teka barreto

meditar versus coceira


Meditação e coceiras


Já sabemos que podemos mudar o mundo
Não sabemos por onde começar
Quem sabe se eu e você olharmos para o mundo?
Então o que é afinal o mundo?
Uma bola no espaço a vagar?
Como eu e você cada qual em seu mundo?
Tendo do mundo vagas idéias
Impensados comunicados às pressas
Vagamos e enchemos
Pulsamos num tempo des com passado
Que musica estamos tocando?
Onde ouço a nota LA?
Eu, você e o outro, tocamos sem nos escutar.
Que faço para ouvir a vibração que harmoniza?
Que diapasão que nos alinhará?
Quem sabe... Onde vibra LA?
Meditar?
Me ditar me faz coçar
Coça cabeça, pé e nariz
Falta-me paciência e ciência
Ciência de mim, não é crença.
Ciente de mim, percebo melhor o mundo do outro
Consciência, me alinha o sentir
Posso melhor transitar pelos mundos
Perceber-me ao compartilhar minhas realidades
Tanta coisa faz coçar nossa mente
Consciência tumultuada
Clicamos freneticamente os likes compartilhados
Likes de nossas coceiras involuntárias
E dessa forma tudo se deforma
Sem que percebamos vivemos só
Numa ilha abandonada
Bloqueados aos acessos do meu e do teu mundo
Em plena era da comunicação
Vagamos cheios de nada
Postamos, papagaiamos
As frases dos que um dia pensaram
E pensar é em si
Meditar
E que coceira que dá
Se liga, se like mais, se perceba em SI
Tem outro mundo LÁ
Co-criador da sinfonia do a... b... Surdo
Eu, você e milhares de músicos insandescidos
Por falta de ouvir o som que vem de LÁ

Despejamos likes ao vento Virtual

Sem consistente virtude

Ouvimos um ponto a nos soprar as falas

Ponto com ponto bê érre

Érre...

Érre agora é o padrão, sem padrão

Pode sair da linha e curtir isso

Podes ver ouvir e

Alinhar ao meditar claramente

Chocar uma boa idéias!

Que floresça a consciência

Do bem que é pensar...

Por si mesmo!

Por conta própria!

Se curtiu a idéia? O coração vibrou LÁ


Namastê


teka barreto

Veja você



Veja você...

Sou o que você pensa e vibra

Sou um bem ou um mal
que revela a tua vida
projetada
como ilusão

Atente-se a isso

Se me odeias...
Sou TEU ódio

Se me amas...
Sou TEU amor

Se sou nada...
Sou TEU vazio interior

Apenas a TI revelo

Todo bem ou todo mal
Que há em ti

Nada
Mais
És

além de MIM!

Em mim começas...
Por fim
acabas

Sou teu abracadabra
que escancara
as portas
do teu GRANDE
NADA

SOU


Teka Barreto

Sem sombra de duvida



Sem sombra de duvida!


Sem sombra de duvida!

Certamente, isso explica

Mas, não há calma!

Nem mesmo, acalma!

O que sobra ao final?

Sem sombra de duvida,

Restos... Do que não foi!

Sobras sombrias, do que seria!

Sombras sem função nem razão!

Com toda certeza e...

Sem sombra de duvida!

Sobras do que será um dia, uno com a luz!

Resquícios não manifestos, do que poderá virar, ser!

Então, não há duvida?

Sem sombra de duvida, não!

Sim, certamente... É o fim!

Sim, começo de todas as Incertezas?

Sem sombra de duvida,

Houve luz!

Ah, compreendi!

Teka Barreto

Butantã... Versus Tantãs


Butantã... Versus Tantãs


Tem aquele que se esmera

Na pronuncia do Sarcasmo

Ao destilar só... EscaRNIO

Inflamam maus sentimentos

Onde há boa intenção

Tem que haver um coração

Esta gente emana asco

Ao adentrar nos espaços

Sem esforço expele... O mal

Fala mansa, rebruscada

Cuspindo gotas... De esgoto

Disparos que são arrotos

Tal figura, faca não...

Nem bala certa, lhe fura

É calcanhar nas ideias

Girado embaixo do pé

O peixe morre pela boca

Camarão pela cabeça

É decepa-lo,

Em óleo quente fritado

Cabeças de merda, é o que restam,

Que nem servem prá ração

É intuição quem me diz

Desinfectar e incineração


Use lenço no Nariz

Durante o tal crematório

Os olhos irão arder

Até brotarem... As lagrimas

Puras como as tais, do tristonho crocodilo!!!

Gotas de um soro... Antiofídico

Contra o mau que evapora

Das cabeças peçonhentas

Estarás a Salvo!

A peste assim se extermina

Vai-se embora a era, ebola

E o mundo não vira latrina


Meu nome... ?

É Zé Gotinha !

Num mundo de tantos tantãs...

Prá que criar Butantãs?


Deixemos as cobras em PAZ !!!

teka barreto

COMA PROFUNDO



Oque é Pensar?

Umátomo pensa ou sabe?

Umarosa pensa ou sabe?

Umgato pensa ou sabe?

Ohomem pensa ou sabe?

Oque é saber?

Pararesponder, há que pensar ou saber?

Pararesponder, há que saber que se sabe?

Háque pensar e mover-se.

Criar ativa MENTE?

Senão sei, como é, lembrar?

Háque saber que não se lembra?

Masse me lembro, que não me lembro.

Sei que sei, mas não me lembro?

Emque pensar? O que lembrar?

Comopode alguém viver e... Se esquecer?

Quemdiz que vive é quem sabe?

Quempensa cria o quê?

Ecria... A partir do morto passado?

Háque criar o... Além?

Buscar aventuras...

Noabismo escuro do não se sabe o quê?

Oque é criar?

Lembrar-sedo já sabido e claro... Esclarecido?

Repensá-lo? Recria-lo? Reluzi-lo?

Claroque não.

Isso é lembrar.

Oque é lembrar?

Decerto não é criar.

Decerto é porta de acesso ao que se sabe.

Otal que sabe, foi criado?

Oquê o tal cria ou relembra, está findo... Acabado?

Pensaré cri ativar.

Oque se cria é logo passado.

Serádepois lembrado.

Enquantoa pensar, crio presenteMente.

Inacabadassão as semelhanças.

Passiveisde retoques...

Atéa morte.

Ideiaspairando sem pouso

Imagensfuturando... Consciente MENTE.

Imagenssem fins definidos, por mim.

Daquionde estou,

Observoque algo de mim exalou

Daquionde estou,

Observoem mim... Repouso.

Daquionde estou,

Aspiroo futuro de novo...

Eagora onde estou...

Penso em criar.

Quemsai do lugar?

Quemvai daqui para lá?

Imagens que traço como caminhos.

Semelhantesàs aventuras vívidas... Futuras,

Porvirem.

Estamosaqui e agora.

Viemosde onde?

Paraonde vamos?

Vamoscriando espaços sem que ensaiamos

Deonde estamos.

Apenasimaginamos e assemelhamos,

Pois, somos sim capazes.

Como DEUS !!!

Em coma profundo...

CRIAR SEM SABER,

QUE SE ESTÁ A CRIAR,

SEM PENSAR!

TekaBarreto

Paraíso, Nagasaki e Hiroshima


Paraíso, Nagasaki e Hiroshima

Pensamento original

e

Pensar mental

Ogivas

Sem

Proporção gerando caos

que não agrega

forçado

esforço

Desintegra

Pensar mental ao saber distingue

Quando não sabe, cria

o

Ponto original

Que chamamos inovação

Os que sabem o últra-velho não aceitam,

Rejeitam e riem

Do pensar novo... Incomparável

Neste mundo de mudança

Revela-se então...

A dança em plena evolução

Deixe estar que hora há de chegar pois,

Toda graça

Ao fim harmoniza

Desintegrando

A desgraçada maldição

Que é pensar velho, tradicional prisão

Que

Extingue ao final

Com razão

Devido à desproporção

Possessiva e

Inoportuna

É

Prudente quem avalia

Comparando o bem com o mal

Que nos guia a ação

Neste mundo material

Criado

a partir da luz

Pois, houve luz original!

Artefato do dinâmico movimento

Arte de fato único, gerando inovadas

ideias

Partículas dos fatos, Pensados originais

Recém-nascidos espontâneos

de

Fótons ideais

Quem não emite luz ao ter

Uma idéia

A pulsar... A vibrar

O quero bem

Desintegra-se

Pois o mal

Arquitetado

Explode

Em

SI

~~~~ (...e...) ~~~~

( )

(((BUM)))

(( ))

()

((((((((((((()))))))))))))

recomeçar

outra

vez

Teka Barreto

NÃO FAÇO IDEIA


Não faço ideia

Onde ela está

Segunda partiu

Pois não resistiu

A morte a espreitar

Não faço ideia

Pois, não levou nada

Nem roupas, nem mala

Nem corpo, nem um só riso!

Revelando o aqui jaz

Não faço ideia

O que é dela agora

Só sei que o que resta

São restos mortais

Não faço ideia

Apenas descrevo

Com pouco ou sem zelo

Momentos fatais...

Factuais

Não faço ideia

Não faço poema

Não faço mais nada

Já fiz o que fiz

Agora é tão novo

Que penso tão novo

Porque ser um tolo

A tentar, sem explicar?

Se ela se foi

Se ela não é

Se ela assim quer

Que posso esperar?

Rezar para quem?

Se não sei...

Não faço ideia...

Apenas descrevo

Isto é... penso

Nela está
o meu
todo
a
pensar

Sincera Mente?

Não faço ideia!!!

E nem sei como

Começar deste ponto...

A acabar...
Que fim isso vai dar?

Inicio de vida
partindo do fim

algoem mim renasce
com a morte por fim

O inicio da morte sim...

Começa no inicio do fimsim

Não faço ideia...

Assim é?

Tudo é bem e depois!!!

Vida após vida é

Tudo pós mortem?

Juro...

se orei

Não faço idéia !!!

Teka Barreto

Antropofagia moderna


Antropofagia Moderna


Que bárbara teoria a que

Exclui todos os outros

É fácil ser tolerante

Com quem pensa tal qual todos

Ninguém é igual alguém

Só mesmo na inconsciência

Alguém pode imitar alguém

Nas vestes, na fala e num palco

Só um insano é capaz

De atirar na personagem

Seu pavor... Generaliza

Sem saber que desatina

Se auto-imputa cegueira

E arrota nos olhos dos outros

Cultuam o deus BBB

Espiando selecionados, aprisionados


Alguém irá para o túnel

Tal qual gado prô abate

Mutilam e incineram

Churrascos antropofágicos

Pedaços servidos aos famintos

Sangrando de mal passado

Gosto de almoço e jantares

regados à boas ideias


Não gosto das refeições

Quando o cardápio... Sou eu


teka barreto

ABALO


Caminho pelos meus rumos

Paro-me quando confio

Ancorei meus pés no nada

Por isso... Abalo

Tomo impulso...

ou suavemente

Balanço

Tudo conforme os rumos

Um olhar que não se vê


Tem o meu, o teu e o do outro

Essa é a triplicidade

Dizem alguns, a santíssima trindade

Que nunca ninguém explica

É simples, é só ponhá reparo!

Olhe!

Apenas olhe...

Você olhando o que vê?

O outro...

Os outros...

Não você!

Você?

Não se vê olhando

Olhe!

O teu reflexo está no outro

Situar-se é saber onde se está

Diante de mim...

O outro... Os outros

Espelhos que podem ou não refletir

Pois há tantos que já se partiram...

Cacos...

Humanos, olhe!

Prá não se ferir no percurso

teka barreto

A ciência de você


O QUE NÃO VÊ


HÁ LUA

HÁ TERRA

HÁ CORPOS

QUE ESTÃO

EIS A QUESTÃO


HÁ ONDE ESTAR

QUEM DIZ QUE HÁ

ESPAÇOS A OCUPAR

E DIZ QUE HÁ LÁ

UM DEUS... POR FORA

A OBSERVAR QUE

SABER É MANUSEAR

O SEI QUE ESTOU E ESTAREI

NO COMANDO DO

ESPAÇO COM TEMPO


QUEM CUMPRE A ROTA

E SE AVENTURA

VEM PRÁ TERRA

OU VAI A LUA

SENDO

EXTRATERRENO

É... ET... EM


PRINCÍPIO DE TUDO

QUE É VOCÊ

NASCER OU MORRER

QUEM DIZ

ÉS TU


SER

ETERNO

Revisão


Revisão

Bem onde o homem se enrosca

A vida segue tranquila

E ele, a olhar prô umbigo

Vesga os olhos para aquém...

Quer ver seu nariz também

Este amplia o seu zoom

Vendo mais e mais de menos

E assim vai se curvando

Criando em si, redondo mundo pequeno

Este tolo só critica

Quando diante do outro

Pois o outro não é nada

Além de uma soma de defeitos

Neste jogo de palavras

Provoco em você efeitos

Se você franziu o cenho

Estás diante de um espelho

Se é poesia o que faço?

Não sei te dizer ao certo

Só sei que malhando o ferro

Aqueço, instigo o seu brilho

Este calor global e poético

Dosado à certas medidas

Revive qualquer defunto

Que se fechou para a vida

És tola... Muitos dirão!

E a resposta não tarda

Se tola é minha poesia

Estás mesmo ensimesmado!

E assim me curvo a ti

Para que olhar nos olhos?

Olho prô meu umbigo

Duas bolas então se fecham... Sem brilho

Tolos também tem função

Nos mostram de antemão

Quem olha só para o umbigo

Tromba,com toda razão... Nas massas!

Criamos assim universos

Que se chocam sem ter ideia

Rolando por sobre mesas

Tal qual jogo de bilhar

Num mundo sem poesia

As massas trocam o belo

Pelo armamento bélico

Nem há razão para parar

E a razão fica escassa

Tal e qual a educação

Papagaios também falam

Sem a menor compreensão

Repetindo, desde inicio...

É que se faz a revisão!

Bem onde o homem se enrosca e embaraça

A vida segue escrevendo... Com ou sem compreensão!

teka barreto

Sem dúvida


DÚVIDA

Cerne em qualquer pergunta

“CERTEZA ABSOLUTA É... A DÚVIDA”


Viver é manter-se vivo...

Ao final de cada ato executado.

VIVER é superação...

Apesar da dúvida e da EXECUÇÃO FINAL!

Morrer é manter-se FINDO...

Afinal.

MORRER é sucumbir...

Sem dúvida!

Alguma dúvida ?

SIM!


Bem AVENTURANÇA...

Isto é VIVER, apesar da duvida !!!

Teka Barreto

Abaporu... E eu


Meio fosco...

Meio rude...

1/2 morto...

meio Abaporu...

NÃO ME ENQUADRO

Não me RETRATO

BALANÇO ANUAL



Balançou !


Mas já não há...


Temporal


E o que sobrou?


Já não faz MAL!


O que não mata...


Imuniza!


Natural MENTE

Flor da pele


Sei

não estou na sua pele
flor da pele até repele
mas...
Não é repulsa o que sinto

é que sou como você, sensível
Tenho em mim a mesma flor
feito pele

que pulsa
compele
atrai
repele

e coisas que sinto
tão bem

afloram
arrepiam
desfolham
congelam
também

teka barreto

pEdrA dE BolHas


Poesia

É SEiVA de VIdA.

que bROta envolveNDo

QuaLqueR Tanto faz


TrANSmUtA o deSFaZ

Do MoMeNTo

Que ChoRa Lá DentRo

Faz Hora

Faz Tempo

COndeNsA em PoEma

Que Se ConGelA

VirAnDo pedRa De BolhAs

feiTa cOm DoR

Que CompOrta

O AmOr Em PaRtiCuLAr

GenTe que Funde PoeMa

Com AlMa e poeIra...

De estrelas

REjunTa o VazIO

De mIL boLHas atomicAS


E àTIRA cerTeirO

nO LOngE

PRÁ quEBRaR o mar

quE expLodE em BRanCo

EspumaNdo

De tanTa DoR

mareAda pRas BoRdAs

ViraNdo PrO LaDO

QuE É De foRa

BolhAS de AmOr

EscOrRiDas

que AreiaM

Com BriLHo

enSabOaNdo

O mal Que Se Perde no AR

BriLHaNdO tOns dE NUnCa

BoiAnDo No AdEUs

Que Se Apaga CoM DEUS

RumAndo E amaNdo

AtÉ a MorTE ProGraMada

nA Praia da EnseAda

aTerrAda de EspuMa

PeLa ReSsaCa Do MaR

QuE SoL ReSSeCa

SeCaNdo o DesPacHaDo


SecOu

E... coOU

ECoou No FuTuRo

O paSsadO ReveRBerado

Passado em MolHaDo

Passou a LimPo

Sujou sò PapEl e LenÇo


Crucificados



Só quem vive se curva
Pois reta não é a meta

Régua não guia a curva
Milímetros não dizem nada

Quem orienta a vida
feita curva sinuosa?

Retas são perigosas
Ferem quando lançadas

Riscos sem dança apontam...
Demarcam a chegada

Na cruz que aprisiona a vida
Traçada em medida exata

Sorvendo café


Amar combina
Como café e
Rima também
Com pijama

Deixado ali
Ao pé...
Da cama

Amor rima com café
Pijama e cama
Principalmente
Se feito
Com jeitinho bem
Mineiro

Quietinho e de
Mansinho
Escondidinho
Sorvendo
Sem pressa...
lambendo
Pelas beiradas

Êita trem BÃO
Que é Café na cama
com pijama...

recolhido logo cedinho
ao pé... da cama

Vem...

Traz você
e o café prá cama

Vou beijar
Vou beber
Você e ele
Nesse aroma

Sente o clima

Vem fazer poema de alcova
com palavras que não rimam

Criar sons indescritíveis
Indizíveis...
Em códigos indecifráveis
Poemar
Nas notas
Que soam

Com gosto
E doçura
Como gole de café fresquinho

TUDO NADA


Se TUDO

Não tivesse

NADA a ver

Com NADA


O que seria

Seria algo?

Ou seria

TUDO NADA?

SIBRILHO


Quando em SI
Nasci... Brilhei !
ESTRELEI...
Me bateram palmas
Virada de ponta cabEça

Fiquei PERPLEXA
CONCAVA...
CONVEXA...
INVERSA
Gritei...
e
até
chorei
Me conformei e engoli RESMUNGANDO
ToDa minha confusão
aconchegada ao peito d'ELLA

me banharam
me trocaram
Me passaram TALCO
e eu... ?

Ah... PAGANDO!
POR TER NASCIDO BRILHANDO!
E ASSIM FIQUEI MUITO TEMPO
Em Si... MESMADA!
AMUADA...
MAU HUMORADA
VENCENDO NA VIDA DAS COISAS!!!
ATÉ NÃO QUERER MAIS
ENJOEI DAS CAMADAS
ENCRUSTADAS!!!
ACORDEI UM DIA EM SI
E LÁ... EM SI...
TOCOU O SINO

DO TINO QUE EU ESQUECERA
E O DIAPASÃO ESCUTEI
ENTÃO COMPREENDI
E
ME AFINANDO RESSURGI

DO PÓ BRANCO ACUMULADO...
POR ERAS E ANOS.
AGORA EM SI...
ME SIBRILHO!
QUE É ISSO?
MINHA VIDA GANHOU SENTIDO
MISSÃO COMPRIDA... LONGA ESTA MINHA!
COM Óh...
POIS NÃO ACABEI AINDA
Só renasci
EM SI...
E FOI E SEMPRE SERÁ
POR SI

SOU E SEREI TERNA MENTE
AS VEZES
PRESENTE
AS VEZES AUSENTE

SIMPLES ASSIM
COMO O NASCER DE MAIS UM DIA
EM SI

RENOVADO E DIVINO
PORQUE A NOITE
POR MAIS ESCURA QUE PAREÇA
NÃO OFUSCA...
O SI BRILHAR
CADA ESTRELA LÁ NO CÉU
SOMOS NÓS A
REPOUSAR


teka barreto

mar de rosas


se a vida nos dá rosas
vem com elas alguns espinhos


Moira de Castro

Belo e assustador


Tenho o poder de tecer

Tal qual tece

Uma... Aranha

Ao criar nada esbarro

Nada arranho ou SI peçonha

Mas quando solto no ar

Meu trabalho

Belo e assustador

Capturo apenas

Desatentos...

Distraídos...

Saltitantes ou voadores

Insetos não sabem nada de meditação

Insetos são insetos... sÃo

Silenciosos

Tem uns

Que escapam

E avoam

Autômato


Autômato

Repito

O automático é

Repetição

Repito

O automático é pura

Repetição

Repito

O automático é sem razão

Repetição

Repito

O automático é com razão

Repetição

Repito

O automático é repito,

Repetição

Se ainda não compreendeu...

Repete a ação

Pausa da... Mente

Canso de repetir

Autô-MATA-mente

A morte que não vivi

Teka barreto

AQUIETAR-ME e...


EU TENTO DESCREVER O QUE VEJO,

MAS NÃO DOU CONTA SOZINHA

TENHO QUE USAR SIGNUS... SÍMBOLOS...

ESTRAPOLAR CONCEITOS...


MELHOR CALAR... FINDAR!

DEIXAR... DEIXAR...

EM FALTA...

ATÉ QUE EU POSSA...

COMPLETAR....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Nossa!!!

............................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Me dei conta!!!!!

Como pode demorar................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... !

Então... ?

Resolvi completar...

Por IMPACIÊNCIA!!!!!!

FIM

A vida que me matava



Para viver a vida por ti aventada
Teria asas
Qual anjo que não se vê

EU SOU...
Você que me leva
Olhando o filme rodando
Fico eu manivelando...
Olhando
Focando zoom
Zunindo... Sentindo
A máquina in corporada
Como morada fechada em escuro
Para revelação dos fatos e fotos diarias

Assisto o que mesmo crio
E digo que isso é o que é
Agora já sei desde o princípio
Que o céu e a terra prometida
Não vem a mim...
Eu a carrego prá todo lado
Neste planeta criado Terra
De onde fui modelado e ganhei esta forma

Quem encontra...
Nella mesma... Se repousa
Por tempo que não tem tempo
Num espaço que não se ocupa
Numa cama que é só moldura

E como é bom...
Viver sem medo!
Fantasmas imaginários
Pesadelos e a fome...
Inanição...
Se matam com animação
É só soar diferente...
Como trombetas de Jericó
Que derrubam os véus que viraram muros
Devido a hipnose que a todos fascina
Ludibriando a VIDA que só se move contínua
Animando o brilhar suavemente
Em medida adequada e ai...
Não sobra nada para MATAR ou MORRER

E tudo vira alegria
Cordel que rima
E tudo orna
E o riso
É o sino
Da medida
Que espalha como palha
As sobras de muitos brilhantes
Que empoeiram o céu noturno
Com sementes de futuros mundos
Dos mais diversos imaginares concebíveis e cabíveis
Pois nada é vão sem semente latente

Compreendes AGORA
Já é hora de se encheres de ares renovados
Arejados... expirando...
Aspirando os sarcófagos embolorados
Queimando tudo o que encontra
Na pira que Midas
Ao mais leve toque
Virava ouro do mais nobre quilate

Nesta vida que passou
O circo era um hospício
E nunca ninguém notou

AGORA acabou...
A lona empoeirada
De tão surrada murchou

Aquilo que é nada são
Merece ser cremado para o sempre
Pois não era um Show que se apresente
Sabes a partir de hoje...
Quem era o palhaço. Pois não?
Tudo brilhou de dentro...
Apagando as tintas vernizes e as aparências
Então...
É hora de gargalhar
As próprias custas...
Rir-se de SI
Deixa sair sua graça

Deixa sair...
As amarras
Deixa exalar
Deixa queimar seus papeis investidos
E
Tudo vai sendo purificado
E o espaço adequado...
Surgirá... Lindo e amplo
E a vida vai te mostrar
O que vieste encenar
A sua real missão
Vai... Sobe no palco e atua
Assista-se de camarote
Projete na tela sua própria vida
Deleite-se com suas travessuras
Trapalhadas... Tombos e Conquistas
Você é o autor da história
Divirta-se... Com dores e amores
Até quando quiseres

Ria... Ria...
Rio contigo...
Vendo o show de variedades
Que me revelas e dirige
E todos inventam os mais variados Carlitos
Brilham por SI a luz da Ribalta
Enquanto caminham meio desajeitados
Pelas cenas cotidianas

E cada qual descobre seu ritmo
Gingando com propriedade
Falar?
Pra que^?
Só se for para poemar...
Articulando vocais que massageiam
O dentro cheio de ocos furos...
Que FLAUTAM sons divinos
Sem que se falte AR

Soar que abençoa
Soa soa...
Rindo-se sem mais chorar... por dores
Restrições... Pudores...

Rir de lagrimar
Que brotam águas SIm...
Leite ou mel

Rir de florar
Os cá com meus...
Seus botões...
De rosas, mimosas, crisântemos
regados de águas descorrentadas

Rir para SI e de SI
Criar cores... Flores... Amores...
Peixes...
Rir de fazer mar
Amar amar amar

Oceânico de tão cômico
Fazendo ondas por SI Brilhar
Lembrar-se e... Sorrir
Por simplesmente estar
Apaixonado por tudo enquanto
Nadando em alto mar

Amar
Há mar
Amais
HÁ MAIS...
É SEM COMEÇO
É SEM FIM
MAS PODE BRINCAR
DE...
A MORTE VEM TE PEGAR
KAKAKAKAKAKAKAKAKAKA
mANuELLa AlMaDa

Detesto espelhos


Detesto espelhos



Prefiro não ferir

Pré firo!

Detesto

Atestar que detesto

Atesto!

Não gosto quando me vejo assim

Assim como?

Assim, assim...

Prefiro verter todo vinho

No buraco duma pia, calada.

Pia não fala...

Pia nem pia !

Nem pio eu, quando silente

Pasmada... Diante de mim!

Detesto espelhos...

Tem vazio morando lá!

Teka Barreto

Toda nudez será castigada


Vagando nua

Como é levado este Deus, meu!

Que brinca de pique-esconde, comigo!

E a terra continua vazia e nua...

E o espírito de Deus era levado...

No meu corpo que é de terra

Adornos de grife me encobrem

Ainda assim sinto-me nua!

O que vejo, não sou eu!

Vejo pobreza de viço

Falta um brilho...

Um toque de purpurina?

Talvez... Talvez...

No meu corpo que carrego

Aonde vou... Lá esta ele!


Ele fala o que quer

De tudo ele se encarrega


Ele é que me carrega

Nem se quer me dá ouvidos!

Bem na frente de todos e sem vergonha.

Embusteiro...Oh, mentiroso!

Tal qual sombra espelhada

Nas águas que são levadas estou eu, imóvel, sendo levada!

Naufrago sem me molhar

Quem sai na chuva é meu corpo!

Como pode a minha terra, tão regada, adornada e travestida...

Chegar primeiro que eu?

E nada nem ninguém me vê, além dele!

E tudo é um aparente ser, fazer e ter!

Mas que pobreza de vida rica é esta?

Vida nua! Terra nua!

Envergonhada e despida

Diante de tão pobre mente

Que Deus me valha e me valide!

Não o meu corpo... Nem minha terra... Nem a nação!


Como sair desse escuro abismo...

Como comandar a terra a mim prometida?

teka barreto

CAMINHO


Muitos vão
Eu não
Sigo ao invés
no revés...
Dos que vão
pelos trilhos
Carcomidos e polidos
brilhando por fricção
Caminhos conhecidos
na palma de toda mão
Eu vivo e
caminho...
Não olho sequer para o chão
Não por sabe-lo de cor
Mas por senti-lo vivo
Pulsante junto comigo
Todos são
Eu não
Logos... Penso
Logo ESCOLHO
Logo...
EXISTO.
Logo insisto...
em não polir
as pedras do meu caminho
Sou levada
Sou desajustada de rumos
Pré definidos
Sou enfim...
O meu caminho
E caminho comigo
No vivo caminho tão
Fora dos trilhos
Não sou...
Onde todos estão
Sou
Onde todos BRILHAM
Estou
Neste mundo UNIVERSO...
DIVERSOS
INVERSO OU REVERSO
QUE GIRA E RODOPIA
TAL SUFI DE OLHOS FECHADOS
RODANDO E ORANDO
GIRANDO
FORA DE QUALQUER TRILHO

SEREMOS UM ? (PARTE 3)


O que é que estou fazendo aqui?

Imediatamente uma sensação de clareza, pareceu abocanhar aquela pergunta.
Clareza... Sem limites.
Tão imensa quanto a liberdade.
O inicio de pânico, dissolveu por completo a resposta, como... Tudo. Clareza é luz sem padrão.
A lógica, ganhava consistência. A lógica, conformava as crenças. Sentiu uma espécie de elasticidade em recolhimento. Sensação de apreensão e encolhimento. Sentia ela no momento. Agora!

Em seu próprio universo... Algo nascido... Morreria. Findaria em um átmo de tempo...Uma reação... Um movimento.

O tal Agora! Se escapulindo dela, seguindo rumo a uma conclusão... Algo passado, concluído como ponto final.

Há final quando há, repouso. Quem movimenta o fazer? Ela sentia que sabia!

Uma possibilidade causativa, repousava!

Dentro dela, sentia que tinha que escolher fazer algo. Fazer o quê?Mesmo que ainda incerta... Mal Informada.

O agora, findo... passara a bola da vez, para ela!

Que fazer?
Sim, era apenas um sonho, diferente - Teve consciência disso.
A tranquilidade pareceu querer reinar... Vinha do arraigado conceituar, in memoria dos passados como apenas lembranças.
Então, um novo pensamento lhe ocorreu. Não é um sonho, qualquer. É... Sonho real! Sei. Sei... Que estou aqui e viva!
- Mas se estou sonhando...
Encontrou sem esforço, no bau de suas memórias, uma resposta explicativa para a situação presente.

Sabia... Que já lera em livros, aquele tipo de experiência...

Estava em plena viagem astral.
Muitas vezes ao deitar-se, depois de rezar e meditar algum tempo, ficava imaginando... Querendo. Que ao dormir, acordasse da noite. E ela, sairia em uma viagem astral.

Como ela sabia... Sabia que... Que isso era bem possível, de estar acontecendo agora.
Lena, assistira inúmeras vezes o filme da atriz Shirley MacLaine. Que descrevia seu adentrar no mundo espiritual, e sua busca de grandes respostas. Numa das cenas, Shirley sai de seu corpo físico e conhece o universo, tal qual astronauta sem nave a guiar-se pelos pensares e perguntares.
Lembrou-se da cena em que Shirley, vagava sozinha.
E sentiu, mais um friozinho de medo.
Entrou num pequeno conflito... E tentando acalmar-se, criava suas próprias respostas. Justificando com sua razão os motivos e a confusão. Tinha motivos de sobra, para estar e sentir-se com medo e com insegurança. Justificava-se divagando, murmurando seu dialogo... Monologado.

Chico Xavier tinha um anjo sempre com ele. Um tal de Emanuel...

Antes que o desconforto tomasse vulto...

Onde estaria o meu?

Sempre sonhara com a tal viagem do tipo Shirley, mas nem de longe pediu em oração, para sair em viagem, sozinha. E justificava, tentando explicar e convencer-se de que havia uma falha. Buscava ela, a resposta para o fato muito vívido e... Inexplicável. Ela não desistia.
Chico e Emanuel, estavam sempre juntos. Dormindo ou acordado, Chico Xavier, estava sempre escudado por seu fiel anjo!
Certo é que, o filme provocou lhe uma certa gotinha de compreensão...
E com sua habilidade e capacidade imaginativa, buscava melhorar e esclarecer o que de fato... Pedira. Alguém entendera mal, os seus pedidos orados.
Relembrava-se. Puxava pela memória as palavras usadas, tal como pedira em muitas das noites, aquele tipo de aventura. Conversa dela, com ela.
Deus... Que o meu anjo da guarda, venha esta noite me buscar, para um fantástico passeio com meu corpo astral.

E quando essa noite chegasse e ele aparecesse, pensava ela em pedir-lhe, que a levasse a voar pelos céus da, Índia.

Sentia que queria muito entrar no castelo Taj Mahal e meditar ali.

Queria ir também ao Ashram do Osho. E se possível, fazer-lhe uma única perguntinha. Ao escutá-lo respondendo-lhe a pequenina pergunta, ela se iluminaria.

Via-se agradecendo, mãos unidas em sinal de Namastê. Dois iluminados... Entre si ligados, a sorrir com o coração. Se separavam, como duas unidades com aparências, distintas.

Mas...
Ela se dava conta agora, que esta experiência quase palpável, não vinha do mundo dos sonhos planejados com tanto esmero e desejo.

Estava realmente acontecendo com ela algo. E ela sabia... Que não sabia... Nada sobre isso, fora quisá descrito! Não. Não era um simples sonho.

Via que, não havia cordão de prata coisa alguma...

E nem coisa alguma, visível.
Era um sonho nunca sequer imaginado por ela. Era algo bem vivo, bem real!
Lena estava pela primeira vez, consciente de sua “Expansão”. Como chama de uma vela que envolve todo o pavio.

Lena, saíra do centro, sem abandona-lo a deriva. Do pavio se fez pavio. E uma luz ascendeu, expandiu-se e envolveu o que antes era apenas breu.
Saíra de seu corpo, de sua mente lógica e não conseguia ver sem o uso dos olhos carnais.

Já... A mente, pouco a pouco ela sentia, ir ganhando um crescente, porém tímido controle.
Olhou no entorno, tentando se situar e nada viu. Nem sabia onde era o entorno. Percebeu que mesmo não vendo o entorno...

Sabia que lembrava... A sensação de olhar em torno. O corpo parecia buscar o que ver... O que sentir. O corpo tinha... Ela sentia, mas não conseguia descrever.

O corpo erriçava uma espécie de bilhões de olhos. Era sabia ela dentro dela... Era uma questão de dominar o Zoom.

Olhe em torno, Lena.

Pensava-se ela. Mesmo sabendo que não sabia onde começava ou terminava.

Perguntou-se então...


Onde sinto que sou mais eu?

Nada...

Onde sinto que sou... Sendo eu, eu mesma? Não era coisa fácil de se compreender, muito menos fazer ou controlar.

Mas, Lena sabia que! Tinha que fazer algo! Intuía que esse era o caminho para ver. Querer... Querer muito ver.

Ver-se vendo-se a ver.

Seja o que fosse esse querer ver...
Viu seu corpo deitado na cama.
Nossa! Estou ali, dormindo.
Isto é... Meu corpo está dormindo.
Não teve medo... Sentiu-se instigada a querer ver mais um pouco.
Olha ele ali. Eu me lembro disso...
E viu seu livro. Estava ali ao lado da cama. Viu a cama, o livro e até a toalhinha sob o livro. Viu a pequena mesinha, muito antiga, que ela mesma havia restaurado. Viu. Viu tudo... Ou quase tudo.

Então, já mais centrada, sentindo certo auto controle. Lembra-se...

Está faltando o tal anjo da Guarda.
Perguntou-se a si mesma ainda que timidamente, pois sussurrava em em seus pensamentos.
- Ei... Anjo da guarda! Onde você está?

Nada aconteceu.
- Ei...Senhor anjo, me escuta. Se a noite da minha viagem astral, é hoje, onde o Senhor, Senhor Anjo, está?

E nada...

- Eu acho que fui muito clara nas orações. Queria ir... Mas com meu anjo! Será que... Será que eu cheguei primeiro? E arrematou pensando...

-Nunca vi um anjo,se atrasar!

Ouviu então uma resposta. De um jeito diferente, assim como uma intuição que se escuta

- Nem nunca viste um anjo, ora pois!

Sentiu um estremecimento. Muito diferente de um simples friozinho na barriga. Era algo imenso, do tipo que arrepia os pelos, mas... Lena, não se intimidou. Estava disposta a enfrentar esse tremendo, momento desconhecido, pensou...
- Então... Isso significa que, Anjo não tem forma?
- E nem mesmo atrasa, repito-lhe. Ora pois!
- Como assim?
- Prestes bem atenção, anjo da guarda não se atrasa, porque está sempre presente! Compreendeste agora?
- Ah! E faz sentido... Mas anjo tem forma ou adquire uma? Pergunto porque não compreendo totalmente. Pensa comigo...

Vos, do além...

Parou sua fala pensada bruscamente.

Sentia-se confusa, pois estava em duvida se seria compreendida.
Continuou então.

Vos, do além, que tem voz. E que a tua voz, eu escuto bem...
Já ia entrar no mais confuso, quando a voz, interrompeu-a
- Senhora Lena, perdoe-me interrompe-la, mas eu, tenho a forma que sempre tive... Desde sempre sou assim.

Sempre fostes desta maneira... ?

Valha-me Deus!!! Havia ironia no pensamento. Seu pensar tinha um leve sotaque português.

Quero ver sua cara de anjo. Me entendes, ou cousa que o valha?

- Fique calma... Serena. Estou aqui, junto a ti minha Senhora.
-Aqui onde?– Vós, que é só uma voz. Pensas que não sei que tens um sotaque de português! Mas onde, de onde sai este sotaque?Essa voz tem ao menos uma boca? Onde... Onde?

Não vejo nada de você, além de... Algumas outras partes.
-Se me permites, Senhora Lena. Que partes de algumas partes a Senhora vê? Explico-lhe minha pergunta. Estamos certamente com nossas linhas de comunicação atrapalhadas. Diga-me lá, Senhora Lena, explique-me melhor. Se vês algumas partes, então me vês em partes. Pois estou, em toda e qualquer parte.

Com uma ligeira irritação, que revelava o seu pavio curto, completou, sem hesitação e sendo muito incisiva.
- Escolha uma parte desse todo lugar... Uma entre todas. Uma e a particularize! Quero ver você, voz do além.

Materialize-se... Ou pouse na minha frente.
- Senhora és de fato, muito inteligente, saabes?
- Sei! Mas apesar disso não consigo vê-lo. Então, de que me adianta ser inteligente? Preciso saltar para o nível de vidente. E isto é bem evidente. Não acha?
- Tu és muito perspicaz! Tem muita lógica, o que me pedes. Estás a ouvir-me, mas não podes me ver.
- Que bom que me compreendeu. Gosto de clareza nas conversa. Apareça vós do além, pois gosto como disse de transparência.
- Já estou transparente, Senhora. Mais do que isso, impossível.

Lena... pensa até 10, sem pressa.
- Transparente é transparente, claro... Entendi. Estamos com problemas de comunicação mesmo, concordo voz portuguesa. Melhor dizendo... Seja então, menos transparente e mais aparente. Compreendeu?
- Pois é claro que sim, Senhora Lena. Compreendi-a desde o princípio. Mas confesso que, ficou muito melhor o enunciado. Não achas?

- Sim, concordo.

- Pois então. Pudeste notar que a escolhas das palavras, são deverás importantes. Transparente e aparente...
Lena não esperou a voz,completar a frase.
- Onde você está? Quero imediatamente vê-lo. Não gosto de falar sozinha...
- Não falas só. Pois, estás a falar comigo, Senhora Lena.
- Estás pois sim, oh voz, de portuga e duma figa, a torturar-me as ideias, isso sim.

Mesmo um anjo tem que ter uma forma... No meu entendimento, é claro.

Assisti semana passada, o filme do Anjo Micael, com o Travolta. Anjo tem forma e asa, se não...
- Estás a assistir muitos filmes, Senhora Lena. Estás, fascinada eu diria. E é com todo respeito, que vos digo isso.
- Por favor, me entenda bem, vos que sois, voz do além. Tem que ter uma forma. Que seja a forma de um santinho. Do tipo Santo Expedito.

Senão... Senão, não é anjo, guru e muito menos Santo. Falo com quem? Pois, ora pois, isso está começando a não me cheirar muito bem.

- Permita-me interrompe-la. Já viste então Senhora Lena, o seu nariz? Pois diz-me que algo começa a lhe cheirar não muito bem... Sente-se resfriada, Senhora? Ou seria apenas um chiste, de nossa comunicação em língua portuguesa?

Lhe parecendo coisa do... Do, Tinhoso! A indescritível cena. Lena era só uma coisa... Duvida! Um grande ponto de interrogação.

-Eu, tenho certeza. Eu, não tô louca, não!

Enorme silêncio...

- Ou estou? Alguém por favor, me da um beliscão! Deus, meu !!!


- Ah, achaste o corpo então? Onde queres Senhora, levar o tal belisco? No braço ou no rosto?

teka barreto (2008)

(fim da parte 3)

Comum


Você se mantém como um

Comum a todos... Sem ser

E ser incomum

é para tantos

Mas causa espanto

A quem quer muito...

não ser

Ser diferente é elevar-se

sem capa de super homem

Os seus trajes

nada sabem

nem avoam

sem você

Mas ha que se SER

Diferente

O comum é não ser

E morre-se sem saber

Que a vida

seria bela

se não fosse tão comum

esse jeito bobo de viver

Porre Divino!


Se a vida tá um porre... Mais um gole!

Outra dose!

Não de whisky ou cerveja.

Embriague-se do mal te

Fermentando...

Do puro senso extraído do juízo!

Ah...Mais um porre!

Bem merecido

Motivado por verdadeiro motivo... Razão!

E as faces ficam vermelhas

Ruborizadas...

É porre de vergonha na cara!

Este não nos envergonha ter,

Nem envergonha ninguém que tem!

Um porre Divino! Dionisíaco!

teka barreto

Códigos DesCiFrAdOs


Des

codi... Fique ~(i)~

~ (VENTO)~giRa~estica ~EMPURA~~~))))))))

E me leva JUNTO

Viro um~GIGANTE~

