Tchoroco Záfenat

Eternizar


Quero parar o tempo,
No momento que te ver sorrir
Para eternizar esse sorriso limpo
De quem o faz sem o fingir

É pra te ver vislumbrar,
Repleta de amor e paz,
Eu este jovem rapaz,
Quero o teu tempo parar.

Na hora de uma lágrima cair
Para enxugar o teu rosto
Antes da dor persistir
Aumentando o teu pranto

Ah!como quero em teu sonho gostoso
O tempo também fazer parar
Para que viva o caloroso,
Cada momento desfrutar.

O tempo quero também parar
No momento que me beijar
Pois se o mundo acabar
Este instante no tempo quero deixar.
Tchoroco Záfenat
22/08/07- Campina Grande-PB

Me queres


Se me queres,
Como queres?
É de querer como me queres?
Ou me queres só por querer?

Me queres a sorrir,
Feliz tu me queres,
Amando tu me queres
Sou amado por querer-me.

Do contrário,
Sofreria por te querer
Meu bem querer.
Porém,
Sei que me queres
Pois,
É meu o teu querer
Te quero como me queres

No luar me queres
Entre o coberto me queres
Com beijos e carinhos
Me queres,me queres, me queres.


Na saúde me queres
Me queres na doença
Na vida me queres
Até que a morte nos separe
Tchoroco Záfenat

Companheiro de caminhada


Caminhei na rua

Caminhei na praça

E numa destas caminhadas

Tomei banho de chuva



Percebi então o teu estado

Doente,resfriado e encharcado.

Tossia como tuberculoso

Seu coro rachava e abria.



Boca aberta,língua de fora

Mal hálito exalando,

Não há mais condições

Meu pobre sapatinho!



Tchoroco Záfenat

Baia da Traição – PB 08/12/07

Re-lances


Teus olhos nos meus
Meus olhos nos teus
Uma loucura,
Uma sensação indescritível.
A corpo a tremer,
O coração a bater
O sangue a ferver nas veias
Os nervos a flor da pele.

Entre o teu e o meu olhar
Vejo o mundo passar
Os anjos a cantar
Canções infalíveis de amor
Vejo também estrelas coroando o céu
A noiva de prata e o astro rei a se beijar
E uma fonte energética cosmolar
A nos rodear.

Em re-lances,
Meu olhar em tua boca
Teu olhar em minha boca
Faz nascer-nos uma vontade louca
De beijar-nos na boca
Em seguida fazer cantar o “ roxinol “
Inspirado nesse beijar teu e meu.

Já o cosmo de nossos corpos
Em metamorfose uni nossos desejos.
E nas plumas celestiais
Nossos corpos entrelaçados
Sob as mais altas dimensões amorosas.

Pouco a pouco
Mão na mão
Aterrisamo-nos na terra
Beijinhos e palavras
Despedimos um do outro
Já na saudade e na espera,
De mais uma vez, ver-nos.

Tchoroco Záfenat

Quando finar-se


Quando eu me extinguir
Não quero choros de fim,pois.
Nessa hora prefiro aplausos,
Demostração de agrado a um vencedor,
Que venceu muitos desafios e obstáculos.

Quando por algum motivo,
O criador resolver separar-me
Em “dois” e plantar levando novamente
A terra, a carne, não quero gotículas salgadas
E cristalinas lamentáveis,mas sim,
Lágrimas de graças,por tudo que conseguir.

Quando o inicio chegar ao fim,
Por favor não lamente
É o fim se iniciando.
Então lá na reunião marcada pelo destino
Não quero choro,mas lacrimação de felicidade
É bem vindas, quero muitos sorrisos,
Elogios públicos,aperto de mãos,abraços,lindas canções
Se possível uma boa festa,pois não foi em vão,
A minha estada.

Quando a hora chegar de simplesmente
Na visão de cada um a carne sumir,
Então,sem dor estarei a esperar
Com muito amor, cada rosa
Cada flor que juntos ao lençol
De pó a pó irá me cobrindo
E não quero lamento,
Quero afeto de cada um,
Todos de mãos dadas,
Cantando e agradecendo a Deus por tudo.

