Uma sombra mercenária freme ali aprisionada
Ilumina a manhã que desperta eruptiva e autoritária
A solidão indolente naufraga conivente e sedentária
Sem destinatário cada sombra ensombra uma hora
Que servil e estrondosamente fenece viril e tão severamente
Como é ousada a escuridão flutuando e fugindo furtivamente
Um prazer incontido explode num turbilhão de emoções latentes
Argutamente adormece entre beijos e sussurros tão pungentes
Fecunda a sinestesia das palavras sensoriais e mais complacentes
Frederico de Castro