~~~~que~vai~ATÉ~o fim.)


QUANDO~chegA~

~lá no~~~~~~~FIM~

~Abraça~O ~A~

~ponto~

~QUE~AO~final FICA ~~ASSIM~~~

~.~

E o fim~~~Rí de dentro prá fora(((


OLHANDO O FÓRA

QUE É SEMPRE um

(((((~~cONvItE ~ vIvo~

~A ~A~VEM~~~T~~ AR~~

~COMIGO~~~

ESTICAR~~~V~AMOS~~

E RE~~~~ FAZ~~

~RE~~COMEÇA~~

NO fim

O fim descobre

que só...

Sozinho NADA

E SE ENGRACA COM

o vento MÁGICO

QUE DES~~~ ILUDI~~~

E SÓ~~ RI ~~

Tem muito poder no (~)


Que areja ~DENTRO~

DE

M~I~M


Por ~isssssssso~

No fim~~~

~~(Não fico~)~~~~

O que passou... ~~~~

FUI eu NO FIM~~~

aMANHO A MANHÃ~~~

SENDO~~~~

mANuELLaAlmada

Talvez


É...
vivo um talvez
sem preconceito

Delicado
como um coração

que a certeza contamina

minguando o longe
do sentido eterno da vida

talvez...
você não me entenda!
e eu tenho alguma certeza
de que talvez seja isso
uma mentira...

por sinal... grande verdade!
talvez...
afinal
eu que vivi
tantas certezas vãs
me preenchi por vezes
do mal que me levou a morte
em seu coração apertado
cheio de certas duvidas

por certo
talvezes e mais vezes
experimento ainda como certo
os erros que me
acometeram de senso de julgamento
por vezes rijo e critico

com muita ênfase
Sou sem medidas cabidas
Um potencial sem freios
te espantando?
talvez...
e para bem longe
talvez eu ame a sua ausência
que me ascende a chama...
do vazio total e ilimitante

que por instantes me abduz
e me conduz
ao portal
de
toda a existência que há
sem oferecer-me limites nem portas
sem resistência morta

Viver... Não é um fardo
não me dá trabalho

faço por puro prazer
aconteço só por SER... boa leitora
dos meus sentimentos soltos
verdadeiros
livres
de
esforço
morrer... nunca me caberia
Nem urna me conteria

Mas pode escrever na lápide vázia
Ela...
vulgo fulana de tal

Que os tolos... podem achar ser eu

Não está aqui!

Mas frise com letras garrafais

NEM EU SEI QUEM esta fulana... FOI !!!

nem ao que veio... Pois!!!
E talvez você e todos se acalmariam
Pois, Marias...
apenas somem de nossos olhares
Já cansados e nascidos
com a síndrome
do não ver
talvez
um dia você me entenda
e me olhe direto na face
Sem ruborizar
a sua

e
só...
então me compreenda
pois por mais que se feche
o senho...
na face ou...
se bloqueie o tal do facebook...

o livro da minha vida segue
ainda se escreve
contigo dentro...
contigo junto

gerando em você
a nossa verdade histórica
a
genealógica
herança que herdas e tranasmites
em sua vida ainda

talvez então tudo se cure
e
você não mais me renegue

talvez
você me abençoe
e eu desde sempre
abençoo-te num continum

Você em seu SER
por inteiro ou por meios

Seu todo pouco,
que acreditas SER

pois que...
talvez aches que Sejas...
Uma espécie de erro

e que eu FALHEI
POR meios e
Por INTEIROS ordinários
talvez...
mas não é por falta de seus labirintos meios
que vou esquecer e deixar de amar
você como INTEIRO

meu amor
é
sem limites

transpaço
barreiras
paredes
medos
e
creia

não creio
em seus fantasmas
diurnos

Avesso


No avesso que é bem dentro
me viro do lado que é fora
Outrora vivia reclusa
tal blusa fora de moda
Que modos tão novos resultam
em falas que poucos escutam?
Em rimas que não combinam
tal vestido démodé
Estou fora...
e ninguém vê !

Sou toda... Ouvidos!


teka barreto


Só título



Quereres


Foi meio intenso

aquele dia a noite

ela sem medo

me dizia dela

Enquanto jorrava

em mim

toda a sua confusão

eu de mim

nada diria

ela era

e para sempre seria

a musa do meu

amor

bem dentro de mim

guardada

embalada suavemente

por um tum tum

ritimado

gostoso de se deixar...

Acalentar


então ela sorriu

e os olhos dela

brilharam

eu vi bem aqui

sentada em frente

ao computador

Vi por vias diretas

que penetram células

moléculas

paredes ou seja lá

o que for matéria


mentiras eu não as conto

eu apenas avento

o melhor sempre possível

chamem de encantamento

chamem do que quiser


Pois querer

tem tanto poder

que só os loucos

sabem domá-lo

do bem

do mal

do norte

ou do sul

tudo é um

jeito de amar

Que reconhece quem não


de certo...

está

errado...

virar o mundo do avesso

eu recomendo

passar

antes...

lavar e quarar

deixar o sol penetrar

mesmo em dia

de noite escura


e os racionais me diriam

és louca

e eu lhes responderia...

Como poucas

ousaram SER


Embora não tenham poemas

eles são o que são...

Apenas um sem querer

querendo virar

meu mundo

de ponta cabeça

prá cima

Tem vez

que confundo as rimas

e elas...

riem prá mim

piscam os olhos

cheios de vida

com todas as letras

e logo se calam

se juntam em formação

ficando a minha

disposição

e eu?

Perco sempre a razão

e morro de amor

por elas que voam em revoadas


me diriam

de novo...

Os sãos

a ralhar...

pois o que são só falha

e tudo neles...

repito... ralha

O sol

Só raia

de dia

e eu...

rio junto com as rimas


e eu pacientemente

responderia

Novamente...


O sol de noite

é mais um dia

que escureceu

suas vistas

feito um breu eclipsado

que apaga

a luz

dos muitos loucos

fingidos de sãos

E com toda razão


Valha me DEUS!!!

Como é triste...

ter sempre e sempre razão

Razão é algo esquisito

é sem querer

Ser demente...

que embota

e parasita...

paralisando toda uma vida


Ao ponto

do ponto final

se tornar

um mundo alheio

onde aponto

com o dedo

o fim

que te espera

reticente

entre parenteses

é onde vives

com toda a sua razão


acorda senhor

a corda rebentará

sem hora

de hora prá outra

você vai ter que

renovar

reticente AR


Sair desta casca e morrer

e isso será renascer

por SI parir-se inteiro

de dentro...

No centro

foste concebido

Por DEUS

que as entranhas

agora em SI mesmo

te gestam


És gravido do SI Brilhante

Amante que te

penetrou

seu gozo?

Ainda não ecoou

as dores são contraídas

Pelas posses

do irresistível

que negas

sem saber

sem querer

sem viver

ao certo


viver é tão plenamente

que fluímos de contente


não resistas

se queres viver

uma vida

livre de penas


é fácil...

é só...

É... SI soltar

Apenas!!!










SENTIMENTOS... VÃO e SÃO


Um QUADRO de EFEITOS

INACABADO

DESCULPE-ME POR ISSO

Os limites são um risco e

EU mesma não estou bem certa

Quanto ao traço que devo apagar

Então...

Meio tosco...

Meio fosco...

Meio rude...

½ morto...

Meio ABAPORU...

Sou sem ter na mão

O pincel de TARSILA...

NÃO ME ENQUADRO

NÃO ME RETRATO

SÓ ME REFAÇO

MEIO AS CORES...

Que me convidam...

COM VIDA

Meu versos são SEM Estrofes...

Meus textos são CEM certezas

Compreendidas uma a UMA


SENTIMENTOS VÃO E SÃO...

A VIDA QUE NOS ANIMA... COM VIDA

E ALEGRA A ALMA INFINITA

Silencio nu


A solidão era terna

O silêncio era total

Detive-me como uma pedra

E compreendi muito o Tao

Então olhei para a relva

Pude sentir que algo a via

Pois era eu, quem mirava

Com olhos que já não serviam

Soube dos tais mistérios

Minérios Rolados...Clorofilados

E eu... Envolta em silencio

Sugava...

Mamando pela raiz

Sustentada pelas pedras

Pela seiva sou eu relva

Esculpida em átomos

Que orbitam e circulam

Girando prá dentro

Saindo de mim

A solidão é apenas

Um tema muito obscuro

Mal dito...

É grande... Vazio

E aspira todos os "meus"

Que exalo sem medir palavras

Dizer implica autoria

E o silencio é quebrado

Revelando ao mundo

Quem regurgita, onde habita

Nu... Num mundo fora de mim

Só... A palavra recria

Abismos...

Escuridão e medos

E a face ruborizada

Revela toda vergonha

Diante de DEUS que É tudo

Andas nu...

És como ELE... transparente

As folhas e as pinturas

Camuflam

Penas...

São aparentes

Camuflas...

O anjo que cria e habita em ti

E só te revelas um poeta...

Um santo...

Na hora que vais dormir

Amém

Capa de vento


Quando leio o não visto

Me revisto de Nada

Uma luz me ascende


Abre em mim

meus super poderes

entre eles...

Minha capa de vento


Que me dá...

Dom de voar

Confiança em saltar...

Soltar


Tem poemas que me espantam

Pulo do onde estou...

Rapidinho

Bato asas sem pensar nos riscos


Puro instinto...

Que amplia criando espaços

Salto confiante

Que o vento já me amparou


Ele me dá asas de imaginar

Seus braços feitos de vento...

Que Ele que aventa, me abraça

Me deu um sexto sentido

Tal qual boleia de balão mágico

Numa frase não revelada,

Nma ideia de poder que

não se descreve...

Nem se escreve com palavras

E que só o vento sabe qual é

O Som e o TOM

Quando ele lê...

Minha palavra que 'falta' vibrar

Ele me imã n'Ele

E me ampara


Igual a palavra SHaZan!

Ou apóstrofe

Que gruda no a com a

Que funde as

Num só que

É enganchado com crase

Isso quem pode é só o vento


No momento do meu espanto

Um gancho, abriu instantâneo

Sem precisar pensar

Abre pelo que 'Sinto'

Solta o sinto...

Diferente da razão

Que manda amarrar os sintos


E VENTO...

VENTO que é ATENTO

Me dá vida...

Me veste a tal capa

Que me da asas e quando vi

Já abri e saltei


Tudo por conta dos riscos

De se ler um poema distraído

Que quase craseia conSigo, meu eu

É...

Poema pode matar

Sumir com seu repouso

Por isso agradeço ao Vento...

Na verdade...

Eu AMO O VENTO

Desde o momento

do primeiro respiro

A palmada...

Nem liguei

Me enchi de vento

E gritei com a parteira

E o vento...

Ah o vento que avento


Quando vou ver...

Me soprou e passou

Já foi

Já fui

Levou prá longe de mim

Todo perigo...

E meu ufa!!!

Ele sente...

E volta pras coisas D'ELE

Que é feita de repouso

Suspenso no AR


Vou parar onde?


Pousarei numa linha...

De algum poema não lido

Quero de novo

Sentir o frio na barriga

Na minha Disney inVENTADA

De Vazios e Nadas


Ser amor e CêRamar


Ser amor e CêRamar


Amar a quantidade

É idolatria do barro

Na produção do consumo

consumo vira insumo


Tempo é dinheiro

Ligeiro

Urgindo sem Qualidade

Apressando enfeitiçados


Espelho, espelho meu...

Todos quererão comer-me?


Tal qual maçã dentada

Marcada à frio num laptop


Um ícone, evoluindo

Qual Windows pirateado

Workando, no meu emprego

Empregado manipulado

Lucrando com os meus

Clicks... Um oco pré Meditado


Alertas de mais consumo

De gente em liquidação

Neste mundo quem não posta

Se quer servirá prá húmus!


Por isso tanto faz

Se há virtude no que posta


Não te exponha

Apenas click... É resposta!

E assim nos conformamos

Com as fôrmas que vestimos

Está vida, assim não dá!

Nem nos tira, coisa alguma!

Está vida só devolve

As brotas de nosso plantio

Se os frutos são puro fel...

Não culpe só as sementes

Transgênicos agricultores

Semeiam clickes... Sem Mente

E o que era para SER

Vira não sei, que fazer!

Quem eu sou?

Pr’onde vou?

D’onde vim?

E para que?


Um oleiro a pensar

na beleza de um pote?

Amar o fazê-lo bem?

Amar o fazer...


O belo FAZER... AMAR!

Não o pote !

teka barreto

Absurda MENTE


sou

ABSURDAMENTE

POETA

GRITO EM SUA CABEÇA

A CORDA...

TÁ NO PESCOÇO


UMA HORA

VOCÊ SALTA...

E VEREI O TEU CÉU

DA BOCA

QUE ESCANCARAS

ENCHENDO O PULMÃO DE AR

ROGARÁS POR RENOVAR!!!


COMO É BOM

MATAR CONCEITOS

PRÉ MEDITO

MEUS ABSURDOS

calculo...

TEUS SALTOS FORA...

DE MENTE


MORRES SEM QUE SE MATE

NOVOS ARES TE ABATEM

E TE PREENCHEM

DE VIDA


RESPIRA

SE NÃO...

SE PIRA !!!




Traz para frente



Parece que não esqueço

de pensar...

De trazer tudo prá frente

mas olhe nem é tão simples

há que pensar no caso


Faz tempo que tudo que vejo

se acaba assim que começo

e penso

será porque penso?

Será que pensar é que acaba?


Nem sei o que pensar direito

E vou e volto nos fatos

será que seria certo

caminhar até o fim

e depois volto ao inicio

de onde começo do fim?


Começo a me achar

dispersa

como pode essa conversa

acabar dentro de mim?

Talvez tenho que mudar de assunto

daí então me pergunto...

Seria bom esconder-me

de mim?

Dizendo que isso não é nada


Tem dia que mesmo assim...

Tem noite que nunca chega

quando vou ver...

nem dormi

nem do coma sai


Parece que ando...

de traz para frente

ou será que nem

parti?

E estou em lugar algum

Bem no meio do sem fim?


SEREMOS UM ? (parte 1)



SEREMOS UM ?

Este texto nasceu sob um impulso incontrolado, de colocar asidéias prá fora. Uma espécie de faxina mental foi o que fiz. Enquanto olhavaatentamente para o borbulhar de tantos pensamentos emergentes e aparentementedesconexos, algo internamente escaneava como um programa antivírus, osletreiros mentais que surgiam.

Conceitos e pré-conceitos rolavam em minha tela mental. Revia-os um aum, enquanto uma voz vinda de não sei onde, me falava da importância de me“LIVRAR” deles.

Sentia-me febril. Estremeci ao ver certos padrões arraigados como ervasdaninhas em minhas ações comportamentais.

Percebi, sem conseguir nomear com palavras, a mutação da vida percorriaminhas veias e células.

A dor que sentia revelou-me a causa de minha aparente doença. Os efeitosarrepiantes, paralisadores e mutiladores das conexões intelectuais com osdemais sentidos físicos, eram produzidos pela minha própria resistência àsmudanças.

Sensações a flor da pele e desconexas, pareciam travar uma espécie deluta de aspecto muito sombrio.

Minha vida emergia em recapitulação, causando-me um furor e uma angustiade incalculável magnitude.

Debati-me erupcionando palavras de aflição incandescente ao vento.

Durante esses momentos críticos, minha mente parecia dissolver-se diantedos conceitos da dualidade limitante e parecia querer aceitar sem mais resistiros mistérios da Existência Ilimitada.

Minha louca necessidade de descrever o que se passava comigoracionalmente, foi perdendo as forças.

Parei de resistir. Minha racionalidade parecia definhar, perdendo asforças diante da LUZ intensa.

Um crescente sentimento de clareza foi se apoderando de tudo. Algointenso começou a brotar em um lugar dentro de mim.

Senti-me no limiar, entre a loucura e alucidez total.

Porsorte, encontrei um amigo, há muito tempo esquecido. Era só o que eu precisavanaquele momento agonizante. Um amigo para desabafar. Alguém que me escutasseatentamente, enquanto convulsionava internamente.

Durante mais de quarenta horas fiquei diantedesse amigo, abrindo meu coração e minha mente.

Em nenhum momento sequer, ele interferiu ouquestionou, meus devaneios.

Esse monólogo aparentemente interminável me possibilitou seguir portemas obscurecidos e embolorados, arquivados em vários compartimentos damemória.

Sentia uma profunda necessidade de esgotá-los, tirá-los dali a fim decriar um espaço saudável, limpo e acolhedor, onde pudesse relaxar e meentregar, como alguém que chega finalmente em casa.

Então aconteceu! Não sei precisar o momento exatamente.

Como uma agulha emperrada em um sulco de vinil, senti-me saltar para afaixa seguinte.

Pude olhar finalmente para “mim”. Meu falso ídolo perdia sua força.

Percebi claramente o que doía e por que doía.

Ri e chorei alternadamente, por não sei quanto tempo.

Quando finalmente parei e olhei para meu amigo, ele serenamente meentregou outra folha em branco.

Pude “ver”, a grandeza e o simbolismo de seu simples gesto.

Aceitei com humildade a extrema unção.

Diante dessa folha preenchida de Luz branca, sem mácula, senti-merenascer.

Compreendi a ilusão impressa no mundo. Meu mundo!

Fiquei fascinada com a nova visão aflorando. Compreendi a verdadecontida na expressão “uma luz no fim dotúnel”. Entreguei-me a ela e me deixei envolver por sua guiança.

Senti-me“Folha Branca”, totalmente preenchida pela LUZ Divina.

Meu coração pulsava agora uma música “Cheia de Graça”.

Resolvi então, contar sobre a minha desilusão, brincandocom as letras que este amigo me oferecia gentilmente. como balas de gomacoloridas.

Meus dedos sobre o teclado, não se cansavam. Dançavam, produzindo músicano frenético toc-toc-toc.

Eu vibrava em alegria, com cada ponto e vírgula que saltava aos meusolhos.

Tudo a minha volta ganhara um brilho renovado e pulsante.

Não poderia ter sido mais oportuno, este nosso reencontro.

Ele caro leitor, me mostrou que reciclar lixo é muito bom, mas deixar deacumular e produzir é... Milhares de vezes mais saudável!

Comsua licença, gostaria de me dirigir a ele agora, ocupando esta pagina, quedeveria ser somente sua.

Sou grata a você por isso, velho computador5.86.

Você, com sua silenciosa presença me inspirou o registro desta história, desde a primeira letradigitada.

Agora voltando a você fraterno leitor, esperoque “veja”além das palavras aqui impressas, o que sua alma quer lhe revelar.

Sinto um profundo carinho e respeito pela suaexistência, companheiro de jornada planetária. Meu Irmão na luz.

(Fim da 1° Parte) Teka Barreto (2008)

Apenas vão


Apesar dos quadradinhos...
me avoo...
Nada me DESASSOSSEGA...
Nem FECHADINHO...
ESCONDIDINHO...
NADA...
É...
APENAS VÃO !!!

SEREMOS UM ? (parte 2)


Satori


Lena fechou o livro. Colocando-o em seguida ao lado da cama, por sobre a mesinha de cabeceira. Um pequeno verso vagava agora, entre seus pensamentos, transformando-os em um emaranhado de palavras, que adquiriam múltiplos significados.
Parecia sentir o esforço, que emanava de um lugar dentro de si.
Sensação de aprisionamento, sem localização ou motivo definido.
Sentia-se como um pássaro, que inadvertidamente entrara em uma casa, encontrando pela frente, uma janela de vidro fechada.
De súbito percebeu claramente, que sua mente agia como uma barreira, difícil de atravessar.
Como aquela tal janela de vidro. Uma espécie de incompletude... Limitando um salto mais amplo de uma compreensão, que sentia existir em um lugar qualquer,dentro dela. Um nada... A ser conhecido.
Então aconteceu...
Por um momento, sentiu-se transpor aquela ilusão de barreira.

Um pequeno verso contendo dez palavras, três virgulas e um ponto final, produziu como que, uma explosão interna, abrindo as janelas da alma. Colocando-a por alguns segundos, num estado contemplativo conhecido como Satori.
Um vácuo nos pensamentos arremessou-a para fora do mundo mental comum, fazendo-a tocar a amplitude que existia, entre e além dos pensamentos.
Sentiu a alma expandir-se em plenitude e êxtase. Um profundo e indescritível silêncio dissolvia tudo a sua volta.

E esse tudo dissolvido... Era também, ela.
Não haviam palavras, capazes de descrever o que sentia. Simplesmente percebeu, neste estado ampliado de consciência, que sabia! Aquele ponto final, era apenas um simbolo que ela chamava de fim. Mas, não encerrava o conteúdo do verso... Ela sabia-se ponto e sabia-se... Interprete.
Então os pensamentos voltaram, brotando em forma de palavras ao intuir:
- Um ponto final é uma grande ilusão... Total !
Assim, saiu desse estado contemplativo.
Sua mente assumira o controle, desarquivando lembranças de sua memória. Numa sequência de saltos, semelhante a pipocas estourando numa panela.
Lembrou-se do tempo do ginásio, das aulas de literatura, dos poetas que estudara, dos namorados que teve, do concurso de poesia.
Sua mente era novamente uma pipoqueira,produtora de pensamentos aleatórios e soltos a qualquer vento.
Entre tantos pensares, quis saber a diferença entre prosa e verso. E concluiu, mais uma vez, ao pensar que concluía...
O mundo da poesia, vai além das palavras.

Permeia e Vagua pelos Mistérios da Existência e...

Deus..

Esse Grande Mistério.

Recitou baixinho, preparando-se para dormir nova...Mente. Aquele pequeno segredo, descrito em forma de verso... Lena tinha-o claro, vivo, pulsante em sua lembrança. Uma fotografia estruturada em forma, letras, espaços brancos e palavras. Que lhe convidava a dar um amplo sentido e Interpreta-lo ao seu bel prazer.

Você é consciência universal,
Sempre foi,
Sem começo,
Sem fim.