Tchoroco Záfenat

Gás Irritante


Eita catinga desgraçada!
Esse além de podre ta morto e não sabe.
Vai danado, comece carne de urubu,
Ou repolho azedo do ano passado?
Nesse elevador só sai vivo se estiver com o nariz entupido
ou vier doutro planeta.
Esse é um gás infernal
Não é natural
Dar raiva, náusea, dor de cabeça e muito mais.
Tudo muito imoral
Tem gás com perfil.
O tímido é caladinho e perigoso
Na suspeita deixa uns mil
O escandaloso, grita, esperneia
Preocupado fica uns mil
E muitas vezes é cão que ladra mais não morde
Gás obscuro que vagueia pelo ar
Polui o ambiente
Penetra nas narinas
E nos deixa um pesar
De cheirar aquele gás que não saiu do meu sentar.


Tchoroco Záfenat

Tempo


Já não vejo mais como antes,
Agora as coisas tem menos nitidez e mais contrastes.
Minhas falas,
Enriqueceram,
Agora com os melhores verbos,
Conjugando da melhor forma,
Com adjetivo, pronomes, artigos e muito mais.

Quem diria,
Quem diria mesmo,
Que em um sorriso eu mostraria tudo isso na maior simplicidade,
Ao contrário do cabelo,
Chega diretamente sem pedi licença,
Se pinta de branco
E fica como um artista querendo se exibir,
E todos ao seu redor
Vê-lo de uma forma diferente dos últimos cinco janeiros.

Tchoroco Záfenat

No jardim uma flor (Para o dia das mulheres)


De um sorriso simples e inocente
O coração logo tã ta
Faz sofrer loucamente
Um homem sã.

Não tem desejo que resista
A um olhar tão puro e verdadeiro
E pergunta a cientista:
Será mesmo de um arqueiro?

Não existe flecha nem cupido
O que existe é uma flor
Que trás como destinado
O dom do amor.

É uma flor,Maria da penha, Raquel...
É uma rosa,Lourdes,Lityeska...
É ainda Fernanda, Ana e Isabel...
E também Núbia, Vanessa e Valeska...

Que faz valer-se do seu valor
De ser linda e charmosa como quer
No jardim do amor
Uma flor chamada mulher.

 Tchoroco Záfenat

As pazes


Que, quer isso camarada!?
Trato-lhe com tanto carinho, e você só sabe me deixar de cara lisa!
É a você que dou os créditos do rejuvenescimento temporário
E você me corta a cara!
Não, não é coisa que se faça
Estou de mal com você e não vou fazer as pazes.
Não faço, não faço e não faço!
Ah! É bem lembrado!
Éramos bons e grandes amigos, desde a minha adolescência,
Lembro que você me ajudou com a primeira namorada,
Aquele emprego e entre outras coisas que me ajudasse.
Com um novo visual, um visual rejuvenescedor.
Sei que os amigos me criticam com as minhas decisões polêmicas,
Dizem que sou radical, talvez estejam com a razão, não sei!
O tempo passa, e todos reparam que o laço que se quebrou entre nós
Só causou distúrbios em mim, a namorada fala, o patrão fala, os amigos falam
E até minha família fala,
O tempo que se passa e nada volta atrás,
Percebo que não há outro jeito
Tenho que reatar com você
Todos ficam felizes (os mesmos citados)!
A família, os amigos, o patrão e a namorada
Agradecem e dizem:-Até que fim,ele fez as pazes com o barbeador.

Tchoroco Záfenat

Entre tapas e beijos


I
Teus olhos batem nos meus
Imagino tê-la em meus braços
Caminhar até o paraíso
Me prender em teus laços
Unir com amor e carinhos
Os segredos e elos.
II
Tenho medo do futuro
Pode ser que não vivamos bem
Mas entre os momentos felizes
Pode ocorrer brigas também
Eu a tratando com desaforos
E ela me tratando com desdém.
III
Para o presente o futuro é sempre futuro
Para o futuro, o presente é sempre passado
Seu jeito de “criança inocente”
Me deixaram transtornados
O meu desejo é muito forte
Tudo, porque estou apaixonado.
IV
O namoro começou
O noivado logo veio
O casamento então chegou
Sem o mínimo de rodeio
Mais o ciúme nos levou
A um grande rodeio.
V
Onde em alguns momentos
Entre beijos e carinhos
Falava docemente
Bem pertinho dos meus ouvidos.
Espero nunca esquecer,
O sabor dos teus beijinhos.
VI
Em outros momentos
Totalmente diferentes
Era áspide de tal modo
Que sentia meu coração furado por alfinetes
E fiquei a perguntar
Por que não é paciente?
VII
Como resposta me veio a igualdade
Não sou, nem fui diferente
Tratei-a com carinhos
Com um amor que igual ninguém sente
Por está bela e magnífica mulher
Que invadiu a minha mente.
VIII
Também fui grosseiro,
Dizendo barbaridades
Chamei-a de cadela smilinguida
Mulher sem qualidades
Pensando apenas em si
E nas suas vaidades
IX
Para nada disso ela deu importância
E me encheu de beijinhos
Abrandou meu coração
E falou com sussurros e cheirinhos
“vamos hoje fazer amor
Com todos os gostos e carinhos”
X
Brigamos mais uma vez
E chegamos a separação
Foi duro e muito difícil
Suportar a solidão
De viver aqui sozinho
Longe daquela que me deu a mão.
XI
Certo tempo se passou
E daquela relação nasceu
O fruto do nosso amor
A coisa mais linda que Deus nos deu
Foi ai que percebi o valor
Do mais simples beijo que ela me deu.


