Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Uma fluorescência excedentária pousou no parapeito Do tempo organicamente fiel, altruísta e gregário Cada hora alimenta uma iguaria de preces solitárias
Dois imensos universos expandem-se na obliquidade Do silêncio etéreo, magnânimo…quase,quase totalitário Ali a esperança sei que cobiça um eco matreiro e sumário
Ah…cheia de gula a memória uiva e farfalha tão solidária As saudades latentes usurpam esta solidão quase hereditária Dilui-se a fé ajoelhada aos pés das palavras preciosamente prioritárias