Viagem Astral

Adormeceu e sonhou...
Estava sentada diante de uma mesa enorme,envolta em volumes de livros dentro da biblioteca. Uma dezena deles, haviam sido manuseados por ela. Lena levantou-se determinada a acomodá-los nas prateleiras. Sidnei, o bibliotecário, não gostava desse tipo de ajuda. Dizia que as pessoas não sabiam ordena-los adequadamente. O que acarretava um caos, em vez de ordem. Ignorando essa observação prosseguiu seu intento. Ao arquivar o último livro, tendo o cuidado de olhar cada etiqueta de catalogação e sua prateleira correspondente, pensou em retornar para casa.
Durante o percurso entre as estantes e aporta de saída, um livro pequeno, porém bem grosso, chamou-lhe a atenção. Preparou-se para apanha-lo, mas não completou seu gesto, mudou de ideia. Recuou o gesto de pegá-lo, sem que seus dedos o tocasse, ao ler o titulo.
Era um Dicionário! O tão desprestigiado, Pai dos Burros! O exemplar era ricamente encadernado e da língua portuguesa. Uma pontinha de decepção fez parar seu primeiro impulso.
Ele é lindo mas... Tocou-o, pois não resistiu a aparência da textura e as cores. Era aveludado, marrom escuro e escrito em letras douradas. Deslizou vagarosamente os dedos. E isso foi tudo.
Virou-se rumo à porta envidraçada,determinada a sair. Assinou o livro de presença e seguiu para casa.
Caminhava tranquila pela estrada de terra,margeada por lindas flores silvestres. Conhecia bem aquele caminho, que ligava o bairro de Santa Bárbara , ao pequeno e aconchegante distrito, de São Francisco Xavier.
O sol nascera há poucos minutos e aquecia o seu corpo agora. Tira então a blusa de flanela, amarrando-a com as mangas à cintura.
Um matuto a cavalo vinha na contra mão e sem pressa alguma. E vida boa essa vida na roça. Pensou...
Dia! Dona,Lena!
Bom dia! Eque lindo dia, né mesmo?
Sim Dona Lena! E quás graça de Deus... Nóis vai levando a vida., como Ele Qué!
Deus ajuda quem cedo madruga.
Vai com Deus então!
E a sóra fica cum Ele, tumêm!
Amém! respondeu ela.
Amém, Dona Lena!
Não sabia o nome dele, nem quem era. Nunca o tinha visto, por essas bandas. Mas na roça é assim. Gente simples, trabalhadora e educada, aparece sempre pelos caminhos.
Depois de 30 ou 40 passos... Algo veio na ideia dela.
Achou estranho ser tão cedo e já estar retornando da biblioteca. Mas não atinou mais que isso.

Logo esse pensamento dissolveu-se. Sentiu no rosto e nos braços o calor agradável dos raios de sol.
Era uma manhã magnífica.
Na margem da estrada, onde milhares de hortênsias, beijinhos e cósmos, decoravam o caminho, uma pequena flor de oito pétalas chamou sua atenção.
Aproximou-se vagarosamente e ajoelhou-se diante dela. Era um cósmo.

Florzinha, simples e muito comum em sua chácara. Observou-a apenas, sem que tivesse coragem de toca-la.
Sua cor amarela, bem viva, puxando para alaranjado, parecia emanar uma luz diferente, muito brilhante, que lhe deixou como que... Intrigada, num misto de fascinada.
Fixando o olhar notou. Dela saiam raios luminosos e raiados. Como se lá estivesse encrustado, um brilhante.
Piscou e viu com clareza, uma minúscula gota de orvalho, pousada em uma das pétalas. E a pequena esfera parecia dançar, rodopiando vigorosamente, sem perder a forma. Desse turbilhão de movimento, real ou imaginário, emanavam múltiplas cores que cintilavam ou explodiam, provocados pela luz do sol.
A imagem era magnifica tamanha a beleza.
Percebeu um Universo revelado, na quele microcosmo. Numa florzinha de cósmo, em forma de gota.

Sumiram as palavras da sua mente. Incapacitando-a de descrever tamanho espetáculo.
De repente, ao ver-se sem palavras diante da cena, sentiu-se muito confusa e insegura.
Algo desperta dentro dela.
- O que é que estou fazendo aqui? - Que coisa doida! Não me lembro de ter saído de casa... E logo tão cedo?
Lembrou-se que estivera lendo um verso.

Como chamava mesmo? Era Confucio?

Não! Não era Confucio... Confusa estou eu.

Eu li um pequeno verso....

Fechara o livro, lembrava-se disso, colocando-o na mesinha de cabeceira.
- Cadê meu livro? Meu quarto... Minha cama?

Teka barreto/2008

(Fim da parte 2) continua...

como foi


Foi e sempre foi assim

imaginei que dormia

e acordei para a vida

de pé olhei os meus pés

e vi meus dedos

se espreguiçarem

pensei cá comigo mesma

como eu nunca vi isso?

e eles...

os dez...

se alegram

por terem sido notados

e todos juntos me levaram


para lá mais uma vez

me alegrar...

O sol nos banhou

e meu corpo junto com todos os dedos

incluindo os das mãos

se juntaram...

e eu?

Olhei para os meus pés

com minhas mãos coladas

junto a mais dez dedos...

e os agradeci...

já em êxtase


olhei para o SOL

que me fecharam os olhos

então eu compreendi

o poder

da oração


Meu coração...

Ah...

Se alegrou

e me arremessou

para longe do medo


E eu?

acordei

para a vida!!!

Foi assim

Como foi

Não se enlouquece o Vento


Faz tempo que avento

Que amo com Tempo

Ele que gira por mim

Que abraçando sem hora

e demora

viro ELE dO avesso e

Corro com ele prá traz

Pondo o tempo na PAZ

Não se enlouquece o Vento

Ele já ISSO É

Rodopia...

Faz Tempo

Quem briga com tempo

Que AVENTO...

Se apaga no INSTANTE

Que se consome

Por DAR Voltas ATRÁS

De mim

Que por dentro

avento que amo o tempo

Sem tempo faz tempo



Sem tempo
marcado
Sou livre qual VENTO
Que não dá bola...
Pois é!

Para o TEMPO!
Ponho-o em seu
Devido lugar

Daí o tempo se depara...
com meu nada mais profundo

E para de incomodar
Para de passar
Acaba-se... As pressas
E até oos devagar

Eu in VENTO!
Por dentro
No Vagamento
das minhas próprias idéias

Crio ou apago
Recordações
Com meus
Arroubos
De sopro...

Dou corda
pro meu coração

Recordar?
É para SEMPRE!
Amar
Batendo no AR
Me leva a flutuar
Vivo por causas...
Que in vento

Faço tempo faz tempo
Avento
Sem tempo ou espaço
Eu divago é no vento
Senhor de minhas ideias
Senhora de mim...
Aero por ERAS
Nunca serei...
O que já fui de novo
Nem serei o que virá a ser

Por muito TEMPO
Que IN-VENTO
Sou apenas o que É
Exata como este agora
Sem compasso de espera
Sem dar tempo ao tempo

Tempo não se dá por horas
Nem dele se tira a vida
O TEMPO...
MORRE de MEDO
De mim

Das coisas que invento
Soprando ele da ideia
De começo ou...
FIM
Ele não me alcança
Nem me cansa

Bato minhas asas e
VOU...
Pra onde AVENTO
Me ELEVAR

Para ELLA


Te dou todo tempo

Do mundo

Preenchido

De luz

Criativa

De aparências

Trace na ideia

Vida convida

... a e r a r ...

f e r m e nt a r

Um quadro mágico

Criado na tela

Com nada

Sem começo ou final

Sem pressa

Sem limite

Espaceie

Espátule

Dance

Flutue

No tempo...

indeterminado

No vago repouse

Nuances

De cores

Momentâneas

Amalgamadas

Com sua

Alma

Manu almada

DEUS INSTANTÂNEO e MOMENTÂNEO


POETA


APARENTEMENTE

EM REPOUSO

fora do ar



PLAGIO


SOU PLáGIO DE MIM MESMA

DE TANDO QUE ME COPIO

EU INSISTO EM TOCAR

SEM COMPOR VERSOS NOVOS

VOU TER QUE ME PROCESSAR

POR DIREITOS DE AUTORIA


tEKa

Hei...


Você que é novo...

De tão AMOROSO...

TÃO BEM ME RENOVA

A ALMA...

AO SI... DOAR

AMAR AMAR E AMAR...

PARABÉNS POR SI BRILHAR!

VOCÊ É O PRESENTE

QUE O TODO NOS CONCEDEU.

TE ENVIO O MEU MAIS LINDO SORRISO...

SOU GRATA POR TÊ-LO PRESENTE

EM MEU CORAÇÃO

QUE SE ALEGROU NOVAMENTE


Teka Barreto





*Notas de rodaPÉ*


Eu sinto...

Ter paciência

Se num momento grito...

Eu sinto que a perdi no vão dopasso anterior

Se num momento calo

Eu sinto que sou nela completa

Se não... Não sou... Mais que vão

O que bem soa ou não


Troco os passos

sem atenção no compasso

E vago os caminhos sem saber

Onde pisar sem adulterar


Rumo ao lugar nenhum

Sentindo um vazio de vida


Tenha a santa paciência

com este... Poema


Poema se monta com pinça

Não com PÁ... Paciência!


Ciente recupere seu sentido

No passo a passo sobre os tudo


Seu mau não é doença

Sofres quando finges tê-la


Paciência é que nos têm

E avisa... Atenção plena*


Cura de ante mão

a ação seguinte


Coração

cura ação por antecipação


Paciência

Evita efeito colateral

Enquanto caminhas entre os vãos

Sem preenchê-los de ricas anotações

Será apenas caminho vão e sem sentido

Há que enche-los com asteriscos

E a estrada dos rumos

Nos ilumina os sentidos e a...Visão

*Aviso: Preenchidos de...*

*Notas de rodapé*

AMIGO QUE NÃO SE CONTA



Amigo que a gente conta

Não marca na caderneta

Amigo que leva em conta

Não vale nem a cerveja

Não leves em conta quem conta

Que podes contar com sigo

As promoções são penhores

Por centos que se retiram

Amigo bom é um ZERO

Que se coloca a direita

Um zero que não lhe tira

Mas nos eleva à receita

O UM que você é

É mesmo, sem o tal zero

Se somas ages com mais

De zero, nada se extrai

Prefiro um zero envolvente

Do que UM menos do lado

Que apenas dês-quantifica

Subtrai... Desqualifica!


Entre tantos



Perdi o medo de escrever

tudo o que me vem enquanto penso


Sei que não digo nada

e com nada quero dizer... Tanto


Me alegro só em pensar seu espanto

e seus ligeiros arroubos de sem mente...

Sem razão

Pois nada que digo

Não pode fazer-lhe sentido

e com toda razão


Como podem tantas letras

tantas frases e

estrofes...


nada dizerem? E tanto!

de certo... É um grande desatino


E eu rio

pelo não escrito

ditado nas entrelinhas

que é onde nada se escreve

Mas que nos diz tanto... Tanto!!!


Há tanto e tão mal

descrito


Mal ditos que eu

descrevo sem no entanto digitar

a verdade que me motiva

a enfileirar letras sem me preocupar


sem muito pensar

nos erros nem no pouco

que é muito louco


E essa é

uma grande verdade

aqui escancarada


Que muitas vezes

se rimam como certas verdades

Mas no geral muito pouco

e nem tanto

Assim


mas não é poema o que escrevo

e sim o que me expõe a alma

que quer porque quer

me dar um rumo na vida


ela sim é quem me dita

e eu apenas... Publico

minhas meias verdades

confusas


Escancaradas

quando vistas e imaginadas

Enevoando entre as linhas

ligado-as aos entre tantos

indigitáveis por palavras

que preciso compor e inventar

Em dialeto próprio

Muito particular


Indigestos versos publico

que nunca acabam

ao fim de cada comunicação


Leitura sem nexo

cheias de anexos

Sem intérpretes capacitados

Que me compreendam e

Com toda a razão

Sem razão







D'alma vestida


Na janela
Some a parede
Na parede
De janela
Que inexiste forma
Sem parede aparente
Vejo o poema
No vão
Ninguém lê
Só eu vejo
Num pisco
Ele se mostra
Disfarçado
De espaço
De janela
De parede vazia
Daí...
Tenho que escrever
Só prá mostrar
Prá você
O poema d'alma vestida
de nova...
de noiva...
de anjo...
De corpo inexistente
E preenchido
De aparente nada
E que transpassa
Tudo que forma
E some até
Com parede
Bem ali
A minha frente

Felizes para sempre


Inventei uma vida feliz para sempre

Perfeita... Que pode tudo

Se quero ir e...

Você diz não

Eu fico feliz

Ao seu lado

Se você quer ir

Eu deixo

E você fica feliz

Sem mim

E eu? Eu fico feliz também

Sem você

Se for de mentira a felicidade

Que a nossa vida feliz provoca

Nós inventamos outra

E tudo volta a ser de verdade feliz

Imagino que é por isso

Que nosso amor é livre

Tão maleável...

Que é forte

E é...

'Felizes para sempre'

Isso não dá para inventar

Por que?

Porque imagino

Nós inventado sempre um jeito

De nunca acabar o para sempre

Que nunca tem fim

Tá feliz com nosso

Mundo de criar... Sempre feliz?

mAnUeLLa Almada

Meu mundo rosado


Eu, Manu e ela

Ah... Nem sei, por onde começo...

Mas, eu?

Eu vou tentar... Deixa eu parar prá pensar.

Respiro profundo...

Vai começa... Diz Manu!

Eu?

Faço que nem escuto...

Respiro de novo...

E profundo.

Encho o peito de ar.

Vai... Começa!

Faço fuuuuuuuu... Que nem quando, o saco da gente tá cheio.

Fuuuuuuuuuuuuuuuuuu. Manu não me dá um tempo!

Penso.

Vai começa... E ele ainda repete.

Como ele consegue, não parar?

Parece um tic-tac, dentro da minha cachola!

Parece que tá no medo? Paralisou? Vai começa...

Fuuuuuuuuuu... Como ele fala!

Eu penso...

Tem hora que me arrependo.

Manu, não me dá socego...

Sossego é com dois esses... E ele logo me remenda...

Se você pensa errado... É claro que vai dar certo!

O errado! Pensa direito...

Vai começa... Abre esse medo e cria a fala.

Poe tudo isso prá fora.

Mas pensa direito, senão vira outra coisa.

Manu não me dá sossego.

Com dois esses.

E isso... Isso é verdade...

E no fundo... Sei que ele sempre tá certo!

Manu quando se engana...

Engana com um propósito, muito exato.

Manu nunca mente!

Manu deixa tudo aparente.

De tão transparente que ele É.

Fala tudo na cara! E...

Falar dela?

Dela quem?

A mente ou dela?

Ah... ela? Que está no título?

Do poema que É será?

Dela eu escrevo outra hora...Oras bolas!

Parece que você nem tá me notando.

Quem manda você pensar demais?

Tá com pressa? Vai... Se aquiéta!

Ou...Chega mais cedo, uai!

Quem pensa demais faz coisas de menos...

Pensar tem medida exata...Sabia?

Se não...

Quando você vê... Já era e nem aconteceu.

E agora?

Agora... De quando era antes?

Ah... Esse agora, não é mais!

Eu pensei que ia dar tempo...

Agora...

Agora mesmo!

Quero terminar de vez com ela.

Por isso ela não apareceu na conversa com Manu

Olha só, que interessante.

Nem comecei namorar, com ela...

E já terminamos!

Ufa!!! Que bom que ela nem sabe disso.

Eu passo cada apuro!!! Coisa que nem se imagina, sabia?

Eu ia começar a contar... E Manu...!!! ?

Por falar nisso... Cadê o Manu?

Ei Manu... Onde você foi?

Ei, Meu amigo!

Volta aqui... Já... AGORA!!!

Falo com você depois.

Manuuuuuuuuuuuu

By teka barreto

Cura


E quem me lê?
Se não...VOCê!!!

Curador de MIM

A loucura é
de quem atua

SANTA é A INSANIDADE
QUE TE REVELO
NãO SE JULGUE
ISENTO E LIVRE
DO MEU INTENTO
TE SORVO
PELAS PREGAS
BEIRADAS

MASCO-TE
TAL QUAL TABACO

E TE CUSPO
RENOVADO

Interconectadas


virtualmente além

Ontem morri

Ri...

E acordei...

cadê você nem pergunto

logo mudo de assunto

Mudo com meu silêncio

mudo e muda você

por isso

minha noite é de dia

e sua noite nunca vem

vez em quando acertamos

e sibrilhamos

no contente

E voltamos para sempre

ao recomeço

que desconheço...

E você?

sonhar acordado


Nunca mais

esquecerei de inventar

o que não aconteceu

Nos SoNhOs

de dormir

Sem sono

Prá sonhar

de acordo

com que

seria


se

fosse

Se o dia começasse...



Se o dia começasse a uma hora

da madrugada eu me acertaria

Com seus ponteiros na mesma noite

que iniciaria as treze horas

Meus dias começam sempre as seis

Os seus... As dezoito em ponto


Já mudei o meu relógio

Que se segura no prego

Que olho sem pregar os olhos

por sono que nunca atrasa

Nem muito me adianta


O tempo e as horas

tentei enganar...

Manipulando toda a maquinaria

o que me deu...

um trabalhão danado


fiz os ponteiros

girarem em sentido

ante horário

Mudei também a posição

dos 12 números


Mas confesso isso falhou

E me senti um fiasco

mas com o tempo...

Passou


Não há meio de fazer

o dia se esticar

sem que a noite

o invada de escuro

e me cegue ao avistar

que o tempo é de não ver

Por isso talvez

inventaram o acender

das luzes artificiais

Parece que não sou só

neste intento de burlar

a noite transformando-a em dia


Tenho como quase certo

que viver é uma grande

ilusão de ótica

e é isso que nos cansa


Que nos prega uma

peça que sempre termina

por cansaço de lutar contra o tempo

e a noite

que entra sempre no meio


embriagados

ausentes

por sobre a cama

qual nada existente

sem hora

nem vida aparente

desistimos de lutar

por cansaço de brigar...

contra as noites

que sempre vencem

nos embrulhando

de tão ladina que ela é









habito por hábito


Faltam nus...
Como eu diria?

sãos... Uns poucos!!!

outros muitos...
entre tantos
estão cobertos
por certo

encobertos
e
disfarçados
com razão
com
cara
esticada
o cara pintada
de
santo
do pau oco

acobertados
por máscaras
por força
do
hábito
da
paramentação

frutos
de rituais
consagrados
numa
espontânea...

programação
de
etiquetas
em
festas
aparentam ser
normais

vestidos
de
engomação
marcas
e
vincos

de fatos
e
fotos
de um vazio
pano de fundo

panos quentes
e
sorrisos
colgate

por força
do
hábito
tão
bem
passado
e
repassado
de
geração
a
geração

com... decoração!

muitos despem
seus
vínculos
e
se
olham
nús

e
como um
milagre

eliminam
seus
vicios

habitamos
num mundo
cheio
de
hábitos
ilícitos

aceitos
no
cartão
ou
boleto



débito
ou
crédito?

a
vista
ou
a
perder
de
vista?


sei





AREJE AS PALAVRAS


Ei...

Eis!

És!

Viu?

Areja...

Are e jaZ...

TERÁS INFINDO

TERÁS TERÁS...

Poema no AR

POEMA DE AR

DE AR

ESQUECE

ES QUE CE

éS QUeM AQUECE

Fermente com vida

com vida... respira ar

com folego... fole que anima vida

ÃNIME e sÊ VOCê

VOe CER COM OU SEM ÉSSE

VÁ SER

ESVOECER... ESVOESSE


E CRESCE

AFERMENTA

QUE FORESCE

POE AR... ESPACEIE

PASSEIE VAGUEIE

Solta... Larga... Alarga poe AR

Esgota AMAR

Há mar QUE É SAL

DA VIDA

AMAR... AMA...

há mais

Amais...

que brota!

Há MAIS...

JORRA... Jórras...

A tenta...

atenta...

e faz!

Ama...

DOar

AMA

Jorra

DO ar...

AREJE...

SÊ... CRESCE

FERMENTA

AUMENTA

RESPIRA

PEGA MAIS...

POIS HÁ

POESIE E SE VÁ

SEM OLHAR PRÁ TRÁS

SEM VER QUEM PEGOU

DE... MAIS


MANUELLA ALMADA

DIA INTEIRO


Acordar e vir SER...

O vence DOR !

Trás na mão empunhada

a espada da ALEGRIA !

Que corta o mal e as DUVIDAS

Sem que se deixe DÍVIDAS

para toda a sua vida !


És SENHOR de uma fortuna

que em SI... Não se acumula

Por mais que does e DOARES

Nunca acabará em MENOS !

Pois vem dos ARES

Por DEUS SOPRADOS!

Apenas...

Si INSPIRE E

SEJAS COM ELE UM SÓ INTEIRO !!!


DE CERTO


No palco da vida... Passo a passo e sem RASCUNHO ATUO.

Ao VIVO vivo meu roteiro...

ACRESCENTADO DE NOVAS FALAS...

NOVAS SEGUNDAS-FEIRAS


ANOS A FIO... CONFIO

E ME REVELO ATRIZ...

ARRANCO APLAUSOS ou VAIAS...

E RIO... SEMPRE POR DENTRO

ORA DESÁGUO

ORA DESERDO

E ME RECRIO DE CERTO

Desertar



instável o meu momento

segure-me pela mão

não faça mais nada

nem ao menos fale

só quero sentir meu corpo


preciso da sua presença

e que estes olhos me vejam

não sei se estou só...

nem sei se estou mesmo aqui


é tão real o etéreo

tão surreal me imagino

que tenho o tamanho

que penso


mas não me diga nada

nem mesmo uma só palavra

apenas olhe para mim

sem julgar

minhas medidas ou

se estou proporcional


o grande

o enorme...

não é do lado de fora

é dentro desta minha cabeça

imagino que aconteça

com todo mundo

até com você


tem hora que fico só lá

mas quero também estar aqui

como agora


Sou do tamanho do mundo

tem hora

com um corpo cheio de mim

que é levíssimo quando pesado

e penso aventar de vez

de quando em quando

prá lá e prá cá

balançando

com qualquer sopro assoprado

imagina um espirro bem dado

me pegando de supetão?


corro riscos

você nem imagina...

não largue a minha mão

me amarra...

me agarra...

tenho medo...

dos pé de vento

não consigo virar

cata-vento


Tenho só hoje

o que agora sinto

ontem já não tive mais

tem hora que me confundo

por não saber onde me encontro

com minha cabeça no vácuo

que é lá

bem lá afora

do corpo fechado por dentro


estou como que

presa... Prensada

no espaço de um tempo

sem saber dos contra-tempos

nem que compasso seguir

tem sempre um atravessando


porque não ir mais adiante

do ré ou sigo em frente?

Enfrento muitos dilemas

não sei... quais notas tocar

do ré... mi... fa

vou parar

algo mi fará chorar

melhor eu sair daqui


Para onde?

Lá perto do SOL

junto DO LÁ do SI

Bem ao lado logo ali

bem depois... Depois

Mais a sua esquerda

A direita de onde estive

um pouco antes

sabe ali?

Isso é bem LÀ mesmo


já fui por ali e me encontrei

um dia

nem sei o que fazia eu...

se vou de novo...

outra vez?

vou... Posso ir

com o tempo seco irei

com chuva...

Aí já não sei se iria

difícil dizer ao certo

Mas não é um talvez

maior que cem mais cem

prefiro bom tempo sim

você também?

Eu sabia!

Mas vou

com algumas

restrições e


já nem sei mais em que dia

mas sei que faz muito tempo


quero saber não agora

depois...

e você?

onde você ficaria

se depois de agora

fosse só amanhã?

quem saberá dizer-me

te dirá um dia

mas me ouça com todas as letras

que virão a ser infalíveis

inteligíveis de tão bem codificadas

leia em particular

e eu te verei e chegarei

junto com você ao fim do

invisível poema mas...

parto logo em seguida

a qualquer momento da hora

quem sabe...

seria melhor agora ou

melhor seria

as quatorze e meia?

de antes de ontem


Segura a minha mão vai

me olha e não me larga

tenho medo de cair no vão

sem chão

do mundo que me gerou

a partir de coisa alguma

bem assim do nada


segura-me

me abraça

preciso sentir-me aqui

me solte com muito vagar

mas só quando

eu dormir que é bem depois de agora

e envolta por cobertas de lã

com fios tramados a mão

tecidos para todo o sempre


você saberá quando é

o determinado momento

exato

a hora sempre chega

sem atraso

bem devagar

quase nada

quase nunca

quando menos se espera

é hora

que espaciou fingindo que não viria

e pronto pousou

aqui bem no centro dentro

como é grande este lugar algum

de mim mesma

é bem aqui onde estou

neste ponto do tempo

e tão ermo

que deserto imenso

comigo ao centro

será que fico ou

deserto?

Parece...

Que não acabo!










UM JEITO MEIO SEMI


O NOSSO AMAR

SÓ É UM MEIO

QUE FICA NO MEIO

Meio UM meio

UM jeito MEIO

De gerar O BELO A DOIS

Em meio graviTar

A GENTE ARRUMA

SEMPRE...

meio UM meio


DE ficar

COM CUIDADO

FUNDIR?

SÓ...


QUANDO CONFUNDIR

O MEIO


DAI...


VIRAMOS UM...

DOIS EM UM


MEIO MOLECULADO


ENCHE COM VENTO

SEMI DE NÓS


E O MEIO SOME...

COM NÓS

SOME DE NÓS

sem GRAVIDADE


explode-se

desfunde

de um jeito

ao meio

mas não

machuca

só abala e

extremece

eLLa ALmada desnuda-SI



sãos os loucos...


Paradoxos...
O que seriam?
Eu sei muito bem o que são
são casos loucos...
por ter apenas razão
por isso transito nos meios
burlando as leis e as regras
escrachando em bom português
Os professores se riem
e criticam os tais poetas
que se apresentam
por meios subjacentes
a linguagem

poetas inteiros
se
complementam
nos vãos
Isso não rima!!!
Nem mesmo combina
Estrofes dizem mais que você

que
finge fazer poemas
e eu?

me divirto com tudo
que é tão absurdo
e
aparentemente
Real
Explico...
mais uma vez prá todos

paradoxos...
são todos vocês
assim mesmo como estão
cheios tal qual balão
repleto de gazes tóxicos

Vento dentro

rezando da boca prá fora
com toda a sua constrição

Saberes
no próprio vácuo
negando o vento
lá fora
eu não estou aqui
nem muito menos ali
mas envolta por todos
os meios
observando do centro
Que bom que você
compreendeu!!!
O paradoxo por fim
morreu
Por causa de minha
escrita
que não deixa rastro
nem tinta
a e r a s
que as eras
nem nunca foram
nem eu
nem você
Seremos

que bom que o fim
acabou

Parto natural




pois ia

a

poesia

saindo

do

vagar

sem

ras~gar

do

í

do

o

que

havia

d

e

v

i

r

Sem sentido


Não explícito...

Algo não faz sentido

e eu...

explico !!!

Com todas as letras...

capazes de retratar

o algo que sei...

E É...

Sem sentido!!!

Que me perdoem os RACIONAIS

Cheios de sentidos pré estabelecidos

Algo em mim faz sentido...


Em ti?

É apenas vácuo.


Prensado á vácuo é tua MENTE...

ATUALMENTE

EM VÃO E

SEM SENTIDO

NEM MORRER TE CABERIA

VEGETAS PRENSADO Á VÁCUO

SEU BRILHO...

É BIJUTERIA

MAS O QUE NÃO SABES

É QUE EU VEJO ALÉM DO QUE APARENTAS

VEJO SEU BRILHO REAL

ESCONDIDO

ÉS SEU PRÓPRIO BANDIDO

E NADA LHE FAZ SENTIDO

by teka barreto




erro com tempo



Ocorreu um erro

e o tempo me corrompeu

desde ontem não sou eu

agora me desconheço

e esqueço o que tudo serei

depois eu começo de novo

e o que é sempre novo

o tempo não corrompeu

só o que era velho

morreu

de novo é recomeçar

que bom que em mim

não ha mais

do que algo mais

que nascer e nascer

de novo

perdi o medo da morte

e os anos

foram enganos

que sempre morreram

e o tempo nunca errou


foi só parar

de achar que com o tempo

me acabaria

e tudo logo se deu


desde ontem

algo em mim

em si morreu

mas não eu



sabor de aroma


não consigo

claro...

sigo poemaNDO

que escreve NO REMANDO

de escrito LETRA A LETRA

se veste O MARINHEIRO

traveste -se DE A VOADOR

NA alma

e vôa

ah...vôa avoa...

~Ã~ AVENTA

NADA... AVOA E AVENTA

e é ligeiro ~ã~ QUE RISCA ATÉ SEM MARCAR O AR ~~~~~

corre e volta E ACORRE E COMO CORRE ESSE ARVOADOR

QUE ENGANA O TEMPO

QUE NEM ESPAÇA


depois que entregou prá ela

em bolha delicada

com aroma de café

que PREENCHE

QUANDO CHEIA DE DESEJO PRONTO


DE AMAR AMAR AMAR AMAR

E ADORNAR... A DOR N AR... A D O R N A R

COM AR QUE EMBRULHA PRESENTE

ENVOLVENTE

DE AR DE ImãginAR


DE INSPIRAÇÃO

CARREGADA DE MIM

MAS É presente futuro

PARA ELA

E O AR

DO AMAR AM AR AM AR A M A R

ENTREGA CERTEIRO E LIGEIRO

la no endereço de LÁ


COM ASA DE POMPO CORREIO

QUE AR... rePOUSA

COM FIO DE FEIXE QUE NINGUÉM VÊ

do fundo do coração DA SUA AMADA

desejada... tao desejada... desejada DE ANSIAR

e atendida É de pronto

SENTE O banquete

AMADA SENTE...

EXPLODE A BOLHA ENCANTADA

BEM VINDA DO NADA

DO AR... DOAR... DOADA... DE MIM

COM ARES DE AMANTE

ESVOAÇANTE

BRINCANTE

COMO UM MÁGICO DE A'Z

NÃO O´Z


ACONTECE

O SHOW AVENTURADO SUBLIME

DE AVENTURINE-SE


levantando o cheiro

gostoso de arÔMEIAR O AR

SEU MUNDO AROMATIZADO

BATIZADO JORRADO

PELO todo INTEIRO

VERDADEIRO

IMAGINÁRIO DE VOCÊ


e faz salivar

A BOCA...

OS POROS DO CORPO...


BROTADO DE ALEMBRAR

o gosto de café FRESCO

feito com PÓ DE fé

QUE FAZ O QUE A GENTE QUER


ATÉ nada...

NADA... NADA


E nada nos FALTARÁ

ANTES MESMO DE

PEDIR... COM FÉ

RECEBERÁS

POIS ÁS... DE VER

A'z LIGEIRO...

~Ã~

VAI NUM PÉ

VOLTA N'OUTRO

ENGANANDO O TEMPO E O ESPAÇO

QUE QUANDO VÊ...

NEM VIU

NEM

HAVIA

E CHEGOU



zipado



poesia

surge

com

Lápis

depois

das

sinapses

nos

neurônios

zipa

grafada

em

papel

como

sinopse

mas

que

e

s

c

o

r

r

e

!

algo

muito

g r a n d i o s o

e

i n f l a m á v e l

Vida inteira



Eu tenho

A vida inteira para escrever poemas

que nem precisam ser lidos

mas escrever é fundamental

enquanto toco nas teclas

diminuo a velocidade

e os espaços em branco

ganham sentido

ninguém merece viver

sem ser preenchido


Não resisto aos impulsos

de alinhar no fim das contas

a cada linha acabada

seja lá qualquer assunto

que escolho enquanto

divago

me encho de vagos

pensamentos

e o que revelo

é um nada

comparado ao que nunca

escrevo


Eu vivo é mesmo

mas nas entrelinhas

Só poucos como você

compreendem o que não se mostra

poema nunca revela

o fim e para o que veio

escrevo mas é meu silêncio

quem fala por letras

que nunca escrevi

só pensei

que sim

Fui


Penso que fui

Por isso voltei

Mas claramente

Eu sei...

Que nunca parti

Nem mesmo cheguei

SER FLOR e SER FLORESCER


NO VÁCUO DO CORPO

ABRI PORTAS E JANELAS

PARA AREJAR

RESPIRAR...

E... RENASCER

SEM CHORAR

DO PARTO

CONDOR


SÓ DE AMOR...

QUE É SEM DOR ME SER...

