Rabs

A vida é como um jogo de xadrez


A vida é como um jogo de xadrez, você tem todas as peças no inicio de um jogo, mas você não pode tirar os olhos dele, tem que estar sempre atento. Você tem que pensar muito bem antes de fazer a sua jogada, analisar, ver as conseqüências que esta jogada vai causar por que você sabe que após feita tal jogada ela não poderá ser desfeita. Um movimento sem pensar e lá se vai uma peça sua. As vezes é preciso sacrificar uma peça para que você execute sua jogada. Cada movimento é decisivo e seu oponente é inteligente e quer te derrotar de qualquer forma. Você deve ser mais esperto que ele, pensar bem nas jogadas, parar, analisar, reanalisar e jogar. Não se importe com o tempo neste jogo, desde que você perca o seu tempo raciocinando. Às vezes você se sente pressionado por seu oponente, ele só ataca e você só defende, as vezes a defesa é a melhor estratégia, mas não se vence uma guerra se defendendo apenas. Casualmente seu oponente irá abrir uma brecha em sua ofensiva e deixará sua defesa nua, é uma questão de percepção, estar sempre atento a qualquer movimento. Pode se encontrar sem peças e dizer que o jogo está perdido, mas o jogo nunca acaba até o rei cair, portanto nuca desista, por mais que amarrados seus pés e suas mãos pareçam estar, seu oponente ainda pode vacilar. Eventualmente pode se sentir afobado para fazer tal jogada e ficar cego para o restante do jogo, um jogador desesperado para ganhar jamais ganhará, é preciso muita calma e atenção. Quando menos se espera surge um xeque e você perde o chão sobre teus pés, é hora de por em pratica a calmaria e raciocinar uma solução. A rainha é a peça mais importante do jogo pelo seu poder. Ela irá proteger o rei e irá atacar, os dois juntos são perfeitos, portanto, proteja sua rainha sempre. Caso você a perca o jogo continua, mas não tem a mesma graça, no entanto você ainda pode chegar com seu peão até o topo do tabuleiro, seguindo um longo caminho, mas no final, pode se transformar numa nova rainha. Eis que não será a mesma coisa, esta permanecerá pouco tempo, certamente, por tua vitória ou por tua derrota. Cada movimento é decisivo, ganha-se peças, perde-se peças, no entanto, estranhamente, quem está de fora do jogo vê muito mais jogadas do que o próprio jogador, seria bom ouvi-los quando tiver oportunidade. Enfim é anunciado "xeque-mate" e quem o anunciou? Sua vitória depende apenas de você. A única diferença entre a vida real e um jogo de xadrez é que no xadrez você pode jogar novamente, na vida não. A vida é feita de vários jogos interligados a um só jogo, que chamamos de "jogo da vida", cada jogo destes nos ensina algo, cabe a você aprender a jogar ou não, alguns jogos se repetem, mas são raras as oportunidades de jogar novamente o mesmo jogo, se as tiver, não desperdi-se-as. Não é tão difícil aprender a jogar, basta pensar bem antes de efetuar a jogada, olhar tudo ao seu redor, estar sempre atento e jogar. Quanto mais se joga, mais se aprende, e quando você já estiver bom no jogo, ensine-o para outros, eles precisam de você e de você deles, nunca os subestime, pois até mesmo um principiante, mesmo que inconsciente, pode te ensinar muita coisa.

Agonia confusa


Ser sempre pálido ao alvorecer, alvo, sempre calmo enquanto o sangue escorre. Lágrimas caem sem eu querer, a dor é tão forte que não se importa ver, crer, crescer, andar. Minhas pernas não mais caminham contra o vento, pois estáticas se tornaram após a grande tempestade, que mesmo sem eu entender qual grande foi esta tempestade, assim me encontro caído, abatido, abalado, enciumado por algo que não existe, isso tudo eu apenas criei, agora me diz como desfazer? Somente vejo a sombra de minha cabeça baixa, meu sorriso não mais se encaixa nesta mera solidão. Foi tudo eu quem criou. Foi tudo eu quem criou. Foi tudo eu quem criei as aves que cantam e me cercam a cada manhã e que me tiram um aperto qual sem jeito me leva fingir. Como rosas me via a esperar que chegasse a luz, a luz que aos céus as conduz. Em vão tentei, me esqueci que caminhar não posso mais, no entanto, um pranto rolava interno, paterno, onde está o Pai? Sinto-me confuso e atraído, sinto-me desvalorizado e traído, mas porque ainda resta algo bom que me faça lembrar dos tempos bons que eu vivia a te amar? Não quero magoar mais ninguém, férias de mim mesmo já tirei, seria bela a manhã serena do fim de tudo isso que eu criei, pois foi eu quem criei, foi eu quem criou...
mas tudo vai se findar.

