas lágrimas se fazem segredo

Eu poderia viver assim eternamente...

Fora do teu laço, sou menina,

Que triste e desamparada, chora

As perdas e mágoas de outrora,

Mas nos teus braços minha dor termina.

E como encontrei teu abraço,

O melhor de toda minha vida!

Agora me vejo aqui rendida

Ao amor que achei no teu regaço


Longe de ti



Talvez tu precises de mim

E talvez eu fizesse bem pra tua vida

Quem sabe, seria só tua minha boca carmesim,

E eu seria a única pra curar tua ferida.

Me dói o coração estar longe de ti

E logo de ti, que eu amo tanto…

Queria que soubestes o carinho que sempre senti,

Estou muito longe, entretanto.

Há muito tempo sofro, meu amor,

Depois de tantos anos ainda não te encontrei

Mas ainda te amo com o mesmo fervor

E é por esse amorantigo que não posso abandonar

De ti, mesmo longe, eu sempre cuidei

Longe de ti...e nascida pra te amar.



Desconcerto



Tua ausência me desconcerta, de tal jeito

Que não sei se cabe mais vazio em mim,

Ando perdida, quase enlouquecida

Temendo que este seja o nosso fim.

Busco-te incessantemente, de um jeito insano

Mas o silêncio vem de todos os lados...

Mais um minuto sem ti e aqui estou

Pagando por todos os meus pecados

Já pensei em todas as formar de lidar

Com essa dor, que é saudade infinda

Mas essa agonia, só tua presença alivia...

Só o timbre confortante da tua voz linda

A saudade castiga como nunca fez antes

Neste momento, o silêncio grita

E tua falta, já me tirou quase tudo...

Só uma folha embranco espera pra ser escrita


A poesia



Nessas ruas desertas e melancólicas
Nas florestas iluminadas
Nas campinas bucólicas
Sim, eu vejo poesia.
E ela se estente
Poeticamente, pelos corações

Ridicularmente, para quem não a entende.
E o que seria, se não
Essa poética patética um presente
Da natureza para os homens
Para que preencham o vazio
De suas almas?

E a poesia vem da Alma
O poema é a poesia transcrita
O poeta é um abençoado
Não pela graça divina
Mas pela Poesia...
Sim, amigos poetas! cantemos!