Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Com seus movimentos silenciosos o tempo factual e Finito madruga num eco fingido, tão temido…sem alarido Adormece abandonado e engolido pelo profano desejo deprimido
Ainda insone a solidão desmaterializa-se numa paz recém-nascida Seu abrigo é esta escuridão enfeitiçada, soberba e quase entorpecida Sua luz frágil ensurdece cada hora alada que além sufoca tão ressequida