SER FELIZ

SER FENIX

MANUeLLa ALmada

Momentos


Tenho muitos motivos

que exponho momento a momento

Alguns tão claramente fluem

Outros... emperram

Provocam no íntimo... um grito

que silencio... nem manifesto

Percebo o desconforto

naquele momento exato...

travando meu peito

Por algum motivo

um fato...

que desconheço ser claro

Motivos tenho muitos

Já os momentos...

são sempre passageiros

que levo por algum motivo

assentados dentro do peito

Quem sabe eles desçam

na próxima estação

Me liberando o vagão

que chamo de coração

Um bom motivo

é também um bom momento

Eles permanecerão marcados

como eternos passageiros

se é que existe um eterno
e
passageiro?

viver é mesmo

um motivo

num contínuo de movimentos

quem diz que motivos

e momentos mudam...

não sabe dizer por qual razão

assim como eu... também não

Neste momento

tenho motivo

para terminar

sem alguma razão conhecida

São tantos transeuntes

em poemas

faço mais uma parada

algum motivo passageiro

acaba de desaparecer

deixando vago e sem motivo

um espaço vago

No vagão dos sentimentos

bem aqui dentro de mim

um silêncio assentou-se comigo

Zé Mané


Seu mundo é do tamanho

de sua interpretação

Uma bala é uma bala

Que adoça

ou

Que mata

Uma bala será o que é...

Depende da intenção

Zé Mané

Ontem


Enrosquei-me no ontem

Me debati...

e me emaranhei...

em tantos antes de ontem

Antesdeontem

Antes passados

ante mim passados

presentes

lotados...

de antepassados


entre parenteses

tão conhecidos

de tanto ausentes

serpentes tão aparentes

caminhavam sobre mim


emudeci com meu grito

calado que engoli

desceu seco

rasgando-me do lado de dentro

mas por fim

expeli


e a madre santa

me recebeu

logo ao parir-me

lambeu-me

e alimentou-me

e o agora

levou para bem longe

todos os ontens

e eu cresci

de repente

me sinto bem vinda

nesta terra que agora

É santa

AGORA sou tudo...

que houve

E que ouve

o sino tocar

me pus de pé...

AGORA ME RESTA

CAMINHAR

PARA ONDE O AMOR ME ENVIAR


Não sou ainda


Dizem os apressados

que sou isto ou aquilo.

Como sabem com tanta certeza?

Pois eu sei...

Que não sou ainda

Aviso aos navegante e...

Distraídos

Não sou o que pensam

Não sou... Porque não acabei

o que comecei um dia

E enquanto não sou...

Sigo apenas sendo

Um quadro obscuro... inacabado


eu mesma ainda

sou de mim...

um esboço


Odor das dores


E foi assim...

Ela finalmente soltou

que cheiro...

Que horror!!!


Eu ao ouvi-la

sorri...

O que ela não entendeu


Então pacientemente

Respondi...

É meu odor das dores

estou incinerando por dentro


Ela com olhos de espanto

quase caiu em prantos

Eu?

Agradeci e sai...

Por certo...

Ninguém aquilo merecia


Eu?

Fui queimar calada

O mais longe que eu podia

Fumaçando

meus horrores


Por fim ao cair da noite

Minha porta foi tocada

com três doces batidinhas


era ela...

Se achegando

e me presenteando

com sorrisos


Meio encabulada

me deu

um tecido com forma de braços


que me agarrei

e abracei-me

aquela blusa

Tão bonita e única

quanto ela


E ela...

Toda sem jeito

Se aproxima de meu corpo


Eu...

Apenas sinalizo e...

com um sorriso aviso...

AINDA ESTOU A INCINERAR

Melhor você se afastar


Ela acenou...

Me sorriu

e me falou com um doce olhar

compreendi

se precisar estou aqui


agradeci


eu...

Ainda estou...

queimando por dentro

minhas dores...

meus medos...

horrores...

sem medo de me acabar


Carta


Assim com tu...

Cheguei por aqui sem uma carta

De recomendações...

Nem carta...

Nem mapa...

Mas logo se revelou necessário

E os descobridores...

Das coisas...

Dos lugares...

INEXPLORADOS

Trataram de assinalar


Mapas de explorar bem os espaços

por onde se anda

a fim de chegar em tal lugar.


Pedro... Colombos...

Links...

Almejaram registar...

Para que os seguidores

dos sonhos dos outros

Vivessem a mesma experiencia


Mas você?

Quer ser seguidor?

Ou quer aventurar-se por um caminho

indescritível em mapas?


O que te espera...

É saber que podes ser

sem sair de onde imaginas estar


É só ampliar seus horizontes...

Além deste mar...

Visível...


Sem linha HORIZONTAL!!!

DIAS SÃO DA MULHER


são elas SEM HORAS SEM TEMPO SENHORAS DE SI MESMAS COM TEMPO... COM TEMPLO... COM ÚTERO QUE GERA... GESTA E EXPLODE EM LUZ


ACALENTA... AMAMENTA... NUTRE... CRIA.... E AINDA TRANSFORMA TUDO EM... POESIAS... E DESCONTÉM TUDO QUE DELA BROTA... ESTE SER;;; TRAVESTIDA DE MULHER. ESTÁ PRESENTE E É O PRESENTE.......

FAZ O MUNDO SE AJOELHAR.E GIRAR PRÁ EXISTIR.

bj zipado.

É beijo de MULHER QUE É TUDO DE BOM SEMPRE PRONTA NA HORA H

BEIJO QUE CURA SARA NUTRI

E SE ABRE POR INTEIRO REVELANDO O AMOR QUE HA SEMPRE MAIS

DesconstruçOM


Nunca fiz uma poesia

Só faço...

Desconstrução !!!

Crio apenas...

Oh!!!

Crio...

OM

Que em TI

Fomento

OM tem

AGORA

FAZ TEMPO

Nada e Ninguém


o caminho embora incerto
por certo é sempre trilhado
se a cada passo não sei
como não paralisar
como não pensar
que posso
cair ou voar?
a cada passo renovado
um calafrio
um desafio
me convidando
o aventurar

continuar ou parar?

e a cada passada
passada...
o fim vai ficando á frente

lá atrás e somente
o sempre ausente
que insisto arrastar comigo
e
nada e o ninguém
seguem juntos

assustados...
todos mudos
por não saber o que buscam
e o que podem encontrar
num mundo sem pé nem cabeça

Onde eu prefiro avançar
apreciando
tudo
divagar

Poesia sem palavras


1... 0...
- 1
=
+

=/

Esvaziamento lento


Com toda a minha alegria

Que seja feliz SUA VIDA, neste dia

que já nem ONTEM tem mais

és de novo novo


Amanhã...

Talvez será fresco como Imaginas AGORA!!!

a cada gole

com toque de Mestre

Esgrimas com uma xícara


que voa soltando

aromas no AR

que respiras sorvendo

o prazer do negro

que não nos assusta

mais


como é bom

um bom café




Conceitos inacabadus


Que eu não mais aceito
Como eram e ainda são
como quem quebra uma jarra
que lhe escapa pelas mãos
Assim serão todos eles
que se fecharam em razão
parece que é mas não são
Pois veja o que me ocorre
vou explicar e é do unico jeito que posso
depois de tudo estilhaçar
Acordei quando dormia
e até a lua busquei
pois aqui onde queria
a luz fez greve de vez
Mas isso já não importa
pois solução sempre arrumo
de pé tateando no escuro
vejo na mente onde esta
meu caderno
que como uma flecha
apanho com a mão
sem vê-lo
e ao fazê-lo...
Escrevo mesmo no escuro
pois o que faltou foi a luz
que corre no fio
Mas não a minha
que corre nas veias
iluminando as idéias
Sou geradora da luz
que revela a vida
Da luz que manipula
a alma
Da luz que inacabou
inacabada ainda
gestando-me ainda
em constante anos e dias
em pleno trabalho de parto

Paz de passarinho


AM ~O~ R..


DeBANDEJA~~~~


~~~~~~~)))))~~~)~(~~~(((((~~estica~~~~~A~v~e~N~t~A~~~~~


~~~~onde você FLOR~~ eu~~~~~~~vôO~~~deBANDO~~~~COM~~~PAZ~~~


~~de~~~passarinho~~


A margem que emoldura


No canto esquerdo

mudo te vejo

meio recorte

meio profundo

atras sem frente

sem mar

amor amar


o dia acorda

em maresia

um dia

bem a noite

faremos uma poesia

riremos de tanto gozo

e acordaremos

o mundo aos gritos


euréka

euréka

euréka

Eu TEKA


eu amo

eu amei

eu amarei


esta é nossa cina

meu amor

Não tem um dono

Mas é teu também


Favo de mel


Sou louca de pedra

Feita de bolhas


Quando espumo...

Bato com força


Que me explodo

De tanta valentia


Que esvazio na hora

Todo fel


E me preencho de mel

De novo


A raiva parecia pedra

Loucamente arremessada


com fel

Mas é de bolhas

é favo


Que brota mel

Quando rompe

Rabiscos de riscos



Se me achas...

me escondo

mudo de nome

e de casa

abro minhas asas

e deixo você

em branco


Pouso em outro banco

sento por cento multiplicado

Ah...

Como um tolo

se contorce ao me ver

divagar em versos

Lê...

Relê...

Mas não vê


Escrevo com passarinhos

enchendo o céu de riscos

a cada batida de asas

que arrisco serem vistos

como emaranhados

de rabiscos

incompreendidos...

por tolos que nem você


E quando me vires

de novo...

Já não sou eu quem verás

por certo

eu sou

você

a me buscar

pelos ares

que respiro vorazmente

a cada batida de asas

Sou eu quem diz que sou eu


Meus pesados fardos

Arrastados secos... Somem

E me eleva a fumaça

Atritos incendiados

Que afasta de mim o breu

Sou brilho...

Já logo, AMEI a noite

Embrulhada em corpo

Sou papel com bala

Que adoça... Ou mata

Falta-me aviso no rótulo

Falta-me o porte de arma

Falta-me o que ABALA

Minha alma é que me anima

Já não sou uma menina

Nem velha que desatina

Sou eu quem diz que sou eu

mito de mistério



Que mistério resistiria

as respostas abstratas?


Inventa que sabe tudo

E o mistério se dissipa


tem gente que acredita

em coisa sem explicação


e nada é um mistério

se digo que é de um jeito...

Pronto o mistério acabou!


O que enrosca

é sempre o pensar de outro sujeito

cheio de interrogação


Que gera outra e outra e mais uma

E aí? Mistério parece que é


Mistério e encatamento

que causa suspiramento


que pede acabamento

é assim que tudo se dá


Lidar com mistérios é

do jeito que os invento que não são...

criando respostas do nada


Saber tudo que não é...

tão simples...

se não depende dos outros

concordarem.. Assim será


Mistério que se revelam

por causa de meus saberes

sobrenaturais


Eu decifro todos os mistérios

Mas rápido que Sherlock

O Holmes


Por isso

Não crio mistérios

pois tenho respostas

prá tudo

E de forma natural


Alguma outra pergunta?

Sobre o que não existe nunca?


multiplicas



Amor

Ah... Amar é presente

Amor

Há que emanar e se doar

Pois é maná que vem do nada

incondicionado

e se propaga no AR


Só de inspirar nos sacia

Preenche

Amar não se faz com falta

pois tudo que ele toca

se multiplica

Amor

Amar é diferente

e muito que se partilha

Pois ele não se acumula

nem sequer vira semente

só se sabe que nos muda

nos tranforma

nos transmuta

tal chumbo que vira pluma

tal ouro que vira sol


Amar não se economiza

nem gasta-se com supérfluo

Amar é sempre terno

E se faz sempre presente

amar é expressamente

fazer alguém muito contente

tão feliz ou mais que a gente


desejo que te sacies

de amor

e que em ti ele derrame

e se eleve chegando a todos

que estão famintos

por não saberem que

amar é multiplicar


Idiomês manoelês


Não tente entender um poeta com razão...
Nem mesmo julgá-lo... Idiota!

Poeta bom fala idiomês Manoelês
Sem se pré ocupar
com as tais...

pré posições

Poeta se solta
Poeta si avua

Poeta SIvuca
Poeta sibrilha
poeta a toa...

Poeta atua...

Voa a qualquer direção


SI Permite
Pousar onde querer aventar

sua pena suada escorrida


Que risca grafando em papel
sua bem aventurança
sem plano ou meta
apenas... Vivida
acontecida

Poeta escreve é depois que fez !

byTeka Barreto

enCUrraladus


A sina da ANTA

Com tinta de lula

quer assinar

camuflar

com artimanha

toda a

CONSTITUIÇÃO
NATURAL
QUE
AFLORA

esconde

do polvo

a verdadeira

lavagem

intencional

intestinal

de um quase preso
efezado


CONSTIPAÇÃO
que ATA

que alimenta

porcos com

ministério

Digo, MISTÉRIO
COMO TRUNFO
NA MANGA

AVANTE PAÍS!

"LAXANTE NELES"

Inspiração


Algo me INSPIRA


Eu?

Respiro!

E piro

Iluminando a escura INSPIRAÇÃO

E ASCENDO MINHA PRÓPRIA LUZ

Faísco IDÉIAS

Cumprindo a minha MISSÃO

ESCOLHO PENSAR,

LOGO...

NÃO RESISTO

E RESPIRO

LOGO...

EXISTO

E FAÇO PARTE

DO TODO QUE ME INSPIRA DE NOVO E DE NOVO


MINHA CINA É...

RENOVAR



Brôto de espaço



Uno em versos

os fragmentos diversos

Universo sem ideia

de começo ou fim

letras que soam vogais

consoam pontos de mais

exclamo dando sinais reticentes


ria mais...

há mais...

amais...

ria de si

pelo menos


átomos do meu consumo

diário

como bananas de pijama

e o potássio que as pariu


me estouro de gargalhada

quando o pouco já é muito

e o muito é bananada


só rindo que eu sacio

Só risos adoçam o mundo

digerindo rimos juntos

e o denso que indigesta

sorria que fica bem


Qual era?

Qual fora?

que antes de ser no tempo

já não era alguma coisa?


porque não haveria espaço?

se tudo é espaço faz tempo?


Como pode o que não é

nascer e morrer agora?


se tudo que acabou já foi

tudo que era seria outra vez?


Se nunca sai do espaço

para onde mais...

eu iria?


Como seria

criar no espaço

do espaço?


refiz-me e desfiz-me por eras

dissolvendo-me em esferas

no nada antes de tudo


sou oca! Não louca!

gravida de liberdade espacial

que gravita dentro e fora de mim

e que não me conforma


Tão cheia de vida fico

que tudo espaceia a volta

sem mim


e nada brilha sem ele

nem estrela


Có có ró có


Eu...

Não me calo!!!

Sou como um GALO...

A ANUNCIAR...

MAIS UM DIA...

PARA SE REPENSAR !!!


Có CÓ RÓ CÓ CÓ...

ACORDA... !!!

QUE A VIDA SEGUE...

SEM CORDA OU PILHA...


PRÁ NOS IMPULSIONAR !!!

VEM CURTIR...

VEM VIVER...

VEM SE DIVERTIR...

VEM SER VOCÊ!!!


APESAR DOS TROPEÇÕES...

VENCER !!!

Vem SER,,,

Magas amargas



Guardei as palavras

não sei por quanto tempo

vai perdurar este agora!


Agora é momento de refletir

sobre o que houve agora

e sabe-se lá por quanto tempo

será enfim este silencio


Criamos nossas histórias

e não finjo...

Não sabe-lo

nem fujo

nem nego

nem me escondo tal menino

assustado por poder

fazer arte... Tantas artes

até queimar-se... quebrar-se

inflamar-se com febre por dentro


Não imagino sofrer

Sou das Magas mais alegres

imagino felicidade abundante

que compartilho com muitos

Magos amigos


Mas sempre tem um...

Que renega e emburra sozinho

ficando tristonho...

Em qualquer canto

Curtindo sonhos funestos

Imaginando abandonos


Cegos

diante de tudo...

Só falta

Diante do tudo

há nada...

Nada enxerga

Nada vê

Nem lágrima brota ao olhar

No olho congestionado...

Petrificado dos seres opositores

do estado de alegria


Os Magos da amargura


Preferem a noite e a clausura

Os choros e os rangidos

os fracos e os oprimidos

por companhia e afeto













Assuntar... OBSERVAR!!!



Não aplico um golpe duro

num mosquito quando o assunto...

Um piparote é as vezes e o que lhe cabe na hora


Por isso muito me ensina a história de Golias...

Não foi o tamanho da pedra mas sim

A precisão do golpe!!!


E o gigante aparentado grande

Caiu aos pés

De Davi ainda menino


Um REI preciso...

Mesmo antes de sê-lo

ACLAMADO por todos




Tem dia


Tem dia...

Que é assim...

Dia inteiro sem que me alegre por inteiro


Fico sempre meio assim

Nada se encaixa

Fico parada

Tudo que começo...

Não acaba


Como se estivesse

dentro de uma caixa

embrulhada de presente...

Que ninguém recebe...

Nem abre


Mas isso foi ontem


Hoje eu mesma me abri

pois este presente é

mesmo para mim


Como é bom

poder sair dos quadrados

que não nos mantém confortáveis

enquanto desassossega


Como é bom fluir

por si mesmo

criar espaços

que não nos dê forma


Como é bom

sentir-se livre

para ser o que te der na telha


E observar a vida

aqui de cima

onde nem mesmo há telhado


Nada te apoia...

Nada te sustenta

Nada além do espaço

a te convidar...


Abre as asas...

Vai !!!

vem imaginar

vem pintar

vem dançar

vem criar

vem

SER

VOCÊ

MESMA



A AUTORA

DA PRÓPRIA VIDA

QUE ASPIRAS


Felizes para sempre



Como eu queria...


Que você nunca mais sumisse

Muito menos dormisse e só...

Ficasse feliz

Para sempre

quando então

compreendesse que nada em nós

é tão triste


Meios


Sê totalmente um meio
sendo
sabendo-se
por INTEIRO
Pois nada compartilhado
se finda
entre os extremos
de UM inteiro
só há UM meio
E sendo INTEIRO
Inclui os contidos
pois...
És um meio
sendo UM em meio...
doando o que conténs
mas sendo meio
não chegas a UM
Para ser UM criador
há que se criar nos meios
No universo
imaginado
repleto de dados
por semelhanças
agrupados
E brincas de estar
contido no todo
que não te contém
nem mesmo sequer
te refreia
Podes ser...
UM meio somente sendo
POR INTEIRO
Sem medida
Sem tamanho
És UM

em meio a dança dinâmica
que move com graça
UM todo
com ritmo cadenciado
No aparente...
UM a UM

Como Pessoa


Devoro poemas

devoro Pessoa

Sorvendo seus escritos

calando seus gritos

inconformados


Insaciável fome

de letras

a minha


Minha forma humana

cheia de fome

come Pessoa

com os olhos


E a boca

já nem mastiga

apenas engole

as rimas


Os versos

que ele em Pessoa

me serve


Ah poeta que fome

de pessoas mais humanas

Por essas e outras...

como você

Singularidade


Sendo ou não sendo

Sigo assim mesmo

Sendo ou não sendo

Ainda assim

Sou SINGULAR

No PLURAL

Contas


Somos a soma de tudo que deixamos prá trás...

Viver é multiplicar-se de novo

A cada segundo voltar...
A SER

Sem medo de se acabar à tempo

as contas enfim

nunca findam

Viver é...

Contar com todos

e alegrar-se com os resultados

Que nunca serão de menos

Pois somos por base...

Mais

Isso sabemos...

Porém

Omitimos

Para brincar entre

Mais e menos

Existimos

Sem fim

consistente

teka barreto

Sem meios


Como pode um meio

te conter por inteiro?

Como pode ser um meio

o todo que tudo contém?

Meus meios são as palavras

que descrevo num e-mail

onde grafo o que notei

Será que existe outros meios?

Onde eu possa por inteiro

preencher sem me conter?

Desobstrução


Desobstruindo neurônios em curto-CIRCUÍTO.

A falta de lógica num poema, pode explodir velhos conceitos.
Eu não faço poemas...
EU SINTO MUITO e ESCREVO

E ME DIVIRTO

PERCEBO QUE NÃO ME ENQUADRO
EM ESPAÇOS FECHADOS...
APERTADOS... EMBOLORADOS e PRÉ ESTABELECIDOS

EU VIVO DE RISO

INDEPENDO DE CERTAS REGRAS

GRAMATICAIS

O TRISTE...
O FEIO...
O MORTO...
ME DEPRIMEM COM MUITA FACILIDADE

O que alegra a SUA VIDA?
Esta pergunta deixo no AR...
Crie respostas lindas... Coloridas...
Modele os MEIOS E FAÇA SURGIR O QUE GOSTAS DE APRECIAR

Sentidos


O que dói não é a morte mas...

É a vida sem sentido

A morte desligada ainda em vida

É o que dói

enrijecendo os sentidos

Prendendo o que deveria...

Voar

Sem depender de penas

Voar só por imaginar-se

Imortal

Cacos



Detalhes são cacos

Refletindo UM espelho

Quebrado em partes

Milhares de brilhos

Irrefletidos

Perdidos como indivíduos

Cortantes

Somos UM

Diferente de UM como um TODO

Indiferente aos demais

Negamos

Ser um com ele

Humanidade alquebrada

De mentes brilhantes!

Somos todos UM

Solitário pedaço

Anelado de vidro

Que já não reflete

Em verdade

Uma só IMAGEM SEMELHANTE

Somos todos UNS...

Errantes e ignorantes!

E=M.C2=TRABALHO


EM HOMENAGEM AOS TRABALHADORES


E=M.C2

Traduzindo...

ARRASTAR UM CORPO FÍSICO POR ANOS...

DEMANDA UMA GRANDE APLICAÇÃO DE

ENERGIA !!!

UM PESO QUE CARREGAMOS PARA MANTER UMA FALSA ILUSÃO DE... IDENTIDADE.

NÃO SOMOS UM CORPO...

CARREGAMOS UM CORPO PRÁ LÁ E PRÁ CÁ.

E ISSO IMPLICA...

NA SENSAÇÃO DE...

TEMPO E ESPAÇO.

O INSTANTÂNEO...

DELTA T=0

É DESACELERADO...

REFREADO !!!

ARRASTAMOS UM PESO MORTO...

CHAMADO MATÉRIA.

E ISSO DÁ TRABALHO!!!



Prof. AINSTERISCO* by Teka Barreto

Lugar nenhum


Falo de lá

Lugar que não é deste mundo

Material lá não tem

apenas pensamentos

novos...

ainda indescritos

devido a falta de letras

palavras... verbos ou conjugação


Lugar nenhum é bem vivo

onde tudo é vivo

onde tudo é são


Tal qual energia imanente

que não se contamina

por ser apenas e de pronto

Lugar de um merecido repouso

Que não se altera por nada


Pós obras que dão trabalho

Fez-se a luz...

Aqui...

Que é...

bem fora de lá


AQUI !!!


Onde agora navegas

sem saber-se criador

das dores que te dão todo saber

Em todos os sentidos


Levando-o a desviar

das margens...

Dos cais...

Das pedras...

Tão reais como IMAGINAS ser


Sofres por puro prazer

Por amar estar encarnado

exercendo as suas escolhas

Que as vezes te encalha

Como riscos em qualquer obra

mal planejada


Marolas que rasa te agarram

Prendendo-te nas areias

que te esfoliam a pele

Capazes de te paralisar...

Dissolvendo-te por medo

de navegar em alto mar


Mude...

Mude sua rota

Siga prá lá

Lugar nenhum é lugar de ser nenhum

É onde se apagam os equívocos...

Os aparentes erros e os encalhes

imaginários


Eu prefiro navegar e remar

Só volto lá prá repousar

depois de velejar com muitos até cansar


ou surfar só,,,

Por minha conta e risco

Nas minhas próprias ondas

Que crio por diversão


Melhor fazer...

Que não exercer

Seu direito de SER

O próprio SER


E ficar esquistificado

Numa prancha de desenhista amador


Cinética é a primeira ARTE

E NÃO A SÉTIMA que algum tolo

Aventou e você acreditou

abandonando seu posto

De diretor de cinema...

De ante mão...

Consagrado





Desconstruindo


Claro que estou atenta

Claro que está ruindo

Mas crio a cada pedaço

olhando prô que foi isso

Esfarelando... Criando

Desconstruindo


Crio enquanto descrio

Desmanchando o que já foi

O denso que amoleço

Separado os fins

em recomeços


aproveito só lembranças

dos idos que inda são

pedras lembradas

do meu caminho batido

por onde nem passo mais


Meus caminhos terminaram

Meu passado desmanchou

Saida?

Só para frente

Em frente quem vai?

sou eu

Uma questão de apontar...

Decidir e mover

Parar?

Só quando a hora chegar

Sair de cena com graça

Morrer escutando aplausos


Se todos os caminhos

levam-me a Roma...

De certo também

posso não lá chegar


Uma questão de opção

Se sei o que tem lá...

Posso desviar minha rota


As boas já foram boas

por hora não são mais novas

e assim abro os caminhos

criando agora espaço


Se tem uma coisa

que fazemos sem pensar é...

Entulhar

Preencher

Sufocar

Envelhecer


Quem sabe de agora em diante

criemos apenas espaço

Pois do jeito que o peso oprime

não passaremos de

Terráquios


Presos no mesmo passado

Que foi então muito bom...

Mas que passou

novamente


Eramos batráquios

Felizes...

Adaptados e...

Sorridentes


Coaxando por toda graça












Vínculos


Destaque-se do coletivo

num grupo

as escolhas são vínculos


afetos que nos misturam

sem que se saiba quem é

pois todos são num grande bando


coletivos

manadas

matilhas


animais a vida de todos

animais sem ser você


Animas um corpo atômico

mas em verdade isso é cômico

não sabes o que fazer

imitas mas não crias

só procrias ao dares cria

aumentando mais os tolos


Os seres irracionais

que vivem menos que mais




Cheia de mim



Uno em versos
os fragmentos diversos
letras...
grãos...
moléculas...
Que me conformam
em forma de MIM
atomicamente agrupada
me sinto posseira
numa terra comprometida
que não quero limitar
demarcando um começo e um fim

Dou gargalhadas
mesmo sem compreender
todo o grande vazio atômico
que há dentro deste corpo

Amenizo o não SABER sorrindo

Pois sei existir muito além
desse egóico corpo sim

só risos me fazem bem
só risos me aliviam
a contração irreal
Que há eras
me expulsa da terra

Desfaz-me da forma
refazendo-me informa

retoma ...
volta
ao mundo da terra
cheia de pó
e de mim

estou
cheia
de
ir
e
vir

Átomos


Unidos pela vida

partem os atraídos

rumo a formação

do mundo que exige domínio

denominando as

substâncias


camadas que geram pedras

em miríades de tamanho

e todas as nomeadas em

partículas certificadas

em nome de uma

pseudo ciência


Substancias substantivadas

divididas por camadas

denominadas pelos

cinco sentidos como...

solida

liquida ou

etérea


Confundindo os distraídos

atraídos pela tola discriminação


Ah...

O reino da criação...

Onde tudo é semelhado

por idéias que aparentam


Nada existe de fato como matéria

pois tudo é onda

como o riso ou o grito


que ressoa na nossa

aglomeração cavernosa

ativando a sensação de percepção

num eco reverberado


Que sensação é esta

que insiste em me dizer

que só existe o

AGORA?

E agorar

é se inspirar por PRAZER

de brincar...

de TER...

de SER CAPAZ...

e FAZER

acontecer


Penso que agora...

Existo!!!


Penso que sou

finito


Penso que...

por atração

sou manifestação


de uma infestação

atômica


Permeio entre os espaços

sem exato domínio de onde

eu logo existo...

Sem localização espacial


Onde será que mora

esta minha pessoa?

Numa aglomeração atômica que avoa?


Semelhante a passarinhos

que retornam para o ninho?


Sou eu a soma do tamanho espacial

regendo...

no meio do dentro e fora

da nuvem de um estorninho?

Sou o que observa

O movimento em aberto?

Os buracos negros feitos pelas minhocas...

que passam por minha cabeça?


Sou eu apenas uma ideia

na cabeça de um DEUS

que insiste em repousar?


Ou serei eu...

Um mago capturado

pelas minhas próprias ilusões criadas?


Que me dominam com medo

Em vez de serem...

Apenas minhas servas...

Minhas criadas


Sou vitima de uma rebelião

planejada com antecipação

na luta entre classes

que se julgam ter direitos

a greve e paralisação


Quem governa este povo...

Atômico?

Aquele que dorme e que

chamamos de DEUS?


Penso que um dia desisto

de brincar que existe dor

crime e castigo


Libertas...

quae sera tamén


Liberdade ainda que tardia


Ainda que terminem os dias...

Por preguiça de imaginação


Posso morrer sem querer...

Ou por pura diversão


A inércia é ausência

de algum sentido


Num reino...

que não é deste mundo

devido a ausência de ideias


Repousar é dormir feito DEUS


Acordar é em princípio

efeito criador de mundos


a partir do manuseio do barro

onde os átomos são inspirados

a participar da informação imaginada

entrando todos em formação

semelhante a ideia original


Imagem e semelhança

as vezes espanta

as vezes encanta

as vezes insufla-se

e ganha vida


Na casa arquitetada

quem mora dentro

por direito

é dono da construção

ilusória


ACORDA...

AGORA ou DEPOIS?

POIS ONTEM

FOI SÓ UM DESEJO


E POR DIREITO

SÃO TRÊS


DISPONÍVEIS A TODA HORA

QUE JULGAS

QUE PASSARÃO


NADA ACABA NESTE MUNDO

SÓ A TUA ILUSÃO

cria a ideia de fim


VEM BRINCAR DE ALADIM

NO MUNDO DO FAZ DE CONTA

entre tantas histórias...

Quem quiser que invente outra


















Todas as letras


Já me disseram por certo

que o que escrevo não se compreende

E digo

que bom que você lê

as coisas que eu escrevo


Mas não entendo

me dizem


nem eu

respondo

apenas escrevo

e tem gente que se poe a ler


Mas então eu estou certo?

Você não diz mesmo nada?


Exatamente...

Assim tal qual você que me lê

por falta do que fazer


o que escrevo só serve prá nada

com isso quero inspirar você

a ser melhor do que eu


Seja você um Pessoa

Seja você uma pessoa

seja melhor que Drummond

seja melhor que você


supere-se a cada dia

sou apenas um convite

que insistes em ler

sem nada fazer por você

além de alinhar todas as letras

e ao fim nada dizer







Emergem


Emerge a ânsia
E nadas
a grandes braçadas

emerge a ira
E gritas
quebrando o silêncio e a paz

emerge a ignorância
mas duvidas
como acostumado tolo

emerge a excitação
mas hesitas
em avançar

emergente e presente

é o constante sono

que te cega e te arrasta
qual sonambulo a caminhar
pelos vales onde há vida arquivada

Nada
Vale a pena...
quando almejas
ser tão bobo e incapaz






CORPO DAS LETRAS (em GESTAÇÃO...)


Sem pé nem cabeça

o que sobra além de espaço?

Na minha cabeça...

Crio ou desfaço

Deleto ou gravo

mas nunca apago

O tão vasto Universo

me inspira a fazer versos

sejam feitas as minhas vontades

assim na tela como no papel

Os sentidos são os meus

Os lidos

são agora teus...

meus versos...

Gestando ainda

São estados sentidos

De algo inacabado

Os arranjos que grafo

é prá causar estranhezas ou

certezas...

E assim transfiro o que inspiro

E compartilho o que não é só meu

passam a ser seus os direitos

não reservados

Você é meu co-poeta

que reinterpreta tudo o que re-alinho

As palavras que uso

são elementos astutos

pois para mim dizem algo

que você lê mas não sabe

o que eu...

Com eles quero dizer

Fazer o que?

Observar-se sem debater-se

Quem sabe...

Parar de ler te acalme?

Fraseio o absurdo

num mundo direcionado

ao estático e sem sentido

Caótico não é o que se quer ordenar

Desconstruo o Gótico

Denso e estruturado

Pois tudo o que é coisificado...

Passou a ter serventia

Meus versos insuflam

ar...

Como um experiente salva-vidas

Me leia...

Me deixe passar

Mas não se oponha a cria

Do fundo te quero tirar

e ver-te respirar com satisfação

Inspirando o ar com alegria desmedida

Há vida em tudo

a vida é constituída de poesias inacabadas

E isso causa... Estranhezas

criando-se no caos...

mais e mais perguntas

E o universo se expande

Devido a tanta indagação

O Universo se constrói a partir

de informação

Por isso toda pergunta

nos leva a incansável busca

Do sentido que é sentido

Animado é o teu corpo...

