Sem abrigo o silêncio fenece e no seu jazigo
Enterra-se o tempo solitário quase rendido
Paz a cada eco funesto e tão arrependido
Sem rosto as palavras enlouquecidas atropelam
Esta hora indomável, ensurdecida e despedaçada
Assim deserta a noite compungida e degradada
A escuridão arrepiada aconchega-se aos lençóis
Da minha solidão absurdamente conformada
Uiva cutucada por cada ilusão contrita e desolada
Frederico de Castro