Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
O silêncio ainda sonolento espreguiça-se tão deleitado Melancólico e indigente o tempo extingue-se dizimado Cada eco esbanjado e tão amarfanhado tomba quase dilacerado
Palavras descalças dormitam no leito do riacho apaziguado Sedimentam as margens onde marulha um sonho esmiuçado Refrescam cada gotícula deste silêncio incomensuravelmente enamorado