XII
O perdão quem pediu fui eu
Para minha felicidade ela aceitou
Que bom é saber
Que ao normal tudo voltou
Eu, ela e nosso filho
Que do nosso amor ela gerou.

Tchoroco Záfenat

Meu filho


Quero apresentar “meu” filho.
É um dragão.
Pequeno dragão,
Habilidoso e bastante equilibrado,
Igual a uma balança
Com mil para cada lado.
Não é criança
(mesmo sendo)
Por falta de sete dias.
Mais é tímido e inteligente
Por causa da décima casa mensal.
Filho este que nasceu,
Do meu desejo incontrolável,
Da minha sede de amar.
Filho meu
Apenas meu e de mais ninguém,
Porque foi gerado
No meu coração
E educado pelo mesmo
Filho “meu” de “meu” pai,
De meu padrasto
E de mais alguém.
Filho “meu”
Com alguém que ainda vou conhecer.
Este mesmo é
Filho de minha mãe
E é filho daquela que a guardou
Em seu saco d’água
Durante nove meses,
É “meu” sangue
E não tem do meu sangue.
De mim herdou características e personalidades.
Apesar do parecer,
Não é filho nem parente de (Tiquim).
O filho é “meu”
Eu insisto em dizer:
Tenho dito e ...
O filho é “meu”.

Tchoroco Záfenat

La Basura



Lo que te sirvió en El pasado

Hoy no te sirve más,

Resto del pan, sobras del aguas

Por tú rechazado,

Empujado por una escoba,

Cosechado por una pala,

Jugados en mi mesa.



Lo que no te sirve,

Alimenta mi sudor,

Lo que no me sirve hace sudar,

Otro cuerpo en el polvo de mi escoba.

Mimote y el pan pongome

Pongote a la mesa,

En dia de grandeza.





El papel que a-masas,

La hidráulica que quiebras

La má(la)-quina sin función

Es meta-morfo-sis de tú basura

Transformándose en mi pan.

Del pan nuestro, de grano en grano,

De cada día mi sustento.



Oro por tú que hace basura,

Para agradecer el picnic.

Bella tarde de sol,

Sentome al solo y sirvome,

Manzana dañada, carne-sentida,

Nutrí á mi, á mi perro,

Y a la hormiga que mordí.



En la tuya mesa tienes abundancia,

Y en mi mesa falta abundancia,

Y de tanta falta, sólo me falta

Un infarte en la mía creatura,

Pues me falta vitamina,

Me falta higiene

En esta mía caminada durable.

Tchoroco Záfenat

12-13/04/2010

Entre Garfo e Faca


A barriga aperta
Eu tenho sede
Olhos no espelho e não tem pão

Vejo uma lágrima
Entre garfo e faca
Alimentando meu irmão

A barriga aperta
Eu tenho sede
Bebo um pouco dágua
Pra matar a minha fome

Não quero dormir no chão
por isso te peço um pão
Amigo tenho sede
por favor me dê um pão

Vou buscando forças
Em minhas fraquezas
E a alguém eu peço pão

Para saciar-nos
Uma grande sede
Minha e também de meu irmão.


Tchoroco Záfenat

Abstrato


Meus olhos brilham ao ouvir,

Meu coração lati aos cantos

Meus olhos brilham ao ouvir

Minha boca sempre te olhando.



Fico no tempo

Admirando os momentos,

Em que pego de repente,

Minha boca a te mirar.



Meus olhos escuta

O meu nariz falar,

Que meus ouvidos sentem,

Minha pele a te cheirar.



