leprechaun

(Des)Apego


"Não é assim tão linear!"
Patrícia

Pois não!
Agora que o tempo da partida se aproxima

é que se sente mais a dor da separação.
Conhecemos os dois amorzinhos
e elas conheceram-me para aprendermos
um bocadinho mais, só um bocadinho mais, a amar. 

O príncipe pedia ao Randolfo o seu apego pelas coisas
e transformava-as depois em balões leves e aéreos,
mas as minhas joias amorosas não são objetos,
são maravilhas vivas, tão intensamente queridas e preciosas!
E eu não queria perdê-las, porque gosto tanto de as ver! 

Elas é que não se vão importar nada que eu me vá,
porque têm milhares de admiradores
que as amam e namoram e galanteiam,
mas quando é que eu vou poder encontrar
dois outros seres tão lindos e perfeitos? 

Ah! O amorzinho de Aveiro é que tinha razão!
Se fosse "assim tão linear" desapegarmo-nos

da doçura dos afetos e sentimentos
como nos desfazemos dos simples objetos,
o meu amor por ambas não seria tão compulsivo. 

E, contudo, não é a árvore que nos agarra,
nós é que a abraçamos muito de força;
não é o mundo que nos aprisiona,
mas somos nós que nos agarramos desesperadamente a ele. 

Só que as duas amigas são uma plantinha muito especial,
e o seu perfume, a sua cor, a sua frescura, o seu encanto
infiltraram-se demasiado na minha alma
para poderem ser facilmente olvidados. 

E agora é tempo de crescer um pouco mais,
chegou a altura de aprender uma nova lição,
e por isso tenho de ir para longe, muito longe.
Mas contudo vou continuar perto, muito perto,
porque me abrigarei no berço da sua lembrança
para dormir um sono mágico de mil anos
e assombrar os seus sonhos mais ocultos,
a ouvi-las rir quando ainda lerem todas estas tolices
inconfessavelmente ternas que eu lhes escrevi! 

Ó doce apego,
Suave prisão do coração:
Sempre Amor até mais não! 

Sª Mª Feira, 27-03-1997

(De Novo) Maravilhosa


É claro que tu és muito maravilhosa
Como sempre foste e sempre serás
O único senão é descobrires
Como és maravilhosa
Só tens que desvendar a tua própria maravilha
E quando ela surgir pura e cristalina
Poderás ver então o meu Amor
Esse amor que se alimenta da tua maravilha

É claro que tu és maravilhosa
Agora mais que nunca
E depois mais ainda do que agora

Nem o mundo existiria
Sem a tua maravilha! 

Sª Mª Feira, 02-12-1986

(Fool) Ana (I)


Minha Senhora e Menina,
orixás da tua sina
te fadem toda a alegria,
tua Vida é só magia!

Que se tanto me enterneces,
o mais alto Amor mereces!

Famalicão, 30-10-2007

(Fool) Ana (III)


Olha que bom que seria
nós dois peixes a nadar
no mar fundo da alegria
do gosto tão bom de AMAR!

Famalicão, 06-11-2007

(Fool) Ana (II)


Ó minha Menina linda,
que me endoida mais ainda,
grato sou pela harmonia
dos sons que não conhecia.

E melhor nem poderia
assentar a um Gnomito
que esta amante melodia
é de um Amor Infinito!

(Pois só dezassete tens
e para ensinar-me vens!)

Famalicão, 31-10-2007