Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Pendurados e esfarrapados os Silêncios balouçam engelhados Soam ao longe como truncados e Uivados ecos apiedados Cativam um agigantado lamento tão Desdenhado, tão abismado
Das minhas dores saturadas o corpo em Metástases sacode-se quase vergado E depois das palavras expurgadas o tempo Fenece num segundo altercado Quem me lapida estas lágrimas provindas Deste mesmo breu enviuvado