Meus sentidos sentem

Ciúmes um do outro

Quando estou do teu lado.



Pois é um te ouvindo,

Um a te sentir,

Um a te cheirar,

Um outro a te falar,

E a boca que não para de te olhar.



Nem pétalas ou cereja

Nem água fresca ou melodias

E nem mesmo ainda uma linda paisagem!

Fará meu coração abrandar o que sinto por te.



Só Deus compreende

Junto a Jesus

O que aqui no peito,

Nem a natureza traduz.



É forte demais para um homem,

Complicado de se entender,

E simples demais para “Deus”

Tamanha força deste abstrato

Que ele nos deu.

Tchoroco Záfenat

11/04/03- Campina Grande-PB

Entre o passado e o futuro


Os anos passam,

Devastando tudo

Estou à frente dos anos

Mas estou parado.



Nunca estive em primeiro

Jamais fui o derradeiro

Os anos chegam devagar

E permaneço neste lugar.



São navalhas,

Marcam minha pele,

São recordações

Que me repele.



Escrevem minhas vitórias

Relatam minhas derrotas,

Neles faço histórias

Implodindo-me de esperança



Com os anos fui inocentado,

Vitalício, juvenil,

Com os anos fui acusado,

Perdi La juventude não sou mais viril.


Tchoroco Záfenat

IGUALDADE






De gênero não é,

Mas é de barro,

É do sopro,

E é do pai.

Cada um com as suas
digitais.

Identidade é para todos.

É para todos. Uma profissão.

E todos com direito ao pão.

Cada um escolhe

Ideais e sonhos

Direitos e deveres

Versos e reversos

Nada importa quando há
importância

O que realmente importa

Nem tem importância

Mas todos se importam.

De gênero
não é,

Mas é de gosto ou desgosto,

É do bem querer ou não
querer,

E é do pai ou da mãe.

Cada um com as suas
digitais.

Brincadeira é para todos.

É para todos. Inocência e
saliência.

E todos com direito ao
perdão.

Cada um escolhe,

Ser e não ser,

Metal ou bolero,

Lua e sol.

Nada se diz quando há
importância

Nem o silêncio é o que
realmente importa

Ser igual é ser diferente

Isso sim é o que importa.

De gênero não é.

Cada um com as suas
digitais.

Cada um escolhe.

Nada realmente importa
quando nem há importância.





Tchoroco Záfenat

Floresta - Barra de São Miguel/PB 09/07/2013

AMIGO MEU


AMIGO MEU

 

01/08/2007

Campina Grande/PB

 

Ah! Amigo meu, amigo meu.

Quanto tempo não te vejo.

A distância separou você e eu.

Faz tempo que não te vejo.

 

Lembro do dia que você chegou,

Pequenino, recém nascido,

Mas que depressa pulou

Do recém aos 77, e era vivido.

 

Ah! amigo meu, amigo meu.

Não conto as vezes que briguei com você.

Você, educado, calado no canto que era seu.

Baixava e olhava miudinho como quem pedindo um perdão para você.

 

É amigo meu!

Meu sorriso e tua cauda,

Muitas e muitas coisas venceu,

Por isso é meu amigo, por isso amigo meu.

 

Quantas vezes em meu ombro deixastes tuas mágoas,

E as vezes que para você derramei minhas lágrimas,

Eram assim, nossas palavras.

Eram assim, nossas histórias.

 

Más à distância nos separou,

E como não bastasse, a morte te levou,

Nesse dia nossa história silenciou,

Lembranças e saudades é  tudo o que restou.   

http://tempuri.org/tempuri.html

IGUAL SEM SER


Quando um e outro

Quando o outro e um

 Respeita sem destacar diferença.

O apertar de mãos

Reconhecendo a força da suavidade

Não importando a contramão.

Não se discute diferença

Cada um sabe o que sabe

E faz sabendo o que fazer

Nesta profissão,

Gênero não é curricular.

Saliência cria raiz no coração adulto

A inocência tem dias contados pela saliência.

Como uma flor

Uma flor de nome rosa

Na raridade de uma orquídea

Com a simplicidade de uma margarida

E a harmonia de um girassol.

De igual como uma flor

De mesmo nome rosa

Mesma raridade e simplicidade

E harmoniosamente em conjunto.

É ser sem igual

É também igual sem ser

Não há melhor.

Melhor não há.

 

Tchoroco Záfenat

Campina Grande/PB 07/07/2013