Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Despistou-se uma hora senil, litigiosa e envelhecida Deixou na paisagem a cilindragem de mil ilusões Fluindo pela quilometragem da solidão quase enfurecida
Na cubicagem das emoções pesou-se e mediu-se um verso Cujo comprimento e largura anelam a profundidade do tempo Ruindo despedaçado pela sintaxe das palavras prenhes de insanidade
Neste infinito horizonte confunde-se a imensidão do silêncio Com cada eco reciclado, pirateado ziguezagueando embriagado Na amplidão dos sonhos prosperará a prolixidade de um poente empolgado