Frederico de Castro

Frederico de Castro
Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Nasceu a 20 Junho 1961 (Bolama )
Comentários
Gostos

Hipersensível



A manhã esculpiu um gomo de luz hipersensível
Mediu cada distância entre um eco e um lamento
Que além timidamente fluía tão imprevisível

Uma hora provisória entretanto desfaleceu condoída
Emaranhou-se com a esperança perspícua e sapiente
Manuseou cada emoção prescrita numa lágrima saliente

O tempo agora rejuvenesce entrincheirado no advir de
Tantas palavras dissecadas neste verso proficiente
Até se esvair num impaciente silêncio…quase presciente

Frederico de Castro