Seção Cartas - Múltiplos Assuntos: O MEDIDOR DE REALEZA
O MEDIDOR DE REALEZA
Residente numa cidade pouco apresentável em suas estruturas arquitetônicas, parecendo uma cidade esquecida pelas autoridades, com o encanto desnutrido de poucas árvores, na beleza de alguns pássaros que nem sempre cantam à sacada da casa. Era a única visão generalizada e preconceituosa, desde que cheguei. Onde foi difícil resgatar uma visão literalmente posivita, não era pobreza, nem casebres ali se encontravam, a vista se resumia em placas coloridas com nomes que revelavam criatividade excepcional, verdadeiros centros comerciais, aquela pitada de interior ao cair da vigésima quarta do dia, pois, o mais curioso desse paradoxo é, durante o dia aquele agito intenso, mas à noite nem o som estridente de um grilo se ouvia.
Estava eu, entre os livros, entre o desejo da leitura de uma obra que me cativasse e que viesse de encontro à minha necessidade de conhecer, explorar e mastigar informações. O clima ameno era o impulsionador para esse fomentar de minha alma, essa temperatura me fazia regressar ao passado, em minha adolescência. O tempo que eu respirava Skakespeare, suas peças, comédias e tragédias. Transparecia a sensação de estar numa cabine de vidro, que a todo tempo, a qualquer instante, poderia regressar ao passado.
Ah! Apenas aqueles momentos foram notáveis e impactantes, aparentemente simplórios, com a grandeza da humildade.
Peguei-me presa a esse ato de pensar, a procura de respostas em desvendar segredos, talvez segredos diferentes do que seriam as peças chaves para o que é ser realeza. Qual realeza alguém pode conjecturar como aceitável neste mundo tão capitalista e consumista? Pois suas raízes estão mais profundas a cada dia.
Neste repertório da história da realeza..., em minha infância, apaixonada pelos contos que minha mãe propagava, fazia-me ouvir sobre príncipes e princesas, sobre bruxas e anões. Em que, parte da prosa, familiarizava a vida real, era sobre a hsitória imperial, a Inglaterra. Não querendo desmerecer a cultura de país algum, nem mesmo a minha cultura.
Pelo simples fato de ver que tudo isso era em partes realidade, que sonhar era importante, quem sonha têm objetivos, podendo alcançar a realeza.
Na antiguidadde, era constituído de realeza, aquelas nomarquias que objetivavam o interesse geral, segundo alegava o filósofo Aristóteles.
Eu vos convido a mergulhar num conceito mais intrapessoal. Vamos nos desprender daquele glamour e protocolos obrigatórios para ocupar o cargo restrito, passados de geração a geração, costume da realeza imperial.
Concepção essa, de valores morais e éticos, valores que são deixados de lado nos pequenos detalhes, em simples escolhas, escolhas rotineiras, escolhas que sempre visam o eu, comum comportamento nos tempos atuais, onde a insegurança tem sido incitada constantemente por inúmeros fatores sociais, a credibilidade vai além o "fio do bigode", que contrato assinado nem sempre é cumprido.
Para resgatar valores de realeza, sempre existiu a necessidade de querer não ser mais um esperto, ou jeitinho brasileiro; pagasse o preço para ser leal aos verdadeiros valores, que serão os degraus para um caráter de realeza.
Onde a modernidade e o avanço da tecnologia, a corrupção desde sempre (desde os primeiros homens na terra já existira a corrupção camuflada) tem sido a escusa para esconder o que nunca deveria ter caído em desuso: a gentileza, a paciência, o respeito aos mais velhos, a honestidade, a privacidade, a liberdade (não libertinagem), a civilidade - frisando o amor incondicional, entre outros fins - uma lista incalculável. Nem ouro, nem prata, nem fama, nem riqueza pode assegurar...
Assim, quando o indivíduo for educado a "S-E-R" com todas as letras maiúsculas, não abrirá mão de sua dignidade por causa de suborno moral ou financeiro.
Mediante essa premissa, resume-se ser sinônimo de realeza..., é um mistério que surge de dentro para fora, a riqueza começa introspectivamente.
Lembre-se, nem todo rico monetariamente está vivo moralmente e espiritualmente, ou vice-versa.
Meçamos essa realeza visando o princípio divino:
...tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai, (Filipenses 4.8).
A consciência avisa, a consciência fala. Há tempo para recomeçar e mudar o sentido da vida, aprender a se perdoar, restituir os lesados, portanto, os frutos (as atitudes) falam mais que mil palavras.
Sejamos intrépidos para manifestar a verdade com a essência do amor.
Amor que aprenderemos exclusivamente com Deus, quando abrimos o coração.
Esquecemo-nos de saciar o nosso eu!
Autoria: Michele Stringhini
Texto extraído do livro da autora Michele Stringhini:
"Colecionando laços e notas musicais da alma.
Miscelânea poética e pluralidade de pensamentos".
(Seção cartas - Múltiplos Assuntos).
1ª edição, ano 2016.
Ao compartilhar o conteúdo da autora, citar a autoria e a fonte.
Plágio é crime!
(Sentimentos que dialogam) - O Amor e a Paixão
(Sentimentos que dialogam)
O Amor e a Paixão
Eis o paradoxo que alguns corações confundem,
pensando não confundir:
O que é o verdadeiro Amor?
O Amor vem de expressões?
O Amor vem de um olhar?
O Amor vem do encontro de lábios?
O Amor nutre corações comprometidos?
O Amor surge do bater secreto dos corações,
num simples cruzamento de olhares?
O Amor pode levar a fama de ser cego.
Acorde!
Muitos estão nas garras da Paixão.
A Paixão é a vilã dos tempos, a "inocente" do momento.
A Paixão joga o seu charme,
lançando sua culpa na pessoa do Amor.
O Amor é o único inculpável em toda essa trajetória
supostamente romântica.
Casos de Paixão.
O Amor ergue a sua bandeira da vitória,
Por mais que a Paixão o culpe.
"Paixão, menina tola, não leve a boa fama. Eu, Amor, sou sutil, manso e equilibrado"[1].
"Você é louca e atordoada, mata e faz loucuras em meu nome".
Eis o veredicto!
O Amor tem livre acesso, gritem em toda parte:
"Inocente!".
"Paixão, o seu próprio nome a julga: Condenada!".
"Seu veneno tem contaminado multidões, sua sentença é eterna!".
[1] O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta .(1 Coríntios 13.4,7 - ACF). Disponível em: . Acesso em: 2016.
Poesia extraída do livro da autora Michele Stringhini:
Colecionando laços e notas musicais da alma.
Miscelânea poética e pluralidade de pensamentos.
1ª edição, 2016.
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Plágio é crime!