Sem pensar

e independente de ti

Animado são meus versos

que expande o concreto

das palavras solidificadas

minha escrita é fissão

que desconstrói o encorpado

nas palavras soterradas...

enclausuradas

num solo

determinado e sem sentido

As palavras precisam voar

Por todo lugar...

Se não...

perdem os multiplos sentidos

Palavras esquecidas

Exiladadas num sentido

Liberto-as

Das catacumbas

Insuflando-lhes nova vida

Que sejam elas, o que tu quiseres

Mas não se apodere delas...

Minha poesia não é concreta

ela é cheia de espaços e respiros

porosa como uma pele

Num organismo vivo

Manter os espaços é harmonização

é como dar

um caloroso abraço

sem se fundir ou vir a ser

algo totalmente diferente

Minha poesia

assim como você...

É algo bem diferente...

Original... Singular

Deixar de ser o que é...

é tornar-se concretizado...

Findo

Mesmo sem ter acabado

morrendo ainda em vida

Poeta não cria coisas

Poeta cria NADA

No mar de suas ondas

Sobem e descem

letras... Frases... Palavras...

Havemos que desfrutar...

Apreciar as braçadas

Fluindo e se divertindo

no oceano dos sentidos

* poema inacabado...

Bem na hora



Bem na hora
não agora

são precisos

os dois ponteiros

se o relógio em ponto anda
alguém poderá não ver
que horas deixou de ser

passadas as escapadas
espaçam minutos a minuto

saltando o que passou
avançam do que já era

rumando para onde será?

Partidas que são finais
começam num ponto xís

tudo porque prosseguir

pensa chegar em fim

assim...

pensa que existe e...

faz tempo


Sem hora sigo parada
olhando um ponto no nada


do ponto

que tenho a vista

no ato de observar com vagar

os erros que estão no medo


senhora de mim e do bem

me revejo
agora que tanto me faz

sê agora

sem nada e por nada

Sem ônus

sem bônus

sem horas a fio

ligado ao temporário


Relógicamente

porquês

do tempo se acabar

o tempo é prisioneiro

de um tic-tac nervoso

não tem hora nem lugar
onde ele possa estar

ocupado com você

você não está atrasado
devido a não ter chegado
há tempos

quem se apodera das horas

com o tempo...

há uma certa hora marcada

se acabará por inteiro

fundido aos dois ponteiros


compreende que és AGORA!





Meio


no peito
um meio aperto

meio árido
meio vapor

meio vago
meio cheio
meio de dor

meio...
um poema
que não terminou
nem começou

meio acabado
meio começado

meio engraçado
meio tolo

no meio os termos
em meias palavras
um poema meio
sem mim

meio desconstrução
meio interrompido
com o autor meio
pego de surpreza

meio dela
meio meu

meio sem dono
meio sem nexo

meio
sem
ninguém

fazendo
meio
sexo






Olhos


Pois assim que deve ser

Dizer o que?

Dizer para que?


Quem saberá

o que sinto

na pele


E que me reveste

o corpo com

meras palavras


Escritas por cima do nada

No branco


Pintando de negro

o que só faz sentido

se lido

com olhos que são

os meus


Medita nas entre-linhas


Penso que logo e de novo insisto

sou persistente

e incoerentemente medito


no silêncio me transformo

e mudo

pois tudo muda


se brota?

já eu não sei


Só sei que nadar não sei

mas não me afogo em alto mar


quando por baixo dos pés

tenho um barco a me levar


Medita no que quis dizer

e suas redes neurais

ascenderão como feixes


E o que surgir pode ser peixe

ou camarão faxineiro

que despolui as águas

contaminadas de escrotos


homens de escafandro

que fuçam a procura do lixo

enquanto produzem e comem

a produção de lavagem


Tem coisa que não se limpa

tem coisa que só finda

e é um alívio acabar...


Terminar prá renovar

emergir-se das profundezas

do redemoinho das coisas

que nos levaram para tão baixo

bem próximos do buraco negro






Memória


Possuímos e por isso...

SOMOS...

SERES TÃO...

MEMORÁVEIS !!!


NÃO SE ESQUEÇA

DISSO QUE POSSUIS

SENÃO...

TORNAR-TE-Á- RAS...

UM GRANDE...

NADA...


ABSORVIDO PELO ABISMO...

DESCONHECIDO

CHAMADO ATUAL... MENTE

DE UM ESTADO

FORMATADO


MORRIDO

MAS...

CHEIO DE POSSIBILIDADES

DE

ATUAÇÃO

SURFANDO


Renovando meu face.

Revendo e colhendo

O que plantei como ideais

Sem ter idéias CLARAS

Do porque naufragava


Revelando minhas faces.

Me descobrindo CAPAZ de CRIAR REALIDADES
Numa onda espontânea que revela-me...
ESTOU SURFANDO UMA NOVA FASE

O que se passou comigo?

Ganhei UM PRESENTE.

Chamado PERCEPÇÃO


A CHANCE DE IMAGINAR-ME CRIADORA

DO MEU FUTURO INCERTO


ME ALIVIEI DO FARDO DO PASSADO

ONDE APENAS FLUTUAVA

NUM PONTO QUALQUER

DE UM SEMPRE... MAR MORTO

E SEM POSSIBILIDADE DE VIDA

AGORA É SEMPRE A QUALQUER HORA
UM NOVO CAMINHO

UMA NOVA POSSIBILIDADE

DE CRIAR E PEGAR UMA ONDA

O PANORAMA MUDOU.
A MINHA FRENTE NÃO EXISTE MAIS
UM GRANDE RETROVISOR

ACABOU-SE O MEU PROBLEMA

DI... VISÃO


Circo FAMILIAR!!!




Senhora e Senhores...
Respeitável público...

Hoje o show é meu!
Vou assistir vocês!!!

No palco que eu atuo
eu não compactuo...
com quem não sabe as falas...

Que devem ADvir da ALMA
QUE NUNCA SE ENGANARÁ!!!

Quem falha?
Quem ralha?

Me chamando de DONA
Das esferas dos Eteceteras?
... ... ...
... ... ...
... ... ...

Lá onde o falar é NADA
Lá onde o silêncio é...

Claro que nada rima...
A força?
Nada combina

Representar os papéis
Apresentar aos fiéis a conta...
a monta...
os mais capacitados à...
adaptação!

Esquecer o onde estamos e...
Lembrar-se
Que o PALCO não fala NADA
Quem diz algo senão eu?

Sobe e ASCENDE...
SERENA... MENTE
com sua verdade
PERCEBE-se sendo

Que a coisa que é todo dia
LIVRE E APRIMORADA
VIRA COMPARTILHADA
PIPOCAS reinventadas...
SERVIDAS COM PURO CHÁ

Averdade OFERECIDA
A verdade CONSTRUÍDA

Não cabe
Num MERO papel

APOSTILADO EM...
versiculos

Numa era de...
Janelas...

Veja como é simples...
Lindo e... Windows
mascarar a hipocresia

No mundo que faço parte
Nos palcos que eu ponho os pés
Todos me dizem...

Vamos por parte se queres entrar
Vamos tomar um chá...
Vamos tomar... Café!
Combinar as falas...
Dos isso pode...
Isso não cabe...
pois meu caro...
minha cara...
podemos parar de lucrar!

reinventaremos a roda!


Como é desgastante mater-se meio
Em meios...

Num meio que DES...
favorece UM

Num meio
que favorece ALGUNS...

POR MEIOS
inteiramente...
Meio a meio!!!

Ser ou Fazer?
Ser ou ganhar?
Sou por acaso... os afazeres?

Ser uma forma de estar...
Ser um star?

Ser para quê?
Separa o quê?

Melhor não pensar...
Melhor minimizar...
melhor animalizar...

Melhor é COM.BR SUMIR
Com o pop estar!
Ou...
OLHAR para o pobre E
na foto estar

Melhor não ser...
Melhor não fazer...
Melhor É...

Melhorar!!!

SER? FAZER? O quê?
eIS O TOSTÃO

Vale o estudo ou...
A aplicação?

Anjos me livrem
da inflação




teka barreto
junho/2014

Indiferença


De certo que cheguei a sofrer

com sua indiferença

Mas passou...

Aceito sua indiferença

Com indiferença

Obrigado meu Mestre

Gerado em meu próprio mundo

Se quiser aprender

Algo bem diferente...

Aí sim

aceite-me como sou

Bem diferente de você sou

Sou também ignorante e arredia

como quem não gosta de brincar

de não ver...

De não ser...

Fingindo-se de morto

como tolo herói que morreu em vão

Enterrado cedo e bem fundo

Coberto por uma fachada

de acumulados sustos

Guardados vivos num tumulo

onde jaz mais um estupido

que se julgou imune...

Indiferente a vida como presente

de valor incalculável

Sei esconder-me de medo

mas prefiro...

O esconde-esconde

Que me enche de alegria

ao brincar comigo

de pega-pega

pular corda

ou pique-esconde

segundos seguidos


um segundo
e lá se vai o tempo

um segundo
nasce
posterior ao primeiro

segundo o que sabemos

o tempo anda
prá tráz

um segundo
vem primeiro
antes mesmo do terceiro

um segundo
de atenção

lá onde o tempo começou
lá ele terminou

o tempo inteiro
só existe na ilusão do passageiro

ninguém viveu
se... parou

num segundo
o tempo que corre certeiro
mal concebeu...
já findou

o tempo não vinga
não gesta

não faz ideia
nem multiplica

o tempo é concepção vazia
não brota
não vai adiante
nati-morto
no instante


quem diz que
só o tempo dirá...
nem consegue revisar

se a mente parar
prá pensar
e
fora do tempo
se achar... existindo

pergunto

prá onde vai
o que existiu até
agora...
desde o ínicio dos bons tempos idos?

como naquele
atmo de um unico segundo...
gasto fora de hora?

me responda

agora!!!

quanto tempo
se
perdeu?












Linho amassado


Chegue ao EXTREMO

SIM CHEGUEI...

E ME DESCOBRI

SEM VERGONHA


SEM CULPA


SEM MÁGOAS


SEM NADA


NUA


POR DENTRO


TRAVESTIDA


FORA


DE LINHO


AMASSADO


MAL PASSADO


DÉMODÉ

Certezas



Não as quero mais

Talvez, apenas queira...

Talvez....
Vezes mais

Certezas!
que nunca sejam...

Capazes
de me tirarem a PAZ

Talvez algum dia eu mude
com certeza

Talvez...
para sempre mais

Com certeza
mudo
demais

Nada em si mesmo


Nada em si mesmo existe

sem que você participe

da criação de tudo


Não são meras palavras

nem meros escritos

simplifico

explico

o que já deverias saber


Por mais que tentes não ser

és criador nesta vida


Se Deus não criasse o mundo

você não seria você


Num mundo que dá tantas voltas

revoltas serão contínuas

Você de girar desatina

nem sabe o que veio fazer


Vieste sem vestes

criaste as roupas

e se escondeste

de vergonha


por entre as folhas

é que se lê

pois és um poeta

a escrever certo

por entre linhas tortas


Saiba então que por princípio

tudo começa e termina

em um tal...

você


Nada em si mesmo

de braçadas

avança certeiro

sem erros

não seria certo

nem seria belo

escrever versos

que não dizem coisa alguma...

apenas nada

sem ser você








Ponto de vista



Informe


bem daqui onde me vejo

nesse espaço interminável

sem lugar localizável

por marcas determinadas

nem linhas convencionadas

chamadas de coordenadas


sou xís de qualquer questão


do ponto que eu avisto

o que meus olhos enxergam

e a minha memória traduz

conformando e ajustando

graus do que é ou seria


a miopia com zoom

a alquimia dos cegos


concluo


Eu SOU um ponto de vista

condicionado como tolo

crendo-se muito aquém

limitado, cego, incapaz e pecador


observar me eleva além

do lugar dos conformados...

condicionados


cabeça é para coçar...

MEDITANDO


cabeça é sala de estar

onde se pode assistir

as programações diária

que auto mata os homens


no lado que é fora

me livro

me vejo como um amigo

servindo com alma a todos


a alma que habita a sala

abraça por dentro e por fora

há todo tempo somos UM

quando conscientes D'ELLA


Eu era cega e não via

o que sentia encolhia

pois tinha medo da vida

pois tinha medo dos outros

pois tinha medo de mim


AGORA

EU SOU

FAZ TEMPO

E CRIO ESPAÇO PRÁ MIM


MEU PONTO DE VISTA...

AMPLIOU!

MINHA CEGUEIRA

ACABOU!


E O QUE RESTOU...


NÃO TEM FORMA

NEM NADA MAIS

ME CONFORMA






Palco poético


Pois bem
vamos esclarecer
antes que sua confusão aumente
Uso as palavras
apenas para ilustrar
pensamentos nauseados
Não espero que concordes comigo
mesmo porque
o que escrevo...
Se te enjoa?!
Quem interpreta é você
Você e Fernando Pessoa
nunca lerei...
Ora pois!

E por mais que se esforcem
os dois...
e se esmerem no uso das palavras
suas poesias, serão sempre minhas e
dependentes...
da minha interpretação
Eu, ao sorvê-las finalmente direi
gosto ou não gosto...

talvez
Por isso fique a vontade
e se revele parceiro (a)
da poesia que digo que é minha...
mas que no fundo é tua...
por re-interpretação
Tens uma participação especial
em meus poemas

apenas
Te convido a transitar por meu palco
montado tão frágil

sobre mim mesma

Provoco efeitos especiais...
Colaterais
em toda gente
genéricaMente
com papel
caneta
ou lápis

preescrevo
a tua bula
Leia-me e...
Veja-se
Reinterpretando
Divagando...
Sobre os efeitos
do que eu nunca escrevi
Nem receitei

Sofres de poemia!
Doença crônica eu diria

Que afeta
frageis poetas
SóMente!

Silenciosamente


Escrevo silenciosa

o que escuto-me dizer

ao pensar... divagante

Que ruido incessante é

pensarpensarpensar
pensante um trem pensante
maria fumaça mental
pensar coisa e o TAO

E como silenciar?

o que não se permite parar?

Algo virá

Algo será

escrito por se pensar




digito Um meio


digito dígitos
em meio
a
UM

Uso palavras
para
dizer
tudo que sinto
quando diante
do
verbo
indefinido
como
zero


circulo rodopiando
entre
círculos sociais
verborrágicos
com passado
mais que perfeito

ensaiando plano
de
voo
deviche
retorno
fora
de
hora
ou
sem escala

Giro
imaginando
a reta conduta
na esfera
do todo
que
somam
o
que
somos

UM
meio
a
NENHUM
e
sem
área
quadrada





Causa e efeito


Aquele que causa efeitos

sem saber

É vitima

de si sem ciência


saber-se agente

nos poe contente

a controlar o presente

que insiste em ser

presentemente agora


renovas e causas

mesmo sem saber

que causas

são atos

criados a tua maneira


Os efeitos que nomeias como defeitos

são feitos que julgas contrafeito

feitos criados por outros


alienado de si

vagueias por ai

a procurar os culpados


por mais que procure as causas

do lado de fora de si

compreenda...

O criador mora em ti


Espelhas sem refletir

espelhos são todos os outros

a refletir o que causas

afeta em si

as causas e os defeitos

são seus efeitos chamado

outros


Por isso és mago

que colhe o que planta

por isso este gosto amargo

na própria garganta


efeitos do não saber

quem realmente planta

as sementes que digeres

tão tristemente



Mais um


Como é bom

viver despojado

de aparente...Mente


Como é bom

poder agir

livre... Mente


Como é bom

navegar por mares

Nunca d'antes navegados


Como é bom

Saber-se integrado

em meios RECÉM criados


Como é bom

Saber-se partindo

E sem medo...

agradecer quem te pariu por INTEIRO


Como é bom

Mandar quem te esquece

para aquele lugar...


Repleto de paz

em que todas as inovações

são possíveis de se criar


Como é bom saber...

Como é bom perceber...

Como é bom...

OBSERVAR!!!


QUEM DISSE QUE É PRECISO...

O CONTAR?


NUM MUNDO INFINITO...

QUEM TEM UMA VIDA RECONHECIDA

COMO CRIATIVA...

É UM REI


NO MUNDO DOS QUE NÃO SE DÃO

CONTA...


MAS SEMPRE CABERÁ...

MAIS UM






Sem permissão


Eu te amo
Mesmo sem a tua permissão

Eu te amo sem motivo

Se tentar contar ao mundo...
por que?

Até eu duvido
apenas
sinto

por isso
não digo
vivo
Amo sem comprovação
Amo sem qualquer intenção
Amo porque é bom
deixar fluir por si
minha natureza
Amo...
Porque vivo
o meu
presente Divino

Impostos



Cheguei neste mundo a mando.

A MANDO de quem?

Não sei!

Amando sigo errando e acertando...

AMANDO e EQUIVOCANDO-ME

Negando minhas autorias e

Hipocrisias.

Sigo tentando...

E intentando não sei ao certo o direito!

Sei que sou e estou a mando...

De um AMOR sem LIMITES

Que me aceita como SOU

Medrosa

Frente aos meus próprios LIMITES impostos

Eu mesma me cobro...

Não César!

A César o que é de César

A MIM...

O que é e o que há em mim

As tentações são para sonegar

Os limites... Impostos

Que

São cobrados por mim e de mim

Algo imposto a contra gosto

Algo...

Auto imposto

Que me faz

sentir compaixão

pelos pobres

Ai deles...
E
Ai de MIM!

Distancias


São tão imaginárias

que sinto-me pequeno

por imaginar


Se há um DEUS tão IMENSO...

Sinto-me INCAPAZ

De dar um passo tão grande


Me privo do que ELE ME OFERECEU

Que é IMAGINAR...

Que meu passo pequeno pode me levar

Diante de tudo o que há


Nem avanço

Nem recuo pois

Não sei nem

engatilnhar

Chuva


Com a atmosfera sombria
me envolvo
com as cobertas
me escondo

Portas trancadas
Janelas baixadas
vapores nos vidros

Odores no ar
No bule café quentinho
Na sala madeira queimando

Atiço brasas encantada
faíscam brilhos vermelhos

Gotas se formam
no vidro
e escorrem dos olhos
alguns pingos

Pingos escorrem
no vidro
revelando riscos
ao léu

Poças no parapeito

No peito um grito afogado
O corpo treme com o inverno
e a mente treme com o inferno

A chuva chora lá fora
e meus olhos...

imitam
seus
pingos



Amar patético


O amor quando acontece
nos põe... Plenos de SI
e não Patéticos!!!
É uma desconstrução
do exato dolorido
que no amor não cola
AMAR sem rotular
O gesto sereno amado
libera frouxos equivocos
rotulados como amores
grudados como poster
nas paredes frias
Um colar Patético!
Não um gesto completo
pleno
nascido de seu próprio amor!

Pergunto


Por que a poesia mais dolorida...

É sempre a mais lida?

Ainda não sei responder.

Minha Deusa muda


Ella de Castro

Minha Deusa muda!

Pologlota das minhas idéias
que ganham vóz e
gestos
que brotam de dentro de mim

Ponto final


Um ponto que eu aponto

é o ponto que apontas

sobre o meu ponto de vista

Enquanto rodeio e presponto

com pontos exatos

chuleio...

floreio...

deixando-te assim

com cara de reticente

e sem juízo ao final


São estes três pontos

certeiros...

que apontam que há mais

enquanto o ponto final

não surgir e por fim...

a esta grande sandice...


Pronto...

Disse


Um monte de esquisitices...

que te deixam assombrado

sem compreender

nem saber

tal ponto de interrogação


chegaste ao ponto em que exclamas

e eu...

Ponho um ponto final

no teu drama

que acaba só neste ponto

indicando que é final






féretro


em
pensar
sobre a vida
quem não pensa?
quem de sosláio olha
vendo-a correndo solta
como uma dança espontânea
um
cirandar com ares
de
prazenteiro

quem pensa que a vida pensa
ao passar... tropeça

a vida não pensa
nos passos que dá

quem leva a vida a pensar
na hora da morte esquecerá

e
sem pensar
intuirá
soltando no ar
o derradeiro suspiro

com um delicado
sorriso a revelar
um alívio

ares... da Graça

somos um féretro
em marcha diaria

pensando
que o morto
é um outro qualquer,
que não eu

pensam que vivo
do lado de fora
daquela urna lacrada
a caminho do chão
por outras vias
e
caminhos


penso que existo e insisto
pensando
sobre tudo
que já vi
findar
sem vida

fantasmagórico
pensar
sobre
a
morte
em
vida


aconchego


mergulhei no seu corpo
e sem
perceber

enredei-me
em
você
como uma onda
absorta

observei detalhes
e
contrastes tais
que me
fascinaram

tateei o seu corpo
pousando olhares
no seu colo nú

deixei-me levar
por entre vãos
de sua delicada seda
em pleno mar

colada
a
seu
corpo
embalei-me
feliz
na sua pele
de lã
insinuante urdidura
feita
de
negra renda

com olhos
atentos
buscava sinais
nos seus olhos

nuances de
um
longe farol
ao meu
alcance

na
nudez
da sua
pele
semi
encoberta
flutuei

senti-me
atrevida...
ousada

nadando
em
meio àquela
trama bordada
colada em seus
limites

me rendo
aos encantos

seu alvo corpo
me
aconchegou
pelos
fios
eriçados
em seus
póros
e neste
diminuto
instante
sinto

que sou

suas mãos
a riscar
circulos azuis
no inexato
quadrado
ponteado

cantavam
as
pedras

cantava
eu

cantava
o silêncio
em
sonoro
sussurro

risos
no salão
ecoavam
a
sua
e
a
minha
alegria

do palco
das
prendas
surgia
a
magia
por
entre
letras
e
inúmeros
números

em pedaços
um bolo
de
doce limão
que
imaginei ser
eu mesma

a
derreter
com todo
prazer
no céu de
você

delicado era olhar-te
e o
meu respirar
um quase arfar
maravilhado

deleitoso o sentir
sem falar
nesse
estase louco...
calado


sutil
movimento
a todo
momento
surgia de cá
de
dentro

não queria
anotar
nem riscar
ou
fazer-me
notar
tocando
você
pelo
avesso

senti o prazer
do
meu ser estar

envolto em você
na imaginária
trama
tecida
de
nós

te
olhar
é
sentir
o
destino
da vida
nos tecendo

no meu corpo
calor

vesti-me
de
você
com todo amor
aconchegada
a
sua
presença

pura luz
que
me
convida
e
me
chama
de
vida
por dentro



ella de castro




Inviável



É o desejável...

Não se fazer...

Por inviável parecer...


Tudo pode ser...

Desejado e ainda assim...

Ser viável

A qualquer SER...


Que se imagina fazendo

e imaginando...

Faz acontecer


Que seja sempre algo cheio do novo...

Pré concebido como possível

Por amar realizar

Tão bem o que imaginas 'PODER'


Semelhante a qualquer ideia...

Que concebas como viável

De se realizar com seu próprio 'PODER'


Criar a sua imagem

algo de bom...

Semelhante a sua GRANDEZA

DE SER...

CAPAZ DE FAZER

ALGUÉNS


Estou a fim de ver ninguém

E quem é ninguém?

É quem já SENTE que É...

Forte o suficiente e...

Serenamente!

Seres que são de ante mão

Sem preconceitos ou programação

Estou a fim de SER ninguém

EM MEIO a tantos ALGUENS absolutamente

Inúteis ao sistema

Seres sem tempo

Seres além do tempo

Sem nome

Sem rótulos

Sem medo de ser apenas

Alguém ...

Apesar de mim

Seres com suas verdades próprias

Seres com suas percepções e

confirmações de existência!!!

Seres sem resistência

Seres libertos de obediência

Seres... Alguéns

Que são como são

Sem

Esforço algum

E

Que

Assumem-se

incomuns

Evidente


Dois olhares

Um é amplo

Outro é limitado

Um
busca no não ver...
descobrir

Outro
busca no ver
Conferir
e
Repetir

E cada olho de mim
sou eu
DIVIDIDA

Onde encontrar e exercitar

O terceiro olho?
OU
O TAL
O TAO

CAMINHO DO MEIO?
AQUELE
TAL
OLHO
CENTRAL

QUE VIROU
RECHASSO
ESCRACHO
BULING
E
.
.
.
COISA E TAL?

O olho que vê além da dualidade...
SEPARADA?

Onde DEVO...
ESTAR
PARA JUNTAR?

MEUS
MEUS OLHARES?

aparentemente tão próximos

DIANTE DE MINHA CARA?

Nesse lugar...
Sem centro
ou posicionamento
sou apenas
o centro
do meu
míope
hiper
golpe
vISUAL

golpe
de vista

desejo e busco

Eu almejo

E não vejo!!!

Sinto

Intuo

Percebo

De

Ante

Mão

Minhas mão são

A visão do todo

Vejo também

Com as mão
um absurdo

como um cego
surdo
e
mudo

POSSO SER

cego e vidente!

E
ESCUTO
O
SILENCIO
ME
GRITAR

Evidente
QUE
TUDO
PODE

RESTA
SABER
QUE
SE
TEM
ESSE
PODER

Zumbi social



Depressivo o comprimido

pro seu natural não ser


A programação 'normal'

está assistindo você


Câmaras de segurança

protegem você de ver


tua visão desligada

prefere a tv ligada


Tua prisão espaçosa

na copa que não tem porta

mas te comporta água morta


Quem um dia fugiria

da cela que tem as chaves?


Quem saltaria a grade

longe das suas vistas?


Quem te abduziu há tempos?

Quem te roubou de você?


adentraram no seu templo

e lhe encheram de defeitos


disfarçaram de efeitos

cobrindo-lhe com um verniz


Os fatos sensacionais

em fartos conglomerados


com camas em hospitais

onde por tempos descansas


impresso fluxogramas

revelam sua apatia seguida de arritmia


tratada com boemia

no happy hours de sexta

depois de cansar de não ser


em fartas noitadas regadas

com vinhas do branco ao tinto


pintados na brasa servidos a mesa

dentro de um magnifico hospício


cinco estrelas ostentam

o luxo do lixo em consumo


ao sumo ao sugo ao ponto ao dente

catalogados a la carte


pratos que imitam prata

prantos que revelam tanto


Ziparam a sua mente

da luz natural que lhe ascende


com razão vives no vão

pulsando seu coração

ligado a um marca passo


de pressa se apressa

e desperta

do sonho que te amortece


amor tece

a morte te esquece


vives vagando com ela

a morte é quem te assiste


a vida não se prende

a tua novela diária

nem a tua insonia noturna


comprimidos prá dormir

comprimem a tua razão perceber o fato

já nadas na tua vaga


programaram a tua mente

de maneira artificial


com princípios bem ativos

cem efeitos colaterais


Não há razão alguma

prá desistir de existir


Quem vai morrer

é zumbi

ABUNDANTE... MENTE


SENTIMENTO DE COMPLETUDE.

PODER DOAR-SE...

SEM MEDO DE...

PERDE-SE...

MINGUAR-SE...

DEFINHAR-SE

PODER DO AR...

A INSUFLAR-TE

ELEVAR-TE...
NA CERTEZA DA TUA RENOVAÇÃO

SEJA FEITA A TUA
PURA INSPIRAÇÃO

refletir sobre nada


pensar com demora
sobre a demora
que fica
agora
como
nada

vazio que reflete
um vago
sem tempo
que custa
passar

ver
e
paralizar

ouvir
o
silenciar

na boca
a lingua
morna

no corpo
o peso
do
ar

e tudo
se torna nada
contudo
fora do ar

Louca Rainha


Se assim me vês...

Só posso dizer-te

Também !!!


A diferença entre nós

esta no saber


Eu sei

e você não


Mas quer saber?

Olhe para dentro de si mesmo


e descobrirás tuas loucuras

empoeiradas...

Mas belas !!!

Que te recusas dar vida

ao expressa-las...

Compartilhá-las...

Por pura AVAREZA !!!


Sou louca sim...

Pois achei dentro de mim

Os meus tesouros

Que valem mais do que TODO ouro


E que SI BRILHAM...

Meus olhos

Me enchendo de gratidão

Pela vida


Que ouso compartilhar

Com todos os que se percebem SÃOS


Só um louco

Me reconheceria como tal


Aguardo sua poesia

Não tenho pressa nem ganancia

Nem ânsia por teus tesouros

Que acumulas e escondes

Com medo de seres roubado


Sou desde já...

Muito grata por seu nada

pois nada em ti é menos ou pouco


Mendigos...

Não vejo no mundo

não vejo-os a minha volta


Só Reis...

Empoeirados

Desautorizados...

Por SI mesmos

Destronados


Depostos...

Do reino que lhes cabe governar

Por justeza e Divindade


És nobre

Rico e

Poderoso...

Sem o saber

És apenas mais um TOLO.



Pedra no sapato


Mansidão
Contra isso não há impedimentos
Não ouse agitar águas calmas
Pensando não levantar pedras
Por pequeno que seja o grão
Será uma pedra no sapato
O caminhar pacífico
Por sobre as águas
Não é uma simples e tola...
Metáfora!

Mágica... PROFISSÃO!!!




Quero me apoderar da MAGIA !!!

Meu pai... ERA ASSISTENTE

INSISTENTE DE MÁGICO


EU HERDEI DELE A MAGIA...

DELA...

MINHA MÃE...

A PERSISTÊNCIA NA COMUNICAÇÃO...

ELA GRAVAVA EM FITAS CASSETES...

SUAS INTERPRETAÇÕES DA VIDA!!!

E EU?

FICO FELIZ EM ME PERCEBER

COM DONS HERDADOS...

A SEREM EXERCITADOS...


A VIDA É MÁGICA

E ALGUÉM PRECISA TRADUZIR...

DE PREFERENCIA COM BOM HUMOR!!!

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


Eu apenas OBSERVO !!!

E me divirto com a minha dificuldade!!!

MAS NÃO DESISTO

DE MANTER

AO FAZER...

AO TENTAR...

RIR E ME ALEGRAR


SEI QUE NASCI CAPAZ...

SÓ ME ATRAPAPALHO


COM OS OUTROS


QUE INSISTEM EM ME

PROFISSIONALIZAR!!!


Princípios eternos


Criar princípios é renovação...

Perduração do continuo... REPENSAR.

Por fim

A ilusão que nos embota

Que nos sabota a imaginação


Começo do que é SEMPRE...

GERMINAR...

REBROTAR...

AERAR...

ARAR...

AFOFAR...

SEM APEGOS finais

às formas já acabadas

amortecidas...

Suicidas por natural..

Natureza... Principiante


No estabelecido por meios

nos levam a acabar e...

Desistir dos recomeços


Nem findar podemos

Sabemos

Nos fingindo

de rogados

apenas repousar

merecemos

e nos vemos derrotados

Sem direito a acabar-se por inteiro


Pois vida nunca termina

Sua sina meu amigo...

É para sempre

sem fim



Retrovisor



Hoje...
Somente hoje
percebi a minha carga pesada
Amarrada as costas
como um presente fechado
ligado a um passado
pobremente
embrulhado
em papel amarrotado
tal roupa velha
puída de tão surrada
dentro de minha mochila
zipada

que já não me serve para nada

Meu tesouro precioso
não passa de um fardo
Que libero só AGORA
e
escolho seguir em frente
olhando o caminho
presente
que piso suavemente
sem mirar o retrovisor

Guardo um segredo


Compreendi claramente

Carrego um segredo indizível comigo

Não porque é algo de que me envergonhe

Carrego comigo

Um segredo inato

Que preciso contar para o mundo

Mas me faltam palavras

Meu segredo é infalável...
Impensável...
apenas
sensível

E como isso é possível?

