Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Rasteiro, junto ao chão nasce este silêncio sorrateiro A manhã no seu andor apascenta um eco embusteiro Sem intervalos o tempo declina ávido e tão bisbilhoteiro
Motivos de sobra tem o dia para navegar a bordo deste Jardim perfumado por brisas malandras e forasteiras A liberdade renasce travestida de ilusões tão brejeiras
Lenta, muito lentamente a solidão dormita aconchegada Aos tentáculos de uma hora musculada impetuosa e encurtada Fica a alma a dissertar palavras corteses e indelevelmente apaixonadas