Desconfinada a manhã escorrega pelo leito do
Tempo suspirando langorosamente imperscrutável
Cada hora paulatinamente enrosca-se num eco imutável
As sombras submersas nesta solidão quase inescrutável
Silenciam cada doce luminescência vagueando tão confortável
Adormece a vida no gueto de todas as tristezas mais inesgotáveis
No doce percurso das emoções refinadas forja-se um verso afável
Em cacos ficarão lembranças tão lúbricas…sempre indubitáveis
Do silêncio emerge a simbiose de tenros afagos quase inenarráveis
Frederico de Castro