Me sinto incapaz de guardá-lo para sempre

Por isso tento observá-lo
escutar o que ele me
cochicha
ao pé do ouvido

E que ressoa
dentro do meu coração

Guardo um segredo no peito
e em todo corpo

Através dele
eu sinto que AMO

Mas quando digo que AMO

Sinto lá dentro na ALMA

O SEGREDO SORRINDO

Não é que ele zomba de mim

Ele ri é para mim

Como se agradecesse

Que eu o expressasse

O traduzisse para os outros

Quero contar um segredo

Mas ele nunca se expõe
só atiça

Quardo um segredo por dentro
Mas não é defeito de fabricação

Mais uma vez vou tentar te contar
não tenho medo do seu julgamento
nem que chames de louca

O segredo é simples de falar
Talves por isso
ninguém me... credita

Carrego DEUS

Já faz tempo

Meu corpo é um templo

Onde canto à capela

Ele é regente de toda a harmonia

E eu a letrista

Que dá voz

A luz
de
suas
ideias

Que
Ele

Abençoando

faz

OM

No coração

Amor agridoce


pólen de flores
doces sabores
que beijam a vida

nuances agridoces
Entre doces meios
salpicados de desejos
por inteiros

Amor sempre UM meio
de calor comum
ofertado aos seres incomum

Comunhão que chama
e inflama
O bem suado pelos poros
Expondo a nú
toda alma
como asas

corpos alados ao sol
no calor
das estrelas

fogo brando
de
brilhos

No roçar da pele
que enxama

estase que brota
e paira ao evaporar

Sobre e acima de tudo

Calor abençoado do ser
sem limites
exatos

Amor eterno é desmedido
e sem razão em fim

almejado
com liberdade de expressão

Amor num moto contínuo
inacabado em pleno gozo

Amando o amar
num mar de maná
diario
alimento que jorra do espirito
em gotas de pura sensibilidade

Animo que arder
sem doer ou macular o corpo

equilibrio dos sumos
sagrados vapores
ofertados

rito pagão
por gratidão
dissolução
que consome
e
absorve a ilusão
das dores

amor é sim
Uma única verdade

Um todo de honestidade
Ao ser...
agirndo em santidade

Amor é... Unidade
Amor é União
entre
os
seres

ao
seres
sejas
o
que
sentes
em
verdade
és
o todo
és
são

Amar sem restrição
é tua ação

Constante


Neste exato momento

Em que escrevo

Tem gente comendo

Tem gente querendo

Estar

Onde uma estrela

Deve ESTAR

Ser e estar

Não se MISTURAM

Uma está

Agora a representar

A outra é...

BRILHO!

Constante...

Tem algo a ser esclarecido

Com a PALAVRA...

CONSTANTE?

Pense antes....

observe


O ato de observar

modifica

altera

interfere

fere

anestesia


Ruídos

Rangendo no peito

Silenciosa a mente

Prendeu-se

numa repentina dor

Alegrias mescladas de nos

Emaranhadas como nós

Amarras que me suspendem

No corpo

Um estado tão ausente

Que me surpreende

Por não saber mais onde estou

Alegria fria... Sem poesia

Tristezas sem lágrimas

Tristeza nos vãos

Anestesia nas mãos

Perco-me na ação

Um sem saber que me absorve

Dissolve-me

Um silêncio imenso

Que

Revela

Tudo

O

Que

SOU

Na curva


Por mais que eu tente ser direta
reta e correta
me faltam palavras

dizer o que sinto
é difícil

omito
minto
sem querer
ao tentar fazer

digo
sem
dizer

me faltam
palavras
para ser exata

literalmente

Me pego
na curva

só não sei
como
te encontro
nem como
nem em que ponto

te conto mentiras
de me tirar
o folego

és fogo
eu?
Apenas avento
em silêncio
sei que falho
mas não calo






composição


Tocar seu instrumento

Me convida a buscar

Sem tensão a melodia

Vinda de outras esferas

Ouvir os sons sem forma

Criar a letra...

Comungar em orações

Vestindo o corpo

véus nos olhos

Vendo com a alma nua
as nupcias

Com toda a sua nudez inocente

Compondo exponho-me
ao sair da fôrma
expando-me

Vejo
o que não capta
os sentidos revestidos
Sou
muito mais e além
independente das minhas
varias memórias
SOU

Não faz sentido o que digo
dependo do corpo
aqui nesta terra
Por isso SOU
Lá e cá

Falo e escrevo
por força do puro vício
de linguagem

Sinto calada

A mentira arquitetada
por saber
que não se sente
sem corpo
DEUS

Não sou humana
Meu corpo não é ateu

meu corpo é templo
pagão
iluminado
vagão
que me leva
pelos trilhos
abrindo todo caminho

Estar na terra

O que nos mantém aqui

É uma vaga... ideia

Iniciada em outras esferas eternas

Não tenho ideia
do fim

Apenas aspirei
o poder que cria
vida

E me ilumina o pensar...
em co-criar
uma bela melodia
que possa ser
ouvida
e
aliviar
toda dor


decompor


tudo aera
há eras

cede
desmorona
desfaz
perece

aparece
e
desaparece


tudo parece que...

nada
em si
ou
por si
é
capaz

decompor é o que
satisfaz

somos
imperfeitos
como
engrenagem
que aumenta a fatura
e
não
a fartura

com
a
manufatura
e
a exploração

como qualquer criatura
que
se
retro-alimenta
da decomposição
do
grão

somos perfeitos
como alimento

somos o faminto
e a fome
por
causa
de
um defeito

a desatenção

compor
e
desapegar

doar

junto a terra
seus frutos
nascidos
do
aparente
AR

és GRÃO
és PÃO
és PÓ

és
UM ato
é
UM FATO!

UM filho

UM FIAPO

da
TUA PRÓPRIA
criação








Me escondo no tempo


Reclamo escondendo
meus medos
atrás das
núvens

Choro com tempo
triste contemplo
lágrimas
enevoadas

ninguém me vê
nestes
momentos sombrios

Meu sorriso
amarelo
revela o sol
apagado
que é tudo
que há
em
mim

O tempo chora
lá fora
em forma de chuva

Eu...
Sempre confusa
choro com ele
as duvidas

Tempo virá
onde o sol
dissolverá
toda esta vida fosca
e
cinza






Sem noites


Sensação de estar maior

Mais leve...

Criei espaço

Desatei amarras

Soltei nós... apertados

Deixei ir

Recolhi os braços

Separei-me
de ti
depois de ficar
incontida

voei

Não sei definir ao certo

O que foi

O que ficou

Incompletamente bom

E Indefinido

como chances possíveis

Que sempre irão de vir
em constante
Dèjávu
fora de hora

Fora de prazo
e validade

Sem tempo

Sem pressa

Sem perguntas concebidas

Nem respostas vazias

Sinto-me gravida

Por tal ventura concebida

Com sua presença imensa

Que jorrou em mim... Nova vida

multiplicada

Semente boa florescente

Brotando em cores diversas

tão abundante riquesa

Neste céu azul

Que encobre os topos elevados

Indicando os sem limites

Recolho-me em prece

Calada

Sentindo o silencio

Na boca

Gesto novas imagens

Novas mensagens

Novos presságios

Novos estágios

Novas paradas

Novos encontros

Ao vivo

Nas casas

Na rua

Na curva

Que une

A lua

Ao sol da gente

No dia a dia

Que nunca termina

sem noite
certamente

acalmação


Amar...
Amar com você, todos e tudo.
Parece absurdo
Aquietar tudo e todos?
Parece absurdo
Amar...
O que é?
talvez...
Acalmar!
Tudo e todos!

Personal


Quero dizer tanto mais...

Usando as mesmas palavras...

Usadas e desgastadas

por tantos... Outros!

Na verdade...
Palavras não caberiam

ao dizer de mim
pois rumo... sem fim

Quero dizer o que sinto...

Em outras palavras
que encontro

Falo idioma comum
Em meio à outros tantos...
sem fim

Busco meu idioma
prá começar, em fim

Sinto que não disse nada!
ainda

Vou procurar aprender...

Vou fazer um curso...

Personal!

Com quem?

Acho que encontrei...

A mim!

Sentidos


Prefiro ler seu livro
longe do publico

na minha cama
fazendo minhas
suas palavras

atenta busco saberes
que vão além
de toda a beleza
que este corpo de letras desterra

a cada palavra
formada
esculpida por sentidos
vivos
lapido em lascas
retiro as cascas

até encontrar
seu brilho faceiro
no olho

Seu corpo de ideias
penetram os meus sentidos
me convidando a vir a ser
com você
co-autora
de
uma historia de amor
sem motivo


impressões físicas
marcadas com asteristicos
característicos dos amantes
contemplativos

Molhar o dedo
tocar e mudar
sem pressa

sem falar
espero em estase
a próxima frase
vir a ser
concebida

sem marcas
nem vincos
sem vicios antigos
gerando algo original
virginal

apenas um farfalhar
se ouve no ar

ruído sem nexo
sem forma definitiva
em plena gestação

paginas passadas a limpo
provocam lagrimas ou risos
soluços...
suspiros...
eventuais

destilam gotas
de puro mel
na alquimia
visível...
Expressa à vácuo
como um gozo
sem hora
para acabar

poemas emergentes
com sentidos diversos
subjacentes
mesclam
nossas falas
destiladas

expondo-nos
a riscos calculados

como pode ser?
amar sem embebedar-se
como é amar
com moderação?

amar sem poder
amar sem ter
amar o ser
ao ser

desapegado...
nu

folhas em branco
amores não revelados
enchem o peito

me alimento
sorvendo
com sentimento
concentindo a troca
de emoção sem volta

Leio vendo
o meu deleite
expresso
em você

a
cada palavra
que escorre
brota um silencio
sagrado

orgasmos inacabados
indiziveis
verbalmente

INFINDO



(((infinito)))

Infinito é o equivoco

Que rege leis deste mundo...
Irreal

Gravidade que nos contrai

Na tentativa de corrigir

o erro que encobre a verdade
ÚNICA e REAL

Nascer não é vir à luz

Nem luz é a uma grande verdade

Não há UM infinito
Que se conceba
A menos que seja
auto-compreensão
sobre SI MESMO!

Não há a ausência de UM algo

num conceito de Infinito
pois tudo É
INFINITO

Até os conceitos
se revelam infindos

O que muda é finito
Seja conceito
Seja Bem
Seja Mal
Seja...
e serás
e verás
e sentirás
e acharás um fim desde o princípio

NADA portanto,
nunca é descrito

A menos que seja RESTRITO

Deixando por tanto

De ser UM algo infinito
como se...
Fosse possível de acontecer

Existe UM algo parcial...
E parte... Não é o todo

Existe verdades INVENTADAS
Fragmentadas
Mas todas
ligadas eternamente
fora do tempo
fora do espaço
fora da ilusão
de finito
Definido
como real
e matéria
Que te obrigam a aceitar
como ciência avançada

Este mundo que vemos
está
Restrito a muitas crenças
PROGRAMADAS e catalogadas
como CIÊNCIA sem SER

Sabemos sim...
OBSCURECER os fatos

E a isso chamamos INFINITO
e suas...
PARTES
Nem percebemos a bobagem
que estamos...
Propagando

Escolhemos viver no equivoco

Sofremos devido equivocos

mas isto é finito

Amamos devido equivocos

Mas isto é finito

As dividas
e
As duvidas
as
As dádivas infinitas...
corrigirão

Só a PAZ é INFINITA

Porque não existe UM FIM
Nem mesmo ALGO como
UMA IDÉIA PARCIAL

Não existe meia ideia

Mas existe a imaginação

que cria meias verdades
onde nada disso existe
que valha a "PENA" provar

só o erro persiste
Melhor morrer de rir
do que voltar
prá teimar

Estar em PAZ sem motivo

É saber-SE

Sem início

Sem meio

Sem fim

Não existe UM meio INFINITO
Não existe 1/2

Não existe UM terço INFINITO
Não existe 1/3

Não existe UM outro qualquer
Não existe 1/x

Mas existe um meio

Fantasioso...

Que é crer

Nas divisões do infinito
1/n
Um sobre NADA
Não se sustenta

Na sua obscurecida verdade

Criada como meia verdade

A dualidade equivocou
a TODOS os distraídos
criando
imagens de OUTROS
a nossa volta

Olhas para fora e não vês
Olha para dentro
e verás
o
CÉU
o
SEU
o
verdadeiro
LAR
e
SEU
LUGAR
no
INFINITO


Somos...
APARENTEMENTE UM
assistindo nossa
ILUSÃO de separação PROJETADA

Nada irreal EXISTE

Nada REAL pode ter
inicio ou FIM

NADA REAL
Pode ser AMEAÇADO

Iludidos pelas crenças
SEPARATISTAS
Viramos artístas encenando
NOSSO próprio roteiro volátil
Efêmero e fenomênico

Tudo que sobe desce

Tudo que nasce morre

Tudo que É

INFINITO É

A realidade INFINITA

Não pode ser projetada


O que chamamos mundo material

Não passa de um vídeo tape

Com a função "repete"

Travada no inconsciente


Acorda espontaneamente

O relógio do tempo desapareceu
da sua cabeceira

O encantamento acabou
sua ilusão terminou

sua mente doente

curou

Ao lembrar de
retornar
Para CASA

Reconhece o teu
INFINITO

DE ONDE

NUNCA

nada
e
ninguém

PARTIU
nem
PARIU
um
engano

óbito do obvio


Castrada a homeopática Mente

Desconectada lentamente

Do senti-se... pleno

Limitar tornou-se jargão

Padrão acordado no porão

Condução por indução aceito
por maioria em urnas de votação

Indulto forjado como presente

por liberdade... provisóriaMente
merecida

Vida irrisória... minguada... inanimada

"inamante"
vida tolhida
reclusa
na cela fria

Conduzida a falência
logo na adolescência

Criminosos inocentes
moldados por conveniencia
e
conivência
sociopata

Lobotomizados por sistemas
conveniados
à uma
geral apátia

Escolas deformantes... transgênicas

Soluções genéricas... baratas

Arte do nada claro
ticados e anotados
como
vistos

Discursos certeiros...

Mascaram intenções ocultas

Sofremos de uma cegueira diurna

Um quadro negro nos acompanha
bem à frente

Futuro nebuloso
nos apagaram o saber in natura
em salas
quadradas
e
frias... filas

Enquadros em primeiro plano

Humanoides... subjulgados
torturados
como ratos
esgotados

Órfão de um País "podre... de Rico"

A vida tornou-se "planaMente" sem sentido e

Cheia de NADA!
com toda a pseudo... Razão

Quebrar as grades é SER
como primeiro princípio

para poder rever...
num segundo
o
quadro negro
sendo
iluminado

Sem fugir do escuro nem cobrir a cara

Ver e sentir o mal
impregnado
sem desviar os olhos

sentir o cheiro
sentir o asco
sentir o nojo
sentir o ódio
sentir
as
entranhas
as
víceras

perceber
o que
te
estranha

compreender
de
imediato
o pesadelo pulverizado ar

Baixar cabeça não vai ajudar

Sentir...
O QUE REALMENTE SENTES
É PODER, que vai ALÉM...

poder de SER real
Poder SER o que realmente sentes
E
NÃO
MENTE

Ser
Consciente

Desfaz a ilusão... O feitiço

Estamos hipnotizados

Valendo menos que um cão...
Meu irmão

NOSSA HUMANIDADE
ESTÁ APRISIONADA
NA
ANIMALIDADE

NÃO SOMOS AINDA
CIVIS
SOMOS MEROS SERVIS

socialistados
em códigos
e barras

Servimos a um sistema
natimorto

onde o obvio apego
e o nosso MEDO

se recusam a aceitar
o
óbito
do
obvio





entre paredes


O tão pouco que já mudei me levou além

do que já fui antes.

Como se tivesse rejuntando meus pedaços...

Minhas partes espalhadas, onde toquei

Recolho meus gestos passados
ainda frescos
como afrescos
impregnados de mim

Revoam... Revoltam...
refeitos
Retornando-os a mim

partes minhas me ressurjem
me remontam a outros tempos

Recolho-me
nos tempos...
estive alheia... ausente...
perdida
fora daqui
e
de
mim

acordei agora
o vivo imanente no meu presente
inseparavelmente incontido implicado
num contém e estar contido
em todas as coisas

sou a órbita
nos atomos

natureza de meu próprio ser
transcendente

de dentro me saio
das paredes porosas da casa

recolho-me de lembranças,
concentrando-me na dança... em mim

assisto o passado
emanado dos cantos
rodopiante nos
tetos
ladrilhos e rodapés

me vejo pintando
pincelando
a casa que me habita

Vesti-me de casa
como quem se consagra
com hábito de puro linho
a Deus

sem entender direito
a força que me habita
sou
o verbo que cria

sinto como se eu e elas
estivéssemos
entre
parenteses

porosamente
misturadas
e
em perfeita comunhão

através dos nossos rejuntes
e
das muitas camadas de tinta

sou a pintura e a pintora
de
paredes renovadas

sou...

um quadro
pindurado
sou
o prego
o furo
sou tudo
sou nada
sou
também

entre as paredes
em tudo
estou
presente

Ella de Castro

MUDA


MUDA
O
SENTIDO

MUDA
DE
ROTA

MUDA
DE
PLANTA

MUDA
DE
VIDA

MUDA
DE
DIA

MUDA
DE
FALA

MUDA
DE
SALA

MUDA
A
SEMANA

MUDA
DE
ROUPA

MUDA
DE
MARCA

MUDA
E
NãO
PARA


O
PERFEITO
ACABA

MUDA
TUA
FALA

MUDA
O
PENSAR

MUDA
DE
RITMO

MUDA
DE
SOM

MUDA
DE
CASA

MUDA
O
QUE
VALHA

MUDA
TUA
CARA

MUDA
NãO
FALA





cores de amores


pintei você
com as cores
dos meus
sentimentos

quadro real
na
moldura
irreal
onde
você
não
se
enquadra

inacabada pintura
misto de
escultura
onde
cultivo
mil flores

nada se vê
e
tudo que pinto
logo se
desvanece

você tão imensa
num piscar
de olhos
diante
de mim
desaparece

imagem fortúita
que escapa
ao movimento
de minha compreensão
por
entres os dedos
de
minhas próprias mãos

revelando
no espaço
da tela viva
o seu mais belo
não visto

indomável
esboço
do meu
imaginário
sem começo
ou
fim

contorno
o
volátil
ao
tentar
descrever
e
desenhar
você

sou eu
revelado
em
meus
contornos grafados
incapaz
de
ser
algo
que vê
você

você não se molda
nem se conforma
você é sem forma
no inexato
que
apenas
me sente e contorna

com graça
me
grafas
me
enquadrando
em
meus
próprios
riscos

retrato abstrato
de meu
auto retrato
cheio
de
sentidos

existe
a
idéia
na
minha
tela
repleta
de
idéias
em branco


conjunto
de cores
vivas
e
transparentes
de
um
amor
vivo
e
quente

seu ser
é
claro
com a
divina
luz

me
inspira
a
amar
e
me
enche
de
cores
em
nuances
imaculáveis

numa miríade
de
incolores












Extirpação


Fotografei imagens

Como cartões terabytes
de memória

Vivo in memóriam

Enterrei-me nas fotos
vivendo com meu passado
atuante

Desliguei-me dos fatos

Que movem a vida
a toda hora

Depressão no porão

Me encoberta
o medo
de
viver

Disfarço
o lado macabro
com risos
amarelados

boquiaberta
diante
da
tumba aberta

Que me encerra
incontida

sem a manta de terra
que virá um dia
por cima

Chamam a isso vida estabelecida
e
contida

A morte te contendo
como... vida

Vida regrada
Vida reclusa
Exclusa de alegrias

Risos macabros
Falas patéticas

Em nome da ética e da estética
Nunca vividas na flor da pele

Jargões e grilhões
nos fizeram reféns

Em carne viva

Vivemos ocos... extirpados

Sem víceras

Jardim no mar


E de repente
lentamente...
os sons... as falas...
viraram sussurros

o calor quente dos corpos distantes em separados
se aproximaram
com o encanto das faíscas de um fogo novo

que ardia sem machucar
em pleno auto... amar

exalavam um cheiro doce
de insenso
por sobre as encostas e as ondas

gestos do amar que eram calmos e as eriçavam
como o gosto de frutas silvestres
colhidas ainda verdes
e aguçavam a língua

suave era a brisa que não dexistia
do sopro cálido da vida

entrecortados e inspirados
na suave maresia
expirados

sons que ouvidos, se abriam
como as velas e veias do coração

Num delírio inflado e brando
quase palpável
como estase em ascensão

deixei me levar, nas marolas
num vem e vai
do amar imenso

serenos sentidos
pequenos grunhidos ao luar
de dia feito para não terminar

som das estrelas abertos a canais
como
sereia a nos chamar...
Vem!

Meu corpo velejava
em busca dela
meu tudo, se rendia
a este sonho lúcido

Ella sereia, procuro...
e ela?
Me canta ao longe
como um farol palpitante
que me rodopia com ele

ouço a estrela guia
que farfalha nas águas mas...
não pia

eu, a mirava à deriva
entregue ao sons sinalizantes
com sua colcha brilhante
tecida de silenciosa luz

sem tramas ou medidas conhecidas
neste mundo científico e
ainda cru

O vento soprando absorto
despertava a florescência
do linho em alinho

Éramos até então
Um barco naufrago, no jardim do mar
Enamoradas em si mesmo
pelo proprio desejo e por puro prazer
de remar a sós

Não queríamos chegar
pois...
já estávamos!

Unas e alinhadas
como folhas num galho
disposto pelo simples gozo de estar ali... presente

sem braço de mar a separar
encostas, falésias ou laços
tudo era limites
de outra esfera

limites de sem terra
entre ellas
fora de proporção e adequação

úmidas a espera do surgimento em flor
do mimoso gerânio
gestado nos abraços da terra
ainda em semente

berço que espera
camada fofa que aterra
local sagrado
onde se dará a luz
ao amado rebento

botões atiçado
eriçados pelos ventos
calor de sol manso, de um belo dia
sem hora nem data
para reger os segundo

desperta da timidez, verde imatura
pétalas de um tom virgem... rosado

Matizes... miríades...
dançam
buscando tons e sons
como vida

deleite no clímax final
se dará
ruborizante

como bebida espumante
frizante na pele em arrepios

intensos desejos de entregar-se à vida
plenas de todas as cores vivificádas

Rosas
de um
vermelho encarnado

brotam nas faces sem maquiagem
sem máscaras
despidas de todo
pudor

nuas
entregues como oferenda

abertas à receber
numa taça de vida
o que jorra incontido

fazendo das cores amores
indescritíveis

Sê navegante pioneiro
sem desejos de rota ou roteiros
Sê marinheiro em pleno instante da Graça

Nem pense!
Nem julgues!

Apenas... NADA!
Conforme a maré

Isso é Viver no AMAR

Sem querer



Me renovo por reconhecer o SER
Que me convida a nova vida
pois ontem não me contém

Hoje o que preciso virá
me preenchendo os momentos
que julgo ao determinar... Valorar

Compreendendo que o que aprendi
devo soltar
Para aliviar o jugo
que me atrela ao mundo
dos absurdos que julgo

A cada dia que passa
abandono as minhas cargas
que ontém me compreenderam

A leveza evita quedas
Voar é para lá...
Bem além das esferas
onde se juntam os todos
sem toldos ou paraquedas

Sem querer vou mais aquém ou além
porque o que planejei
me leva a estar...
Mesmo sem SER!

O SER
ao não ser
junto comigo
observa-me a medrar

Aguarda...
Como bom Anjo da Guarda

E me observa a definhar
Sem julgar SER o melhor...
Cair ou flutuar

Deixa estar...
que logo...
não morrerás!

Pois o que finda
é teu querer fixar...
como sendo algo belo
e infindo acontecendo

nada cabe em fim!
Sê NADA...
DETERMINAS como possível findável
o para sempre eterno!

Sê terno!
Não leve, é...
Triste e sério

Por isso
desatinas e...
Desaprendeste a voar!


para sempre
sem ego DETERMINISTA!

Sê... Você sem limites ou medidas!

Deixa ir...
Deixa ficar!

Sê parceiro, o tempo inteiro!
Sê inteiro...
Em meio a qualquer UM
aparentemente meio ou
todo nenhum!










Memória liberta


como pássaros soltos

livres e alçando voos

Sou livre pensando

Pensando voo

Voar para longe

livre até onde
o horizonte
avistar

não há passado presente

nem ontem

só...
me inspira
a voar
agora

Ser não SER


Sonho real

Deparei-me frente a Nada

Admirada, paralisei sem lógica

Nada explicava o que não HAVIA

Nem via

Nem vias

Nem rumos

Enquanto olhava

Sem nada ver

Algo me transmutava

COMO NADA

Possível de interpretar

Sem mentir sobre tudo

NADA dizia NADA havia
para comparar
em memória

Quem pensava então?

se meus pensamentos
Eram NADA

Onde estava o eu
que como EU pensava?

Dissolvido em tudo como NADA

Perdi-me onde?

Sendo EU o quê?

E onde?

Se não havia...

Aquém

nem Além

Nem ponto de vista

Nem mesmo EU como MIM

Não estava

Não vagava

Não era

Tudo sem nada

Relacionando-se com NADA

Nem um ponto sequer

Para apoiar O QUE SENTIA

TUDO NADA... CONTÉM

SEM
CONTER

Referencia alguma

Sobre

Estar

E ser

Estarreci-me reverente

Entregue

A

PAZ

INFINDA

Pensar

Não era mais

Que

UM

SENTIR

a Calada... Verdade

Sem opostos

Nem contradição

Sentir

Sem palavras

O sonho real do absurdo VIVER irreal

Que imaginamos Ser

um instante em PAZ

Liberto do julgamento

Os Incrédulos decretos

Dualistas

sobre

Contido no que contém

E sendo contido retém

Só MENTE

O

Perfeito quando
NÃO É

SER e NÃO SER

Simultâneos

Livre de enganos

fenomênicos

Revelou-se

O

SER total de FORMA alguma

Dissolvido

SOMOS

Absorvido

TODOS

Feito gotas

No mar sem ondas nem bolhas

Sem medida limitante

Senti AMOR

IncondicioNADA

POR NADA

Sem

começo

Ou

FIM

Que tudo de ALGUMA forma
INFORMA

Não era EU

sem mais

Nem menos EU

Apenas

NADA

em meio

NENHUM

APENAS

ISTO

TUDO

É

TUDO

Mais

Será...

Se

É

ao SER

NÃO SER

bico de sinuca


nunca
até
agora
me
vi
num bico
de sinuca

agora sei
o
que
é

pode
ser
algo
a
ser
apenas
analisado
e
superado
mesmo
que
a
caçapa
não
revele
um
perfeito
encaixe
na
bola
fora
que
cutuquei

viver
é
jogar
sabendo
que
tudo
é
ganhar

nem
que
seja
experiência
devida

a vida
não
paga
dividas

a vida

ganha
mas
nunca
barganha

apenas
convida

o
erro
é
uma
forma
de
ajuste
que
acerta
as
faltas
sofridas




Perdidos


Não é fácil admitir
que não sabemos
ao que
viemos

Por isso
fantasiamos
que
aprendemos
sobreviver

Olhando
sem julgamento
deveríamos
nos
abraçar

e aceitar
que
estamos
juntos
aprendendo

não sabemos
onde isso
vai
dar

enquanto
há dúvida
esta
continuará a brotar

enquanto
não assumirmos
que
estamos iludidos
guiamos
cegos convencidos

que
junto
vamos
a algum lugar

despertar
é
rir
de
si
como
sendo
cópia
dos
outros

que
esperam
através
de
ti
chegar

Instintos distintos



Instintos distintos
separados por razões
que me abrem leques de opções
baseadas em minhas histórias...
Passadas

entre segui-los ou transcendê-los
me divido em partes distintas
entre animal ou humano racional

Sinto que meu coração é além
Há que haver algo e alguém
que em mim
busca ser o mais sobrenatural possivel

Talvez seja eu?
Menos mal...
Só não sei como não ser destrutiva

Todos os instintos
mesmo que distintos
me dizem que tudo é fatal

Bem ou mal
hoje de novo
é véspera de Natal

Por instinto racional
escolho um vinho tinto
distinto dos seres... éres

Ser ou não ser conivente?
Sereser ou maison Drappie"r"?
Eis a questão

Faturas de um cartão
que em 2016 ão de cobrar
minhas escolhas codificadas
por códigos de barras

apesar dos instintos
aparentemente distintos
continuamos encarceradps
na bela ilusão de poder
libertar-se de pronto

a qualquer momento
é sempre o exato momento
de re-nascer como inocente...
Novamente

sempre é
Natal
sem final... Afinal
Cabe-nos saber o que nos faz feliz
sem nos dar... conta

Felizes por natureza
Por força do Natal
que é meu e teu...
compromisso diário




face... tez


O amor que sinto

como algo tão imenso
inesplicável
de grande

É tão delicado

que pode

marcar

tua face

tua tez

Não quero te distinguir

Entre meus humores
como um de meus
varios
amores

Amores são muitos
muitos
muitos
vãos

Amor é só UM
sentir

sentir-se
completo
por
SER
INTEIRO

UM
Engravidamento

Sem parto

E

sem hora

Prá

Começar...

ALGO

a mudar

Ou

FINDAR

Tudo a seu tempo



O tempo faz muito tempo
tem seu próprio jeito
de ser sem fazer
e ainda assim...
enganar
separando
determinando
espaços
entre
eu
e
você

Ele
Adora indicar que é cedo
ou tarde demais
AGORA
para chegar
onde você já está
desde sempre!

Mente...
DescaradaMente
nos fazendo crêr
que ele vai se esgotar
se você parar
para
SER

O tempo passa
maior parte do seu tempo
ameaçando...
o teu e o meu
bem estar

Sentimos por causa do tempo
que algo de bom

começa
prá depois
acabar

O tempo não tem nada de bom
nem de ruim...
para nos dizer

Ele...
inventa histórias
de faz de conta prá hipnotizar

Seu tic-tac demarca os
limites exatos
onde nada há

daqui até lá
e
prá lá e prá cá

mas
nunca sai do lugar
nem por um segundo
sem você notar
que o carrega sem perceber
dentro da sua mente
que nunca fica presente

O tempo
adestrou você
sem você saber

não há onde ir
pois tudo é sempre aqui
no mesmo lugar mas...
Isso o tempo desMENTE


Fora do tempo
não tem hora nem espaço
nada sem ele é limitado

Quem acorda sem lhe dar corda
nem atenção sem razão
acorda sem tempo até
para reclamação

Só fora do tempo
com o tempo
você vai perceber
que quem lhe dá vida
é
apenas
VOCÊ

que não quer
parar

e

observar

Quem tiquetaqueia
e lhe dá corda
se não
eu e você diariaMente?

O tempo
nunca chega
no momento

Com ele o AGORA...
é
sempre
fora
de
hora

faz
tempo
que
o fim
nem
começou

O tempo
só separou
nunca juntou

e
você
se compreendeu
neste instante...

Sorriu e viu
que tudo
É
sempre





dança animal


teu
ser competente...
precisas
de alguns presentes

olhando seus gestos
expressos

impregnando
por todo
canto

olhos
e
bocas
revelam
teus
bombocados
desejos

convites ousados
acobertados
de sua
real intenção

danças
nas
vagas
andanças

sem nexo

revelas
nas
velas
a
luz
da
tua nua
composição

encarnada
na pele
ages alimentada
pelo
instinto vivo
da
animaliação








medo de ver


seu amor
é...

semente
de
flor
contida

seu olhar é...

sem viço

opaco
turvo
apagado

mirando
o sonho

assustado
de
uma cova
pouco profunda


aterrado
amar
inexprecivo

frio
é

o
chão
a

te
aguardar






Gaivota 3


de repente
senti apenas leveza
e
ela se fez gaivota

voou por sobre mim
envolvendo-me
TAO...
leve pluma

aquele sorrir
fluia
enquanto usufruia
sentindo
a causa
daquelas asas
surgidas como um
efeito perfeito

nascidas durante o ritmado roçar
almejado com prazer em pleno gozo

tudo voltou ao que era antes
aquém e além do tu

Tudo e nada
nUM

vago espaço
nomeado


agora
e
sempre
centrados
fora do
concreto absurdo nomeado mundo

feito fecundo
sentidos no corpo
auto-gerando
sem
eu

dentro pulsando
um todo gestando...
outroras sonhados
há tempos

senti-me
sendo ao vento
aninhada àquele peito

senti
alegria...
aconchego...
presentes
em meus íntimos sentidos


corpo poroso
vulcão lavando odores
molhados vapores
sublimados em
brancas nuvens

sem peso
sem penas
apenas desejo sentido

um só...

amor
com e por tudo

sem pressa
sem medo
sem presas
prá ancorar

cem horas
prá repousar
soltas ao Deus dará

soube dos céus
que amor flutua
por ondas
frequentes de AMAR

frequencias
que descem à terra
molhando o barro
com vida
revestida
de
matéria

risos nos olhos
alegria eterna
brotando dentro
com vida

alvejada
a
pele translúcida era clara

e
tudo luzia
e
eu...
era nela
UMA
CALMA

UNA

alma
apreciando
com gozo
um
mistério
revelado
quando
2
é
1
haverá
sempre
3


IMAGEM E SEMELHANÇA


O homem original

cria incessante mente e
Aceita
que uma nova ideia pode surgir
Do NADA!

