Pelos labirintos da memória vadia a noite
Impregnada de lamentos tão oportunistas
Cada hora degradante fenece senil e anarquista
A escuridão trespassada insufla a emoção capturada
Alimenta versos e palavras inspiradas, tão amestradas
Muscula a solidão confinada a tantas preces desveladas
Resta ao incauto silêncio pavimentar cada eco mais autista
Tatuar no tempo a esperança que se esgueira voraz e egotista
Alimentar as primícias de um sonho rugindo tão narcisista
Frederico de Castro