As Vezes


As vezes me pego a escrever coisas que não fazem sentido... apenas escrevo
Escrevo por não ter palavras pra descrever o que sinto, por que sinto
As vezes me pego abatido, enciumado, cabisbaixo e distraído
E nem ao menos sei o motivo pelo qual assim me sinto
As vezes disfarço o sorriso entre as lágrimas contidas
Sem saber por que as contenho
As vezes me ponho em máscara e faço outros sorrirem
Como se aquilo acalmasse minha dor... ou fingisse acalmar
As vezes eu encontro impurezas que se alojam em mim
Sem saber como tirar, as deixo quietas, até descobrir-se
As vezes me engasgo com meu espasmo e minha fúria
Me surpreendo com minha força inexistente
As vezes o mundo parece não girar, o tempo não passar
Por que meus erros eu tenho que descobrir sozinho?
As vezes tudo se conspira contra mim, e eu caio
Mas sempre dou um jeitinho de levantar
As vezes me machuco sem saber onde me cortei
E quem me cortou geralmente também não sabe que o fez
As vezes meu silêncio me atordoa
Essa falta de ter com quem conversar... esse penar...
...
As vezes eu falho... aliás, sempre falho, mas isso é bom
Toda falha vem com sua lição, aprendo
As vezes me deito sozinho e me passo a mão no cabelo
Como não notar a solidão!?!
As vezes me sinto carente, olhos acoados...
Existe sentimento demais reprimido aqui dentro
As vezes eu sonho, mas sonhar, no meu caso faz mal
Tenho sonhos pequenos, porém não vejo suas concretizações
As vezes tenho amigos, mas não os vejo, jamais
Ao menos a certeza de que alguém me ama
As vezes falo demais...
As vezes eu sorrio...

Atos Atados


Ejetava-se só e inseria-se desnecessariamente
Sê perfeito,lhe diziam e lhe anseavam
Mas viu que nada é real quando visto de perto
Não existe cor praqueles que não tentam
Não se arrependa do que fez
Pois o amanhã é incerto e seu arrependimento seria eterno
Eterno...
É certo viver de passado enquanto cada dia é um novo dia?
É certo se magoar todo dia por um simples querer?
É certo arriscar nas palavras doces mas que sugam sua alma?
É justo perder sua vida novamente enquanto cada dia se renova?
Cada dia o dia passa e você nem vê
Você simplesmente regorgita cada conselho
Sabe o que deve fazer e não faz
Quanto tempo mais você vai aguentar?
Quanto tempo mais esperam você respirar novamente?
Quanto tempo faz que você não se ama?
Quantas perguntas que levam a mesma resposta
E só você não vê...
Toda ação é feita é um ato, cada ato é consequencia
E você não se move, sem atitude
Covarde, se entregando tão facilmente!
Covarde...
Quanto tempo você ainda tem?
A vida é curta e você finge não se importar
Mas na verdade você quer viver mais que todos
Porque? Por que até hoje você ainda não viveu
E não vive
E viverá?

Bom rapaz


E naquela falta de uma conversa inteligente, um papo surpreendentemente relativo
Cativo, capaz...
Rapaz tão moço, tão sóbreo, tão sorridente
Feliz se faz mostrar o dente, seja um ou seja todos
Mesmo que sua vida seja simplesmente preto e branco
Manco, santo, franco, as vezes se mostra frágil
Mas ao certo se faz justo por não ver
E crer simplesmente que não sente
Se sente apenas quando se toma do errado um entusiasmo
As vezes fica pasmo sem saber como jogar
Se joga! As vezes é melhor se jogar
E ele se joga, sempre se joga
Bom rapaz