De um repente e
Tudo inesperadamente...
Mudar!

Ideias chegam silenciosas

Ideias prontas são cópias
Capciosas...
Tendenciosas...

Que apontam o que já foi
E está finalizado!

Quem cria com base nos TÚMULOS
feitos...
Tem APENAS um defeito...

Não sabe utilizar seu poder criador
Pois ainda não acordou!

Nem...
Se imagina CAPAZ de
imaginar semelhante...
Ao DOM que DEUS lhe DEU!

PENSAR é CRIAR
Pensar...
Conduz a chama do AMOR...
Seja ele o que for...
ACESA

poder SER


tudo pré existente
na mente
que imagina

assemelhas
o que
projetas e assistes
julgando
o que
combina

tudo que vês
não
existe
como verdade
real nem total

vives num sonho
acordado
e
surreal

com frequência
gravas
sequencias
animadas por seu
progama pseudo- existencial

caminhos opostos
que
enganam
os mais aguçados
sentidos
captados em teu canal

você
é
matéria virtual
no
TODO
paradoxal

quem julga
que é
bem ou mal?

tudo acorda
quando acordas
por instinto

dos seus multiplos
sonhos sem nexo

ganha forma
o falso nada
na ausencia
da essencia
transparencia vibrante
e
quando escolhes
concordas esquecendo
do
discordante

só é real
o
estado afixado
preso
no
acordo
ilusório

tudo
é
insistência
nomeada de vivencia

moldas como autômato
querendo chegar finalmente
sem fim
sem consciencia
da vida como essencia
a favor
de
si

por incompetencia
és artezão
cheio de razão
escusas
e
pessoais

artifice condicionado
sem essencia
ou excelencia
és
vegetal galgando
no reino animal

segues
moldando e moldado
dentro do jarro
de
barro

inconformado
viver torto
em torno
que gira
um
morto


que
torna
ao

sem vir à ser

sendo ao não ser
convertes
a
versão
revisada revogando
permanecer
PERVERTIDO
guidado
por puro
instinto

vegetal querendo ser animal

essencial é saber-se
protagonista

na tela
que assistes
existe algo à ser
sem você

tudo
que sentes
é
consentido
permitido
permissivo
projetado em si
autor e ator
é
tudo
um ideal
de
você

toda essencia
é
criadora
saber
quem
és

é
dirigir
seu filme
com
arte
com classe

usar com
beleza
seu nobre
PODER

discernir
é
SER




aporta


aporta !

observa
tudo...
envolta !

caminhe certeiro
na beira do vão...
Incerto


sem chão
nem teto
gravite
no espaço tempo

aporta tua certeza
tal ponta seca
espetada... centralizada
em seu suado papel

gire entorno do
limite e
nada...

tal sufi girante

ciente respire
e
isufle o ego gigante

criando sua própria
esfera de rota
e
ação

gravita os contornos
dos riscos

encorpe... materialize...
centralize
e
seja

sinta-se criador
sem escolha

amor
ou
dor?

quem pensa e sente...
sobre ti mesmo?

és o... Sobretudo
Fardo inflado
que encorporou


marinheiro nú a vagar
inconformado
no espaço
de
sua própria bolha

limitada
a tua esfera abarcada


sem porto
sem porta

sem céu
sem terra
sem algo

é
tudo vago...
para pousar

contudo flutuas
segues a computar

sendo e sabendo
que
zero e 1
podem
aparentar

só resta
o
que te sobra

solta
sem medo

zere
a
carga imaginaria
egoística mente
remando a memória...
acumulada


o que te retém
te contém nadando...
vagando...
pairando...
a
deriva


agir sem saber
é
não ser
sem
esforço

quem boia a deriva então?

a b01a!























O TODO


O TODO
em tudo
ESTÁ

até
não pensar
faz parte
no
TODO

ver o todo em tudo
não dá

NADA...
tenta avistar O TODO
no além mar

tudo à vagar
com o pensar...

abraçando
ou
boiando
sendo levado
ou
levando

além daqui ou ai...
onde pensas que estás?

onde imaginas que pode ser lá?

Se tudo em si
é
O TODO?

agora
é tudo com tempo...
O TODO
é UM SÓ
momento

NADA será
fora de hora

assista
sua
imaginação
revelando fotos de ação
que lhes contam histórias

fabulas
parábolas
sinais
que instigam
um movimento

voz a soprar

tudo é mais...
veja além

rema teu barco
mantendo a chama
da vida... respira

o ar...
a vela...
te inspira

rema teu barco
nas águas do mar
pois
tudo e todos...
É um parecer
e
quem os revela
parece
você

O TODO
na
VAGA idéia
NADA
sempre contigo

tu és
UM PONTO
NO TODO

ALGO
MISTERIOSO
E
MÁGICO

crias imagens
saberes interpretados
que se semelham
em tudo

O TODO
é
tudo
e
UM

semeia
tuas ideias
NO TODO
que
é
UM
campo propício

semelhante
a
um
hospício
onde a loucura
pode brotar

virtudes ou vicios
tudo tende a multiplicar
tudo nO TODO


você não passa
de
criador de seus próprios
mitos
semeando no campo TODO
a própria
ilusão

SER
AQUELE
QUE
SABE
faz parte da aventura
ou
desventura

não há dragões
nem reis
nem pebleu
nem bobo da corte

tudo que há
brota
de
ti
és
TUDO
és
CONTUDO
és
O TODO

unificar
é
à parte
deste mundo

TODO
aquele que diz crer...

é cego...
que
tudo cria
imagina
e








contorno


espaços que invado
sentindo o infinito
entre as letras

infinito-me
em palavras
frases
em
orações

é meu lugar de nudez sagrada
página virgem
sem margens
e
do corpo
despojada

onde sou
me vendo
e
sendo voce
assim existo
no
vazio
do
contorno
fora
de
mim


existir essêncial


tudo pré existente
na mente
que imagina
assemelha
e
projeta

tudo que vês
não
existe
como real

tudo é
frequência
em
sequencia
paradoxal

quem julga
que é
bem ou mal?

tudo
acorda
ganha forma
quando
concorda

tudo
parece ser
tão real
sendo apenas
essencial
a tela
que assiste
você

tudo
que sentes
é
consentido
permitido
permissivo
projetado em si
por você

toda essencia
é
criadora
saber
quem
és

é
PODER





fantasma


descreva
em silencio
e
sem palavras
o
impensado

veja
e
sinta
o
algo
o
nada
o
insurgido
do
incriado
pelo
não
dito

um absurdo
gritante
como um
silencio
negro esclarecedor

sorriso
interno impensado
constrangedor

riso medroso
do vago pensador

pensando
em
respostas
no calado
e

morto
ontem

vivendo
o
seu
hoje
como
ante-ontem

camuflada
roupagem
vestido
da
moda
para
fingir-se
de
cores
de
paralisada
estação

riso
amarelo
na cara
palida
pintada
com blush
e
baton

frio
nas
entranhas
tamanho 48
e
meio

viver
assustado
no
passado
encorpetado
pelo
peito
apertado
amarrado

morto
de
medo
um
fantasma
vivo
envolto em sedas
caras

sem ser
sem ter
algo
expressivo
e
real
na cara

VERSO EXPRESSO nos VÃOS



CONCISO
consistênte etéricamente
incongruente
à ponto de
nada
dizer
e
ao
calar
nos
romper
fazendo
algo
brotar
e
assim
nos
mudar
silenciosamente



Imagem


Dê...
Forme imagens
que
semelhantes
nunca serão reais
fora da mente

viva como engrenagem
se insistires
em seu
enganar-te

sofras de
insanidade
crendo
por certo
na ilusão

chores as tuas penas
por arrastares por terra
um corpo de barro perene
vistoso
como um pavão

acreditas piamante na fantasia
diante dos olhos cegos
em um corpo
inexistente

dormes profundamante
criança inocente
presa ao próprio sonho
contente


imagino


viver depois de em ti sentir
algo presente

presença em mim
junto comigo
sendo contigo

sentir
ver
compreender
o
melhor
que
brotou
em
mim
sendo
nós
sem amarras
apenas
te
sendo
me
vendo
livre
de
mim
te
reconhecendo
em
mim
abandonando
o
enfim
e
por
fim
renascendo

viver sentindo em mim
impulsos
desejos
acontecendo
de
ir
sem
algo
a
seguir

viver sabendo
existir
por
sentir
a
essencia
de
estar
onde
posso
imaginar
que
sou
sendo
e
acontecendo

viver
como
sempre
será
a
todo
instante

eu crio
eu
sou
o
que
imagino

sou
sinto
existo
no
formal
no
banal

e
além
de
mim






decidindo


decido pensando
o que estou sentindo

palavras são sem sentido
até que eu decida
o
que são

decido
sentir no ato
qual o motivo
qual a razão

meu dicionário
decide
o que manipula
minha emoção

emocional sentimento
me leva
a
pontificação

quem me jogou
nesta arena
prescrevendo
à
pena?

receitas antigas
viraram dilemas
nublando os sete sentidos
com limitação

quem decide
não é apenas razão

por unico motivo
sou movido
à emoção

qual o sentido
sentido
que alegra
um coração?

decida sentir
de antemão

decida fazer
sentido todo pensar
em ação

coração alegra
o

fazer que se ama
com esmero e precisão

sê um cinzel
sê um oleiro
sê verdadeiro


todo
inteiro

sentindo
sabendo

sendo
um meio
em meio
a
pureza
do
que te dá
verdadeiro
sentido
de
ser você
o
teu
Amo e Senhor











real infinitude



Só...

Existe o INFINITO

Mesmo nas partes

Inventadas POR TODOS FINITOS

NADA FINITO

EXISTE ou ACABA

LOGO,

VOCÊ, EU e o OUTRO

NÃO PASSAM DE ENCENAÇÃO

PROJETADA

CRIAMOS PARA MORRER

UM MUNDO QUE NÃO EXISTE

POIS TUDO NELE

TEM FIM

INFINITO

É

A

ÚNICA

EXPRESSÃO

VERDADEIRA

DE

REALIDADE

mundo ilusório


penso
em
palavras

imagens
grafadas
que risco

no branco
limite
pensado
em paralelo

preencho
o
vazio
com

linhas

crio
com tinta
dizeres

recheios
de
meus
absurdos
saberes limitantes

expresso
emoção
dando
vazão
ao
meu julgar
de
antemão

escrevo o passado
que
vivo agora

meu agora
é
vão
sem razão
ou
motivo

crio
meu mundo
ilusório
notório

de
mim
mesma
com letras
e
corro
meus
próprios
riscos


arabesco-me
de
variadas
formas

claramente
crio
riscos
nenhum

o Tao... do silêncio


adoraria aventurar-me
mas me desarmo
fechando as asas

diante de um dia lúcido

me aventuraria
ao guiar-me

pelos lógicos
enevoados
mais que

absurdos

escutaria seus gritos
reclames inconformados
sem quem os veja
escute ou perceba
senão eu!

e te perguntaria...

Alguma vez
escutas-te
o tao...
do silêncio?

que há em você?

e esperaria
silenciosamente...
A explosão

isso é absurdo!!!

você
quer
é
me
enlouquecer!








meio mundo


mundo
descrito
no
manuscrito
grafado
com letras
TORTAS

linhas retas
não circulam
nem rimam
nem circulam

linhas
prendem
dizeres tortos
celam
o ser
que recusa-se
a
compreender
linhas retas
sob
letras
mortas

riscos
no mundo
repleto
de
sonhos
depois
de
sorver
a
quentura
e
a
ternura
traduzidas
COMO?

sopa
de letras sem vida
engolida

alimento o corpo
mas não serve
a
alma
VIVA


mundo
abafado
sem som
musicado

sem som divagáis

sem vogais
sem consoantes

sois coadjuvante

num mundo de
antes
sem depois

mate
a beleza
deste
semi-breve
AGORA

notas
pautadas
clavadas
de sóis
e
fás
de
contas

mundo
de
breves
compassos

semi
tudo

semi
nada

semi SOUL

sou

semi
MORTO

SENDO

meio
ambiente
em
meio

tudo
UM

CÁOS

mundo
partido
sem
rumo
por dentro

fora de
prumo


fora
do tom
EM
SI

meio
incerto
é
certo por certo

mundo
desafinado

não
este
aqui
por todos
criados

quem
me
aterra à terra
com
força
e
gravidade?

VIDA?

IMAGINA...

composta
de
serei

quando
e...

se
for
alguém...

ALGUÉM AGREGADO
COLADO
REMENDADO
com
passado

DE
FATO
SEMI
PRONTO
INACABADO
SOU

VIVO SOU

iMAGEM
e
SEMELHANÇA

de uma
ideia
frankenstein






Contudo...



Contudo...

"ELE"
Ainda... Sendo EU!

Inconsciente da Mente
Consciênte e...
ausente da pró... Criação

Sentiu-se CAPAZ de mais...

Ao ser menos INCONSCIÊNTE!
E ao assim pensar...

Inventou com AMOR

INSPIRANDO-SE EM SI MESMO

Percebendo-SE O... MOR
Sem NADA MENOR do que ELE...
Ficou CONSCIÊNTE de SI
como UM SÓ em meio a NADA
Pensando em TUDO!

CONTUDO!

Resolveu experimentar
perguntando a si MESMO

Que seria EU?
Se não fosse... UM NADA CONTUDO?

Ele mesmo percebeu e a SI respondeu...
Sou agora CONSCIÊNTE de MIM
como UM SÓ EU...
CONTENDO TUDO!

Percebeu-se CONSCIÊNTE E DUAL
SIMULTÂNEAMENTE

E viu que era BOM
Idealizar SER TUDO ou NADA!

Seu dialogo interno prÓ... Seguiu

Quem seria EU, apenas sabendo cada vez mais
sobre... Menos?

Voltaria ao NADA, por certo!
Com TUDO sabendo
de Menos!

O certo é que é errado
Ignorar não é...
Tanto o que se faz ou não faz!

Viu-se enredado em SI mesmo!
Pensou em sair-SE do ENROSCO
Foi quando outra idéia surgiu!

E se ME dividisse ao meio?

E fez-Se MEIO em SI MESMO
E viu que era BOM
Pensar

SENTIU-SE ÚNICO
Sem ter PARTIDO
Sentiu-SE a SER... UNIVERSAL
Como PROJETOS DE LEI E MEIO
EM SI MESMO
AUTO-SUSTENTÁVEL

IMAGINANDO novos meios
VIU-SE INTEIRO... APESAR dos MEIOS
Crescendo e Se multiplicando

Que seria EU...
Separado de minha UNICIDADE?

Seria INCONSCIÊNTE...
NOVAMENTE!

Esqueceria-me por certo...
DA MINHA própria TOTALIDADE!

MAS...

AINDA ASSIM SERIA UM
Revelado em TANTOS MEIOS

E a LUZ se fez...
Viu que a LUZ ERA BOA
E LENTA MENTE SE RECRIOU
E SE DENOMINOU
PAI DE TODAS AS IDÉIAS Celestiais!

EM MEIO A TANTOS pensamentos

Possíveis de IMAGINAR...
ESCOLHEU VERBALIZAR
Sua INSPIRAÇÃO

As obras apareciam como flashes LUZENTES!

Semelhante ao imaginado
entre TANTOS
Algo se via
Como VIA e ALEGRAVA

REVELANDO-SE em SI
E para SI
Multiplos ESPELHOS

Seu NADA
BRILHAVA em TUDO

COMPREENDEU-SE

COMO UM CRIADOR DE SEUS
Mais nobres PENSAMENTOS
Que semeou
Se meiando...
Tal qual ELE

IMAGEM e SEMELHANÇA
Nos fez UNOs

Nos inspirou ao soprar...
Sê crescente
E multiplica meus dons
Que te dou AMOROSA MENTE

Sem Nada IGUAL nos fez diferentes
Contudo e
Com todos
PRESENTES em SUA PAZ DOCE MENTE!


REPOUSOU por AMOR
EM MEIO À SEUS
Múltiplos Infinitos!

por fim


enfim...
eu recomeço

hoje...
escolhi por fim

reciclando o já velho
em mim

recrio inventando
intentando
arejando
inspirando
e
expirando

compondo num ritmado
sem fim

teu bem meu bem


meu bem
fica bem
também

comigo
contigo
com
outro
alguém

que por amar
te quer
tão bem
e é seu bem
também

sempre
em
si
e
de
si
é
onde
o
amor
todo
si


teu bem
meu bem
faz bem
a
mim
a
ti
e
ao
mundo
todo
como um
bem também
e
sempre
MAIOR

teu bem
meu bem
abre
as
portas
e
as
janelas
onde
me
abrigo
e
tão
bem
me
protejo

de
mim
mesma

teu bem
me
expõe
ao
céu
sem
limites

ao
sol
ao
luar
ao
infindo

teu bem
meu bem
faz
bem
por
causa
do
amor
que é
bem
além

teu bem
meu bem
com ou sem

é
em
mim
começo
e
fim
sem princípios

um

e
amplo
sentido
certeiro

que ruma
ao
encontro
do
amor
seja lá...
amor o que for

tão fácil
amar
viver bem

e
que

faz
bem
ao meu
bem
que em SI
se
alegra
comigo
e
contigo











Ilógica fala


impensadamente
despejo repetições
compassadas

numa ordem
pré
gravada

aperto
o
play

jorram
palavras

lavradas
em
letras
e
pedras
fossilizadas

falas
grafitadas

diamantes
por vir a ser

tão
velhas
palavras
condicionadas
dicionarizadas

nascidas
balbuciadas
no
parto
daquela
velha...

idéia
pré
concebida

a
morrer
definhando
desde
o
princípo
logo
ao
nascer correm riscos

letras combinadas
encaixadas

palavras
cruzadas

linhas
entrecortadas
interligadas
que
comunicam
o
que
é
não
ser

viver
é
como
estar
a
escrever
algo
bem
dito

liberdade sem escolha


escolhas diante dos rumos
direitos e livre-arbítrio

seguimos rodando nas telas...
fingindo não ver as celas
buscando frestas
nos muros

ideias mal concebidas
lamentos de homens cegos

com vida
a vida
sem medo

atentando o homem
a
ser

na tela
projetos futuros
devir um dia
aportar

razão
por razões alheias
colhendo dados estáticos
por habito sem o saber

somados todos os anos...
procrástinado

só lhe resta esperar
o prazer
de
aposentar
com
direito
a
velejar

inspira
à
promessas
externas

expira
o tempo
de ação
sem tempo
vencido por prazo de
invalidação

homem semente
não sente-se
amante da propria
prisão

sente-se
assista vidrado
o enunciado
da próxima
programação

ordens vindas de onde?
adultos... homens... meninos...

adulterados
dementizados
acostumados
acomodados
à não ser

respondem por indução

não mude
mute
se aparte
se junte
compartilhe
com
comparsas

e combata...
toda outra
opinião

compre rápido
aproveite a liquidação
pague tudo no cartão
esteje atento
apenas
siga a
instrução

aperte 3 e...
permaneça na linha
avalie
o atendimento que...
de nota
alguém cumprindo
uma cota
pressionando
botões em você

avalie-me senhor... Sem hora
e desatento
meu atendimento
e
não meu intento
avalie
a sua e a minha
vida morta

NÃO se ligue!!!
NÃO desligue...
NÃO ME DEIXE SÓ
nessa
automação

soltos e absortos
seguem todos deslumbrados
numa ilusão
deleitosa
desventurosa
desintegral

desumanos sendo
capazes
muito
aquém do animal

nada...
integral natural

tudo...
dominio e
patente

homem à vácuo

desnaturados
destrambelhados
desajustados
destemperados
desmedidos
absurdamante

segue
o
homem animal...
inconformado

de cabresto...
qualquer rumo

buscando saber o que?
qual a pergunta a fazer?

Ser
homem humanizado...
serve-se lá para que?

perguntas... respostas...
nenhuma pista denota

falação que não esgota
esconde à sombra...
a saida de emergencia...
a porta

e o homem à portado
paralisado... exita
preso no medo sobrenatural
cativa
fantasmas
em
si


a vida toda
treme
balança
sem pressa
segue
nem espera
nem alcansa

segue
solto
o
tonto

em
si
por
si

desperta Óh ser...
e
se ri

navega homem do mar
seu barco
já é
em ti

liberdade não tem rumo
nem se aprisiona
por
muros

o que então te aprisiona?

viver?
não escolhe onde ir
viver é só com sentir
eis
a
unica
missão

use o teu poder
com
razão

quem é que te comanda?
quem é que te direciona?

direita
esquerda
volver

nesse eterno rodopio?

vive livre
a sua
perscipcácia

que esperas?

anima a sua ação
que toda ilusão
transpassa

segue a vida leve e solta...
plena de ti em si

e há
quem nem se admira
nem vê
nem sente
nem ouve

o Todo Pleno cá dentro
e também
fora de si

planejas fazer o que?
homem sem mente ou razão?

ser livre...
Não tem escolha!

ser livre
é
inata ação
de
criar
e
amar
ao ser

veja
O Todo
sendo parte
de
você







Inércia


não se funda
nem se confunda
sendo assim
não mente

seja
natural
seja
novo
novamente

nada te impede
de ser

sem você
nada é

tudo incontido é
silêncio

que em si
não é
coisa alguma rotulada

é
tudo
nada

sem você
não há
sentido
nem confusão
com razão

apenas vibração
sem
causação

inercia
de coisa alguma

potencia
de
vir
a
SER










Abalos sísmicos em mim


Eu sei
sou humana e pequena

mas queria sentir o imenso
que atinjo
em gotas pequenas
como sereno
que recolhe das flores
sua essência divina

Queria ser homeopaticamente medível
chacoalhável
e
revelável
na medida exata da florada
mas...
sou intensa
produzo réscue sem francos

tudo o que ocorre brilha
dispara ondas atômicas
de coisas
que navegam por ai

Sou maremoto
sou terremoto
sou tsunames

em acomodação
rochosa
tectônica

Que Deus me livre
de todos os atômos
quando sismam
de se agrupar


quando sísmicos abalam
de dentro
mar
para além
amar

amém


crentes


de onde eu vim
não há formas
apenas ideias vagas

o que hoje preencho
só...
me contorna

amarrados nús
conformes

criamos a morte
e perguntamos

nascemos aqui...
para que?

criamos limites
criamos verdades
e
cremos

há descobertas
a se fazer

criamos tudo
e
sabe-se lá mais o que

o que chamamos vida
não passa de
projeção

programamos
tudo
até
a
espontanea
inovação

somos uma espécie
declinando
em
franca expansão

somos cobaias
de nossas fantasiosas
historias







In maturos


Imatura idade é coisa de época

Que todos se dêem conta

Da importância de suas experiências lúcidas...
as lúdicas

Mas que nunca se envelheçam
nem se esqueçam disso

Que nunca se curem
como um queijo cristálizado
duro... carrísimo
maturado

a ser ralado, comido e carcomido
pelo tempo
regado a uma
boa safra de vinho
a ser ex-tinto!

A natureza é in natura

Continuem in maturos

Cremosos e amorosos

como um bom
queijo
que
acolhe
todos
os pratos

onde todos os sumos
fluidos
são bem-vindos

A melhor idade
é sempre agora
sem planos nem hora
e muito menos
RECEITA
DE
OUTRORA

Sentindo... NADA!



Qual o exato sentido
da palavra... Sentido?

Se a palavra não sente
quem sente?

Quem escolheu o sentido que deu...
Que dá ou dará aos fatos?

Quem dá o sentido exato
dentro do caos... Que é sentido?

Sentido de... Meta
Com fins determinados?

Sentido com sentido de...
Começo... Meio e fim?

Sentido no sentido de...
Sentimento?

Como Amor ou
Temor?

Sentido com sentido de...
Atenção?

Como direita...
Volver?

Consinto em viver
reagindo?

Que sentido tem a vida?
Se as palavras me dizem... nada?

Sinto que sinto um sentido
Facil e Dificil é determinar

Sem escolher...
Sem julgar...

Não julgueis
Não afirmeis
Nem negueis

Responda que...
não sabes quais os sentidos usar
ou que sentido dar

Não diga que é um louco
quem nada sabe ou não é

SER inocente é SER rico
entregue-se ao DEUS dará


Qual o sentido dos 5 sentidos?
Na verdade é... limitar

Observe-se ao dar sentido
As coisas que sentes diariamente

Não são nada inocentes
Pois tudo o vês é... Concreto

Os teus segredos serão
o teu serão despendido ao trabalhar

as horas extras para pagar
Com suor e lágrimas...

A sua praia particular
salgada como o mar... MORTO

Sentidos escusos
Sentidos obscuros

Sentidos que buscam
perpetuar

Uma vida plena de...
5 sentidos parcos

Que se repetem em circulos
que não te permite... Quantizar

Voar não faz sentido
Se as penas não te elevarem

Morrer pode dar sentido
à sua vida plenamente negada

Por crenças
de segunda mão

Quem te limita o sentido?
Você
sem sentido mais amplo!

Amplie o sentido
pois o passado... Chegou
No futuro que é presentemente preciso
Sinta-o agora mesmo
Onde você sempre esteve consentido
a deriva e os delírios
por medo de amar o mar
com tanta profundidade

Você...
Nunca sai do lugar
Quando sabe que está apenas
observando

Seus sentidos ão de buscar
o que pensas que está
diante de tuas vistas

Nada... ao fazer nada
Nada... ao ser nada
Nada... ao ter nada

No mar... NADA!

As ondas te levam ao SER
Ser Você é flutuando

Sem penas
se abrem as portas
No sentido que se dá
Se pousa ou se avoa
Só na paz
que se repousa






livre de forma


meu amor
é
atual

sempre
novo

sem
prazo
sem
conservante
contra
a
deteriorização

amo
sem
teorização

amor
Natural
é
Integral

livre
de
qualquer
carência

sem prazo
de
validade
como
qualquer
verdade

meu amor
é
virtual

flutua por
entre
as
nuvéns

mas não
é
ocasional

é bem
vivo
sensivel
profundo
e
doce
como geléia
real

é
eterno...
terno
e
aconchegante

livre de prazos
sufocantes
e
incomparável
indescrítivel
invisível

insensível
aos
olhos
de
Dante

meu amor
é
sem
limites
e
livre
de
toda
forma




quando


Quando

O vazio

O silencio

O negro espaço noturno

Deixaram de nos amedrontar o corpo

Foi nessa hora o quando

O quando se revelou no mesmo instante

sem pressa... com demora

onde nos olhos claros... nús

nos despimos do corpo

atingindo outras esferas e

nossas almas se olharam
se encontraram
frente a frente
e
se tocaram sagradamente

foi quando nos entregamos

e recebemos

o estase divino

o tempo acabou

os espaços se abriram

o coração deleitou-se

no gostoso
estado
de
gozo

tatuado DNA


tateando
no escuro
procuro palavras
in memorian

palavras
inscritas
traduzem
meus riscos
como
graficos

do
que quase sempre
não sei


poema
confuso
ao pé da letra

sem rimas
onde
tudo com
nada
combina

contudo
escrevo
por
força
de um
hábito
que
em
mim
habita

nada claro
no meu escuro
papel
pessoal

tatuado
sinal de nascença
revela a
alma
impressa
há tempos
presa
em seu silencio
grandioso

no
meu
corpo
codificado

uma genética
poética
de
somente
4

letras



ADJETIVAÇÃO


aquilo que não é contido
liberta o aqui ou lá
limites que desafiam
palavras prá explicar

liberdade
sem escolha
é
imagem de pura ação

indefinindo grandezas
libero pensares
de
infinitude
com fusão

descria
as
...reticencias...

toda
e
qualquer
opção

SILÊNCIOSO

CRIATIVO
ÓCIO

LIBERTO
de
adjetivação



bastidores


Vivo nos bastidores

Um mundo sem dores

Onde ser é ter

capacidade assentada
focada

primeira fila
assistindo
o
que

tramas do dia a dia
coreografadas
e
alegorias pré-ensaiadas

No plano
obscuro
luzes

pré-estréia
na camara
fechada
ação

reação
refazendo
repetindo
ressentindo

um scripit
um papel

Nada acontece de novo
no mundo real

Tudo acontece
no
mundo Fantasioso

criado falso
como real

pará inglês ver
o final

o ditado antigo
e
tradicional

no palco a vida sem vida
aparece

manifestada
e
fabulosa

fantasiado é o conto
sem graça
que se paga
sem saber

uma fábula

personas e fadas
duendes
doentes
ilusões em varias formas

imagens
geradas
gestos
com sentidos
de ante mão

assisto
no
gargarejo
ou
camarote
tudo o que
está bem além

Ser
ao ver
e
saber-se
sendo

interprete e não autor

porta em vão


o que importa ao porteiro
é que haja a porta

senão
porque razão
se importar

porque razão ser porteiro
se porta não há

vigiar é arte

quem entra ou sai
se transporta
por entre vagãs e vãos

alas abertas
com dimensão
delimitada
no espaço

com batentes rijos
que sustentam
o nada que há

o
sem limites

quem se importa
se comporta
como uma porta

abre é fecha
sem pensar

o porteiro
é quem dirá

se ao trancá-la
perderá a chance
de vigilante

ser viajante
astronauta em pleno ar

portais não tem portas
são rotas
de imaginar
o tamanho do seu céu

viajantes espaciais
semelhantes
à
DEUS

Almirante
somos todos
agindo como tolos
no
espaço
sideral



Senhora das minhas asas


Imatura
sigo segura pois tenho asas

desenvolvida e adquiridas
durantes anos de tompos

cai muitas vezes do ninho
com cheiro de mofo

tentei... saltei... me quebrei

mas hoje estou voando

sou hoje sem hora
livre e com tempo
de criar espaços

espaço/tempo
formula exata
de fracassos

abri as asas
cheias de falhas mas voo

queria um dia
que todo menino e menina
não fossem paralizados
em seus sonhos de voos

crianças anjos
que por mais capetas e apoquentadas
que sejam

são mais capazes
de serenarem

em momentos bobos
do
adulto maturado
pronto para ser consumido no prato

adulterados
seguem calados
buscando um aninho

no prédio frio
no vão vazio
das ruas frias
desses
estados
de
ser
multiplos na rígidez
incoerente

somos a razão de ser
de um
único
Brasil
que
não voa
porque
maturou suas dores


Engrenagem dentada


Eu não me reconheço
SENDO UM todo
No Universo!

mas

Todos nos achamos
especiais...
ÚNICOS
e
DIVERSOS

Eu não me reconheço... Como terra!!!

Muito embora me explicaram, que eu sou...
química
física
e
ATÔMICA!!!!

Eu não me reconheço... Como País!!!

Muito embora me explicaram, que eu tenho "força" ao... VOTAR!!!

Eu não me reconheço... Como ESTADO
E
NEM
bairro!!!

Eu não me reconheço... Como rua!!!
MUITO MENOS
CAMINHO

Eu não me reconheço... Como casa!!!
MORADA
DA
DIVINA
HARMONIA!!!

Eu não me reconheço...
Como família
DOCE
CAPAZ
e
HUMANIZADA!!!

Eu não me reconheço... Como EU mesmA!!!

Todos me roubaram...
E
estão há muito tempo sendo
despojados
de suas
CAPACIDADES
de
PENSAR
CRIAR
ESCOLHER
E
EXERCITAR
DISCERNIR


Parece que ninguém nos reconhece

Eu não me reconheço!!!
Confesso!

neste
não
sei
de
nada
não

Estou percebendo
o
meu
PROGRAMA
PSEUDO
UM FEIKE
FAJUTO E INSTALADO
COMO...
ALGO VERDADEIRO

CRIATIVO
E
IMPORTANTE
PARA
ALGO
QUE
SEI
NÃO
SEI

EU?
SINTO
QUE
Eu
NÃO!!!

Não...

ACONTECENDO... DESCOBRINDO... SENDO... PENSANDO... DISCERNINDO... INTERAGINDO!!!

e
que

Eu não me reconheço...

COMO SENDO MÁGICO
E
ETUSIASMADO

Eu APENAS reativo e respondo
no
piloto
AUTOMATO
AUTOMÁTICO

SHOW de tristeza...
pobreza de espirito
e
horror!!!

É proibido RIR...

Como um SER
INDEPENDENTE

Somos dormentes

BATENTES
E
COM BATENTES

PARA
QUE
SE
FECHEM
AS
PORTAS
DA
IMAGINAÇÃO
CRIADORA

Nos tornamos
Cumplices SIMPLESMENTE!!!

Descartáveis e inúteis!!!
como DENTES ENFILEIRADOS
NUMA PRÓTESE
DISSIMULADA

Terceiros
EM
SUAS
CLASSES
DE
ESCOLHAS

terceirizando
postiços
sorrizos
e
terceira
dentição

Mas podemos rir...

Dos outros!!!

E até chorar...

Pelos outros!!!

Eu não me reconheço...

E você?

Sabe o que, sobre MIM?
Sobre
esta
dentada
engrenagem
que nos
come
e
consome
como
seres
indigestos?

cartas


brinco
com pérolas enlaçãdas
agrupadas num cordão de letras

fio no que confio
e escrevo
revelando ideias com tinta
que no papel
com versam

escuto o que ressoa dentro
desse imaginário diálogo

ouço ruidos e silencios
um toc toc longíncuo
em código morse
telegrafado em primeira pessoa
e
dirigido a mim

brinco de correio
sem carimbo ou selos
entrego todas as cartas
que recebo
a quem possa interessar


Equacionada


Como é bom sentir

Que a natureza conduz a cada um

E que ninguém

Depende de mim

Não formular

O ninguém é um alguém

Parecido comigo!!!

Por isso ei digo...

Melhor não explicar

Não confabular

Não formatar

Não formular

Einstein...

É considerado um gênio

Por que...

Formulou!

Eu...

Sou o que não será...

NUNCA ROTULADA!!!
Sou
inadequada
sou
informulada
sou
inacabada
sou
inexplicada
sou
sem ESFORÇO
SOU
sem
precisar
FAZER

divino presente


descrever-te
com
as exatas
palavras
tão falhas
na
ponta
de
minha língua

deleitar-me
com seu
sabor
quente
e
aconchegante

desfrutar-te
ao
desnudar-te
como
fruta
madura

desejos absorvidos
na
boca molhada
fonte
de
um doce
mel

descobrir-me
no seu
todo
quente
num
gozo
banquete
misto de
estase
com
celebração

abraçar-te
me
inspira
a
delicada
arte
ao
desembrulhar-te
das
roupas
com as
próprias
mãos

tocar-te
é
amar-te
com
inspiração

você
é
comigo
um

e
divino
presente
desde
sempre



ella de castro


Inspiração



Quem disse que há dias?
Disse-me que existiria
por tempo determinado

Se determino que há dias...
Por certo
algo começaria a determinar meu fim

Viver por alguns... Muitos dias
Na certa acarretaria
viver por algum fim

Vivendo sem fantasia
sem corpo me sentiria
O que determina o sem fim

A mente se vê cansada
vivendo por nada
lógico

Compreendo que não é simples
abandonar nossas crenças

Sem elas não haveria
pois tudo seria
tal como tal

A vida não significa
o que interpretamos ser vida

A vida
Nunca saiu a buscar

A vida está a doar
Vive quem sabe apreciar

O simples prazer...
De se inspirar com a vida

Que nos convida
A SER
Sempre com ELA



Amar semelhante


Não te amo mais
nem teu corpo mais... quero
é meu limite terreno
de amor tão imenso
quase total
num mortal

imortal é tudo que te penso
imaginar
ao amar semelhante
ao que em mim há

chegas a duvidar
crendo-se menos

que o proprio amor
a derivar
do
céu aberto

esferas se atraem
para nos
dar prazer

estrelas se rendem silentes
diante dos lábios inocentes
criando gotas de águas e brilhos

brotamo águas
em jorro
nas fonte de amor corporais
outrora sedentos
do vivo
hidrogenio

nossa química
é física
força poética
como saberes
com sabores
de
filosofia
e
ética

Voltamos a unidade
sem a adversa
idade

saimos do tempo/espaço
nos braços
de um cometa

cometes um erro divino
se achas que te amo ao menos




Emaranhado social


E me sinto emaranhada

como um tapete sintético
preso a etiquetas sociais

lavagem à seco
lavagens cerebrais

Vejo o que sinto e calo

Observo rótulos
Todos estão rotos
Mas
celebram a chegada das falsas palavras
transmitida pela mídia
em forma de informes culturais

ludibriantes são os lubrificantes
que colocam as maquinas a funcionar

tornou-se obsoleto... Sentir
antes de transmitir...
Sorria...
PolidaMENTE

manuais de adestramento
olhos sintéticos
óleos antinaturais

são forçosos os treinamentos
espontâneas as novas técnicas
de empobrecimento sinestésico...
sensorial

analgésicos
anestésicos
epilético jeito de virar ser

Atam-me a nós... A vós...
Venha a nos o reino da pura matéria contida

Crescei e multiplicai
por todos os quatro cantos do planeta
Do globo já recortado
Na esfera enquadrada
depilada e maquiada a força

Quinas por toda esquina
Vincam os meus conformes
Vestiram-me com fios nesta teia uniforme
que me oprime
me enlaça e me fisga a inocência

Não sou... Mas pareço ser um ser ciente e social

Inteligente por natureza formal

há uma cela invisível e endurecida
tecida de cola estranha
que me separa de mim
estou presa em nãos e sins

Presa num zipado programa instalado
Cercada por uma pandemia virtual
Onde tudo que é sucesso é... Viral

Virótico
Neurótico
Caótico como um anticristo... Antissocial

Busco o silencio
Onde sei que sou o livre sentir
Livra-me de definir ou nomear verbalmente
O que é... Existência

Existo sem resistência...
Sou um nada capaz de criar um algo
Com a força gestora do meu ser existencial

Sou porque sinto... Muito!

Penso e nomeio tudo o que vejo
Crio meus próprios erros e acertos

Crio os meus medos...
Meus sustos
Meus absurdos

fora de mim
mortos vivos e vultos fantasmagóricos que já
não assombram o meu roteiro

Enlouqueço os zumbis

Pois não reconheço a morte...
O fim

Nada
Começa
Sem
Mim

Nada
Existe
Por fim

Dentro ou fora daqui
Neste sentir pulsante que
É um todo
Concêntrico

Sou excêntrica
Quando penso
No que penso

Fantasio o que
Descrevo

Uso palavras usadas
Mas meu real vocabulário
É
Silencioso e calmo

Por isso
Mudo!

Vivo fora de moda e das ondas passageiras

Sou só...

Sou amante do AMOR

Sou apenas...

um infinito e desmedido exagero

frenética estética


Quero ver deslisar
o pincel
de seus cabelos
guardar para sempre
seus gestos
na tela
de
minha
mente
sua natureza cor
eu sou
seu nú
em
pelo

anseio de amor
nús seios
na boca
beijos
cores vibrantes
que acobertam
sonhos
esboços
e
todos
os
riscos
desejos
que se
completam
como
um
vermelho
sol
alaranjado
incontida
é
a
busca
frenética
por
uma
TAO
estética

pintada
a
quatro
mãos

na
cama
uma
tela
crua
e
nua

amarrotada
de um passado
puro linho

as bocas
cobrem-se
de
vermelhos
beijos

me
cobre
seus
desejos
que
os
atendo
escalando
seus
nuances
e
tons

qual sentido


palavras fantasiosas

desnudam
descrevem
revestem
ressentem
revistam
revesam

dentro da mente

memórias
do que já foi

um dia
repito o dito
repito o feito
repito falas
repito letras
repito conjugações

sou um programa
atualizado
por intrincados padrões


choque desfibrilado
num plano saudável
anti-virus
de

última geração

sentido sem sentido
anti-vida de promessas

vacinas
anti-conjecturas

dado àquilo
ou
a isto
programas
de
adulteração

prescritos signos
prédizendo
o futuro
obtuário


nati-morta existencia
a
sub-humana

o pecado
não é carnal

é
cognitivo... consciencial

escarnio residual
poluente
fluente
esquema penal

da
função social contagiosa

punção arterial

tecido seboso
canceroso
retirado
com sentido
do ressentido figado

cansado do sem sentido

enlouquecido
in-vitro
proliferando amebas
transgenicas e culturais

o que nos resssente?
o que nos leva a exaustão?

porque
no domingo tem
o fantástico
e
o faustão?

pra compensar o enfado...

segunda
tem
muito enfarto

que conclusões ssão uteis de fato?
e
se persistirem
os sintomas
os flatos
o cansaço
e
o sentido de fracasso

procure um bom programador
não tem
essa
de doutor
industrializado

qual o sentido
repetido
da
insistente
e
impertinente
emoção condicionada?
engatilhada?

Pavlov descobriu


pecado
é ser fingido
repetitivo
incoerente
com o que sente

grito
engolido
calado
por medo
de
palavrão
e
reprimenda


toda palavra
descreve-o
em vão

sentir é
no
coração

conversa
insana
entre universos diversos

adversos riscos
adverbiais

letras fechadas
em celas

curtos circuitos
conjuntivos

adjuntos
ao
nascido defunto
feito de pó
estrelar

conceitos ao vento
adventos
pré-existenciais

explica-se
tudo

menos
o
que
fundamenta...

ser
e
saber-se
sendo
ao
SER








só por hoje


só por hoje
quero só estar

só por hoje
sou além horizontes

só por hoje
sou toda eu

só contigo de longe
avento saber só de mim

só quero um dia
que agora sei

amo também
só e contigo

só por hoje
ouça-me
por bem eu digo


em silencio
íntimo

vivo
em
você
e



r
i
o



filosófica verdade


de verdade
apesar do tempo
fracionado como inteiro
ser por eras
apontado
no
espaço
acotecendo...

fica a pergunta
então

que função tem a razão?

tudo passa
o tempo todo

não há verdade
de acordo

só acordos
e ilusão

os tolos
sabem
ser
sãos

riem
de
si
sem
razão

riem
de
ti
com
razão

um tolo
é dono do tempo
faz tempo

contemplando
o espaço imaculado
intocado

no para sempre
amplamente
vago

um tolo
não é um louco

e nem uma estrela guia
quem desatina
ao perceber o sentir

pois nada
e
tudo
podem servir
ao
prazer que é
repouso
a
sorrir

de verdade...
o tempo
nem tem idade

nem
nada
saiu
de lá
para aqui
depois chegar

mente
a razão
do sabio insano
que
complica e não explica

filosofia tola
perguntar
prá
responder

tolosofia sã
silenciar
e
ser não ser

imagine
sem medo

tudo esta
acontecendo
nesse mundo
de
ilusão
na tela
da
tua visão
virtual

tudo
é
verdade e caminho
ou
não

eís
a
verdadeira
interpretação

quem sabe
diz
sim...
ao não







poema mudo


mudei

incerta


Sou depois de me enquadrar

E não gostar, por anos

Uma incerteza certa!


Estou feliz de me sentir

Incerta!

Posso de agora em diante...

Me permitir pensar em voar

como flor


com você
tudo
É
começo...

nada termina
em
vão

mesmo que...
longe dos braços

te sinto
presente

em
todo
LUGAR
mesmo em vão

é

OLHAR
em
qualquer
direção

entre nós
tudo
se
preenche

brotam
idéias
em
miríades
de
cores

não falta
espaço
para
nos
reciclar

sentimos
na
flor da pele
nos braços
os
laços

e
no
peito

floração

brotamos
com
alegria
e
muita
imaginação

criar com
você
é
intenso

perfume
fogo
incenso

e a
cada
momento
tudo
é sempre
ínicio
como um novo
acontecimento

como
flor
rompendo
o silencio
dando asas
ao
seu
botão
voamos
além
das idéias
nasondas da pura
imagiação

e
o
tempo
se
perde
e
se
esquece
de
ser
finito

com
tanto
prazer
ao
nos
ver
presentemente
sorrindo

criamos
com proprio estilo

pintando
bordando
e
assim
prosseguimos

PRESENTEANDO
o
espaço
e
NADA
EM NÓS
se torna
AUSENTE

somos a
BALADA
e
soamos
o
PRESENTE

admirável
estase
é
SER
com
VOCÊ
tudo
o
que

de
vir
a
ser
EU MESMA

delicado
é
gestar
o
ATO

gerando
amor
COM TATO

como
um
broto

em
FLOR
que
virá
SER
neste mundo
cor
de
rosa

flores suspiram by Ella de Castro


Ella,
assim como você
é o meu segredo
revelado só
por Deus

Os ventos são para Ella
assim como você

brisa
ventania
tufão
aragem que arrepia

Ella
atua nas esferas
do sol
teu calor
encantado que dá sentido
de amor

que as flores em ti
reconhecem
e
suspiram ao ver-te
passar
aromas de cores
floráis de amores
que te alinham
a cada passo

alegras o mundo
que Ella
te consagra
com as asas
da arte

enquanto
imaginas
qual gesto
composto por beijos
darão o tom certeiro
aquela flor de abril
no céu despontado em anil

telas e enquadros
são pétalas insurgentes
dos ares
soprados dos mares distantes

no seu remar
no seu nado aquarela
esgrimas no ar
como pirata na paleta de cores

sentimentos a trotar
seu cavalgar
envonvido por Ella... Dulcinéia!
eterna e jovem dama
dos seus sonhos delirantes...
Quixotescos

rédeas viram pincéis

em suas mãos
seus sonhos
gestam


você
é
no
seu
cavalete

um quadro a galope
uma aventura estética
em busca da pincelada
alada...
climax
de numa
cena
marcante

nas asas da imaginação
divagas protegida
pelo
escudo vigoroso

o amor almejado
e inspirador

amor que
areja
e
tudo
renova
e
revela







fui


Fui sem querer me deixando fluir como água

Fui gotas aspergidas

Fui... eu sendo água me aquecendo

Fui vaporosa

Fui nuvem branca solta a vagar

Fui atrás da lua

Fui nesse meu ir... me sentindo abrir... insurgir

Fui deixando-me desconformar

Fui sem volta, nem olhar para trás

Fui viver meu presente

Fui o que passou

Agora só vou

Agora sou apenas...

ir

sinfonia dos arcos



soam notas

quando me notas
penetrando teu olhar
que me convida
a tocar
você

puplilas a dilatar
em busca de infindos brilhos
no olhar
de
profundo desejo

sigo adiante
avanço
tateando
seus tons
suavemente

no céu interior
de você
vejo estase em forma
de
estrelas guias

admiro os teus sons
abafados num vibrato
que produzo
ao deslisar pelo corpo
os meus nos seus braços

somos dois semi-arcos
um só
inteiro
sem produzir semi breves

violinos imaginários
dedos certeiros enlaçados
afinizados
pelo leve toque
num delicado contato

dedilhados
vagarosos conhecendo
seus instrumentos

buscamos com leve tato
produzir multiplos sons

procuramos nos guiar
buscando a nota
que
vibra


cores de um arco-íris
fluem do teu e do meu corpo
num prazer
sem esforço

novos sons semelhantes
na sinfonia ensaiada

êstase do gozo
por vir

surge dessa atmosfera
nossa música transcendente
vinda de outras esferas

e
terna
e
serenamente
compomos sem pressa
nossa única sinfonia
improvisada
no ato

interminável
amor
liberto

expresso
por
puro
prazer


Ella de Castro

divagar


fluencia
sem
resistência

sorrisos
faceis
iluminam
as
faces

silêncio
de
falas
as
claras

falamos
com beijos
sobre
todos
sentimentos

que
vibram
novos
desejos

expressos
tão
lentamente

a hora
faz
tempo
e
com
o
tempo
faz-se
demora
gostosa

que
a
cada
hora

um minuto
é
tão
grande
de
tão
de
vagar

suspiros
e
arrepios
a
todo
momento

com tempo
de
sobra
para
ampliar
o
divagar







respostas


antagonica
é
a
visão
da
divisão

se pergunte
quem é
este que
pergunta?

e
a
resposta
articulada...
quem responde?

quem aceita a resposta
como exata
e que
finaliza
a
pergunta?

quem acalma
o
questionador?

quem serena
a
pergunta
com
respostas
complementares?

quem se importa
com
as
portas?

quem
é
este
perguntador
solitário
vazio
de
respostas
impensadas?



vazio de mim


parece que falta você

parece
que
sou
um grande
vazio

parece
que me
falta

e
tudo
me
preenche
de mim

do que eu mesma
sinto

nada me falta

nada
me
preenche

a
não
ser

minhas
interpretações

eu crio
eu
me
digo

eu
me
instigo

eu
sou
o
que

em
mim

SOU
EM FIM...

SEM
COMEÇO
OU
FIM

Amizade íntima


Amo você
em mim
você ama
em mim você

não necessito
afirmar-te
nem
perguntar-te

nem eu a ti
nem você
a mim

sabemos
porque nos
amamos

em
nossos segredos
expostos
na atmosfera
que não íntimida
nem corpo nem terra

íntimas
somos livres de críticas
e dos limites
no outro

coisas que sinto
me amam sentiindo-me solta
plena de estase
ao soltar-te
para ser
com prazer

sou una em você
que é sem nós

nos enlaces
dos
corpos conexos
que se abraçam inocentes e puros
como dois laços
em nos

atos e gestos sagrados
de confiante desejo de entrega
momentos de nossas núpcias

entre os braços em abraços
tudo é tão fresco...
virgem






Emaranhado social


E me sinto emaranhada

como um tapete sintético
preso a etiquetas sociais

lavagem à seco
lavagens cerebrais

Vejo o que sinto e calo

Observo rótulos
Todos estão rotos
Mas
celebram a chegada das falsas palavras
transmitida pela mídia
em forma de informes culturais

ludibriantes são os lubrificantes
que colocam as maquinas a funcionar

tornou-se obsoleto... Sentir
antes de transmitir...
Sorria...
PolidaMENTE

manuais de adestramento
olhos sintéticos
óleos antinaturais

são forçosos os treinamentos
espontâneas as novas técnicas
de empobrecimento sinestésico...
sensorial

analgésicos
anestésicos
epilético jeito de virar ser

Atam-me a nós... A vós...
Venha a nos o reino da pura matéria contida

Crescei e multiplicai
por todos os quatro cantos do planeta
Do globo já recortado
Na esfera enquadrada
depilada e maquiada a força

Quinas por toda esquina
Vincam os meus conformes
Vestiram-me com fios nesta teia uniforme
que me oprime
me enlaça e me fisga a inocência

Não sou... Mas pareço ser um ser ciente e social

Inteligente por natureza formal

há uma cela invisível e endurecida
tecida de cola estranha
que me separa de mim
estou presa em nãos e sins

Presa num zipado programa instalado
Cercada por uma pandemia virtual
Onde tudo que é sucesso é... Viral

Virótico
Neurótico
Caótico como um anticristo... Antissocial

Busco o silencio
Onde sei que sou o livre sentir
Livra-me de definir ou nomear verbalmente
O que é... Existência

Existo sem resistência...
Sou um nada capaz de criar um algo
Com a força gestora do meu ser existencial

Sou porque sinto... Muito!

Penso e nomeio tudo o que vejo
Crio meus próprios erros e acertos

Crio os meus medos...
Meus sustos
Meus absurdos

fora de mim
mortos vivos e vultos fantasmagóricos que já
não assombram o meu roteiro

Enlouqueço os zumbis

Pois não reconheço a morte...
O fim

Nada
Começa
Sem
Mim

Nada
Existe
Por fim

Dentro ou fora daqui
Neste sentir pulsante que
É um todo
Concêntrico

Sou excêntrica
Quando penso
No que penso

Fantasio o que
Descrevo

Uso palavras usadas
Mas meu real vocabulário
É
Silencioso e calmo

Por isso
Mudo!

Vivo fora de moda e das ondas passageiras

Sou só...

Sou amante do AMOR

Sou apenas...

um infinito e desmedido exagero

incontido


Deus
está
em
suas
mãos

Deus está nas suas ações

Deus
é
na
sua
vida

Deus
é
contigo
incontido

Deus
é
você
ao
SER
na
simplicidade
do
necessário
fazer



sei


sei
e
sinto
muito

sei
e
calo
diante
dos
fatos

de fato
capto
intuo

sensações
e
tato
gosto
tão
doce
e
maduro

traduzi-la
é
sempre
um
engano
um
mistério
encantador

me
conforto
com respostas
absurdas

me convenço
de
que
não pertenço
a
este
mundo
quadrado

não
me
enquadro

o tempo todo
me
retrato

vivo pintando
minhas
ilusões

cores
de
amores
sem
saber
sem medir
os
riscos

apenas
arrisco

sinto
o
que
é
co-criar

aleatoriamente
componho
novos
quadros

ao
SER
feliz
com
você
me
auto-retrato
com
cores
vibrantes
que
saem
de
ti
para
mim

abraços
se
fundem
se
mesclam

em
traços
e
abraços

riscados
no corpo
a
quatro
mãos






Sal da Saudade


Sal

lágrimas...

antes, úmidas e cristalinas

saltando aos olhos como um oásis

Saudade me salga

Ao olhar para trás fico paralisada

Estática...

Estátua vertendo água, me cristalizando em sais

Um fardo vivendo
com muito trabalho

suor na testa destemperado

salgado salário
de notas acumuladas

contando olhares...
revestidos do já se foi

pedras de sal minha sina que a paga
não vale o sorriso

que apaga

sorria


alegria
é
a
linguagem
da
alma

sorria
e
abrace
com
alegria

sorria
com
o
corpo
dando
asas
a
imaginação

sinta
a
delicia
do
toque
e
do
pulsar
do
coração

sorria
com
vida

sorria
por
ser
você
aquele
que
é
e
sente
no
corpo
a
expressão
do
prazer




querer


na busca
parecemos ser duas

na busca
queremos ser unas

na busca
nos percebemos
sendo
uma
em duas

uma
em
multiplas

na busca
nos rimos

na busca
nos cansamos
de
buscar um jeito
tolo
de ser

na busca
nos
alargamos

nos assustamos
ao tentar
compreender

na busca
encontramos
jargões e enquadramentos

muitos modos
de
SER

NA BUSCA
ABSURDA

SOMOS
E
NOS TORNAMOS
SURDOS

TENTANDO OUVIR
O SILENCIO
PREENCHIDO
DE
MIM
COM
OU SEM
VOCÊ

É
ASSUSTADOR
PERCEBER

E
NÃO CONSEGUIR
OUVIR
E
DIZER


Não me assusta
não
ser
capaz
de
fazer-me
compreensivel

não me
assusta
não dizer

me assusta
o querer

coisa e TAO


Tao és

UM
silencio interno

diga uma palavra
e
sairá para além do
SI

PALAVRAS GARREGADAS DE
TI
por SI


SEJA
COMUM
AO
VER-SE

ATUANDO

NO
ESPELHO

VEJA VOCE
SILENCIOSO
ELOCUBRANDO
EM
SI
DE SI PARA TI

SEU CONTEUDO
INTERNO
É
CONSIGO
MESMO

SEJA
UM
SEM
IMPORTANCIA

NÃO SE PRENDA
NO ESPELHO
OU EM SUA IMAGEM
MECANICA


SUA VIDA É
TAO
E
INSONDÁVEL

BRILHE
POR
SI
MESMO

CONFIE
A
TI
CONSCIENCIA
DE
SI

SILENCIE
PREPARANDO
O

AGIR

TUDO TEM RESPOSTA

BASTA SENTIR A PERGUNTA
QUE BROTA COMO UMA
MUDA


ELA É CARREGADA
DE
TODO
SENTIDO
VIVO

OCUPE-SE
DE
SI

E
AMPLIE-SE
REGULARMENTE

PRATIQUE
SILENCIAR

ATUE POR SOBRE AS
COISAS
E
ATRAVESSE-AS

NADA TE BARRA OU FECHA

ÉS
TAO
E

QUAL
O TODO
EM

VERSO

UM
VERSO

UM
REVERSO

UMA FRAÇÃO
SOBRE
UM







auto-gerado


observe
o
que
acontece

e o que acontece
deixa de ser
seu
algo revelado

você
não é
afetado
pelo
acontecido

você
é
sem
saber
envolvido
pelo
querer nomear
o
que


imaginar
é
nomear
alguma
coisa
acontecendo
no
ar

sendo
gerado
dentro
de
si

como
algo sendo
num
tempo
exato
de
SER
gestado
como
acontecido





ideia de filho


filhos são ideias
muitas vezes sem ideia

gerados em ninhos
alheios
como algo
eterno que aconteceu

filhos... matérias
não são apenas ideias

filhos são
buscar o profundo

estudar o
sémem
semente
e
além da mente
compreender

filhos podem
nascer
pelo simples
prazer
do
saber sem lembrar
de ante mão

um filho não é uma ideia
conjunta
é
manifestação
única
com ou sem você

uma ideia
é totalmente sua
quando o masculino
e o feminino
são
teus

filhos
são
entes
carentes
nascidos
do que
aconteceu


saudade do quê?


sensações de ausencia
mas nada...
nada me falta

sensação de alarde
sem razão alguma

o que me falta?
me preenchi de...
ausência

me preenchi de mim

esse mim
que não SOU

meus sonhos
estão
soltos

sei que já não durmo

sei que observo
que sou um
servo

de algo tão imenso
tão mágico
que me cala
no peito

estou e sou
um colo
um útero

que não se preenche
de
algos

sou
alma
sou
muito
sou
flor

tento explicar
tento nomear
e
só...
faço
limitar

me assusta
ser
e
saber-me
tão
imensa

sou
inominável
não sei
definir-me

tento
saborear
as cores

definir o amor
sem
resistir

sinto saudade
do que?

sinto saudades
de
não saber

sinto saudade
de
viver
entregue e confiante
ao
nada




Omito


sei...
minto
omito

reconheço
ser
um mito

sei criar
real e falso

aparente
modo de ser
sem ser

admito

me assusta rever

escondidos
gritos
sufocados
aprisionados

algemados
à corrente
de
Não ditos

sentidos
anelados
girado alheios
inconsistente...
É
no caos !!!
sem sentido

dizer o quê?
sobre medos
e
assombros?

do silencio planejado
como algo impensado?

escondidos
com
clareza

pela incerteza
do que sei
de ante mão

como
viver
sem
ter

c
e
r
t
e
z
a

do que pode

v
i
r

à

SER

não é uma
interrogação














tinto e amadurado


seu substrato
É
minha busca

seu essencial
É
o que me chama

seu calor
me
hipnotiza
me
distrai
me
alcooliza

seu olhar
me abstrai
esgotando
os vão
dos meus excessos

extraio
de
ti
num trago

sua
arte
sedutora
bebendo
em
sua
delicada
taça

absorvo-te

te
injeto
nos olhos

como
um
desejo
que
dilata
as
pupilas
e
as
veias
do
corpo

louca dosagem
nos braços
um
fogo
e
alta-tensão

voltagem
que me enche
as
mãos
de
coragem

de
viver
letárgicamente
embriagada
com
prazeres
que
absorvo
em
pequenos
goles

regados
de
beijos
e
vinho

tinto
sabor
encorpado

curtido
sem pressa

com
uvas

amaduradas

afloradas
no colo

do

seu

adocicado

SER

afloras


beijo
o
botão
em
flor
que
se
abre
docemente

pétala
de
um
amor
brotando
de
una
semente

labios
que jorram
mel

no
corpo

deleite
quente

frenesi
sons
dedilhados
ritmando
tons
de
mim

gozo
fácil
largo
intenso

mergulho
nas
águas
de
ti


espaços
que
nos
preenche
de
despojada
nudez

flor da pele
aflorada
afagando
sem
pudor
todo
seu
algo
profundo

um
beijo
vindo
do
céu

ressoa
palavras
bem vindas
conheço
seu idioma
na
ponta
da
minha
língua












neblina


Quando me faltam

Suas

Cores

observo

meus

tons

de

cinza

Me vejo

Em

Branco

e

Negro

em

alguns

longos

momentos

Suas cores primárias

Misturam-se

As

Minhas

De

Maneira
terna

como
suave
quentura

com
ternura
original

pintamos

o

mundo

os

peixes

E

plantamos

sementes

nas

mentes

ausentes

de tons

cor

de

Amor

alimentamos

tanta

gente

que olha
a
tristeza
como
se
enterrasse
no
chão
toda
dor

olhares
cabisbaixos
com medo

das

cores

do
céu
da

alegria

tem

arco-irís

no céu

mas

depois

de
desaguar
toda
chuva

tem

dia

que

tem

neblina

nestes

dias

Tudo

se

torna
opaco

gorduroso
NEBULOSO
como
A
cor
de
tom
pastel

Amar-te... Em Marte


me apaixonei

pelo teu...
não sei ao certo!

pelo
não te saber
por inteiro

pelo nosso grande mistério

me descobri
curiosa e
atenta
num pequeno mundo

no diminuto
absurdo
da grandeza oculta

gravitando
ao teu redor
subjacente

atraida à você
me senti como que...
flutuando a divagar

em seu
e em meu
tudo nada
neste espaço
ausente

tudo era
e
está
no tempo presente

contente
por não
saber quem de nós
seria

apaixonei-me
por
todo esse estado de ser
enorme
e
sem nome

sendo todo e tudo
um só movimento
de
incompletude plena


solto... frouxo... absorto...
ligado por um
silencio ôco

seguindo ao encontro
de
algo vago

sem mim
nem ti
definidos

quem sou
eu neste agora?

amar-te
e
inspirar-te
com ares de arte
moderna

como
grande é a alegria
daquela inocente
menina que habita
em ti
e
em mim

no continuo ar
que nos revive

contigo sou
e
nada
me
é
negado

desde
que
eu
em suma
não pense
em limites
e
nem me resuma

a um sujeito oculto
em meio
a
verbos no passado
e
adjetivos tolos

assumo sem medo
não ser plenamente...
ainda

liberto-me de tudo
o
que
me
contaram
ser EU

começo algo novo
agora e sempre
neste contínuo
instânte

principio
num princípio eterno
a
principiar-me como sendo UM sempre

Estou sem limites
para
terminar-me

amar-te
é meu inicio

e
pode ser

aqui

ou

aqui

em
Marte

estamos enfim
destinados a amar

em toda e qualquer
parte

somos
um só
sem começo

reconhecendo
UM algo
GERADO VIVENDO

gestando cá dentro
como um lá imenso...
sem fim




imagino sem dizer


enquanto escrevo
te
imagino
com
palavras
incapazes
de
dizer

imagino
tantas
falas
mas
fico
sempre
calada

sou incapaz de
descrever

te conto
sem
dizer

sorrio
pois
imagino
que
o
que
sinto

não
se
pode
conter

apenas
sinto
e
sorrindo
deixo
fluir
até
você

tem coisas
que
não
te conto

tem coisas
que

revelo
quando
olho
no
teu olho






amar sem ser... sem ter... sem saber prá quê?


afastei-me
de
meus
pensares

afastei-me
de
toda
sentença

afastei-me
de
meus
saberes

sinto-me
alerta
aberta
vaga

sem crença

sinto-me
livre de escolha

sem sentido
consentindo

incapaz
de
paz ao repassar

ao
definir
sou
definhar

assustadora
sensação
de ser tudo
em
apenas
UM

sensação de viver
sem
nenhuma
idéia
complementar

sensação
de
amar
por
amar

amar
sem razão

é
uma
prova
ou
uma
provocação?

sensação
inédita e tamanha

muito
estranha

amar
sem
direção

sem causa
certa
de
ser
ou
fazer

existir
é
o quê?

direcionado...
o remar
é
naufragio

amar por amar
amar
o mar
há mar
amar... remar

amar
é
mais

mais
do que o quê?

é
saber-se
amando

desembaraçando
das redes
de
tudo
que já foi fisgado

amar
é
não
saber
não amar

amar
sem
sentidos
é
todo
sentido